NACIONAL ENERGY

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Biblioteca do Professor - OFICINA DE FOTO-POEMA



Iniciou hoje, 13 de maio, na Biblioteca do Professor a oficina de Foto-poema ministrada pelo escritor Airton Souza. Cerca de 30 alunos que cursam o 7º ano do nível fundamental – na Escola Disneylândia – foram até o local, situado na Marabá Pioneira, para aprender com a Arte.
O curso, que vai durar três dias sempre no turno matutino, envolve noções básicas, tanto da arte literária, quanto fotográfica.
Poeta membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste, Airton Souza, falou da importância de levar esse conteúdo aos estudantes e lançar desafios ligados. Afinal, muitos alunos terão ali a oportunidade de produzir uma peça artística mesclando imagem e texto.  
Na parte teórica, Souza refletiu sobre questões como: “O que é poema?”; “O que é poesia?”; além de tratar da linguagem poética, das especificidades que envolvem a fotografia bem como dessa mescla de gêneros.
A aula inaugural também contou com a participação do alunado recitando poemas. Emilly Oliveira recitou com afetividade um poema perante os olhos dos colegas. Outros colegas de classe encheram o peito e declamaram inclusive poemas de própria autoria. 
A oficina, além de ser sem custo, vai contemplar o alunado com certificado contabilizando as horas dos cursos.  
As professoras, Márcia Valéria Barros da Costa e Maria Nilda Ferreira dos Santos, vão contribuir com orientações na parte prática. Haja vista que os estudantes tem à frente a tarefa de trabalhar um poema cujo sentido venha dialogar com uma fotografia.  


ENEM 2014

Inscrições começaram ontem e serão exclusivamente via internet

As inscrições do Enem 2014 (Exame Nacional do Ensino Médio) iniciaram ontem (13), conforme foi programado e divulgado na primeira semana deste mês pelo MEC (Ministério da Educação). Dura até o dia 27 de maio o prazo para que os estudantes façam a inscrição no exame, e poderão realizar o pagamento da mesma até o dia 29 de maio.
No Pará, a nota do ENEM vale para a seleção nos cursos superiores e técnicos das principais universidades públicas, UFPA, UFRA, UFOPA e IFPA. As inscrições poderão ser feitas exclusivamente pelo site do INEP através do endereço: http://enem.inep.gov.br.
Certos grupos de estudantes podem pedir a isenção da taxa de inscrição para o exame no site citado.
Os estudantes ultimoanistas – que cursam ainda o 3º ano do ensino médio em escola pública – estão isentos do pagamento. Ou quem completou o 2º grau em escola pública e possui a renda familiar menor ou igual a R$ 1. 017,00. Para o restante do público, a taxa é de R$ 35,00.
A estimativa para este ano, segundo o MEC, é de que 6,1 milhões se inscrevam para prestar o exame.
Documentos – Para se inscrever é necessário ter em mãos os números do CPF e RG, nome e endereço completo. O sistema também exige que alguns dados socioeconômicos, informações sobre o histórico escolar e detalhes do grupo familiar.
Durante o registro será gerado o número de inscrição do Enem 2014. Cabe ao aluno acompanhar as informações Esse número, junto da senha que o estudante deverá criar, será usado em todos os processos que envolvem o Exame.
No ato da inscrição, os candidatos deverão informar suas necessidades especiais, como provas com letra em tamanho maior, locais de prova com acesso a deficientes, salas especiais para lactantes e provas após o pôr-do-sol para estudantes sabatistas.
Após o processo de inscrição, o MEC vai divulgar um número de telefone para que os candidatos entrem em contato com a equipe que organiza o Enem 2014 para informar sobre mudanças em suas necessidades.
Provas – Nos dias 26 e 27 de outubro serão aplicadas as provas do exame nacional, nas tardes de sábado e domingo, a partir das 13 horas.
No primeiro dia, serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências naturais e o aluno terá 4 horas e 30 minutos para realizar a prova. No segundo dia, serão aplicadas as provas de linguagens e códigos, de matemática e a redação e o candidato terá 5 horas e 30 minutos. (com informações do INEP)


terça-feira, 7 de maio de 2013

PARADOS NA VIDA!


