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segunda-feira, 6 de abril de 2015

UNIFESSPA - Jovens universitários revelam o que motivou na escolha do curso e como pretendem atuar na sociedade

Estudantes de Direito na UNIFESSPA, Maria, Thiago e Laylla
relatam experiências acadêmicas e planos profissionais



















Qual é o compromisso e a qualidade de profissionais que florescem nas faculdades? A motivação que os universitários tiveram, quando resolveram escolher o curso, e como eles planejam atuar na sociedade também são questões fundamentais. Projeto pessoal, curiosidade, preocupação com a sociedade e busca por estabilidade são apenas alguns dos elementos que mexem com as emoções e pensamentos.
A reportagem do Jornal Opinião realizou entrevista com estudantes do curso de Direito, turma 2013. Os jovens vivenciam uma formação de extrema importância para a sociedade, e já estão no 5º semestre, estudando no Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, situada na Folha 31.  
Segundo Laylla Sampaio, no Brasil é comum os jovens pensarem, antes de tudo, no bolso, mas que o interesse de ter independência não é o único. 
“Pelo que eu recordo, o fato de nossa sociedade ser extremamente capitalista, e isso nos é imposto todos os dias, eu escolhi Direito porque eu tinha uma visão de que queria algo que me proporcionasse um bom retorno financeiro e estabilidade. Mas, precisava ser algo que gostasse de fazer e tinha afinidade”, afirma.
De acordo com Maria Rita Araújo, o curso era muito mais amplo do que ela imaginava.
“Sinceramente, eu pensava que tudo terminava em tribunal do júri, tudo era Direito Penal. E quanto mais você estuda, quanto mais você avança no curso, vai desconstruindo essa ideia. É, realmente, o que a gente vê nas redes sociais, na televisão, a discussão de leis e questões penais. Então, era o que eu imaginava do curso, mas, claro que também tinha em mente o retorno financeiro”, ressalta.
Para Thiago Messias Dal Alba, o interesse por questões políticas motivaram a escolha.
“Na minha visão, o curso leva a uma profissão que conseguia casar a atividade social e política. Sempre fui muito aficionado em político. Então, eu tinha interesse em algo que pudesse unir o meu anseio”, cita.
VIDA ACADÊMICA PERMITE NOVAS EXPERIÊNCIAS
O trio de estudantes já está no quinto período do curso, o que corresponde a mais de dois anos tendo experiência com a gama de conteúdos do Direito. A reportagem procurou saber se, nesse tempo, eles descobriram em que possuem mais afinidade e o que despertou o interesse deles. 
Aos 19 anos e nascida na capital do estado do Pará, Belém, Laylla Sampaio revelou que, como a maioria dos acadêmicos, a área de Penal é muito atraente. No entanto, ela vê mais possibilidades de interesses.    
“Mas, especificando, eu acredito que podemos tirar mais que isso. Por exemplo, eu penso que posso conhecer a sociedade de uma forma não tão comum para as pessoas, apenas observando suas leis, normas e regimentos. A lei é imensamente necessária para vida do homem. Então, busco ver a sociedade de forma mais humanizada. E agora, sei melhor como utilizar o conhecimento, adquirido na faculdade, lá fora”, enfatiza. 
Também com 19 anos, mas sendo natural de Marabá (PA), Maria Araújo destaca que os estudos permitiram uma nova visão dos usos e relações que os sujeitos fazem da cidade.
“O que sinto mais afinidade tem a ver com a área de Direito Processual Penal e Direito Penal. Mas, como o curso permite uma visão mais aprofundada da sociedade, cada lugar que agora eu olho na rua, que visito, cada notícia de jornal, eu consigo associar com algo que já estudei”, considera.
Com 20 anos de idade, natural de Redenção (PA), Thiago Messias diz que o contato com a população gerou grande interesse.
“Gostei muito da experiência que tive de estágio, dentro da Defensoria Pública, fazendo atendimento ao cidadão. Como estudante, pude ver a teoria e a prática, simultaneamente. E ajuda você a construir uma visão crítica do conhecimento visto em sala. Por isso, as matérias de Direito Civil e Penal se tornaram as que mais gosto”, acentua.
INTERESSE EM ATUAR NA SOCIEDADE
O grupo de jovens acadêmicos também relatou de forma pretendem atuar após o término da formação superior. Além disso, colocaram em relevo algumas dos problemas e preocupações vigentes.
A belenense Sampaio projeta ser servidora pública e considera a qualidade no atendimento ao cidadão um princípio fundamental.
“Eu trabalho com questões previdenciárias. Quero ver cada cidadão fazendo parte do mundo que cabe a eles, tendo seus direitos atendidos”, assinala.  
A marabaense Araújo acredita que, do mesmo modo que teve experiência de estágio, planeja trabalhar no ramo da Defensoria Pública.
“Claro que posso de ideia, haja vista que ainda tem um bom tempo de curso. Então, é preocupante a falta desses profissionais que poderiam estar atendendo pessoas mais carentes. Quero ter a oportunidade de representar essas pessoas, que não tem ninguém olhando por elas”, explica.
O redencense Messias almeja continuar atuando pela Defensoria Pública, instituição pela qual criou um senso de respeito.
“No Pará, existe um déficit de quase cem defensores públicos. Nota-se que Marabá sofre com isso, pois, ainda tem um acesso lento e tardio nos processos. Muitos cidadãos não tem acesso aos direitos mínimos”, nota.












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