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quarta-feira, 22 de maio de 2013

52º BIS - Corrida da Infantaria 2013 pára noite marabaense

Exército fez cinturão em vários pontos do Núcleo Nova Marabá, mantendo percurso da corrida 

Ontem à noite (22), a Corrida da Infantaria 2013 – evento organizado pelo 52º Batalhão de Infantaria de Selva – reuniu centenas de corredores, que percorreram vários pontos da cidade em ritmo de “São Silvestre”. Os inscritos na prova, que foi divulgada nos últimos meses pela instituição militar, estavam dispostos a encarar todo percurso.
O circuito esquematizado para o evento, que somava um total de 10 KM, foi bastante assistido e notado pela população marabaense.   
Um cinturão humano foi formado ao longo do perímetro, com os soldados do Exército Brasileiro em suas diversas patentes, e com o suporte garantido pelo aparato de veículos do 52º BIS.
Essa medida caracterizou o espaço esportivo proposto na edição 2013.
Além disso, a participação dos órgãos municipais da atual gestão, como o Departamento Municipal de Trânsito e Transporte Urbano (DMTU), colaboraram com precisão na segurança dos participantes.
Porém, em alguns pontos, como o da rotatória da Nova Marabá – no trecho da VP 8, passando pelo shopping Verdes Mares – os condutores de veículos buzinaram, como se protestassem com a demora do bloqueio temporário realizado ali. 

A convocação anunciada pelo batalhão teve o êxito de levar civis, entre jovens e adultos, a participar desse grande desafio. Os membros da instituição, mostraram mais uma vez o lado esportivo da carreira militar, o que caracteriza a filosofia do exército brasileiro na atualidade. 





segunda-feira, 20 de maio de 2013

CANO ESTOURA NA FOLHA 33


Em virtude de trabalhos assistenciais, máquinas da prefeitura afetam encanamentos

Máquinas da Prefeitura Municipal (PMM) de Marabá faziam trabalhos de saneamento na Folha 33, durante a semana passada, e acabaram ocasionando problemas à Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará). Entre as Quadras 07 e 08, um dos encanamentos de água – feito de forte estrutura metálica – rompeu por causa da força mecânica sofrida.
No local, uma enorme cratera se formou e o ímpeto com que água saia dos canos parecia um chafariz a céu aberto. Por conta disso, os populares não conseguiam passar na rua sem serem molhados.  
Segundo o morador, Klebson Moura Brito, 18 anos, foi por volta de quinta feira última que os servidores da PMM estavam jogando brita de escória em algumas vias.
“Já faz um bom tempo que está assim. O cano quebrou, ai tentaram ajeitar. Não sei quem tentou fazer isso, mas, depois, só piorou. E o buraco está só aumentando”, afirma.
A tal ajuda seria para facilitar o tráfego dos civis. Colocaram um pedaço de concreto sobre os canos, de modo que a água não jorrasse sobre o povo.
Sem noção – Outra moradora da 33 apontou ainda que, no sábado, várias crianças e adolescentes fizeram da cratera onde o cano estourou um mini-playground, a fim de brincarem sem restrições.
Inclusive, ela revelou que muitos adultos também participaram da “recreação” inusitada. Possivelmente, eram os pais ou responsáveis dos garotos e garotos que estavam no local, banhando como se estivessem nos dias de infância.
Naquele espaço, não foi possível fazer o levantamento de quantas residências e famílias ficaram sem o fornecimento de água. Nem se o incidente afetaria as casas situadas exatamente naquele perímetro da folha.
Até o fechamento dessa matéria, segunda-feira (20), o problema continuava no local.
Contudo, algumas questões surgem a partir dessa situação. Quantos metros cúbicos de água tratada foram desperdiçados nesses dias, uma vez que a velocidade dos jatos de águas impressiona os olhos? De onde sai o dinheiro que banca, tanto o conserto do encanamento, quanto a perda de água própria ao consumo? 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Biblioteca do Professor - OFICINA DE FOTO-POEMA



Iniciou hoje, 13 de maio, na Biblioteca do Professor a oficina de Foto-poema ministrada pelo escritor Airton Souza. Cerca de 30 alunos que cursam o 7º ano do nível fundamental – na Escola Disneylândia – foram até o local, situado na Marabá Pioneira, para aprender com a Arte.
O curso, que vai durar três dias sempre no turno matutino, envolve noções básicas, tanto da arte literária, quanto fotográfica.
Poeta membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste, Airton Souza, falou da importância de levar esse conteúdo aos estudantes e lançar desafios ligados. Afinal, muitos alunos terão ali a oportunidade de produzir uma peça artística mesclando imagem e texto.  
Na parte teórica, Souza refletiu sobre questões como: “O que é poema?”; “O que é poesia?”; além de tratar da linguagem poética, das especificidades que envolvem a fotografia bem como dessa mescla de gêneros.
A aula inaugural também contou com a participação do alunado recitando poemas. Emilly Oliveira recitou com afetividade um poema perante os olhos dos colegas. Outros colegas de classe encheram o peito e declamaram inclusive poemas de própria autoria. 
A oficina, além de ser sem custo, vai contemplar o alunado com certificado contabilizando as horas dos cursos.  
As professoras, Márcia Valéria Barros da Costa e Maria Nilda Ferreira dos Santos, vão contribuir com orientações na parte prática. Haja vista que os estudantes tem à frente a tarefa de trabalhar um poema cujo sentido venha dialogar com uma fotografia.  