A condição de indigência social é dada a pessoas com base em sua qualidade de vida. Fica mais fácil dizer que elas não tem qualidade nenhuma. Falta sustentação alguma pra viverem descentemente. Sem moradia, privados de alimentação saudável, desempregados, abandonados pela família... e não poucas possuem o quadro de addicts (viciados).
Não vou entrar aqui no “mérito” que a maioria das pessoas dá aos vícios nocivos à saúde física e mental. Afinal, fica muito fácil afirmar que o alcoolismo empobreceu, adoeceu e matou um indivíduo. Ou mesmo, apontar que a prostituição perverteu, enfermou e escravizou uma jovem.
Existem outros absurdos que deviam nos estarrecer. Mas, tem gente interessada que as drogas lícitas e promiscuidade autodegradante não aterrorizem ninguém.
Dizer que fulano foi morto como indigente não choca mais as pessoas. Como que isso é possível? Ninguém nasce das pedras. Faz quase dois séculos que a teoria da abiogênese foi banida. Contudo, os cemitérios representam a linha de chegada de muitos indigentes.
É verdade que os jornais mostram casos piores de indigência social. Todavia, nada se compara com andar em cada bairro da própria cidade e avistar um, outro, outros, muitos e centenas juntos. Todos candidatos àquela linha de chegada.
Gente não dá em árvore. Mas milhares estão apodrecendo no cotidiano de nossas cidades. Bolsões de famílias tentando adiar um pouquinho só a morte.
Mendigos, marginais, molambos são muitos os rótulos. Geralmente essas pessoas ocupam a classe dos miseráveis. E, sem sombra de dúvidas, o fator que determina nessa classificação é a realidade financeira de cada uma delas. Tão normal medir as pessoas pelo bolso que parece ser única balança da vida.
Só que essa é uma maneira muito rasteira de se conceber a vida. Digo, o jeito que enxergamos a indigência social deixa de fora outros fatores. É a partir daqui que todas as pessoas se tornam criminosas. À cumplicidade estampada na nossa cara fizemos o favor de pôr na nuca. Assim, olhando-nos face a face não vemos a pena que nos cabe.
Porém, basta alguém se virar e o dolo ali está. Todos nós olhamos nossos amigos cidadãos pelas costas e nem hesitamos em apontá-los como responsáveis. Julgar e se isentar! Condená-los como culpados. Afinal, ninguém enxerga a própria nuca. E desse jeito sempre vai ser papel dos outros recuperarem os miseráveis.
Sim, são milhares de pessoas submetidas à miserabilidade. Mas, até que ponto elas são responsáveis por tamanha degradação de si próprios?
Nossa sociedade – e vale dizer que não é só a brasileira – herdou um histórico de injustiças contra os mais fracos e indefesos. E olha que estes eram a maioria. O problema é que nem tudo ficou no passado. Ainda existem águas passadas derrubando moinhos feitos de carne e osso de gente.
Há forças e estruturas que pertencem a ideologias que produzem seus próprios pobres amaldiçoados. Fábricas de miseráveis! Que, cedo ou tarde, exterminam. Basta ouvir o papo de dois coveiros, como o fez João Cabral de Melo Neto, e compreender a condição dessa gente. “É a gente dos enterros gratuitos / e dos defuntos ininterruptos”.
Isso tudo não antes de abusá-los, sugar-lhes a última gota de vitalidade capaz de ser convertida em bens materiais – ou qualquer produto enlatado, que resulte em mais do capital que está na mão de nossos líderes políticos e empresários.
As forças de marginalização de certos segmentos sociais não podem ser descartadas. É direito da maioria lutar contra elas. Há reflexos delas em todos e tantos quantos forem os espaços em que as pessoas se relacionam. Nuns mais, noutros menos. O importante é identificarmos o alicerce dessa tendência de marginalização. E daí, partirmos para o contraextermínio.
Há reflexos dentro das famílias, das escolas, das igrejas, das universidades, dos partidos políticos, das empresas, das ONGs... nos bairros, nos bares, nas praças. Em todo lugar, pelo menos a apatia acerca da condição de vida daqueles que padecem privação aumenta. Se prolifera qual virose.
Atualmente, o jornalista Leandro Narloch tem colocado até grandes personalidades da história brasileira – como Luis Carlos Prestes e Zumbi dos Palmares – na coluna não só de apáticos, mas de vilões. E bem contraditórios.
Agora, o que é que mais causa essa asfixia social? Como dizia Victor Hugo ainda no século XIX, é o nosso sistema de leis e práticas sociais contraditórias. Contraditórias porque permitem o assalto aos direitos básicos do ser humano.
Ele dizia que enquanto houver leis e costumes que eliminam certos tipos de pessoas – o que hoje em dia chamamos de segmentos sociais –, forçando em plena civilização a existência de verdadeiros infernos, o destino que deveria ser divino pra essas pessoas nunca será alcançado.
Hugo entendia que eram três os maiores problemas da humanidade. Se resumiam, primeiramente, na degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância. Se não forem resolvidos, o assalto continuará.
Embora o autor citado sofra críticas por sua visão de mundo, e para os muitos cientistas da sociedade ele não tenha autoridade sobre o século XXI, Theodor Adorno pontua verdades semelhantes. E não menos aterradoras.
Semelhantes porque o start da cultura de massas, que vivemos hoje, se configurou melhor do século XIX pra cá. Tantos avanços de lá pra cá e a miséria não muda.
Adorno concluiu que o mundo inteiro é forçado a passar pela indústria cultural. Isso facilita a maior parte da sociedade pensar na condição dos indigentes como fatalidade, se isentar de responsabilidades, ou pensar qualquer coisa mais absurda. Isso sim é assustador.
Basta os dirigentes de nosso sistema econômico se interessarem por um absurdo. Uma pena que resgatar os molambos e mendigos não seja uma loucura ou absurdo qualquer.
Aterradoras também, porque hoje é mais fácil incutir absurdos. Para Adorno, a TV, o cinema e o rádio não têm mais necessidade de serem considerados arte, pois, na verdade, esses meios só servem para incutir a ideologia capitalista – aquela que não considera absurdo alguém morrer como indigente.
Ele diz que esses meios de comunicação se auto definem como indústrias, e que os rendimentos de seus diretoresgerais tiram qualquer dúvida sobre a necessidade social de seus produtos. Só que o pior não pára ai. Assim como Hugo apontava que as condições de trabalho corroem o ser humano, Adorno observa que o trabalhador, durante seu tempo livre, deve se orientar pela unidade da produção.
Desse modo, para Adorno a tarefa que cabia aos sujeitos foi tomada pela indústria. Que tarefa? Avaliar esse mundo sem que o bolso seja a régua dos homens.
No entanto, a vida de cada homem e mulher está nas embalagens. Infelizmente, os mendigos só catam. Todo o esquema da vida é realizado pela indústria “como um primeiro serviço ao cliente”.
No mundo hoje os samaritanos escassearam. O único bom-mocismo que encontramos se traveste da fome por capital que move os países imperialistas. Enfim, não estão os mendigos parados na vida. Todos nós estamos poucos passos da parada. Nada mais. 

