sexta-feira, 3 de abril de 2015
ESPERANÇA TOCANTINA - Aos 102 anos, Marabá tem rio de sonhos que são ou não são
Barreto ressalta impacto negativo por causa da exploração ilegal, que inicia desde a ponta do Cabelo Seco |
Moradores da ponta do Cabelo Seco, Ademar Ferreira, Raimundo
Coelho e Reginaldo Santos comparam os anos de pesca que
já tiveram no Rio Tocantins. "Hoje o peixe já não dá".
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A história dos rios que costuram
a cidade de Marabá, metrópole de Carajás situada no sudeste do Pará, se
confunde com a biografia da população. A vida duradoura do Rio Tocantins tem
sido fonte de esperança para muitas gerações de marabaenses, que se utilizaram
dos recursos hídricos. Foi estrada para que os primeiros viajantes chegassem, foi
fonte de sobrevivência para a pesca, também foi fonte de ciclos econômicos importantes
como o diamante.
Desse rio, mais uma vez, depende o
progresso com a esperança de construção da Hidrovia Araguaia-Tocantins, etapa
fundamental para implantação de projetos como a ALPA – Aços Laminados do Pará,
e servir à escoação da produção de outros setores para o exterior.
De acordo com José Santos
Barreto, que já atuou na presidência da associação de Moradores do Bairro Francisco
Coelho, mais conhecido como “Cabelo Seco”, há uma dupla influência do Rio
Tocantins sobre a vida da população.
“A face positiva é que o rio
contribui para o ganho, o alimento, como fonte de recurso para muitas famílias
ali. Elas ainda dependem da pesca. Isso é cultural, passado de pai para filho e
realmente tem um impacto”, afirma.
Por outro lado, há um impacto
negativo por causa da exploração ilegal que, conforme Barreto, inicia desde a
ponta do Cabelo Seco. “Existe uma extração desordenada de areia, seixo e outros
materiais, feito por diversas balsas. E isso tem destruído e alterado a
geografia. Ocorre um processo de erosão intenso ali. Então, devia ser um ponto
turístico, mas isso é pouco lembrado”, observa.
Barreto, inclusive, já fez
registros e produziu um documento, no formato de denúncia, levado ao Ministério
Público do Pará.
Muitas pessoas ainda necessitam
das águas tocantinas para a sobrevivência, bem mais árdua nos dias de hoje. Assim
contam três moradores da Marabá Pioneira, entrevistados na última quarta-feira
(1).
Para o trabalhador de construção
civil, Ademar Ferreira, de 45 anos, nesse mesmo período do ano havia mais
peixe, mais pesca, isso há pouco mais de uma década.
Ferreira é natural de Araguaína, município
localizado no estado do Tocantins, e reside em Marabá há 22 anos. Junto dele
estava Raimundo Coelho, nascido em Marabá, que fala do alto dos seus 70 anos.
“Num está dando nem pra comer,
tem dias. Está acabando peixe. Há vinte anos atrás tinha peixe demais nesse
período”, ressalta.
Reginaldo Santos, que é sobrinho
de Barreto, também acompanhava a dupla. Embora seja bem mais novo que os
amigos, apenas 28, ele já entende o que provoca essa situação. “Tem muito
pescador com rede de arrasta, que pega os peixes pequenos. Daí, eles não
crescem”, pontua.
HIDROVIA AINDA NÃO FAZ PARTE DO PIL
O Rio Tocantins, novamente, está
em debate otimista como progresso da região, através das obras em torno da
Hidrovia Araguaia-Tocantins.
O novo modelo de transporte para
o Brasil foi citado pela ministra da Agricultura, a senadora Katia Abreu
(PMDB), em recente audiência pública, realizada em 25 de março na Câmara dos
Deputados em Brasília (DF). Na ocasião, deputados paraenses cobraram a hidrovia
Araguaia-Tocantins. O Governo Federal investiu mais de R$ 1 Bilhão para fazer
as eclusas de Tucuruí (PA), há quatro anos, mas, paralelo a isso, nada investiu
para construir o canal da hidrovia.
Segundo o Deputado Federal, Josué
Bengtson (PTB), isso é o mesmo que fazer o “Maracanã sem gramado”.
