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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Fim da eleição para o DCE-UFPA


Diretório Central dos Estudantes na UFPA sai do leito de espera. Nova chapa - VOZ ATIVA - assume com sede a direção da entidade.


As votações foram encerradas por volta das 21h desta sexta feira, 27 de abril, nos Campi da Universidade Federal do Pará (UFPA) e mexeram com os ânimos das três chapas concorrentes, deixando seus integrantes alvoroçados. O clima do embate não foi diferente nas extensões da UFPA em todo o Estado.

Discussões, nariz torto e aquelas verbalizações indecorosas escureceram mais ainda os últimos minutos da decisão. Isso, sem faltar as toneladas de anseio pisando a cabeça dos acadêmicos, por causa do resultado tão desejado.

No Campus I da UFPA em Marabá – região sudoeste do Pará – representantes de pelos menos duas, dentre as três frentes eleitorais que visam assumir o Diretório Central dos Estudantes (DCE), acompanharam as contagem dos votos sob o roer de unhas.

Essa entidade tem o poder máximo de representação da classe universitária, daí vem a razão de ser benquista e cobiçada.

Nessa disputa, estiveram em confronto as propostas das chapas 1, 2 e 3, respectivamente: Vamos à Luta; UFPA Que Queremos; e, Voz Ativa.
As demandas universitárias em Marabá, ao ver de Júlio Cesar, só recebem as costas governo 

Segundo o membro da chapa 3, nominada Voz Ativa, Júlio Cesar, o que se espera é a prevalência dos interesses fundamentais dos estudantes. Registrando o momento com máquina digital, ele entende que o ato público precisa de transparência e vai referendar o novo movimento que assumirá o DCE.

As urnas e seus mesários, dispostos defronte do auditório Joseneide Tavares, viram de camarote que as lutas ideológicas e políticas dentre as chapas são pira como fogo em palha. Se acesa, sabe lá quando apaga!

O fiscal destacado da capital para o Campus I, Eduardo Rodrigues, gerenciou toda a atividade democrática com não pouca dificuldade. Desta feita, ele teve que servir de árbitro no pé dos “jogadores” que faziam de seus atos um pedido de cartão vermelho.

F5 – Nesta madrugada (sexta para sábado), a contagem dos votos só termina quando tomos os dados forem somados nos locais de apuração situados nos prédios universitários da capital e do interior.
Ainda nas primeiras horas da manhã de sábado, a correria vai continuou até a confirmação do grande vencedor.
F5 – De acordo com o blog, jpsdb-pa.blogspot.com.br, apesar da vitória da terceira chapa (Voz Ativa) o paradigma da proporcionalidade vai conferir mais cargos à chapa primeira. O texto a seguir se conferi como na íntegra está da página virtual citada.
Na eleição para o DCE-UFPA, a chapa 3 que é ligada ao PSOL-PSTU obteve 45,02% ou 3.405 votos, portanto o primeiro lugar, este resultado seria uma vitória caso as eleições não fossem proporcionais. Efetivamente a chapa de orientação troktista perdeu uma hegemonia que exercia há anos dentro do DCE-UFPA, senão vejamos: a chapa dois ligada ao PT-PCdob obteve 40,62% 0u 3072 votos, e a chapa um, que se diz independente mas contém militantes ligados ao PSDB obteve 14,36% ou 1086 votos, o que significa que a chapa 3 perdeu, nas composição do nova diretoria a maioria de cargos que ostentava no DCE-UFPA, e como tal, dentro dos conselhos superiores da UFPA.

Fonte: Bilhetim

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Um campinho assustador



Segundo Carlan Carvalho, mais de 40 moradores levaram de forma democrática suas assinaturas à prefeitura e até agora aguardam obras 


Alegria de dia, perigo à noite. Assim está o singelo campinho de futebol situado em uma das esquinas da Travessa Ademir Martins, com a Avenida Gaiapó, no peito do Bairro Liberdade – Núcleo Cidade Nova. Passos largos e rápidos, unidos ao nada gentil receio de assalto, passam da cabeça aos pés de quem precisa trafegar por ali.

O frio na barriga começa ao escurecer. Todas as horas da noite são imprecisas já que se formou um matagal em torno do tal campinho, nessa extensa esquina. Um breve passeio ou mesmo o retorno ao lar pode gerar muitas vítimas.

Alguns residentes concordam que, embora seja diariamente frequentado pelos os juvenis da vizinhança, atraídos tanto por jogar bola quanto pelas mangueiras recheadas de frutos, o lugar de brincadeira da garotada assume outra cara à noite.

