NACIONAL ENERGY

sábado, 10 de março de 2012

A DITADURA DAS PALAVRAS

Por: Pedro Gomes (Neto)*

Se tem uma coisa que me tira do sério é ser criticado por usar expressões da nossa língua que vão contra os ideais dos "politicamente corretos" e inspetores moralistas pós-modernos (que, de moral mesmo, não têm nada). 

Hoje em dia, querem nos dizer até quais termos devemos falar ou não. Ora, eu falo o termo que quero. (Liberdade de expressão, lembram?) 
Sou contra termos chulos e não tenho o hábito de usá-los por considerar que são inúteis e em nada acrescentam para mim, como pessoa. É uma questão de educação recebida de meus queridos pais. No entanto, todos são livres para usar a palavra mais adequada em cada situação. Não é questão de regra, mas de bom senso.




Sou radicalmente contra o "pejorativismo linguístico" que, às vezes, impingem sobre alguns termos como: negro, índio, americano, obscuro, denegrir, homossexualismo etc.
Certas pessoas precisam entender que o que machuca e ofende não são necessariamente as palavras, mas a intencionalidade e a forma como estas são externadas. Vejamos um exemplo:

-Ei, brancão, saia da frente! (Isto, me referindo a uma pessoa negra). 


Aqui, fica caracterizado o sarcasmo, ou seja, chamei de branco aquele que é negro numa clara demonstração de desrespeito à cor da pessoa (com o agravante da entonação vocal alterada). Mesmo que eu substituísse o termo "brancão" por "negão" soaria da mesma forma. Daí o motivo pelo qual creio que a intencionalidade seja o fator que molde na cabeça das pessoas palavras negativas ou positivas. 

Se eu estiver assistindo a uma luta na TV e um lutador negro enfrentar um lutador branco e eu disser:


-Rapaz, aquele negão ali é bom de briga! 


A minha intenção foi enaltecer a qualidade e a habilidade do lutador. O termo "negão" foi usado apenas para distinguir os lutadores em questão, visto que um era branco e o outro negro (mas parece que esta explicação está demonizada pelos xerifes da língua). 


Assim como a renomada cantora Alcione (que é negra) eternizou em uma de suas músicas o emprego da palavra "negão", de igual modo, não houve cunho pejorativo na frase acima, de forma alguma. Ou será que ninguém mais se lembra da frase: "Você é um 
negão de tirar o chapéu (...)"
Será que só é "preconceito" se esta palavra for dita por um branco? Se for assim, não seria uma discriminação racial às avessas?

Se fôssemos rezar na cartilha dos politicamente corretos teríamos que dizer, aquela frase mais acima, da seguinte maneira:

-Rapaz, aquele afrodescendente é bom de briga. 


Eu, particularmente, acho isso ridículo.


Os termos em questão são estigmatizados pela 
cabeça de quem escuta e os decodifica baseado nos valores que cada um carrega dentro de si.  Se forem valores deturpados, deturpadas serão as interpretações ou a forma de expressar as palavras.

Escrevo este texto apenas para pedir que deixem minha língua em paz. Aliás, a língua do branco, do negro, do índio. Isso mesmo, índio! Indígena seria no modo politicamente correto. Aliás, até chamaria assim, se não me visse obrigado.

Não sou o rei da cocada preta e nem tenho uma grana preta para gastar com advogados, por isso, não inventem de me processar.

(Ops... será que usar a palavra "preta", nestes casos, também seria politicamente incorreto? Já não sei mais de nada.)
*O autor é editor de artes da revista Foco Carajás, diagramador do jornal Opinião e blogueiro (orestodoiceberg.blogspot.com)

Carnaval no Liberdade ficou de fora da imprensa

Ao lado de Walter Dias, a sorteada Joyce dos Santos Oliveira volta a morar em sua casa no Bairro Jardim União motorizada

Nos dias de feriado carnavalesco a multidão de brincantes tomou a Avenida Paraíso – via estratégica entre os Bairros Liberdade e Independência – no Núcleo Cidade Nova. O Bloco Fura Olho festejou a numerosa participação em cada uma das noites e sorteou uma moto dentre seus integrantes.
Os foliões se aglomeraram ainda que aos trancos próximo ao palco, montado com a parte traseira de um caminhão, na altura em que a Paraíso faz esquina com a Rua Adelina – rente a praça da Liberdade.
Mesmo sendo periferia, a direção do Furo Olho julgou pacífica a performance dos munícipes em toda duração do carnaval. De acordo com Walter Dias, um dos organizadores do bloco, a soma de incidentes foi de praticamente zero.
“O que faltou mesmo foi mais pessoas da imprensa pra mostrar o que a Liberdade tem de bom” acentua Dias.
De fato, a quantidade de adeptos às fantasias, abadas e adereços surpreendeu os que vieram conferir as manifestações afeitas ao clima de carnaval. 
Quem entrou com abada teve o direito de participar do sorteio de uma moto Dafra, 150 cc, patrocinada pela Conexão motos. O Cupom sorteado pertencia a Joyce dos Santos Oliveira, moradora do Bairro Jardim União. Mais uma condutora entra com ânimo nas ruas de Marabá.
A ganhadora desse sorteio, encabeçado pelo Fura Olho, não negou sorrisos ao público, depois do susto bem vindo de quem consegue um prêmio inesperado.

