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segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

OS 10 LIVROS MAIS VENDIDOS EM MARABÁ - Em 2014, destaque para “A culpa é das Estrelas”, do norte-americano John Green, e “Saindo do Cativeiro”, do pastor brasileiro Alcione Emerich

 Livrarias revelam gosto dos leitores marabaenses


Na linha "best seller", “A culpa é das Estrelas”, do escritor
norte-americano John Green

Título de best seller  foi para “Saindo do Cativeiro”,
do pastor brasileiro Alcione Emerich



































No início de ano, o ambiente de papelarias e livrarias recebe, em maior número, a visita de pais de alunos, ou os responsáveis, à procura por materiais escolares. É a correria do “voltas às aulas”. Já, ao longo do ano, essas lojas são visitadas, com certa regularidade, por pessoas que cultivam o hábito da leitura. Elas encontram nos livros, entre outras coisas, uma fonte de prazer e lazer.
Conhecer o gosto dos leitores marabaenses é uma tarefa perto do impossível. Afinal, cada um pode ser apaixonado por certo gênero literário, graças a motivos diferentes. 
Mas, vale a pena tentar. Nossa reportagem efetuou um levantamento acerca dos livros mais procurados em 2014. Os títulos mais comprados revelam grande parte daquilo que os leitores procuram saber.

Segundo Luciene Medeiros, o mais vendido no ano passado foi “Saindo do Cativeiro”, obra do escritor e pastor brasileiro, Alcione Emerich, bacharel em Teologia pelo Seminário Teológico Batista do Espírito Santo e graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Espírito Santo. Ele escreve sobre a permanência de algemas satânicas no coração dos salvos. 
Medeiros trabalha na livraria especializada em artigos evangélicos, Casa Medeiros, situada na Folha 28.
Ela ressalta ainda que “O discípulo Radical” e “História de um Milagre” representam, respectivamente, a segunda e terceira colocação entre as obras mais adquiridas pelo público de fé cristã.

De acordo com Fernanda Santos, o status de best seller ficou com “A culpa é das Estrelas”, romance que destaca o amor de um casal de jovens portadores de doenças raras, obra do autor norte-americano, John Green. Natural do estado de Indiana, EUA, Green estudou na Lake Highland Preparatory School e, no ano 2000, formou-se em Inglês e Estudos Religiosos, pela Kenyon College, quando chegou a considerar a possibilidade de ser ministro episcopal.
Santos atende o público leitor na livraria Cruzeiro do Sul Magazine, loja da proprietária Rosangela Petri, localizada no Bairro Cidade Nova. 
“Quem é você”, também do mesmo autor de “A culpa é das Estrelas”, alcançou destaque entre os dez mais. O terceiro lugar foi para a obra “Divergente”, da autora Veronica Roth. 


Lista dos best sellers em Marabá no ano de 2014:

CASA MEDEIROS:
1º Saindo do Cativeiro - Alcione Emerich
2º O discípulo Radical - Max Lucado
3º História de um Milagre - Bianca Toledo
4º Campo de Batalha da Mente - Joyce Meyer
5º Você vai sair dessa - Max Lucado
6º Para quê estou na Terra? = Rick Warren
7º Sexualidade do Casal - Claúdio Duarte
8º A Recompensa da Honra - John Bevere
9º Lealdade e Deslealdade - Dag Heward-Mills
10º Casamento Blindado - Renato e Cristiane Cardoso


CRUZEIRO DO SUL MAGAZINE:
1º A culpa é das Estrelas - John Green
2º Quem é você, Alasca - John Green
3º Divergente - Veronica Roth
4º Convergente - Veronica Roth
5º Diario de um Banana - Jeff Kinney
6º Para sempre sua - Sylvia  Day
7º Irrestivel - Sylvia Day
8º Ansiedade - Augusto Cury
9º Casamento Blindado - Renato e Cristiane Cardoso
10º Eu me Chamo Antonio - Pedro Gabriel


Lista dos best sellers em Marabá no ano de 2013:

CASA MEDEIROS:
1º Uma vida com propósitos
2º Casamento blindado
3º Bom dia Espírito Santo
4º Lealdade e deslealdade
5º Mulher V
6º Campo de batalha da mente
7º Saindo do cativeiro
8º Loucos por Jesus
9º A recompensa da honra
10º O discípulo radical

