NACIONAL ENERGY

segunda-feira, 15 de novembro de 2021

UNIFESSPA - DISSERTAÇÃO: "A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM CRIANÇA MIGUILIM" - ANDERSON DAMASCENO

Ilustração de Simone Matias

 

 









Anderson Damasceno

Minha dissertação de mestrado está disponível no site da UNIFESSPA. O texto trata d'A CONSTRUÇÃO DA PERSONAGEM CRIANÇA MIGUILIM.

Nele, faço uma abordagem estético-filosófica sobre a infância de um dos melhores personagens de João Guimarães Rosa, considerando as análises das professoras Beth Brait e Márcia Cabral da Silva.

Também baseio meus questionamentos especialmente nas reflexões do filósofo paraense Benedito Nunes e dos saudosos professores Antonio Cândido, Alfredo Bosi e Anatol Rosenfeld.  

Confira o resumo da obra abaixo.

 

RESUMO

O texto apresentado realiza levantamento crítico acerca dos procedimentos de construção do texto literário, com foco na técnica em torno da personagem, buscando elucidar de que modo essa microestrutura atinge certo grau de beleza (estética e simbólica) a ser experienciada no processo de leitura.

A partir disso, a pesquisa procura sedimentar reflexões sobre a relação entre arte e realidade, noção de infância e processo de humanização, através do recorte e análise de episódios que colocam em relevo a personagem criança Miguilim, protagonista da novela Campo Geral, texto artístico que integra a obra Manuelzão e Miguilim, do escritor brasileiro João Guimarães Rosa.

Observa-se, portanto, a aplicação de conceitos e postulados da Crítica Literária, Filosofia e Artes, que contribuem para a compreensão da narrativa rosiana. Para tanto, foi empregado material teórico ancorado em Massaud Moisés (2007) e Beth Brait (1999), Cândida Vilares Gancho (2001), Anatol Rosenfeld (2006), Alfredo Bosi (2003; 2006), Antonio Candido (1995; 2006; 2007), Márcia Cabral da Silva (2010) e Benedito Nunes (2001; 2013).

domingo, 14 de novembro de 2021

NACIONAL ENERGY – Proprietários, Raimundo e Mirtes, contam sua história: “Começou na sala de casa”


 

 








Anderson Damasceno 

Raimundo Oliveira e Mirtes Souza, proprietários da Nacional Energy – empresa que faz da energia solar seu Core Business – tecem em primeira mão relatos de uma história de sucesso que começou pequena, dentro de casa.

"A gente começou na sala de casa, nosso trabalho de energia solar. Antes disso, eu trabalhava no ramo de refrigeração. O que me fez mudar de ramo foi ver a dificuldade das pessoas em pagar contas abusivas de energia. Às vezes, o cliente já tinha um ar-condicionado e queria colocar outro no quarto dos filhos, mas, o que que ele pensava? Na energia que ia ser bem alta. Eu ficava triste vendo histórias assim.

Quando surgiu a energia solar e vi seus benefícios, decidi buscar essa tecnologia, esse conhecimento. Porque, para mim, ia ser uma felicidade ver as famílias colocando energia solar e se livrando dos abusos, dos preços exorbitantes. Então, surgiram os treinamentos fora e fui procurar aprender, trazer para Marabá.

Quando iniciei, foi tudo muito difícil porque as pessoas não acreditavam. Bati nas portas das casas, corri de um lado pro outro. Eu já tinha o equipamento, tinha o conhecimento e tinha a solução que as pessoas precisavam, mas muitos clientes não acreditavam que realmente ia funcionar.

Então, o que eu fiz? Tracei uma estratégia. Vendi as primeiras placas voltaicas praticamente a preço de custo, sem ter lucro. Isso porque muitos clientes perguntavam se eu já tinha algum instalado e queriam ir lá ver de perto como era. Mas não havia nenhum. Por isso tive a ideia de vender um a qualquer custo, para servir de demonstração aos meus novos clientes. E deu certo. Consegui o cliente e dei esse grande desconto. Fechamos o acordo, instalei o sistema e começou a funcionar com toda qualidade.

