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quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

BIBLIOTECAS DE MARABÁ - Escola e leitores usam livro para mudar a cidade e sua gente

Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola
Raimundo José de Souza. Durante evento em novembro, a aluna Amanda Kathllen
da Silva (centro) explicou à comunidade como surgiu um dos livros a partir
do projeto Biografados. Ela, ao lado de Silvane Lima, passou exemplar
para regente da sala de leitura, Valderlene
 Costa Brito.

























A frequência com que os populares visitam as bibliotecas públicas em Marabá também é uma forma de avaliar o interesse do leitor local. Em cada núcleo da cidade, há salas reservadas ao público leitor, precisamente, nas escolas que dispõem de sala de leitura e um bom acervo.
Porém, as comunidades que se formam em torno dessas escolas não tem aproveitado esses espaços de leitura.
Um bom exemplo disso é a Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, que tem disponível salão repleto de obras que vão, entre as várias áreas, desde história e política à matemática e literatura paraense. Inclusive, dispondo de uma profissional para atender os leitores visitantes, Valderlene  Costa Brito, que é a regente da sala de leitura.
Segundo a diretora, Maria Arlete de Melo e Xavier, encontrar os estudantes e, por que não, os próprios pais nesses lugares significa que as bibliotecas estão funcionando, com mais qualidade. E, por isso, a comunidade é bem vinda.
Em 2014, alunos produziram dois livros que incrementaram a biblioteca da escola Raimundo José de Souza. Ambos produtos de projetos realizados pela professora, Silvane Lima, com turmas da educação infantil.
Além disso, a formação de leitores passa, sem sombra de dúvidas, pela ação e interação dos professores para com os alunos.
De acordo com Eliane Soares, professora de Linguística na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, ao longo da vida escolar, os educadores ensinam a ler, estimulam os educandos à leitura e promovem projetos literários.
“Na vida escolar e em meio à sociedade em geral, os estudantes ouvem sobre a importância da leitura, para o desenvolvimento da inteligência e para a aquisição de conhecimentos e, por consequência, o seu papel na formação do ser humano, do cidadão e do profissional. No entanto, a prática de leitura não é tão constante na vida da maioria deles. É o que demonstram as pesquisas”, observa.
Ainda faltam pessoas conscientes acerca do papel da leitura, seja para o desenvolvimento pessoal, seja para o dos jovens estudantes. E neste grupo estão políticos, empresários, juízes, inclusive professores. Mas, sobretudo os pais, demonstram imenso desconhecimento. Eles compram celulares e roupas de marca elitizada, e depois reclamam do preço quando um livro custa menos que um hambúrguer no shopping – e que dura muito mais se comparado àqueles objetos.
Contudo, colocar a mão no bolso com o interesse de comprar um título literário diz muito sobre o gosto e a consciência que o leitor tem. Ainda mais se o cidadão estiver investindo numa biblioteca pessoal.
É o caso da estudante do segundo ano médio, Esther Horsth, 15 anos, que resolveu iniciar a própria coleção. Apesar dos poucos livros, cerca de 30 títulos, ela já demonstra saber o quanto o hábito da leitura influencia em sua formação e planos futuros.


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