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segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

SECULT PROMOVE XI PAPO LITERÁRIO - Poetisa Katiucia Oliveira soltou o verso na Biblioteca Municipal


Katiucia Oliveira destaca arte como ferramenta para melhorar a realidade social






Secult promoveu 11 Papo Literário na Biblioteca Orlando Lima Lobo




















Airton Pereira, coordenador da UEPA,
tirou dúvidas sobre a arte de Katiucia
"Tenho a necessidade de agir sobre a realidade, com o que faço, com a arte", estas palavras são da professora e poetisa, Katiucia Oliveira, e marcaram a realização do 11º do Papo Literário, durante a noite da sexta-feira última (23). O evento promovido pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult) reuniu alunos, professores, profissionais de diversas áreas e artistas de Marabá e região, no prédio da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada ao longo da Avenida 5 de Abril, na Marabá Pioneira. 

Katiucia Oliveira reside em Marabá, é professora de Língua Portuguesa e Redação, casada e tem um casal de filhos. Como artista possui diversa produção literária, inclusive participando da publicação de dois livros que reúnem autores contemporâneos, de várias partes do Brasil. O primeiro livro de poemas, “Desverso”, foi lançado em novembro de 2014 junto ao Projeto Tocaiúnas.
Segundo o secretário de Cultura, Juvenal Crescêncio, essa linha de evento valoriza e destaca a produção dos artistas de Marabá.
Na ocasião, o mediador do bate-papo, poeta Airton Souza, procurou saber como foi o primeiro contato que a escritora teve com a leitura. 
Secretário de Cultura, Juvenal Crescêncio (à esq.),
destaca a importância dos escritores e da arte
no desenvolvimento de Marabá 
“Cresci na rua brincando de cemitério, indo pra escola pública na periferia de Belém, tempo em que os professores só começavam a explicar conteúdo depois de semanas copiando no quadro. Eu lembro de minha mãe lendo aquelas revistas Sabrina. Ela comprava, não lia pra mim, mas e eu a observava fazendo a leitura”, pontua.
Por sua vez, os caderninhos de versos, que passava nas mãos das amigas, foi o primeiro salto de escrita. E somente quando se mudou para o estado do Maranhão, ela encontrou professores encantados com a leitura, a ponto de ter incentivo para ler um livro pela primeira vez, a obra “O Caramuru”.
“A professora contou a história da Moema e aquilo mexeu muito comigo. A partir daí não lembro mais de ter parado de ler bons livros”, ressalta Oliveira.  
O encontrou foi prestigiado por Claudimar Campos, que trabalha com dramaturgia no Instituto Hosana Lopes de Abreu, pelos escritores Joelthon Ribeiro, Rose Pinheiro, Creusa Salame, e também por Airton Pereira, coordenador da Universidade Estadual do Pará (UEPA), e a advogada, Cláudia Chini.


PAPO LITERÁRIO  
Entre as curiosidades, o mediador pediu para ela comentar sobre a experiência de ter ido ao Rio Grande do Sul, participar do Congresso Brasileiro de Poesia. A poetisa relatou que apesar das dificuldades financeiras, pois precisou bancar do próprio bolso, o aprendizado prático valeu todo o investimento.
“O apoio da família, em especial do marido, foi decisivo para a viagem”, pontua.
Entre os escritores que mais influenciaram seu estilo poético está Ferreira Gullar e, quanto ao que caracteriza o tipo de poesia, a poetisa Katiucia revela que se identifica com os excluídos, com os que estão à margem da sociedade.
“Por essa identificação é que Paulo Freire e Antônio Gramsci foram fundamentais para eu continuar como educadora", acentua. 
A autora do Desverso ainda recordou a passagem pela Universidade Federal do Pará (UFPA), em Marabá, o que considerou muito significativa. Porém, foi num período em que a literatura tinha pouco espaço dentro da academia, haja vista que o curso de Letras privilegiava áreas como sociolinguística e semiótica.

“Eu gostaria de estar passando hoje, pela UNIFESSPA. O jeito que ela aborda a literatura é inigualável”, afirma. 
Na parte aberta para as curiosidades do público, o professor de História, Raimundo Nonato, perguntou qual é a necessidade do poema e do poeta.
"Eu acredito que é deixar as pessoas encantadas com a literatura. Fazer arte não por obrigação, mas por encantamento", responde.
Arlethe Ferreira fez um aparte para homenagear a artista convidada, sobre a importância que tem sobre os estudantes marabaenses.

Atualmente, Katiucia Oliveira desenvolve o projeto "Mulher em estado de poesia", junto às poetisas, Glecia Sousa e Rose Pinheiro. 









Poetisa ficou emocionada com homenagem de Dona Creusa

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