quinta-feira, 31 de março de 2022
ADVOGADO E MONARQUISTA, VINÍCIUS ALVES, ENTRA NO PTB A CONVITE DO VEREADOR PASTOR RONISTEU
segunda-feira, 28 de março de 2022
POEMA - PELOS PÉS DELA
domingo, 27 de março de 2022
RESENHA CRÍTICA – Texto “As experiências sociais disputam a vez do conhecimento” – Miguel G. Arroyo
Anderson Damasceno
Em 2022, a Secretaria Municipal de Educação de Marabá
(SEMED) apresentou calendário anual contemplando datas específicas para
realização de HP (Hora pedagógica). Uma vez por mês há esse encontro. E uma das
oportunidades de HP, estudei em grupo o texto “As experiências sociais disputam a vez do conhecimento” – assinado por Miguel G. Arroyo, considerado um dos arautos
na atualidade sobre a área da Educação do Campo. Segue a abaixo, alguns
registros da resenha crítica produzida no encontro do mês de fevereiro, por mim (Prof. Me. Anderson Damasceno).
Logo nas primeiras linhas do texto – dedicado a tecer
reflexões substanciais à prática pedagógica e professoral –, é perceptível que
o eixo estudado na 1ª Unidade Letiva da Escola Municipal Carlos Marighella,
intitulado: “O campo e as histórias de vida”, está bem “contemporanizado”. Ou
seja, esse eixo dialoga com projetos e tendências de coletivos de profissionais,
cientistas da educação e da academia, que são considerados a urgência do momento.
Urgência de um momento que tem sido bastante longo. Vejamos,
diminuir os abismos entre teoria e prática. Ir além do senso comum. Avaliar se
a seguinte hierarquização/“equação” do conhecimento é preconceituosa: Conhecimentos
nobres (produzidos nas universidades) > Conhecimentos elementares (produzidos
no chão das escolas)?
Ainda no início da leitura e discussão em grupo, questionamos
se há ou não a condição mínima de trabalho. Isto é, se a condição de trabalho
dos professores, de modo geral, ajuda para que eles possam fazer ciência,
sistematizar saberes produzidos no chão da sala de aula, sistematizar as
experiências dos alunos, em resumo, trabalhar com o “material vivo” do dia, as
experiências sociais. Tudo isso, com o mesmo tempo de hora/aula (200 h/a) e sem
deixar de aplicar seus planejamentos paras turmas.
Outro ponto do texto aponta que injustiça social gera
injustiça cognitiva. Daí surgiu outra questão, a BNCC (Base Nacional Comum
Curricular) vai se impor à produção científica do professor a partir das
experiências sociais com os educandos? Em outras palavras, a BNCC não dá contar
de abarcar todas as realidades possíveis e todos os educandos do país. E não
seria raro um professor pesquisar na própria turma em que leciona, ou na
comunidade escolar em que está inserido, demandas prementes que exigem
instrumentos pedagógicos, habilidades e objetos do conhecimento que a BNCC
sequer contempla.
Arroyo sugere entender o conhecimento como plural e não de
forma hierárquica. Nesta altura,
questionamos se as provas que vêm de fora para a nossa escola – assim como
acontece em qualquer rede municipal – são contribuitivas ou deliberativas? São elas
diagnósticas – como dizem ser – ou são prescritivas?
OS CURRÍCULOS DESPERDIÇAM AS EXPERIÊNCIAS SOCIAIS
Nesse tópico, outra reflexão imensamente importante. Talvez
a mais. O currículo pode ser considerado rico se descolado das vivências dos
educandos? Afinal, se, conforme defende Arroyo, a base de todo saber é a
experiência social, os currículos superficiais, artificiais, se tornam pura
perca de tempo, de energia, de trabalho, de dinheiro e a caríssima paciência
dos professores quando se veem diante de propostas para se enxugar gelo.
Conclui Arroyo que os currículos são indícios das tensões
SPEC (sociais, políticas, econômicas e culturais) postas na sociedade.
Portanto, as normativas acabam distanciando o ensino em relação à pluralidade
do conhecimento.
OFICINAS COM OS PROFESSORES
Nossa resenha segue dialogando com Arroyo que dá a entender
que esperdiçar experiência social significa a quebra de princípio
epistemológico e provoca pobreza de conhecimento. Não existe – e é
desinteressante, desmotivador – o conhecimento produzido fora da experiência
social dos alunos e dos mestres.
O conhecimento tem sentido quando tenta responder as
indagações mais profundas dos mestres e educandos. Afinal, o que é que
desestabiliza o viver dos nossos educandos? Os interesses dos alunos e das
famílias, suas sobrevivências, são minimamente garantidos no Brasil atual? E qual
recorte desse atual?
Arroyo entende que o princípio epistemológico também é
político e pedagógico. Logo, os desenhos dos currículos não são neutros e se
submetem aos interesses SPEC.
Desse modo, compreender o currículo enquanto território de
disputa é atitude fundamental. Defendemos uma visão mais ampla do currículo, no
sentido de incrementar as experiências sociais mais determinantes da vida dos
educandos.
