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terça-feira, 18 de setembro de 2012

segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Escola Darcy Ribeiro x Algozes de 4 rodas

Manifestantes pedem paciência aos condutores a fim de que possam cumprir a revitalição das faixas

Manifestação realizada na penúltima semana de agosto, pelos professores e alunos da Escola Municipal Darcy Ribeiro, situada na Avenida Boa Esperança, Bairro Liberdade, que cansaram de correr perigo porque, não só a faixa de pedestre estava apagada, mas se tornou costume o abuso de velocidade por parte dos condutores. Frente de escola não é pista de Fórmula 1.
Por volta das 16h, daquela terça-feira(21), uma família que o coletivo da APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais de Marabá) acabara de deixar, na esquina oposto a da escola, precisou esperar a boa vontade dos condutores para que pudessem atravessar a via. Aliás, o pai teve que correr empurrando a cadeirante, evitando assim um acidente. 
Os educadores haviam fechado parcial e temporariamente a avenida, no trecho em frente à escola, para pintarem a faixa de pedestres que dá acesso a mesma, e que se encontrava bastante apagada.
Por conta disso, é comum ver os motoristas desrespeitando o direito dos pedestres que, conforme informações da direção do Darcy Ribeiro, estima-se que só de alunos seja em torno de 1000.
Josias aponta pros estudantes que ajudam na manifestação
A situação ainda se complica mais, porque, do outro lado da via, existe mais uma instituição de ensino público, o Núcleo de Educação Infantil (NEI) Emília Ferreiro, fronteando aquela escola.
E, segundo uma das professoras lotadas no NEI, Valdirene Martins, mais de 200 alunos, entre meninos e meninas, precisam utilizar também a faixa de pedestres e, mesmo estando com os pais ou responsáveis, a travessia é arriscada porque muitos condutores ferem a lei, quanto ao limite de velocidade nas proximidades de escolas, e quanto ao uso da faixa.

Forte amor




Salmos 18: 1 – 3.

         “1 Eu te amo, ó SENHOR, força minha. 2 O SENHOR é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. 3 Invoco o SENHOR, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos”.
         Um espírito abatido, abalado, angustiado, pode estar no peito de qualquer homem ou de qualquer mulher. Hoje em dia, sabe-se inclusive de crianças que secam, que mofam, deprimidas e com suas alminhas pesadas. Depressão não é privilégio; desespero, muito menos. Viver é um prazer e um desgaste. Nossa queda nos fez finitos, nossos pecados, fracos, nossas lutas, cansados.
Há quem exista longe disso? Acaso toda humanidade não é assim?
         Quem anda com Deus pode sofrer da mesma sorte que o ímpio. Um descrente perde um parente, do mesmo modo, que um irmão próximo perde um primo. Vejo servos de Cristo “desempregados”, vejo desviados e perdidos com o mesmo fardo. Coisas assim, já aconteceram antes; eu e você, como filhos amados, bem sabemos.
E nem falo aqui no abalo que pode vir no amanhã, isto é, no futuro como o conhecemos e no que o desconhecemos... Em quê está, então, a nossa glória? Diante de todos os males, de que nos vale a nossa fé?
         Sim, há algo em que temos muito a glória. Digo, há alguém em quem posso me encontrar, mesmo que o mundo me roube toda glória que me iludiu dar.

O SENHOR DEUS, a quem temos como Pai. Nele é que está a força do nosso amor. O Pai dos pais, Padre dos padres, Bispo dos bispos e Senhor do meu senhor. O Senhor é o pastor do meu pastor; Ele não nos faltará.
Para todas as crises e confusões que atravessarmos em nossa caminhada: erros e consequências ocasionados por nossas mãos ou pelas mãos alheias, as quais beijamos com tanto amor e confiança, ou mesmo pela cilada de um satan qualquer, tudo isso não poder maior do que o amor do nosso Deus. Isso tudo não pode decretar nosso fim.
Se chamarmos com fé nosso Pai, se Ele olhar e achar amor em nossos corações, apesar de nossos pecados, como Pai Deus vai agir.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Trabalho infantil na praia do Geladinho


Garotos vendendo “geladinho” ao longo da praia conhecida pelo mesmo termo. Coincidência não muito feliz. Enquanto os banhistas cuidavam do seu lazer, a viagem do infante entre a multidão parecia invisível.


No Brasil, assuntos delicados e polêmicos tendem a ser eternizados, ainda que todos afirmem que os querem solucionados. Na Lei, qualquer tipo de exploração em atividades remuneradas, para com os menores, deve ser fiscalizada pelo poder público, os pais e a sociedade.

Somente na qualidade de menor aprendiz que a inicialização a formação profissional é permitida. E, para isto, há uma legislação específica que regula a atividade dos juvenis.

Embora o ponto de referência seja o São Félix, Geladinho é de fato o nome do bairro em que se localiza a praia. Por lá, a poeira impera na estrada que dá acesso às margens do Rio Tocantins.

Eu, na praia do Geladinho durante o feriado(15), Adesão do Pará, fiz alguns registros naquele lugar, que me contristecem, só de lembrar que passei a parte de virada da infância pra adolescência visitando ali.

