NACIONAL ENERGY

terça-feira, 7 de março de 2023

BORAPRENDER

BORAPRENDER - POEMA

Aprendemos com quem fala.
Aprendemos com quem ouve. 
Aprendemos com quem se cala.
Aprendemos com quem não ouve.

Aprende-se com as caras.
Aprende-se com o corpo.
Aprende-se com as malas.
Aprende-se com o povo.

Ensinamos dentro de casa.
Ensinamos fazendo de novo.
Ensinamos abrindo a porta.
Ensinamos tirando água do poço. 

Ensino o que trago na alma.
Ensino sobre um livro novo.
Ensino que isso tudo acaba.
Ensino a começar um outro.


Publicidade

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

FAL(H)E NA COMUNICAÇÃO

POEMA – FAL(H)E NA COMUNICAÇÃO

 

É preciso falhar...

É preciso que não se entenda.

É preciso falar...

É preciso saber o que não se pensa.

É preciso pensar o que se não sabe.

É preciso comunicar fora do esquema.

 

Digo diferente... que

Às vezes é preciso deixar que se pense.

Que eu não dê a resposta

A quem queira, ou

Que eu dê

A quem espera que me entende.

 

Às vezes é preciso dizer as coisas de um jeito diferente,

Para que as pessoas não possam entender.

E no não entender, quem sabe, buscam tentar saber.

Vai que esse é o melhor caminho!

 

Quanta vez, tentando falar igualmente,

Disseram não saber o que estava em mente,

Usando as exatas palavras que ouviram de sempre.

 

Então...

Resolvi não mais dizer o que estava em suas mentes,

Numa dimensão de que há outras coisas

E que há quem também as pense,

Mas só depois de sentir que as não entende.

 

Era possível?

Se elas não entendiam enquanto eu usava a forma do que eu sabia dizer,

E que elas ouviam as exatas palavras que sempre souberam conhecer,

Só que ninguém ao outro comunicava

A verdade mais clara do que se queria dizer.

 

Foi preciso eu falar no escuro,

Para que não me pudessem entender.

E foi assim,

Para que pudessem ter a chance de pensar,

Um outro caminho,

Para que a gente pudesse se falar.

 

Enfim,

Se digo diferente...

É pra que quem é diferente possa tentar se ver,

E me ver,

Naquilo que só era possível pelas palavras que eu não sabia dizer.



Publicidade

quarta-feira, 18 de janeiro de 2023

POEMA – AONDE VOCÊ VAI?

POEMA – AONDE VOCÊ VAI?


O verdadeiro amor lança fora todo o medo.


Entrei no meu quarto,

Fechei a porta e sentei na quina da cama.

Foi só esse tempo que tomei.

Acabei de tocar no pior dos pensamentos

E me faltou a respiração.

Na verdade, veio um fôlego mais profundo,

A necessidade de um fôlego mais profundo,

De um respirar mais lento

E profundo,

Do tipo que se tem que puxar mais ar aos pulmões.

 

Já senti isso antes,

Duas vezes de memórias lembro,

Mas já teria vivido outras sem perceber

Mesmo que de menor porte.

E agora, é um tanto mais fácil identificar quando ela vem...

A ansiedade me puxando...

 

Antes de tocar no pior dos pensamentos

Estava há bom tempo num brainstorm gerador de reclamações.

Era a murmuração,

Musiquinha infeliz fomentadora de qualquer inferno pessoal.

Na intenção de compartilhar e botar pra fora o seu peso,

Desabafava...

Abria-me por todos os lados possíveis em que sinto as pressões:

Amizades, trabalho, fé, família, projetos...

Intenções e cálculos aparentemente frustrados.

Aparentemente porque não encontrei modalizador para o mas-que-ainda-não-estão-no-seu-fim.

Isto é, ainda cabem recursos.

Abria-me com quem amo e confio,

E leva comigo o peso da vida,

Sendo eu boa parte do peso da vida levado.

 

De um lado, era tudo isso.

Do outro, era o amanhã.

Além do sentimento de desgosto,

O desabafar conseguiu desvelar a faceta da revolta

Por causa do dia de amanhã,

E toda a rotina que se passara

E novamente virá.

Quem sabe mais robusta

Porque sinto que baixei a guarda,

Erro crasso e gatilhador para a instalação dela.

 

E que caminho agora há que se trilhar?

Investir no botar um shape?

Tá na moda!

Investir ainda mais em velhos hábitos?