Escondidos na altura dos matos, camuflados aos olhos de quem passa, alguns sujeitos com atitude suspeita têm tirado o conforto de moradores naquele espaço. Ficar afugentado começou a ser uma necessidade dos precavidos populares.

A verdade é que o lamaçal em ambas as vias provoca um lento caminhar por parte das pessoas que efetuam aquele percurso. Afinal, nem todos contam com a segurança de automóveis mais sofisticados que permitem um trajeto sem tanto receio.

Porém, a maioria tem que ir pé ante pé até chegar em seu destino, inclusive, sem saber ao certo o que há de acontecer. E, quer queiram ou quer não, o espaço continua sendo título de filme, o perigo mora ao lado.


sábado, 21 de abril de 2012

Reinaldo Azevedo defende Pr. Silas Malafaia "Quando “pau” é apenas uma metáfora! Ou: Será que Malafaia cometeu um crime?"

Comecemos pelo lead, pela notícia do dia, porque o início dessa história está lá atrás, em junho do ano passado. Já conto. O Setorial LBGT (lésbica, gays, bissexuais e transgêneros) do PT divulgou nesta quinta uma nota de repúdio ao senador do partido Lindberg Farias (RJ). O que ele fez? Num discurso em plenário, solidarizou-se com o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus, que está sendo acusado de homofobia pelo Ministério Público Federal. Mas o que fez, afinal de contas, o pastor? Então agora é preciso recuar a junho do ano passado.



O tema da marcha gay de 2011, em São Paulo, a maior do país, fazia uma óbvia provocação ao cristianismo: “Amai-vos uns aos outros”. Nem eles nem os cristãos são ingênuos, não é? O “amar”, no caso, assumia um conteúdo obviamente “homoafetivo”, como eles dizem. Como provocação pouca é bobagem, a organização do movimento espalhou na avenida 12 modelos masculinos, todos seminus, representando santos católicos em situações “homoeróticas”.



Tratava-se de uma agressão imbecil a um bem, destaque-se, protegido pela Constituição. Na época, escrevi:

“Sexualizar ícones de uma religião que cultiva um conjunto de valores contrários a essa forma de proselitismo é uma agressão gratuita, típica de quem se sente fortalecido o bastante para partir para o confronto. Colabora com a causa gay e para a eliminação dos preconceitos? É claro que não! (…) Você deixaria seu filho entregue a um professor que achasse São João Batista um, como posso dizer, “gato”? Que visse São Sebastião e não resistisse a o apelo ‘erótico’ de um homem agonizante, sofrendo? O que quer essa gente, afinal? Direitos?”



Ah, sim: a proposta então, não sei se levada a efeito, era distribuir 100 mil camisinhas que trouxessem no invólucro a imagem dos “santos gays”. A hierarquia católica fez um muxoxo de protesto, mas nada além disso. Teve uma reação notavelmente covarde. O sindicalismo gay reivindique o que quiser! Precisa, para tanto, agredir a religião alheia? Embora, por óbvio, não seja católico, Malafaia reagiu em seu programa de televisão. Afirmou: “É para a Igreja Católica entrar de pau em cima desses caras, sabe? Baixar o porrete em cima pra esses caras aprender. É uma vergonha!” Ele acusou os promotores do evento de “ridicularizar os símbolos católicos”. Teve, em suma, a coragem que faltou à CNBB!



Pois é. O Ministério Público viu na sua fala incitamento à violência!!! Ah, tenham paciência, não é? O sindicalismo gay tem de distinguir um “pau” que fere de um “pau” metafórico — ou “porrete”. Alguém, por acaso, já viu católicos nas ruas, em hordas, a agredir pessoas? Isso não acontece em nenhum lugar do mundo! O contrário se dá todos os dias: o cristianismo, nas suas várias denominações, é a religião mais perseguida do mundo, especialmente na África e no Oriente Médio. E, no entanto, não se ouve um pio a respeito. A “cristofobia” é hoje uma realidade inconteste. A homofobia existe? Sim! Tem de ser coibida? Tem! Mas nem as vítimas desse tipo de preconceito têm o direito de ser “cristofóbicas”!



É evidente que “baixar o pau” ou “porrete”, na fala do pastor, acena para a necessidade de uma reação da religião agredida — legal, se for o caso. É uma metáfora comuníssima por aí afirmar que alguém decidiu pôr outrem “no pau”, isto é, processá-lo: “Fulano pôs a empresa no pau”, isto é, “entrou com um processo trabalhista”. Os cristãos, no Brasil, não agridem ninguém. Mas são, sim, molestados, a exemplo do que se viu há dias numa manifestação contra o aborto. Faziam seu protesto de modo pacífico, sem agredir ninguém, quando o ato foi invadido por um grupo de abortistas. Estes queriam o confronto, a agressão. Ganharam uma oração.