Registros – Conforme os autos da 26ª ZPOL, foram dois os atos ilícitos ocorridos durante o evento naquele espaço. O primeiro, já na noite de sábado(18).  Horas após a abertura, houve uma tentativa de homicídio com arma branca, quando, após uma briga, o resultado foi o esfaqueamento de um folião metido na mesma.
O outro caso acabou com a prisão de um meliante no último dia do feriado, terça feira (21). Segundo soldado Coelho Junior, uma equipe da 26ª ZPOL interceptou o larapio a tempo de reaver os pertences que este tentava levar.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

TRABALHO INFANTO-JUVENIL É CRIME!


“Enquanto, por efeito de leis e costumes, houver proscrição social, forçando a existência, em plena civilização, de verdadeiros infernos, e desvirtuando, por humana fatalidade, um destino por natureza divino; enquanto os três problemas do século – a degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância – não forem resolvidos; enquanto houver lugares onde seja possível a asfixia social; em outras palavras, e de um ponto de vista mais amplo ainda, enquanto sobre a terra houver ignorância e miséria, livros como este não serão inúteis”. (Os miseráveis, de Vitor Hugo – 1862)
População parece não se incomodar quando vê crianças em trabalho braçal  

Encontrar crianças e adolescentes efetuando trabalho pesado – que coloca em risco a integridade física – ou atividades leves que tomam várias horas do dia, do tempo escolar, ainda não revolta o povo de Marabá. Nem boa parte de seus líderes políticos. Isso porque continua sendo visto como “normal” os infantes passarem nas ruas vendendo algo ou cumprindo um serviço.
Na quinta feira (5), a primeira semana de 2012 não começou legal para mais um “trio ternura”. 
Em plena Avenida Boa Esperança, a altura do Bairro Laranjeiras – Núcleo Cidade Nova – um grupo de três meninos passava com toda “calmaria” em cima de uma carroça, fazendo um carregamento de madeira. 
Sem qualquer segurança, os dois garotos sentados no final das tábuas assistiam a lida e a passagem dos carros e caminhões, enquanto o terceiro fazia a condução do frete.
A cena não causou nenhum alvoroço em quem passava naquela via, logo às 4h da tarde. Sequer um nariz torto entre as pessoas que viam tudo na frente de suas casas. 
Do contrário. O resultado máximo foram os sorrisos que as “firulas”, feitas pelo pequeno condutor, causaram em certo grupo de adultos na outra esquina, que, embora estivessem cuidando de seu ofício, não deixaram de reparar no que havia de “hilário” naquela situação. 
Na infância tudo parece brinquedo. Contudo, nessas condições, flagradas pelo "OA", os gracejos demonstram que na verdade, o normal em toda criança é brincar, mesmo em casos de risco. Isso é um tipo de direito que a exploração do trabalho infanto-juvenil acaba usurpando. 
Geralmente, os responsáveis apontados por esse descuido são os pais.
Porém, não se sabe ao certo, até que ponto a família padece necessidades e injustiças que o governo não consegue sanar, ou pior, se as autoridades e órgãos públicos estão fugindo de cumprir seu papel para com essa parcela carente da sociedade. Ela, como se vê, depende em muito desse apoio.     

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

VANDALISMO! Parque São Jorge é “vítima” de usuários imorais


Depredação de muro é contínua apesar dos esforços de quem tenta resguardá-lo


O famigerado “estádio” do Parque São Jorge, situado no Bairro Novo Planalto – núcleo Cidade Nova, que logo voltará a ser inundado pelas chuvas recorrentes no inverno próximo, não é afetado apenas pelas forças naturais. Uma minoria de usuários irresponsáveis causa inúmeros problemas naquele espaço público, destinado ao esporte e lazer.
Quando não são esquecidos ou mesmo jogados “objetos” no interior do campo, como pedaços de madeira, pares de tênis desgastados, garrafas de cerveja e embalagens, ocorre a depredação de sua estrutura.
Por exemplo, as grades que evitam a evasão de bolas durante os jogos, bem como a entrada de coisas jogadas por quem passa nas ruas, são rompidas por vândalos, embora elas continuem em bom estado de conservação. Essas grades, inclusive, evitam a entrada de animais que atrapalham os esportistas no local.
Outra situação, mais recente, tem a ver com a derrubada de partes do muro que ladeia o campo, no qual se encerra a Travessa Goiás e também faz parte do chamado Centro Esportivo Celsamar.
Além de ser inadequado que alguns espectadores subam nele como se fosse uma arquibancada, isto é menos repudiável que os buracos feitos por gente que age contra esta parede com selvageria.
Isso causou profundo desgosto em Celsamar de Oliveira, popularmente conhecido como “Zim”, o qual é responsável pela coordenação das atividades e horários reservados para as equipes, times e à comunidade que precisam do centro. Zinho nota que ainda na manhã de 31 de dezembro – véspera de ano novo – os buracos haviam sido reformados.
Porém, ainda à noite, o estado dos rombos era ainda maior que antes da leve reforma. Aquele centro de esporte não pôde iniciar 2012 sem ser vítima de desavergonhados que causam danos a algo que pertence ao povo.
 Zinho observa que quando viu de longe, veio logo procurar saber o que aconteceu, mas sua busca não alcançou os responsáveis. Segundo ele, a próxima medida será mais uma vez refazer o serviço e conseguir que a prefeitura coloque um vigilante noturno rente ao muro.
“Brincadeirinha?” – Há a possibilidade de que o novo rombo tenha sido efetuado com explosivos vendidos em mercearias, pois há estilhaços ao longo do muro. Durante a véspera de ano novo o que não faltou em todo foram os estouros de bombas e foguetes.