“Então, nós temos uma eclusa que
não funciona e continuamos com o Pedral do Lourenço, que não permite passar as
barcaças, o que encurtaria em milhares de quilômetros às nossas exportações,
deixando de termos que ir lá em Santos ou Paranaguá”, enfatizou o deputado, na
comissão de agricultura.
Se o canal existisse, toda a
produção de estados como Tocantins, Goiás, Mato Grosso do Sul e Pará desceria
pela hidrovia até o Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena (PA), e
sairia pelo Rio Amazonas.
No entanto, a ministra apresentou
outros projetos do PAC, que se referem à construção de ferrovias. Ainda está em
fase de estudo a inclusão de hidrovias no Plano de Investimentos em Logística
(PIL), que desde 2012 engloba ferrovias, rodovias e portos.
Katia Abreu tratou do custo nas
saídas para se chegar à China e até Roterdã, nos países baixos, mostrando dois
mapas, um deles com progressão de como seria o Brasil daqui a cinco anos.
“Por exemplo, para sair de Lucas
do Rio Verde, usando um pouco de rodovia, e uma parte de hidrovia, para chegar
até Roterdã e China. E nesse outro mapa, se nós fizéssemos a ferrovia, que sai
de Cuiabá (MT) a Rondonópolis, passando em Sinop e indo até Miritituba (PA).
Então, usando rodovia e hidrovia e indo para os mesmos lugares, temos uma
economia de 30 a 40 reais a tonelada”, detalhou.
quarta-feira, 1 de abril de 2015
UNIFESSPA - Primeira turma de Artes Visuais trabalha paisagens históricas de Marabá
Professor Alixa Santos orienta acadêmicos em aula
prática que permite contato direto com arte
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Produções dos universitários farão parte de amostra |
Vários locais do núcleo Marabá Pioneira ganharam forma e
relevo através das produções dos universitários. Eles trabalharam a técnica da
pintura aquarela.
Segundo o Alixa Santos, Marabá possui muitos lugares que podem
servir de elementos para a expressão artística.
“Viemos pintando desde a Praça Cipriano Santos, entrando nas
ruas para captar detalhes e experimentar a pintura de forma prática”, ressalta.
A reportagem acompanhou os acadêmicos, enquanto efetuavam
mais um exercício de captação na Rua 5 de Abril. Eles estavam sentados na
calçada do Jornal Folha do Pará, registrando a frente de uma residência.
“A cidade teve origem nesse espaço, então, a arquitetura
mais antiga faz parte deste lugar e também é mais expressiva. Ela permite o
contato com a história”, enfatiza.
De acordo com Rildo Brasil, um dos integrantes da turma que
vai completar 50 anos, sair de dentro das salas da faculdade, para estudar a
vida da cidade, ganha um ar diferente no processo de aprendizado.
“Participar de aula na rua é a melhor que tem. Você trabalha
com mais liberdade, se sente livre pra fazer as produções artísticas”, acentua.
segunda-feira, 30 de março de 2015
SEXTA-FEIRA - Dia 3 de abril acontece 2ª Família ao Pé da Cruz, Ginásio da Escola Irmã Theodora
Na próxima sexta-feira, dia 3 de abril, ocorre a 2ª Família ao Pé da Cruz, um evento evangelístico realizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular no Bairro Independência.
O encontro de fé inicia a partir das 18h, sob as dependências do Ginásio Nonatinho, mais conhecido como a quadra de esportes da Escola Irmã Theodora, localizada ao longo da Avenida Paraíso no Bairro Liberdade, logo após a Praça Pública.
Em 2015, o tema central dessa 2ª edição evento é "Jesus, o sacrifício que nos traz a paz". O casal de pastores superintendentes da IEQ - Campus 2 de Marabá, Ronisteu Araújo e Rosilene Araújo, estarão orando e ministrando sobre a vida de todas as famílias que comparecerem ao encontro.
Pela fé no poder de Deus, Ronisteu Araújo vai pregar a mensagem de Jesus Cristo, como o verdadeiro sentido da Páscoa.
A programação da Família ao Pé da Cruz também engloba a participação de diversos ministérios da igreja. A recepção do corpo diaconal, apresentação de artes como teatro e dança, louvor e pregação do Evangelho.
No local, ainda haverá a venda de alimentos sortidos e pratos específicos para criança, jovens e adultos.