Um bom livro, correr e nadar...

Quem sabe reencontrar-se pelo silêncio meditativo e de fé?

Foi o que me ajudou até aqui.

Radicalizar contra uma parte das pressões que me assomam?

Uma mente cansada raramente toma boas decisões.

 

Ei?!

Aonde você vai?

domingo, 15 de janeiro de 2023

POEMA - SORRISO PRA CIMA

POEMA - SORRISO PRA CIMA (Anderson Damasceno)

Que teu sorriso nunca se apague,
Porque a vida te fez audaciosa,
Sonhadora, bela e muito mais
Cativa de teu amor próprio.

Que teu peito pulse vigorosamente.
Que tua mente nunca se perca
A não ser que esse perdimento seja
Pra você se tornar ainda você novamente.

Perdida por um tempo,
Mas sempre crendo,
Que vale a pena continuar

Pra poder se autoencontrar.
Seja num novo começo, seja no fim,
Seja em tudo aquilo que se quer ou que virá.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2022

SEMINÁRIO DE LITERATURA #1 – O ATENEU (RAUL POMPÉIA)





Anderson Damasceno 

Gosto de reservar meu canal no YouTube para vídeos sobre temas variados, coisas que me interessam, geralmente envolvendo arte, educação, fé, cultura e política. A literatura sem sombra de dúvidas tem espaço exclusivo aqui e ocupa um lugar de muito amor em meu coração, e no meu compromisso de vida com a educação, enquanto profissional, professor desde 2004. 

Nesta oportunidade, quero compartilhar um belo trabalho realizado por meus alunos do 2º ano. A apresentação ocorreu no ano de 2012, no CAM, onde lecionei por 10 anos (2006 a 2015) disciplinas como inglês, artes e literatura.

Além de ser um seminário bem produzido – que vale a pena ser compartilhado com quem gosta de estudar a Arte Literária –, esse vídeo também serve de merecida homenagem a essa garotada que nasceu pra brilhar. Não sei bem como seguiram as vidas de todos aí, mas acredito que tiveram sucesso e isto já era bastante perceptível naquele tempo.   

Sinto até uma dorzinha por não recordar de cabeça os nomes de todos entre essa meninada. Mas, acredito que aí no vídeo estão Pedro Henrique, acho que o Wilton, o Henrique César, que era filho de um grande professor do CAM quando cheguei lá em 2006 (meu primeiro emprego de carteira assinada, que lindruuu!) o Lucas, garoto que pra mim já era um filósofo adolescente, e a garota, inteligente e super excelente como pessoa – cujo único relembramento que me consta agora é o de ser filha de um pastor muito amado pela comunidade adventista.

Pedro Henrique foi o único que mantive certa proximidade ao longo dos anos por ter se tornado levita e servo dedicado a Jesus Cristo, participando da obra missionária em sua igreja (Reino). E, de modo mui breve, penso que o Wilton se tornou soldado, salvo engano, e ainda cheguei conversar com ele uma ou duas vezes já adulto. Enfim, a memória, às vezes, não ajuda tanto.

Guardo esse vídeo, fotos dessa apresentação e até o slide produzido com esmero pelos estudantes. Recordo que eu sempre dizia duas coisas pra eles: i – um dia vocês vão sentir muitas saudades desse tempo e até das broncas dos seus professores, porque muita vez é a cobrança e a exigência que eu e muitos professores têm objetiva preparar os estudantes para serem os melhores, sua melhor versão; ii – recordo que eu falava, um dia vocês serão muito famosos, pessoas nobres e reconhecidas na sociedade, e muita gente (imprensa, mídia, celebridades etc.) vai me pagar uma boa grana por esse material, do seu tempo de escola, então é bom eu guardar. Esta parte geralmente provoca risos no alunado.   

Na verdade, vasculhando HDs antigos de 10 ou 20 anos atrásss, achei vídeos de mais três grupos apresentando seminários e comunicações parecidas com a desta postagem. Acho que posso chamar esta série de “Relíquias inigualáveis do CAM”.

Aproveito aqui para deixar o link para baixar o slide em formato Powerpoint, no meu Google Drive. Já dizia Steve Jobs: “Nada se cria, tudo se copia”. E muitos estudantes podem querer aprender com ou aprimorar a pesquisa/slide feito por eles. Se duvidar, até os estudantes nos cursos de Letras pelo Brasil gostariam de ter uma apresentação tão boa quanto essa.