Oh minha praia, onde as crianças que deviam brincar com seus brincos, trabalham e são invisíveis... e a terra que te faz sanguínea, mais é tratada como asfalto de pista de fórmula 1.
Olha só o capítulo do ECA - Estatuto da Criança do Adolescente abaixo. Na Lei é bem bonitinho, que até nos faz esquecer o grotesco na realidade.  
CAPÍTULO V
DO DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO
E À PROTEÇÃO NO TRABALHO
Art. 60 - É proibido qualquer trabalho a menores de 14 (quatorze) anos de idade, salvo na condição de aprendiz.

Art. 61 - A proteção ao trabalho dos adolescentes é regulada por legislação especial, sem prejuízo do disposto nesta Lei.

Art. 62 - Considera-se aprendizagem a formação técnico-profissional ministrada segundo as diretrizes e bases da legislação de educação em vigor.

Art. 63 - A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

Il - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

lII - horário especial para o exercício das atividades.

Art. 64 - Ao adolescente até quatorze anos de idade é assegurada bolsa de aprendizagem.

Art 65 - Ao adolescente aprendiz, maior de 14 (quatorze) anos, são assegurados os direitos trabalhistas e previdenciários.

Art. 66 - Ao adolescente portador de deficiência é assegurado trabalho protegido.

Art. 67 - Ao adolescente empregado, aprendiz, em regime familiar de trabalho, aluno de escola técnica, assistido em entidade governamental ou não-governamental, é vedado trabalho:

I - noturno, realizado entre as vinte e duas horas de um dia e as cinco horas do dia seguinte;

Il - perigoso, insalubre ou penoso;

lII - realizado em locais prejudiciais à sua formação e ao seu desenvolvimento físico, psíquico, moral e social;

IV - realizado em horários e locais que não permitam a freqüência à escola.

Art. 68 - O programa social que tenha por base o trabalho educativo, sob responsabilidade de entidade governamental ou não-governamental sem fins lucrativos, deverá assegurar ao adolescente que dele participe condições de capacitação para o exercício de atividade regular remunerada.

§ 1° - Entende-se por trabalho educativo a atividade laboral em que as exigências pedagógicas relativas ao desenvolvimento pessoal e social do educando prevalecem sobre o aspecto produtivo.

§ 2° - A remuneração que o adolescente recebe pelo trabalho efetuado ou a participação na venda dos produtos de seu trabalho não desfigura o caráter educativo.

Art. 69 - O adolescente tem direito à profissionalização e à proteção no trabalho, observados os seguintes aspectos, entre outros:

I - respeito a condição peculiar de pessoa em desenvolvimento;

Il - capacitação profissional adequada ao mercado de trabalho.

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Ser pai...




Ser pai é acima de tudo, não esperar recompensas. Mas ficar feliz caso e quando cheguem. É saber fazer o necessário por cima e por dentro da incompreensão. É aprender a tolerância com os demais e exercitar a dura intolerância (mas compreensão) com os próprios erros.
Ser pai é também aprender errando, a hora de falar e de calar. É contentar-se em ser reserva, coadjuvante, deixado para depois. Mas jamais deixar de falar no momento preciso. É ter a coragem de ir adiante, tanto para a vida quanto para a morte. É viver as fraquezas que depois corrigirá no filho, fazendo-se forte em nome dele e de tudo o que terá de viver para compreender e enfrentar.
Ser pai é saber e calar. Fazer e guardar. Dizer e não insistir. Falar e dizer. Dosar e controlar-se. Dirigir sem demonstrar. É ver dor, sofrimento, vício, queda e tocaia, jamais transferindo aos filhos o que, a alma, lhe corrói. Ser pai é ser bom sem ser fraco. É jamais transferir aos filhos a quota de sua imperfeição, o seu lado fraco, desvalido e órfão.Ser pai é aprender a ser contestado mesmo quando no auge da lucidez. É esperar. É saber que experiência só adianta para quem a tem, e só se tem vivendo. Portanto, é agüentar a dor de ver os filhos passarem pelos sofrimentos necessários, buscando protegê-los sem que percebam, para que consigam descobrir os próprios caminhos.
Ser pai é aprender a ser ultrapassado, mesmo lutando para se renovar. É compreender sem demonstrar, e esperar o tempo de colher, ainda que não seja em vida.
Ser pai é aprender a sufocar a necessidade de afago e compreensão. Mas ir às lágrimas quando chegam. Ser pai é saber ir-se apagando à medida em que mais nítido se faz na personalidade do filho, sempre como influência, jamais como imposição. É saber ser herói na infância, exemplo na juventude e amizade na idade adulta do filho. É saber brincar e zangar-se. É formar sem modelar, ajudar sem cobrar, ensinar sem o demonstrar, sofrer sem contagiar, amar sem receber.
Ser pai é saber receber raiva, incompreensão, antagonismo, atraso mental, inveja, projeção de sentimentos negativos, ódios passageiros, revolta, desilusão e a tudo responder com capacidade de prosseguir sem ofender; de insistir sem mediação, certeza, porto, balanço, arrimo, ponte, mão que abre a gaiola, amor que não prende, fundamento, enigma, pacificação.

Ser pai é atingir o máximo de angústia no máximo de silêncio. O máximo de convivência no máximo de solidão. É, enfim, colher a vitória exatamente quando percebe que o filho a quem ajudou a crescer já, dele, não necessita para viver. É quem se anula na obra que realizou e sorri, sereno, por tudo haver feito para deixar de ser importante.