A partir disso, comecei a levar outros clientes para ver o sistema de captação da energia solar funcionando ao vivo. As pessoas começaram a acreditar, elas viram a realidade, o quanto se economiza a cada mês. Foi aí que começamos a vender kits para outros clientes. Recordo que no oitavo cliente, com o sistema já instalado, as pessoas já ficaram sabendo e nem queriam mais ir ver. Então, foi o grande start das vendas.

Apostei muito nesse mercado, começando ali mesmo na sala de casa. Como a energia é algo consumido por todos os públicos, tanto pelo pessoal de baixa renda quanto de alta renda, veio aquele pensamento de que eu precisava abrir um escritório. Pois, já tinha alguns contatos de pessoas querendo um projeto de R$ 200 mil ou R$ 300 mil, e na hora de ser atendido pessoalmente faltava aquela estrutura, para não ter que atender os clientes, assim, na porta da sua casa. Era necessário um local próprio para fazer vendas.

Investi pesado no nosso escritório. Lá tem as poltronas, a estética e os equipamentos para apreciação. Vai a pessoa dona de um imóvel, vai o empresário, o advogado, o juiz. Eu tiro por mim, quando vou num estabelecimento fazer uma compra alta, observo a estrutura do local, a forma que sou recebido, a quanto tempo atuam no mercado. Ainda mais quando você vai fazer seu investimento, colocar seu dinheiro na conta daquela empresa. Se eu vejo tudo isso, também sei que as pessoas olham pra mim e pra Nacional Energy. Inicialmente, boa parte do recurso que entrava era para dar a verdadeira cara da nossa empresa.

A parte de treinamento de equipe de vendas e ampliação da técnica também foram fases fundamentais. Treinei recepcionistas, vendedores, técnicos. Antes, era eu quem fazia vendas, instalava, colhia as informações para se fazer o projeto. Fazia praticamente tudo, até me custando as madrugadas. O cansaço extremo era inevitável. Mas Deus me dava forças, pois ainda tinha minhas atividades dentro da igreja, dentro da minha família. Hoje em dia, quem vê onde a pessoa está muitas vezes não enxerga o sacrifício por trás. Quantas vezes minha esposa foi dormir e eu ficava na sala, estudando, batendo cabeça, pensando em como que ia fazer as coisas no dia seguinte. Criar as propostas para os clientes, eliminar os erros ao longo do processo. Treinar pessoas para cada função, mas de modo que todos ali trabalhassem pela qualidade do produto que colocamos no mercado.

Minha visão era maior que esse escritório, em Marabá. Porém, para que isso acontecesse, eu precisava sair, viajar, conhecer mais desse mercado. Foi aí que implantei tudo aquilo que aprendi nas células da minha igreja. O líder tem suas fases para treinar toda a equipe. Aquela célula começa acontecer, então o líder sai, cria uma nova célula. Trabalha com relatórios, datas, números. Aprende a visualizar o amanhã, imaginar como vai ser o próximo passo. A Igreja do Evangelho Quadrangular me ajudou muito a moldar minha visão empresarial. Treinei a equipe de Marabá e fui abrir uma filial em Santarém. Cheguei lá e treinei gerente, as equipes. E agora estamos preparando para inaugurar a filial de Novo Repartimento.

Enfim, as coisas continuam acontecendo, e continuo fazendo a obra de Deus. Faço minhas viagens para ampliar essa visão. Então, mesmo que as pessoas olhem e não consigam enxergar todo o tempo e trabalho que investi, as noites de sono perdido, os muitos nãos ouvidos, até a falta de encorajamento que a gente pensa que vai encontrar em alguns amigos. Mas, eu apostei, acreditei". 

domingo, 7 de novembro de 2021

POEMA - O PIOR DOS POETAS

 O pior dos poetas (Anderson Damasceno)

 

O pior dos poetas...

Seria nunca dizerem a verdade?