A ação contra Malafaia, na verdade, tem um alcance maior. Ele é um dos mais notórios críticos da tal lei que criminaliza a homofobia — e que, de fato, avança contra a liberdade de expressão e a liberdade religiosa. Os que cultivam os valores da democracia não precisam, no entanto, concordar com o que ele diz para reconhecer seu direito de deixar claro o que pensa.



Vejam como autoritarismo e hipocrisia se cruzam nesse caso. Os agressores — aqueles que levaram os “santos gays” para a avenida — se fazem de vitimas e, em nome da reparação a um suposto agravo, querem punir um de seus críticos. É um modo interessante de ver o mundo: os sindicalistas do movimento gay acham que, em nome da causa, tudo lhes é permitido. E aqueles que discordam? Ora, ou o silêncio ou a cadeia!



É assim que pretendem construir um mundo melhor e mais tolerante.



terça-feira, 17 de abril de 2012

ACELERE, FEMINISTA!

         Podem me chamar de porco chauvinista. Mas feminista ao volante me tira do sério. Quando alguma delas me costura pela direita, os pneus cantando e ar de executiva poderosa, confesso: eu grito.
         - Ô, dona Maria, vá pilotar fogão!
         Horrível, mas delicioso.
         Falar de mulher ao volante seria antigo. Nem é politicamente correto. Mas não me refiro às torturadas mães de família, pouco preparadas para enfrentar a selva de asfalto, e capazes de andar a 20 por hora, na esquerda. Ou parar numa avenida para comprar cebolas. Essas, eu entendo. Falo de um estilo oriundo das batalhas feministas. A mulher que não só conquistou seu espaço, como gosta de evidenciar isso no trânsito. É mais audaz do que um piloto de Fórmula 1, e pode listar mais frases cabeludas do que um motorista de caminhão.
         Sinceramente, sempre estive a favor das feministas. Fui um dos primeiros, entre meus amigos de adolescência, a não oferecer lugar para as mulheres nos ônibus, para não humilhá-las como a um sexo frágil. Mais que isso: com a minha primeira namorada, já fazia questão de rachar a conta, numa luta idealista pela igualdade dos sexos. A partir da segunda, deixei que todas pagassem a conta inteira. Portanto, ninguém pode afirmar que eu não tenha incentivado o feminismo, mesmo entre garotas recalcitrantes diante da notinha. Mas amigos meus, acossados exemplares do poder masculino, concordam que não estou maluco quando afirmo que a conversão proibida é o ramo torto do feminismo.
         Há pouco tempo, na serra, em direção ao litoral norte, fui acossado por um carro com quatro mulheres e uma prancha no teto. A motorista colou na minha traseira. Na menor brecadinha, seria uma batida na certa. Olhei a serra, pensei: voar é com os pássaros. Continuei no meu ritmo. A adversária entrou na pista oposta, me cortou e partiu, enquanto eu quase me estatelava serra abaixo. Ainda fez gestos que, com certeza, não aprendeu no colégio de freiras. Mais tarde nos cruzamos no mesmo restaurante da estrada. Não nos falamos, é claro. Mas estava tão calma, bebendo cerveja, que até hoje não sei o porquê de tanta pressa.
         Feminista também adora fila dupla. As jovens mães, educadas pelo Relatório Hite, costumam desafiar a supremacia masculina nas portas das escolas. Ai do guarda que vier com essa história de multa, símbolo do odioso reinado masculino! Sei que o simples fato de raciocinar sobre o tema me credencia a ser atropelado. Mas mulher dirige mal, e feminista, pior.
         Talvez a saída seja fazer como um amigo meu. Ao ser fechado, acelerou, cortou e parou em diagonal na frente. A liberada foi obrigada a descer, para acertarem as contas.
Estão juntos até hoje. E só não se matam, porque Deus é pai.
        
        (Walcyr Carrasco, Veja - 27 de maio - 2000)

O Resto do Iceberg: ADÉLIA PRADO DEFINE ARTE


ADÉLIA PRADO DEFINE ARTE: Após assistir a este vídeo tente ouvir: "tchê, tchererê, tchê, tchê". Este enunciado e postagem de um todo foram mimetizados do blog de Pedro Gomes (Neto), O Resto do Iceberg.