CRUZEIRO DO SUL MAGAZINE:
1º Cinquenta Tons de Cinza (Trilogia)
2º Casamento blindado
3º Inferno
4º Segurança e medicina no trabalho
5º Vade mecum
6º Como fazer amigos e influenciar pessoas
7º O homem mais rico da Babilônia
8º O monge e o executivo
9º As crônicas de gelo e fogo

10º A culpa é das estrelas


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

RESGATE ANIMAL - Funcionários de siderúrgica conseguem salvamento de bicho-preguiça



Fato ocorreu na manhã desta sexta-feira (9), 
às proximidades da Fundação Zoobotânica



 























 

Nesta sexta-feira (9), mal despontou o sol da manhã e os funcionários da Siderúrgica Ibérica se depararam com uma situação inusitada. Eles tiveram que realizar o resgate de um bicho-preguiça, que teria fugido da Fundação Zoobotânica, situada na área do Distrito Industrial de Marabá.

O animal silvestre estava em um poste, correndo risco de vida por estar já à altura da fiação. 

Segundo o funcionário, Clebson Avis, o fato ocorreu em frente ao Parque de Exposições de Marabá.

“Nós ficamos compadecidos com a situação do animal. Ele foi salvo com vida, mas estava bastante ferido”, afirma.

Ninguém soube informar como ou quando o mamífero teria fugido.

A equipe se utilizou dos próprios equipamentos de trabalho para efetuar o socorro.

Após alguns minutos, os responsáveis pela animália foram contatados e recolheram para que fossem feitos os devidos curativos.  

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BIBLIOTECAS DE MARABÁ - Escola e leitores usam livro para mudar a cidade e sua gente

Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola
Raimundo José de Souza. Durante evento em novembro, a aluna Amanda Kathllen
da Silva (centro) explicou à comunidade como surgiu um dos livros a partir
do projeto Biografados. Ela, ao lado de Silvane Lima, passou exemplar
para regente da sala de leitura, Valderlene
 Costa Brito.

























A frequência com que os populares visitam as bibliotecas públicas em Marabá também é uma forma de avaliar o interesse do leitor local. Em cada núcleo da cidade, há salas reservadas ao público leitor, precisamente, nas escolas que dispõem de sala de leitura e um bom acervo.
Porém, as comunidades que se formam em torno dessas escolas não tem aproveitado esses espaços de leitura.
Um bom exemplo disso é a Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, que tem disponível salão repleto de obras que vão, entre as várias áreas, desde história e política à matemática e literatura paraense. Inclusive, dispondo de uma profissional para atender os leitores visitantes, Valderlene  Costa Brito, que é a regente da sala de leitura.
Segundo a diretora, Maria Arlete de Melo e Xavier, encontrar os estudantes e, por que não, os próprios pais nesses lugares significa que as bibliotecas estão funcionando, com mais qualidade. E, por isso, a comunidade é bem vinda.
Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola Raimundo José de Souza. Ambos produtos de projetos realizados pela professora, Silvane Lima, com turmas da educação infantil.
Além disso, a formação de leitores passa, sem sombra de dúvidas, pela ação e interação dos professores para com os alunos.
De acordo com Eliane Soares, professora de Linguística na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, ao longo da vida escolar, os educadores ensinam a ler, estimulam os educandos à leitura e promovem projetos literários.
“Na vida escolar e em meio à sociedade em geral, os estudantes ouvem sobre a importância da leitura, para o desenvolvimento da inteligência e para a aquisição de conhecimentos e, por consequência, o seu papel na formação do ser humano, do cidadão e do profissional. No entanto, a prática de leitura não é tão constante na vida da maioria deles. É o que demonstram as pesquisas”, observa.
Ainda faltam pessoas conscientes acerca do papel da leitura, seja para o desenvolvimento pessoal, seja para o dos jovens estudantes. E neste grupo estão políticos, empresários, juízes, inclusive professores. Mas, sobretudo os pais, demonstram imenso desconhecimento. Eles compram celulares e roupas de marca elitizada, e depois reclamam do preço quando um livro custa menos que um hambúrguer no shopping – e que dura muito mais se comparado àqueles objetos.
Contudo, colocar a mão no bolso com o interesse de comprar um título literário diz muito sobre o gosto e a consciência que o leitor tem. Ainda mais se o cidadão estiver investindo numa biblioteca pessoal.
É o caso da estudante do segundo ano médio, Esther Horsth, 15 anos, que resolveu iniciar a própria coleção. Apesar dos poucos livros, cerca de 30 títulos, ela já demonstra saber o quanto o hábito da leitura influencia em sua formação e planos futuros.