Embora tanta gente se sinta tomada por completo,

Diante de uma estrofe,

De um título

Ou de um pequeno verso?

 

O pior dos poetas...

Seria os que já morreram?

Ainda que suas palavras,

Suas mentes,

Seus pensamentos,

Parecem continuar tão vivos em nossos sentimentos,

Em nossos momentos de graça,

E em nossos momentos de dor?

 

O pior dos poetas...

 

Não.

Não é nada disso.

Não é nada de tudo isso.

 

O pior dos poetas...

No fim de contas,

Somos eu e você.

 

Somos você e eu,

Quando os lemos e os ouvimos,

Quando os vemos e os pensamos,

E não lhes damos, naquilo que dizem, aquilo que é.

E não os lemos, com as palavras que dizem, aquilo que é.


A falta de interpretação, esta sangria,

Impedimento,

Esvaziamento dos corações,

Hemorragiando a beleza das palavras que alimentam as almas,

Matando os espantos,

Mantendo as escamas d’olhos que Jesus tanto e tenta tirar.


sábado, 6 de novembro de 2021

ENEM 2021/2022 – QUESTÕES DESAFIO DE LINGUAGENS


 

 






Competência de área 6 – Compreender e usar os sistemas simbólicos das diferentes linguagens como meios de organização cognitiva da realidade pela constituição de significados, expressão, comunicação e informação.

H18 – Identificar os elementos que concorrem para a progressão temática e para a organização e estruturação de textos de diferentes gêneros e tipos.

H19 – Analisar a função da linguagem predominante nos textos em situações específicas de interlocução.

H20 – Reconhecer a importância do patrimônio linguístico para a preservação da memória e da identidade nacional.

Competência de área 7 – Confrontar opiniões e pontos de vista sobre as diferentes linguagens e suas manifestações específicas.

H22 – Relacionar, em diferentes textos, opiniões, temas, assuntos e recursos linguísticos.


Atividades 1

(ENEM 2021) Textos para as questões 1 a 5.

TEXTO I

Nota de Repúdio

Atenciosamente, eu e meu coração

 

Através desse

Venho comunicar

Que quem eu chamava de amor

Semana passada veio a me largar

 

Por intermédio de alguém

Na noite de ontem fui notificado

Que ela tava com alguém

Visivelmente apaixonados

 

Eu venho a público manifestar minha indignação

Nota de repúdio pra quem não dá valor a um coração

Uma semana é pouco demais para ter me trocado

Eu saí prejudicado

Gustavo Lima

Disponível em: https://www.letras.mus.br

Acesso em: 06 nov. 2021 (adaptado).

TEXTO II

Era uma vez

Era uma vez, o amor.

Era uma vez, o egoísmo.

E eles se encontraram,

E o amor se apresentou:

– Muito prazer, eu me chamo amor.

O egoísmo também disse:

– Que bom! Eu também me chamo amor!

Que alegria para o amor.

E o amor não deixou por menos,

Deu-se totalmente.

Então, o egoísmo caiu em si,

Entendeu que não era páreo para o amor,

Partiu...

Deixando uma ferida incurável.

[...]

FILHO. Moreira. À tua procura. Belém/Marabá:  LiteraCidade, 2015 (fragmento).

1. Na elaboração dos textos acima, há em comum a utilização do seguinte recurso linguístico:

A) Intertextualidade.

B) Intertextualidade intergêneros.

C) Ambiguidade.

D) Polissemia.

E) Pronominalização.

 

2. Considerando-se os elementos de hibridismo no plano composicional, é possível identificar nos textos I e II, respectivamente, enunciados pertinentes a:

A) canção, nota de repúdio, poema e conto maravilhoso.

B) notificação judicial, desabafo, poema e conto de fadas.

C) declaração, diário, romance e conto fantástico.

D) nota de repúdio, carta, confissão e conto maravilhoso.

E) Carta aberta, confissão, poema e conto de fadas.