sexta-feira, 26 de abril de 2013

2º Sarau da Lua Cheia - Encontro mantém apreço pela arte poética

O papel da arte na conscientização da vida em sociedade

A segunda edição do Sarau da Lua Cheia ocorreu durante a noite de quinta-feira última (25), e surpreendeu com requintes da poesia os visitantes que vieram até a sede da ARMA (Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará), situada no Bairro Novo Horizonte. O cenário do encontro ficou repleto de apreciadores da arte literária e outras manifestações artísticas.
O imenso saguão, que recebeu cerca de 15 pessoas no primeiro evento realizado mês passado, ficou pequeno diante da numerosa participação de estudantes, professores, músicos e poetas.
Idealizado pelo o escritor da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), Airton Souza, o segundo sarau manteve o ambiente informal. Entre os mais de 50 presentes no evento, boa parte se serviu do chão para sentar e prestigiar duas horas de declamações poéticas, contos de causos e cantorias.
“Já fui a eventos onde as pessoas estavam lá por obrigação. E nem prestavam atenção. Aqui é diferente. Nada é sistemático. O importante é que cada um se sinta à vontade e fale dos poemas que gostam. Aqui é um lugar aberto ao público, que vem fotógrafos, artistas plásticos, pessoas interessadas na arte”, afirma.
Após as boas vindas, Souza fez a abertura com poemas de Zeca Tocantins, escritor e cantor natural de Xambioá (TO), que teve boa estadia em Marabá.
A maior parte do sarau foi embala por textos poéticos assinados por poetas contemporâneos, como Ferreira Gullar, Paulo Leminski e Ademir Brás. Sendo este um escritor reconhecido na região cuja obra, Antologia Tocantina, pertence aos expoentes máximos da arte local.
Xavier Santos, cantor amplamente conhecido como Ravier, declamou o poema “Auto-tessitura”, que compõe a Antologia Tocantina.
O fisioterapeuta, Daniel Fernandes, aproveitou o convite para o encontro singular de leitores utilizando um tablet.
“Não tenho o costume da leitura, salvo os livros da minha área de trabalho. Na verdade, estou aqui para aprender. E costumo dizer que já li mais livros pra minhas filhas que para mim mesmo”, declara Fernandes, que recitou o poema “Dois poetas na praia”, escrito por Ferreira Gullar.
A arte como instrumento de solidariedade e conscientização, a partir da poética de Gullar, recebeu atenção ímpar dos professores ali.
Crisálida – O poema “De poetas e loucos”, que faz parte do livro vencedor do Prêmio IAP 2011 – realizado pelo Instituto de Artes do Pará – atraiu atenção do público.
Autoria de Eliane Soares, a mensagem coloca em foco a condição de vida do poeta em face das demandas modernas. Este ser tão precioso pra formação do ser humano ainda sobrevive aos atropelos do mundo.
Talento musical – Muitos cantores também marcaram presença nessa edição do Sarau da Lua Cheia. O adolescente, Marcos Gomes Cardoso, deu uma palhinha de sua composição “Não sei, será?”, que maravilhou a roda de ouvintes.
Marquinhos Poeta, forma como é chamado pelos amigos mais próximos, fez questão de dizer que as aulas de música com a professora tem aperfeiçoado sua arte.  
EJA – Uma das turmas da Escola Municipal Tereza Donato, formada por alunos do sistema Educação de Jovens e Adultos (EJA), marcou presença na companhia de alguns professores. Dona Mariana, idosa estudante no EJA, apresentou uma composição musical, surgida após uma experiência marcante.                                                                      
“Quando eu estava indo pra um pequeno bairro aqui de Marabá. Que um dia vai ser um grande. O Bairro dos Maranhenses. Fiz uma viagem de barco, pela primeira vez. Tive um medo tão grande. Mas, mesmo com esse medo, eu fui pensando e vendo as paisagens... Tudo bonito! Ai, como eu tinha levado material pra estudar, eu parei pra escrever essa letra”, detalha.
Do forno – E o que é bom vale a pena repetir. O sarau encerrou como o mesmo ritual do anterior. Produziram novo poema com temperos dos mais vários.
Marquinhos Poeta deu início a versos solitários espalhados numa folha de caderno de desenho. Após passar pelas mãos dos leitores que compunham a roda poética, um novo poema intitulado “Sozinho?” ficou pronto ali mesmo. O idealizador do Sarau entoou os versos que carregavam consigo um pouco de cada ser.  