Essa reunião especial ocorre uma vez por ano e todas as famílias dos vários núcleos da cidade de Marabá estão convidados. A entrada é franca.
PÁSCOA - Chocolates caseiros são mais baratos. Já preços de marca variam de R$ 29,90 a 242,90
Ritmo de compras ainda é pequeno no início da Semana Pascal
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Público já está avaliando qualidade e preços dos ovos de páscoa |
Rafaela tira um tempinho para conferir ovos de páscoa |
Nesta segunda-feira (30) a
reportagem foi averiguar como está o interesse do público. E neste início de
semana, embora os preços e qualidades dos ovos sejam variados, o pique dos
consumidores ainda não se intensificou.
No Bairro Jardim Bela Vista,
situado no núcleo Cidade Nova, um dos poucos estabelecimentos onde pode-se
encontrar a guloseima, preferida na semana da Páscoa, é o Nacional Alimentos. Na
ocasião, a estudante adolescente, Rafaela Barros, estava reparando na qualidade
dos ovos.
A funcionária do mercadinho, Sandra
Barros, informou que a margem de preços nas peças de chocolates é bastante
acessível. O ovo mais barato, de fabricação caseira, custa R$ 3,50, enquanto o
mais caro chega a R$ 39,00 e pesando em média 330g, como o Lacta da marca
Nestlé.
O mercadinho é localizado na Rua
Goiás, numa parte considerada periferia da cidade e, comparando com ano passado,
nesse período já tinha vendido muito mais unidades, ressalta Barros.
Na Marabá Pioneira, Vaniele
Barbosa, atendente na Cacau Show, loja especializada no ramo de doces, relatou a grande diversidade. O espaço é situado
na Avenida Nagib Mutran e conta com mais de 100 tipos entre balas, ovos,
chocolates, bombons e barras.
Barbosa apresentou à reportagem a
última unidade do chocolate "Clássicos", que pesa quase 3 Kg. Por ser
“gigante” no tamanho, a peça não é menos gigante no preço e sai por R$ 242,90. Constituído
de bombons sortidos, entre sabores como cereja, avelã e chocolate ao leite, a
linha Clássicos também dispõe aos consumidores ovos de 800g, por uma cifra
menor, apenas R$ 74,90.
No local, quem estava especulando
os preços na companhia das amigas era a cliente, Francinete Alves. Questionada
sobre a predileção dela, acabou revelando que gosta de todos os sabores de ovos
de páscoa, menos os amargos.
Ainda na Cacau Show, os ovos mais
baratos, 29,90, são chamados de "Sintonia", feito de chocolate ao
leite e repleto de bombons com recheio sabor castanha.
O movimento foi também avaliado
como menor, haja vista que em 2014, antes de terminar o mês de março boa parte
do estoque havia sido vendido.
Na Nova Marabá, outro local com
grande variedade de ovos e preços é a Lojas Americanas, que fica no Shopping
Pátio Marabá, sito na Rodovia Transamazônica.
A promoção do ovo “Top milk” é uma das mais atrativas. A unidade vale R$
6,99, mas na compra de três peças, ela saem por 5,99 cada.
Entre os mais apreciados estão os
“Ovos Alpino” (Nestle) de 350g, que custam R$ 34,99, ou os de 700g que valem R$
69,99. Já o “Ovo Nestle Especialidades”, de 375g, sai por R$ 42, 99 e o de 750g
por 74,99. Ovos Garoto de 726g e de 215g não aparecem o preço na embalagem que
estão no corredor, porém existe uma tabela de preços exposta no início do
corredor da loja. Há ainda ovos com chocolate da linha Garoto Talento (375g),
Seranata (355g), Jolie Pet (175g), Crocante (275g) e Baton (196g).
Os amantes de chocolate que
quiserem incrementar podem adquirir a tradicional caixa de chocolate com 355g.
A unidade do Lacta (variedades) vale R$ 8,99, a caixa Garoto 6,99 e, por sua
vez, a caixa Nestlé 6,99.
A estudante do ensino médio na
Escola Estadual Gaspar Viana, Fernanda Santos, e o estudante de Direito na
Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), Airton Barbosa,
enfatizaram que embora apreciem as guloseimas, o sentido da Páscoa só é valido quando
vão com a família para a igreja.
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