 

3. Os modos de organização do discurso estão relacionados ao propósito comunicativo, ao plano composicional e ao estilo dos enunciados. Tanto na canção quanto no poema, as sequências textuais apresentam similaridades quanto ao modo

A) descritivo.

B) narrativo.

C) dialogal.

D) injuntivo.

E) argumentativo.

 

4. Na canção e no poema predominam, respectivamente, as funções da linguagem:

A) expressiva e poética.

B) referencial e estética.

C) metalinguística e apelativa.

D) expressiva e fática.

E) emotiva e referencial.

 

5. Nos trechos destacados em itálico, ocorre, respectivamente, o emprego das sequências

A) descritiva e argumentativa.

B) narrativa e conversacional.

C) dialogal e injuntiva.

D) injuntiva e narrativa.

E) argumentativa e dialogal.

 

 

Atividades 2

1. (ENEM 2019)

Blues da piedade

Vamos pedir piedade

Senhor, piedade

Pra essa gente careta e covarde

Vamos pedir piedade

Senhor, piedade

Lhes dê grandeza e um pouco de coragem

CAZUZA. Cazuza: o poeta não morreu. Rio de Janeiro: Universal Music, 2000 (fragmento).

Todo gênero apresenta elementos constitutivos que condicionam seu uso em sociedade. A letra de canção identifica-se com o gênero ladainha, essencialmente, pela utilização da sequência textual

A) expositiva, por discorrer sobre um dado tema.

B) narrativa, por apresentar uma cadeia de ações.

C) injuntiva, por chamar o interlocutor à participação.

D) descritiva, por enumerar características de um personagem.

E argumentativa, por incitar o leitor a uma tomada de atitude.

 

2. (ENEM 2019)














Disponível em: www.tecmundo.com.br.Acesso em: 10 dez. 2018 (adaptado).

O texto tem o formato de uma carta de jogo e apresenta dados a respeito de Marcelo Gleiser, premiado pesquisador brasileiro da atualidade. Essa apresentação subverte um gênero textual ao

A) vincular áreas distintas do conhecimento.

B) evidenciar a formação acadêmica do pesquisador.

C) relacionar o universo lúdico a informações biográficas.

D) especificar as contribuições mais conhecidas do pesquisador.

E) destacar o nome do pesquisador e sua imagem no início do texto.

 

3. (ENEM 2020)

Mulher tem coração clinicamente partido após morte de cachorro

Como explica o The New England Journal of Medicine, a paciente, chamada Joanie Simpson, tinha sinais de infarto, como dores no peito e pressão alta, e apresentava problemas nas artérias coronárias. Ao fazerem um ecocardiograma, os médicos encontraram o problema: cardiomiopatia de Takotsubo, conhecida como síndrome do coração partido.

Essa condição médica tipicamente acontece com mulheres em fase pós-menstrual e pode ser precedida por um evento muito estressante ou emotivo. Nesses casos, o coração apresenta um movimento discinético transitório da parede anterior do ventrículo esquerdo, com acentuação da cinética da base ventricular, de acordo com um artigo médico brasileiro que relata um caso semelhante. Simpson foi encaminhada para casa após dois dias e passou a tomar medicamentos regulares.

Ao Washington Post, ela contou que estava quase inconsolável após a perda do seu animal de estimação, um cão da raça yorkshire terrier. Recuperada após cerca de um ano, ela diz que não abrirá mão de ter um animal

de estimação porque aprecia a companhia e o amor que os cachorros dão aos humanos. O caso aconteceu em Houston, nos Estados Unidos.

Disponível em: https://exame.abril.com.br. Acesso em: 1 dez. 2017.

Pelas características do texto lido, que trata das consequências da perda de um animal de estimação, considera-se que ele se enquadra no gênero

A) conto, pois exibe a história de vida de Joanie Simpson.

B) depoimento, pois expõe o sofrimento da dona do animal.

C) reportagem, pois discute cientificamente a cardiomiopatia.

D) relato, pois narra um fato estressante vivido pela paciente.

E) notícia, pois divulga fatos sobre a síndrome do coração partido.