ENEM 2014

Inscrições começaram ontem e serão exclusivamente via internet

As inscrições do Enem 2014 (Exame Nacional do Ensino Médio) iniciaram ontem (13), conforme foi programado e divulgado na primeira semana deste mês pelo MEC (Ministério da Educação). Dura até o dia 27 de maio o prazo para que os estudantes façam a inscrição no exame, e poderão realizar o pagamento da mesma até o dia 29 de maio.
No Pará, a nota do ENEM vale para a seleção nos cursos superiores e técnicos das principais universidades públicas, UFPA, UFRA, UFOPA e IFPA. As inscrições poderão ser feitas exclusivamente pelo site do INEP através do endereço: http://enem.inep.gov.br.
Certos grupos de estudantes podem pedir a isenção da taxa de inscrição para o exame no site citado.
Os estudantes ultimoanistas – que cursam ainda o 3º ano do ensino médio em escola pública – estão isentos do pagamento. Ou quem completou o 2º grau em escola pública e possui a renda familiar menor ou igual a R$ 1. 017,00. Para o restante do público, a taxa é de R$ 35,00.
A estimativa para este ano, segundo o MEC, é de que 6,1 milhões se inscrevam para prestar o exame.
Documentos – Para se inscrever é necessário ter em mãos os números do CPF e RG, nome e endereço completo. O sistema também exige que alguns dados socioeconômicos, informações sobre o histórico escolar e detalhes do grupo familiar.
Durante o registro será gerado o número de inscrição do Enem 2014. Cabe ao aluno acompanhar as informações Esse número, junto da senha que o estudante deverá criar, será usado em todos os processos que envolvem o Exame.
No ato da inscrição, os candidatos deverão informar suas necessidades especiais, como provas com letra em tamanho maior, locais de prova com acesso a deficientes, salas especiais para lactantes e provas após o pôr-do-sol para estudantes sabatistas.
Após o processo de inscrição, o MEC vai divulgar um número de telefone para que os candidatos entrem em contato com a equipe que organiza o Enem 2014 para informar sobre mudanças em suas necessidades.
Provas – Nos dias 26 e 27 de outubro serão aplicadas as provas do exame nacional, nas tardes de sábado e domingo, a partir das 13 horas.
No primeiro dia, serão aplicadas as provas de ciências humanas e ciências naturais e o aluno terá 4 horas e 30 minutos para realizar a prova. No segundo dia, serão aplicadas as provas de linguagens e códigos, de matemática e a redação e o candidato terá 5 horas e 30 minutos. (com informações do INEP)


terça-feira, 7 de maio de 2013

PARADOS NA VIDA!


