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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

FESTIVAL DO TEATRO BRASILEIRO - Praça São Francisco em noite de fantasia com espetáculo “Flor de Macambira”

Programa pedagógico pretende deixar legado para Marabá


































Em Marabá, a segunda apresentação do espetáculo “Flor de Macambira” movimentou a noite de centenas de pessoas, durante a última segunda-feira (10). Um palco instalado na Praça São Francisco, situada no Bairro Cidade Nova, presentou a população com uma das peças que marcam a passagem da 17ª edição do Festival do Teatro Brasileiro (FTB), que está percorrendo quatro estados em 2015. No Pará, as cidades de Marabá e Belém foram presenteadas com a ampla programação de arte.  
Nessa ocasião, o “Grupo Ser Tão Teatro” encenou, novamente, a peça Flor de Macambira, que foi prestigiada pelo grande público.
No local, a reportagem entrevistou Glauber Coradesque, coordenador pedagógico do FTB, que destacou que o festival também desenvolve uma ação educativa, trabalhando a formação de plateias em escolas públicas.
“A ideia é começar a introduzir o hábito dos alunos irem ao teatro, aproximá-los dessa arte, que a gente sabe que muitos deles conhecem pouco, ou nunca foram”, afirma.
Em todos os estados que a equipe tem passado, os profissionais presenciaram a dura realidade da falta de espaços para a dramaturgia, inclusive, de grupos que recebam incentivos para atuar.
“Pensando nisso, o idealizador do projeto, Sérgio Barcelar, criou essa ação de formação, que consiste em levar os estudantes a assistirem as peças. Mas, antes disso, há um trabalho de preparação com eles”, pontua Coradesque, que é arte-educador e especialista em mediação.
A equipe pedagógica do FTB denomina esse conjunto de atividades, envolvendo os estudantes, de “Ação em três movimentos”. Em primeiro lugar, ocorrem encontros na escola anteriores ao espetáculo, em seguida, o alunado assiste o drama, e, por fim, a equipe retorna na escola para debater com a opinião do alunado.
Esta semana, conforme o coordenador, uma intensa capacitação está sendo realizada com arte-educadores da cidade, em algumas unidades escolares como a Escola João Anastácio de Queiroz.
“A gente oferece uma formação com esses profissionais, na mediação de espetáculo de teatro, e, além disso, este ano em Marabá, estamos desenvolvendo uma ação com todos os professores de arte do município. No final do processo, com certeza eles vão poder ser multiplicadores do teatro aqui”, observa.
A poetisa da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará, Evilângela Lima, que está participando da capacitação nas escolas, esteve na pracinha, acompanhando a representação Grupo Ser Tão Teatro.
Além dela, a moradora, Elizângela Iop, assistiu encantada a bela encenação dos atores e atrizes.  

PROJETO DO FESTIVAL PLANEJA DEIXAR LEGADO PARA A POPULAÇÃO
Novamente de acordo com o pedagogo, existe também o compromisso transformar o cenário social, artístico e político da cidade. 
“Um dos objetivos do festival é deixar um legado por onde ele passa. Não quer ser só mais um evento. Pelo contrário, todas essas ações, desde as apresentações de rua ao investimento nas equipes locais, são para deixar algo que permaneça na cidade. E gere boas mudanças”, enfatiza.
Embora o panorama marabaense realmente necessite de incentivos endereçados à dramaturgia, conforme Coradesque, o teatro nunca precisou muito de um espaço para existir.
“Ele vai acontecendo de forma marginal mesmo. Mas, com certeza, uma casa para o teatro é uma presente enorme para Marabá. Esperamos que todos saibam aproveitar isso no futuro. E, depois de construído, vai ser um desafio muito grande fazer a gestão desse espaço”, considera.












   
  


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