 

4. (ENEM 2020)

Caminhando contra o vento,

Sem lenço e sem documento

No sol de quase dezembro

Eu vou

O sol se reparte em crimes

Espaçonaves, guerrilhas

Em cardinales bonitas

Eu vou

Em caras de presidentes

Em grandes beijos de amor

Em dentes, pernas, bandeiras

Bombas e Brigitte Bardot

O sol nas bancas de revista

Me enche de alegria e preguiça

Quem lê tanta notícia

Eu vou

VELOSO, C. Alegria, alegria. In: Caetano Veloso.São Paulo: Phillips, 1967 (fragmento).

É comum coexistirem sequências tipológicas em um mesmo gênero textual. Nesse fragmento, os tipos textuais que se destacam na organização temática são

A) descritivo e argumentativo, pois o enunciador detalha cada lugar por onde passa, argumentando contra a

violência urbana.

B) dissertativo e argumentativo, pois o enunciador apresenta seu ponto de vista sobre as notícias relativas à cidade.

C) expositivo e injuntivo, pois o enunciador fala de seus estados físicos e psicológicos e interage com a mulher amada.

D) narrativo e descritivo, pois o enunciador conta sobre suas andanças pelas ruas da cidade ao mesmo tempo que a descreve.

E) narrativo e injuntivo, pois o enunciador ensina o interlocutor como andar pelas ruas da cidade contando sobre sua própria experiência.

 

5. (ENEM 2018)

A trajetória de Liesel Meminger é contada por uma narradora mórbida, surpreendentemente simpática. Ao perceber que a pequena ladra de livros lhe escapa, a Morte afeiçoa-se à menina e rastreia suas pegadas de 1939 a 1943. Traços de uma sobrevivente: a mãe comunista, perseguida pelo nazismo, envia Liesel e o irmão para o subúrbio pobre de uma cidade alemã, onde um casal se dispõe a adotá-los por dinheiro. O garoto morre no trajeto e é enterrado por um coveiro que deixa cair um livro na neve. É o primeiro de uma série que a menina vai surrupiar ao longo dos anos. O único vínculo com a família é esta obra, que ela ainda não sabe ler. A vida ao redor é a pseudorrealidade criada em torno do culto a Hitler na Segunda Guerra. Ela assiste à eufórica celebração do aniversário do Führer pela vizinhança. A Morte, perplexa diante da violência humana, dá um tom leve e divertido à narrativa deste duro confronto entre a infância perdida e a crueldade do mundo adulto, um sucesso absoluto – e raro – de crítica e público.

Disponível em: www.odevoradordelivros.com. Acesso em: 24jun. 2014

Os gêneros textuais podem ser caracterizados, dentre outros fatores, por seus objetivos. Esse fragmento é um(a)

A) reportagem, pois busca convencer o interlocutor da tese defendida ao longo do texto.

B) resumo, pois promove o contato rápido do leitor com uma informação desconhecida.

C) sinopse, pois sintetiza as informações relevantes de uma obra de modo impessoal.

D) instrução, pois ensina algo por meio de explicações sobre uma obra específica.

E) resenha, pois apresenta uma produção intelectual de forma crítica.

 

6. (ENEM 2018)

Certa vez minha mãe surrou-me com uma corda nodosa que me pintou as costas de manchas sangrentas. Moído, virando a cabeça com dificuldade, eu distinguia nas costelas grandes lanhos vermelhos. Deitaram-me, enrolaram-me em panos molhados com água de sal – e houve uma discussão na família. Minha avó, que nos visitava, condenou o procedimento da filha e esta afligiu-se. Irritada, ferira-me ã toa, sem querer. Não guardei ódio a minha mãe: o culpado era o nó.

RAMOS, G. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1998.

Num texto narrativo, a sequência dos fatos contribui para a progressão temática. No fragmento, esse processo é indicado pela

A) alternância das pessoas do discurso que determinam o foco narrativo.

B) utilização de formas verbais que marcam tempos narrativos variados.