LETRA DE DONA MARIANA
Era dia dois de março,
Do ano de 2013.
Fiz uma linda viagem
Que eu nunca tinha feito.
O transporte era um barquinho 
De um moço muito importante.
Tem a sua gentileza,
Que se julga fascinante.

Era uma viagem lenta,
Com cuidado e muita calma
Até porque, na subida,
O pobre barquinho pesava.
Eu ia de leve calada.
Sentindo um pouco de medo,
Porque existe uma frase
Que a água não tem cabelo.

Subindo de rio acima,
Olhando as luas para baixo,
O barco fazia as curvas
Deixando as voltas para trás
E as flores tão perfumadas
E as árvores lindas demais.
As obras da natureza
É coisa que só Deus faz.

Na subida do lado esquerda,
Uma linda fazenda avistamos
E do lado direito eu não vi
Uma velha, máquina, trabalhando.
Era uma colhedora de seixo
Abrindo erosão dentro do rio escavando
E uma equipe da coordenação
Nem um instante ligava
Nenhuma só reprovação.
Nisso passou uma voadeira
E as águas se agitou
E no embalo das águas
O barquinho sacudiu e tombou.
Eu olhava prum lado e pro outro,
Só via a barraquinha dos pescador
E as pirambeiras do rio encostadas,
Às sujeira que o vento levou.

terça-feira, 23 de abril de 2013

O casamento gay francês não é régua do mundo.


O que tenho a dizer acerca da França no que tange a aprovação do casamento gay? SIMPLES! Sou contra com todo o direito de sê-lo.
Sou mais um brasileiro contra isso. Mais um cidadão dessa humanidade que não perdeu o juízo. E que é contra a sexualidade plástica que esse mundo tanto prega.
Sim. Gosto dos poemas de Baudelaire. Sou "releitor" assíduo de Sartre. Gosto do filme A batalha de Argel, e até entendo que minha amiga patrícia, quando me emprestou o livro A queda, de Camus, não gostou de eu o ter rabiscado muito. Quase todas as páginas.
Infelizmente. Lá há um forte movimento ateísta. Um ninho do humanismo envilecido com a ideologia marxista. E obsoleta. O berço subversivo dos valores cristãos tem uma filial consolidada ali. Contudo, VIMOS QUE LÁ TEM UMA PARCELA DE POVO OPOSTO A DECISÃO TOMADA PELOS POLÍTICOS.
E eles não vão aceitar que isso fique assim.
O espaço democrático não tem prisão perpétua, ainda que tentem dar sentença de morte a opinião daqueles que se OPÕEM ao casamento gay. A disputa ainda vai pra outras esferas jurídicas.
#BRASILEIROS EM FAVOR DA FAMÍLIA.