XVI PAPO LITERÁRIO - Em Marabá, Luiz Otávio Oliani, literato do Rio de Janeiro, foi o artista convidado

  

Escritor inovou a produção poética com o Projeto “Entre-textos”

O escritor do Rio de Janeiro, Luiz Otávio Oliani, foi o artista convidado para a realização do 16º Papo Literário, evento que ocorreu na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira. O poeta publicou 5 obras e esteve em Marabá no início deste mês. O encontro contou com apoio da Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e teve como mediador o poeta, Airton Souza. 

Participou do encontro um grande público, constituído por estudantes universitários, literatos, leitores, além de artistas e produtores culturais.

Segundo Luiz Otávio Oliani, não importa os desafios que arte enfrenta, porque em todo lugar é possível fazer da poesia uma celebração.

“Quando sai de casa, não sabia o que me esperava em Marabá. Mas, uma certeza eu tinha, seria uma noite fantástica como a que está acontecendo agora. Porque, pelo pouco que eu tinha visto, nas redes sociais, sobre o trabalho que vem sendo desenvolvido aqui pelos poetas, revela a preocupação com o coletivo”, afirma.

Ao longo da conversa, o autor apresentou as obras “Entre-textos 1” e “Entre-textos 2”, em que o conteúdo promove um diálogo com escritores em vida, ressaltando que nelas há uma grande incidência de metapoemas – estilo que usa o poema para falar do próprio ato de criação poética.   

Aproveitando essa temática, a professora e poetisa de Marabá, Katiucia Oliveira, enfatizou o diálogo que Oliani faz com Salgado Maranhão, escritor de renome na atualidade, que, embora resida também no Rio, é natural do estado do Maranhão.

“De vez em quando / a poesia se insinua / Para que eu a possua. / Depois, arredia, desaparece / Como se habitasse / a outra face da lua”, destaca Oliveira, citando em seguida o texto de Oliani, “A poesia quer ser possuída / Se enrosca em mim / Me atiça me lanha / Depois, desaparece / Como foguete no espaço / Mas não me sacio / Vou atrás dela”.

Durante o encontro, o público realizou diversas perguntas ao poeta carioca. Ao longo da conversa, alguns poetas locais realizaram pequenas intervenções para declamar poemas do literato convidado.

Além do autor maranhense, Oliani colocou em relevo a obra de Olga Savary, poetisa nascida em Belém do Pará na década de 30. “Ela tem obras traduzidas internacionalmente. E, pela passagem de seus oitenta anos, sessenta deles dedicados à arte, fizemos um evento para homenageá-la. Ela ficou emocionada”, recorda.