C) indeterminação dos sujeitos de ações que caracterizam os eventos narrados.

D) justaposição de frases que relacionam semanticamente os acontecimentos narrados.

E) recorrência de expressões adverbiais que organizam temporalmente a narrativa.

 

terça-feira, 2 de novembro de 2021

“Livro Governai inaugura marco na literatura de Marabá”, nota o vereador pr. Ronisteu sobre a obra de Evando Filho

Amigos e servidores da Justiça Federal participam da noite especial


 









Anderson Damasceno

Pastores Ronisteu e Marcos Chenne (centro)
prestigiaram lançamento da obra Governai

GOVERNAI” é o título do 1º livro escrito pelo pastor e servidor público na Justiça Federal, Evandro Filho, cujo lançamento ocorreu na sexta-feira última, dia 29 de outubro, no plenarinho da Câmara Municipal de Marabá (CMM), situada na Agrópolis do INCRA. Na ocasião, o vereador pastor Ronisteu Araújo representou o presidente da Câmara, vereador Pedro Corrêa, e avaliou que a obra “Governai” inaugura um marco na literatura de Marabá. 

“Agradeço à minha esposa, Thais, que tanto me ajudou na revisão do texto. Ela que segurava a barra enquanto eu estudava, pesquisava, fazia curso, lia livros, viajava. Registro minha gratidão a Deus pela vida dela”, declara Evando Filho.

Após os agradecimentos ao público, em especial aos convidados que fizeram parte do processo confecção do livro como os pastores Paulo Bengtson e Martinho Carmona, o pastor Evandro destacou que a mensagem da obra Governai pode ser extremamente útil dentro e fora das igrejas.

“Esse livro é uma extensão da sala de aula. Tem muito a ver com aquilo que leciono no curso de Cidadania, há mais de uma década, no ITQ. Percebo a dificuldade que as pessoas de modo geral têm de encarar a política como algo bom. Por isso faço menção aos pastores e professores do ITQ que vieram prestigiar este momento”, afirma o autor.

O pastor Evando José Guimarães Martins Filho, o Vandinho – forma como é conhecido pelos amigos de longa data –, também fez deferência ao juiz federal, Marcelo Honorato, presente na noite de lançamento, bem como mencionou a participação ilustre dos colegas com que trabalha enquanto diretor da vara federal.

 

GOVERNAI – A EXPANSÃO DO REINO DE DEUS NA ESFERA POLÍTICA

Segundo o vereador pastor Ronisteu, que teve a oportunidade de ler o livro antes da publicação, o pastor Vandinho tem vasta experiência na Justiça Federal e soube modular esse conhecimento profissional com os princípios da palavra de Deus, sem se distanciar de sua praticidade e aplicabilidade. 

“Escrever não é um ofício fácil. Há muita gente por aí escrevendo bobagens. Agora, escrever com coerência, entendendo do que se fala, exige compromisso, competência e muita dedicação. Estas são qualidades que encontramos no primeiro livro do pastor, Evando Filho. Ele consegue escrever sem cair numa profundidade do assunto que impeça as pessoas de não compreenderem, mas também não escreve no nível do simplório”, constata o parlamentar que já possui cinco livros publicados. 

Ao tratar do subtítulo do livro, o pastor Evando considera que: “A expansão do reino de Deus na esfera política”, o pastor Vandinho observou que “as pessoas olham para esfera política e já criam uma aversão, porque viram que parte de política brasileira se tornou corrompida. Porém, esse não era o plano inicial”.

O autor detalha ainda que: “Não foi assim que Deus planejou e sonhou para que o reino fosse estabelecido na terra. Por isso é necessário que os cristãos, os filhos de Deus possam avançar nessa esfera. Não para impor uma teocracia a ninguém, mas para trazer os valores da graça e do reino de Deus”.

LIVRO – Para que desejar adquirir o livro, pode entrar com contato pelo telefone/celular: (91) 98103-6517 ou acessar pelas redes sociais o perfil o autor no Instagram @evandomartinsfilho