terça-feira, 6 de janeiro de 2015

SHOPPING PÁTIO MARABÁ - II Mostra de fotografia traz tema “A cidade e sua gente”





















O Shopping Pátio Marabá, situado ao longo da Rodovia Transamazônica (BR-230), fez parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) e está promovendo, neste mês, a II Mostra de Fotografia das escolas da rede pública de Marabá. O projeto foi arquitetado pelo Núcleo de Tecnologia Municipal (NTM).
Até o dia 31 de janeiro, os visitantes pode conferir de perto a exposição, que se encontra no Piso – L2.
De caráter histórico e cultural, o projeto faz parte das ações do NTM e tem por objetivo retratar o tema “A cidade e sua gente”.
Segundo os organizadores, com as telas pretende-se contribuir para o desenvolvimento de atividades que incentivem os alunos a registrarem o processo histórico, tanto de mudança urbana quanto cultural, por que passa o município de Marabá.

Além disso, os estudantes têm a oportunidade de demostrar talento, autoria, expressão e criatividade, através da leitura que eles fazem do cotidiano, do lugar onde vivem. 

PORNOFONIA INVADE A INFÂNCIA - Funk Proibidão é ferramenta sutil para exploração sexual de crianças e adolescentes

O que acontece em Marabá, cidade polo da região sudeste do Pará, não está distante das grandes cidades e capitais do Brasil. A moda do Funk Proibidão está fazendo vítimas desde a infância. As letras e danças - o conteúdo dessa linha do funk - têm funcionado como estratégia de ataque às mentes e aos corpos dos menores. Tem servido como ferramenta sutil, que favorece a exploração sexual de crianças e adolescentes.
Isso ocorre porque surgem, em escala industrial, músicas que destacam a sexualidade exagerada e a covardia, de forma agressiva, que se vale do apelo à libido humana. E isso tem passado - aparentemente - sem nenhuma ou pouca preocupação ou regulação dos impactos que podem causar na mentalidade juvenil.  
O funk é um estilo musical oriundo das favelas do Rio de Janeiro, e se popularizou a partir dos anos 70, quando começaram a ser realizados bailes black, soul e funk. Pela notoriedade foi derrubando muitos preconceitos. Mas, com a fama, vieram também em peso as críticas. Especialmente à corrente do “Proibidão”, que ganhou repercussão no Brasil em meados dos anos 90 - década em que vivi boa parte da minha adolescência.  
Já é bastante conhecida a polêmica que o conteúdo desse tipo de música provoca, seja por fazer apologia ao crime organizado, seja por criar a utopia da ostentação. E mais. Era de se esperar que o tratamento de ridicularização da mulher, do corpo e valores femininos – por exemplo, vendida que nem objeto sexual –, fosse o ponto mais alto da polêmica, causada pelas letras do funk erotizador. 
No entanto, existe outro maior. A pornofonia, um termo simples encontrado no livro “O criminalista”, escrito por Vinicius Bitencourt, um advogado capixaba, que diferencia os palavrões proferidos em oposição à pornografia, que seriam palavrões escritos. Somadas aos palavrões, as músicas passaram a ser verdadeiros retratos de cenas de sexo explícito. Por consequência, o que era apelo à libido, agora se tornou uma cruel propaganda em favor da promiscuidade e da imoralidade, invadindo a menoridade.
Vale ressaltar que nem todos os músicos viram a linha do Funk Proibidão como “evolução técnica”. O próprio Dj Malboro, personalidade ilustre que contribuiu na divulgação funk por todo o país, considerou essa corrente distante do que ele faz enquanto artista.
As facilidades do mundo tecnológico como a internet (cujo contexto hoje é bem diferente do vivido pelas classes mais populares na década de 90), celulares e som automotivo potencializaram a divulgação da pornofonia numa escala ameaçadora. Qualquer pessoa passa a ter o contato ou possui o conteúdo musical do proibidão, a qualquer hora e em qualquer lugar. De fato, até as pessoas que não gostam ou sequer aprovam a força pornofônica acabam tendo que conviver com ela.
Na prática, esse contexto tem também todas as facilidades para que as crianças e adolescentes ouçam, cantem, até descobrir o sentido das músicas do Funk Proibidão. Nas ruas, nas escolas, nos lares, principalmente na solidão dos quartos, o material está sendo consumido.
Agora, a grande preocupação reside no que elas vão fazer conscientes do significado. Aliás, o problema maior é medir se elas terem conhecimento disso na menoridade, é saudável ou não, ou se coloca a meninada em condições de vulnerabilidade.
Deveria ser facílimo responder. Porque, juridicamente, conteúdo pornográfico é proibido para menores de 18 anos. Então, é consenso legal que a sociedade não quer os juvenis expostos antes de terem maturidade, antes de estarem minimamente preparados para tomar decisões referentes à própria sexualidade.    
O problema é que ninguém quer ser taxado de careta ou preconceituoso ao dizer não. Muito menos querem ser vistos como aqueles que estão censurando e roubando a liberdade dos juvenis. No entanto, todos tem o direito de dizer não. E direito, por exemplo, até de ser contra a indústria do sexo. Muito mais o direito de lutar contra as formas ilegais de sexualizar os juvenis.
É bem verdade que a culpa ou receio em relação a opinião alheia é uma das amarras da atualidade. As pessoas pouco percebem que estão sendo obrigadas a parar de pensar por si só. E são ensinadas ou acomodadas a acatar tudo que aparece na modernidade como sendo bom para o futuro. Não são poucos os pensadores, políticos e a imprensa que usam a bandeira da revolução cultural, para violar a mentalidade dos outros e transformar a democracia em alienação.  
A erotização das crianças no Brasil está ocorrendo em “nível nacional”. Parece até redundante a sentença anterior, só que, na verdade, ela só precisa ser esclarecida.
Fala-se em escala nacional não apenas no sentido de que os menores estão sendo alvo de sexualização precoce, em todos os estados brasileiros, porque os pais, a escola e sociedade ao invés de unirem forças para educá-los, pouco fazem contra aqueles que os tentam prostituir. Existe algo mais preocupante ainda.
A escala nacional tem a ver com a questão da legitimação, da legalidade. Isto é, os órgãos competentes, que deveriam proteger e garantir a qualidade na formação até os 12 anos, estão assistindo tudo com naturalidade. Em todo o Brasil, a sociedade presencia celebridades batendo palmas para a pornofonia. O pior é que muitas vezes exaltam aquilo que atropela a lei brasileira.
Um dos casos mais recentes é do MC Pedrinho, que para publicar o hit “Dom Dom Dom”, teve que criar uma “versão light”. Como se vê no trecho abaixo que é o começo da música:

