Evento promoveu bate-papo com escritores de Marabá e comunidade acadêmica
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Curso de Letras realizou programação Café com literatura
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Na manhã desta segunda-feira (19), foi realizado o “Café com
literatura”, na Universidade Estadual do Pará (UEPA), situada na Avenida
Hiléia, espaço conhecido como Agrópolis do INCRA. Na sala de conferências do
Campus VIII, os universitários do curso de Letras fizeram uma programação
cultural, que reuniu a comunidade acadêmica, professores da rede pública de
ensino e escritores de Marabá e região.
O encontro marcou também a despedida do professor Raphael
Bessas, que lecionou a disciplina Literatura Amazônica na UEPA.
Segundo Bessas, a intenção do evento é fazer um diálogo bem
próximo entre os poetas e contistas da região sudeste, para que se divulgue a
arte, e assim tenha uma discussão com os leitores.
“Os alunos serão futuros docentes na área de letras e, desde
já, precisam entender o papel da literatura amazônica e da própria cultura. Na
verdade, eles se preparam para uma compreensão política desse ser vivente que mora
nessa região, o amazônida. Em sala de aula, eles vão ter condições de perpetuar
esse trabalho”, afirma.
De acordo com o coordenador do Campus VIII, Airton Pereira, o
Café com Literatura inicia uma parceria que enriquece a faculdade.
“Isso faz parte do Programa de Formação de Professores da
Educação Básica (PARFOR), aqui na UEPA. E esse momento é importante porque
inicia um intercâmbio entre a universidade e escritores, cujas obras retratam a
beleza e toda a problemática da nossa região. A universidade só consegue
produzir conhecimento quando existe essa troca de saberes”, pontua.
E para incrementar a manhã poética, os estudantes convidaram
os autores do Projeto Tocaiúnas, realizado em novembro de 2014, quando 11
escritores de Marabá publicaram juntos uma coleção de 11 obras literárias.
Marcaram presença os artistas Adão Almeida, Creusa Salame, Katiucia Oliveira,
Evilangela Lima, Javier Di Mar-y-abá e Airton Souza.
Evilangela Lima, autora da obra “Filha dos castanhais”,
agradeceu a estudante, Waldeanne Luz, que também arquitetou o evento. Ela narrou
os desafios de publicar um livro e do valor sentimental que isso representa,
pois, foi em homenagem ao pai, um grande incentivador.
Javier Di Mar-y-abá, cantor que publicou a obra “Sob as
luzes de Argos”, agradeceu ao professor Raphael Bessas pela iniciativa. Ele tratou
do papel da universidade na produção e divulgação da arte.
Airton Souza, autor do livro “Rios que somos”, enfatizou a
necessidade dos universitários militarem em favor da arte. Ele defendeu que é
possível melhorar a sociedade com a força humanizante da arte.
Para a universitária, Waldeanne Luz, a troca de experiência
com os literatos foi importante para a turma, que é formada com alunos de
várias localidades como Itupiranga, Jacundá, Abel Figueiredo, Novo Repartimento
e São Domingos.
Após o bate-papo e café da manhã, houve um concurso de
poesias com os alunos participantes, tendo os autores convidados como
avaliadores. Quem se destacou ganhou alguns dos exemplares do Projeto
Tocaiúnas.
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