Turma do 2º ano, na aula do professor Rafael (Sociologia), dá exemplo de organização |
Na sala 14, mal a aula encerra, estudantes fazem o vandalismo imperar |
Em maio do ano passado, o novo prédio da Escola Estadual
Professor Anísio Teixeira, situada no Bairro Cidade Nova, foi inaugurado para
atender mais de 1500 alunos. A obra de construção e ampliação – hoje com 15
salas, auditório, quadra, sala de vídeo e de artes – foi alvo de polêmica
durante quase quatros, período em que os estudantes assistiram aulas em locais
alugados, com infraestrutura de baixa ou nenhuma qualidade. Cerca de um ano e
meio se passou, e agora surgem rumores de problemas com infraestrutura,
violência e depredação do patrimônio público.
Após denúncias feitas por pais e pelos próprios alunos, a
reportagem do Jornal Opinião
procurou na tarde de ontem (7) a direção da escola, bem como o alunado e
professores, a fim de encontrar esclarecimentos para os casos.
Em primeiro lugar, informaram que em parte da estrutura
física se encontravam rachaduras nos muros ou fissuras nas paredes das salas.
Segundo a diretora, Sinara Cangussu, a infraestrutura
permanece com qualidade. Depois de fazer um percurso entre os blocos de salas,
refeitório e auditório, acompanhado pela gestora, não foi constatado sinal algum
de aberturas ou fendas.
Outra denúncia, que inflamaria diretamente os estudantes,
tem a ver com o fato das centrais de ar apresentarem falhas ou estarem
danificadas tão rapidamente.
A direção destacou que todas as centrais estão em pleno
funcionamento. Existe uma parceria com a prefeitura municipal de Marabá, que
promove a manutenção e limpeza dos equipamentos a cada seis meses.
“Elas estão refrigerando muito bem as turmas. Ocorreu um
período do ano em que as centrais estavam paradas e foi feita uma coleta em
dinheiro, com o consentimento dos pais. Mas, tudo durou pouco tempo”, relata
Cangussu.
O caso da depredação de móveis, carteiras e portas foi o
terceiro elemento. As denúncias dão conta de que são os próprios alunos que
fazem o quebra-quebra.
A diretora da unidade escolar conduziu a reportagem para
conversar com os estudantes do 2º ano médio, que assistiam aula de sociologia
com o professor, Rafael Brito. Grande parte dos alunos confirmou que há aqueles
estudantes que danificam materiais e imóveis na nave da escola e no interior
das salas.
De acordo com Michele Brito dos Santos e João Vitor, alunos
dessa turma, quem comete vandalismo, geralmente, chega “se tacando na portas”,
o que causa os danos.
Na sala seguinte não havia mais aula e fazia poucos minutos
que a turma tinha ido embora. Porém, o clima silencioso perdia para o cenário
com cadeiras e mesas reviradas no chão.
Há três anos, conforme Sinara Cangussu, a escola tem prezado
pelo diálogo com a comunidade escolar, e realizado o projeto “Pedalando pela
Paz”, a fim de conscientizar sobre o importante papel que a escola Anísio
Teixeira desempenha na sociedade marabaense.
“Temos quase mil alunos do estado e quase mil alunos do
município. É um grande desafio, mas temos alcançado resultados positivos. A
cada ano somos a escola que mais aprova no vestibular. O número de incidentes é
bem menor, se comparado a proporção de alunos que temos”, observa, enfatizando
que tanto os professores quanto direção estão, novamente, projetando um ciclo
de palestras para interagir com o alunado.
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