“Dom, dom, dom, dom, dom, dom
Eu tava aqui no baile, escutando aquele som
Dom dom dom, dom dom dom
Vi logo uma novinha descendo até o chão”.

O que na verdade é uma adaptação feita para burlar as regras do YouTube e do Código Penal Brasileiro. A letra desse mesmo hit, que se espalhou pelo país, tem notadamente um conteúdo pornofônico, como se vê abaixo na parte que começa a música "heavy":

“Dom, dom, dom, dom, dom, dom, dom
Tava aqui no baile, escutando aquele som
Dom, dom dom, dom dom dom, dom
Ajoelha, se prepara e faz um boquete bom".

Enfim, já estão aceitando com naturalidade a ponto de se perder qualquer impacto ou perplexidade perante os vídeos de crianças dançando seminuas. As pessoas compartilham nas redes sociais sem criticar muitas vezes como se fosse tudo normal.
Se aos 12 anos, MC Pedrinho começou cantando a versão mais pesada do funk, imagine o que virá nesse ritmo de sociedade.
Vale lembrar que, recentemente, ele resolveu mudar o estilo para conseguir ser melhor aceito em todas as idades. Em entrevista ao R7, o garoto diz que preferiu mudar por conta de sua pouca idade. Na versão proibida de “Dom Dom Dom”, que acabamos de ver, ele fala de sexo oral. Já na permitida para menores, ele elogia o rebolado da novinha no baile. E assim ele pretende fazer com seu repertório.
Agora, tendo uma média de 30 shows por mês e faturando cerca de R$ 150 mil, será que MC Pedrinho vai parar? Na verdade, esta questão é a que menos importa aqui. Sabe por quê? A questão mais inacreditável e importante do momento é outra. Como pode um país ser tão hipócrita assim, a ponto de termos uma lei de proteção à crianças e adolescentes que firma algo, e na vida real, ninguém vê as autoridades fazendo nada contra?

Só pode haver uma resposta para tamanha hipocrisia. A indústria do sexo, seja a legal ou a criminosa, está bancando muita gente para que esqueçam o tamanho da responsabilidade que é ter olhos, quando os outros os perderam.