A condição de indigência social é dada a pessoas com base em sua qualidade de vida. Fica mais fácil dizer que elas não tem qualidade nenhuma. Falta sustentação alguma pra viverem descentemente. Sem moradia, privados de alimentação saudável, desempregados, abandonados pela família... e não poucas possuem o quadro de addicts (viciados).
Não vou entrar aqui no “mérito” que a maioria das pessoas dá aos vícios nocivos à saúde física e mental. Afinal, fica muito fácil afirmar que o alcoolismo empobreceu, adoeceu e matou um indivíduo. Ou mesmo, apontar que a prostituição perverteu, enfermou e escravizou uma jovem.
Existem outros absurdos que deviam nos estarrecer. Mas, tem gente interessada que as drogas lícitas e promiscuidade autodegradante não aterrorizem ninguém.
Dizer que fulano foi morto como indigente não choca mais as pessoas. Como que isso é possível? Ninguém nasce das pedras. Faz quase dois séculos que a teoria da abiogênese foi banida. Contudo, os cemitérios representam a linha de chegada de muitos indigentes.
É verdade que os jornais mostram casos piores de indigência social. Todavia, nada se compara com andar em cada bairro da própria cidade e avistar um, outro, outros, muitos e centenas juntos. Todos candidatos àquela linha de chegada.
Gente não dá em árvore. Mas milhares estão apodrecendo no cotidiano de nossas cidades. Bolsões de famílias tentando adiar um pouquinho só a morte.
Mendigos, marginais, molambos são muitos os rótulos. Geralmente essas pessoas ocupam a classe dos miseráveis. E, sem sombra de dúvidas, o fator que determina nessa classificação é a realidade financeira de cada uma delas. Tão normal medir as pessoas pelo bolso que parece ser única balança da vida.
Só que essa é uma maneira muito rasteira de se conceber a vida. Digo, o jeito que enxergamos a indigência social deixa de fora outros fatores. É a partir daqui que todas as pessoas se tornam criminosas. À cumplicidade estampada na nossa cara fizemos o favor de pôr na nuca. Assim, olhando-nos face a face não vemos a pena que nos cabe.
Porém, basta alguém se virar e o dolo ali está. Todos nós olhamos nossos amigos cidadãos pelas costas e nem hesitamos em apontá-los como responsáveis. Julgar e se isentar! Condená-los como culpados. Afinal, ninguém enxerga a própria nuca. E desse jeito sempre vai ser papel dos outros recuperarem os miseráveis.
Sim, são milhares de pessoas submetidas à miserabilidade. Mas, até que ponto elas são responsáveis por tamanha degradação de si próprios?
Nossa sociedade – e vale dizer que não é só a brasileira – herdou um histórico de injustiças contra os mais fracos e indefesos. E olha que estes eram a maioria. O problema é que nem tudo ficou no passado. Ainda existem águas passadas derrubando moinhos feitos de carne e osso de gente.
Há forças e estruturas que pertencem a ideologias que produzem seus próprios pobres amaldiçoados. Fábricas de miseráveis! Que, cedo ou tarde, exterminam. Basta ouvir o papo de dois coveiros, como o fez João Cabral de Melo Neto, e compreender a condição dessa gente. “É a gente dos enterros gratuitos / e dos defuntos ininterruptos”.
Isso tudo não antes de abusá-los, sugar-lhes a última gota de vitalidade capaz de ser convertida em bens materiais – ou qualquer produto enlatado, que resulte em mais do capital que está na mão de nossos líderes políticos e empresários.
As forças de marginalização de certos segmentos sociais não podem ser descartadas. É direito da maioria lutar contra elas. Há reflexos delas em todos e tantos quantos forem os espaços em que as pessoas se relacionam. Nuns mais, noutros menos. O importante é identificarmos o alicerce dessa tendência de marginalização. E daí, partirmos para o contraextermínio.
Há reflexos dentro das famílias, das escolas, das igrejas, das universidades, dos partidos políticos, das empresas, das ONGs... nos bairros, nos bares, nas praças. Em todo lugar, pelo menos a apatia acerca da condição de vida daqueles que padecem privação aumenta. Se prolifera qual virose.
Atualmente, o jornalista Leandro Narloch tem colocado até grandes personalidades da história brasileira – como Luis Carlos Prestes e Zumbi dos Palmares – na coluna não só de apáticos, mas de vilões. E bem contraditórios.
Agora, o que é que mais causa essa asfixia social? Como dizia Victor Hugo ainda no século XIX, é o nosso sistema de leis e práticas sociais contraditórias. Contraditórias porque permitem o assalto aos direitos básicos do ser humano.
Ele dizia que enquanto houver leis e costumes que eliminam certos tipos de pessoas – o que hoje em dia chamamos de segmentos sociais –, forçando em plena civilização a existência de verdadeiros infernos, o destino que deveria ser divino pra essas pessoas nunca será alcançado.
Hugo entendia que eram três os maiores problemas da humanidade. Se resumiam, primeiramente, na degradação do homem pelo proletariado, a prostituição da mulher pela fome, e a atrofia da criança pela ignorância. Se não forem resolvidos, o assalto continuará.
Embora o autor citado sofra críticas por sua visão de mundo, e para os muitos cientistas da sociedade ele não tenha autoridade sobre o século XXI, Theodor Adorno pontua verdades semelhantes. E não menos aterradoras.
Semelhantes porque o start da cultura de massas, que vivemos hoje, se configurou melhor do século XIX pra cá. Tantos avanços de lá pra cá e a miséria não muda.
Adorno concluiu que o mundo inteiro é forçado a passar pela indústria cultural. Isso facilita a maior parte da sociedade pensar na condição dos indigentes como fatalidade, se isentar de responsabilidades, ou pensar qualquer coisa mais absurda. Isso sim é assustador.
Basta os dirigentes de nosso sistema econômico se interessarem por um absurdo. Uma pena que resgatar os molambos e mendigos não seja uma loucura ou absurdo qualquer.
Aterradoras também, porque hoje é mais fácil incutir absurdos. Para Adorno, a TV, o cinema e o rádio não têm mais necessidade de serem considerados arte, pois, na verdade, esses meios só servem para incutir a ideologia capitalista – aquela que não considera absurdo alguém morrer como indigente.
Ele diz que esses meios de comunicação se auto definem como indústrias, e que os rendimentos de seus diretoresgerais tiram qualquer dúvida sobre a necessidade social de seus produtos. Só que o pior não pára ai. Assim como Hugo apontava que as condições de trabalho corroem o ser humano, Adorno observa que o trabalhador, durante seu tempo livre, deve se orientar pela unidade da produção.
Desse modo, para Adorno a tarefa que cabia aos sujeitos foi tomada pela indústria. Que tarefa? Avaliar esse mundo sem que o bolso seja a régua dos homens.
No entanto, a vida de cada homem e mulher está nas embalagens. Infelizmente, os mendigos só catam. Todo o esquema da vida é realizado pela indústria “como um primeiro serviço ao cliente”.
No mundo hoje os samaritanos escassearam. O único bom-mocismo que encontramos se traveste da fome por capital que move os países imperialistas. Enfim, não estão os mendigos parados na vida. Todos nós estamos poucos passos da parada. Nada mais.