E para finalizar, é óbvio que como intelectual conservador como me vejo e pretendo melhorar, sei ouvir essas reflexões de cientista da educação que em muito difere do que acredito ser o melhor. Daí sigo a linha de Victor Sales Pinheiro, Paulo Francis, Adélia Prado, Otto Maria Carpeaux, Roger Scruton, Olavo de Carvalho, Pascal Bernardin e tantos outros.
RAP MARIA DA PENHA – Estudantes do 9º Ano criam canção sobre combate à violência doméstica
Anderson Damasceno
No mês de março, período em que se comemora o Dia
Internacional da Mulher (8), há uma série de iniciativas e projetos para se
conscientizar jovens, adolescentes, adultos e até mesmo as crianças sobre a
temática da violência doméstica. Sob orientação do Prof. Me. Anderson Damasceno
(Linguagens), os estudantes da turma do 9º da Escola Municipal Carlos
Marighella, situada no Assentamento 26 de Março – às proximidades da Vila
Sororó (Marabá-PA), estudaram um texto do gênero release, produzido pelo Disque
Denúncia Sudeste do Pará, no ano de 2016, data em que se completava 10 anos da lei
Maria da Penha (nº 11.340).
Nessa oportunidade, a turma foi orientada a produzir uma música de cunho informativo e de protesto, transformando o texto jornalístico, que foi estudado em sala, para a linguagem do RAP.
Confira a letra do RAP abaixo:
RAP MARIA DA PENHA
(Com informações do boletim do Disque Denúncia Sudeste do
Pará sobre os 10 da lei 11.340, no ano de 2016)
Leonardo e Kaio:
10 anos da lei Maria da Penha
Foi em 2016 é preciso que se entenda.
Crimes contra a mulher
Vamos mostrar um balanço, mostrar o que que é.
Lei 11.340,
Maria da Penha contra a violência.
Mais de 13 mulheres mortas por dia:
Brasil entre os cinco em que cresce essa agonia.
Pablo Patrik e Kauany:
Dados do sudeste do Pará:
39 municípios, você tem que se ligar.
São duas centrais em nossa região:
Marabá e Parauapebas captando informação.
Paz e esperança, tudo que ela quer,
4º lugar do ranking não é lugar de ser mulher.
Desde 2011 vem aumentando a cada dia,
Como proteger nossas mães e nossas filhas?
Kaic e Miqueias:
Conhecer o perfil dos agressores,
Estão dentro de casa os principais atores:
Mais de 72%,
Isso é um absurdo, não tem cabimento.
Marido, namorado ou ex-companheiro
Quase 90% deles são os sujeitos:
Ameaça de morte, dano físico, e verbal,
Cárcere privado e violência sexual.
Andresley e Gustavo:
Seja à luz do dia, seja na frente dos filhos,
Agressores não se importam de agir como bandidos.
O nível de violência chega a ser tão absurdo,
Usam arma branca, empurrões e socos.
Vamos falar dos bairros mais denunciados,
Nova Marabá tem a maioria dos casos:
Com 32%, seguida por Velha Marabá e
Bom Planalto com 9%.
Débora e Stela:
Diga não à violência contra a mulher,
Denuncie da forma que você quiser.
É simples e fácil, anonimato garantido.
98198-3350 WhatsApp sugerido.
Diga não à violência contra a mulher,
Denuncie da forma que você quiser.
É simples e fácil, anonimato garantido.
98198-3350 WhatsApp sugerido.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA CRIANÇAS – Professora Nayara Côrtes dirige oficina para alunos do Fundamental I sobre economia básica
Anderson Damasceno
Na tarde do dia 17 de fevereiro, os educandos 🙋🏾♂️🙋♀️ do Fundamental I participaram da “Oficina de Educação Financeira”, realizada na Escola Municipal 🏫 Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó. O encontro de estudos foi dirigido pela professora Nayara Côrtes Filgueira, que abordou, numa linguagem básica, exemplos do cotidiano para as crianças entenderem noções de valor, preço e trabalho.
Ainda naquela tarde, as turmas do 1º Segmento reuniram-se para vivenciar a oficina de introdução à educação financeira. Segundo a professora Nayara, estudar Educação Financeira junto com estudantes desde a mais tenra idade tem como objetivo apresentar os conceitos básicos de dinheiro, como surgiu a história do “cofrinho” – em formato de porco, além de considerações sobre a “reserva de emergência”.
“A segunda parte da oficina vai retomar essas noções e também criar situações em que o aluno saiba aplicar o dinheiro como se fosse brincar de supermercado. Também nessa etapa, vamos trabalhar com as crianças a construção de cofres, usando material reciclável”, observa a educadora.
A oficina foi realizada em parceria com professores👨🏻🏫👩🏾🏫 Eva, Iarles, Luzania e Clau.
As oficinas pedagógicas são estratégias didáticas que possibilitam os alunos em formação articularem a teoria e a prática. Além disso, as oficinas promovem situações de experiências significativas e espaço de aprendizagem para as crianças.
Acompanhe alguns registros da aula📸🎥🎞️📹🎙️📺