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quarta-feira, 7 de outubro de 2015

ESCOLA ANÍSIO TEIXEIRA - Apesar da manutenção, estudantes ainda depredam patrimônio. Palestras e projeto criam diálogo com a comunidade escolar

Turma do 2º ano, na aula do professor Rafael
(Sociologia), dá exemplo de organização





Na sala 14, mal a aula encerra, estudantes fazem o vandalismo imperar







Em maio do ano passado, o novo prédio da Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, situada no Bairro Cidade Nova, foi inaugurado para atender mais de 1500 alunos. A obra de construção e ampliação – hoje com 15 salas, auditório, quadra, sala de vídeo e de artes – foi alvo de polêmica durante quase quatros, período em que os estudantes assistiram aulas em locais alugados, com infraestrutura de baixa ou nenhuma qualidade. Cerca de um ano e meio se passou, e agora surgem rumores de problemas com infraestrutura, violência e depredação do patrimônio público. 
Após denúncias feitas por pais e pelos próprios alunos, a reportagem do Jornal Opinião procurou na tarde de ontem (7) a direção da escola, bem como o alunado e professores, a fim de encontrar esclarecimentos para os casos.
Em primeiro lugar, informaram que em parte da estrutura física se encontravam rachaduras nos muros ou fissuras nas paredes das salas.
Segundo a diretora, Sinara Cangussu, a infraestrutura permanece com qualidade. Depois de fazer um percurso entre os blocos de salas, refeitório e auditório, acompanhado pela gestora, não foi constatado sinal algum de aberturas ou fendas.
Outra denúncia, que inflamaria diretamente os estudantes, tem a ver com o fato das centrais de ar apresentarem falhas ou estarem danificadas tão rapidamente.
A direção destacou que todas as centrais estão em pleno funcionamento. Existe uma parceria com a prefeitura municipal de Marabá, que promove a manutenção e limpeza dos equipamentos a cada seis meses.
“Elas estão refrigerando muito bem as turmas. Ocorreu um período do ano em que as centrais estavam paradas e foi feita uma coleta em dinheiro, com o consentimento dos pais. Mas, tudo durou pouco tempo”, relata Cangussu.

CICLO DE DEBATES E PROJETO “PEDALANDO PELA PAZ” PROMOVEM ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA 
O caso da depredação de móveis, carteiras e portas foi o terceiro elemento. As denúncias dão conta de que são os próprios alunos que fazem o quebra-quebra.
A diretora da unidade escolar conduziu a reportagem para conversar com os estudantes do 2º ano médio, que assistiam aula de sociologia com o professor, Rafael Brito. Grande parte dos alunos confirmou que há aqueles estudantes que danificam materiais e imóveis na nave da escola e no interior das salas.
De acordo com Michele Brito dos Santos e João Vitor, alunos dessa turma, quem comete vandalismo, geralmente, chega “se tacando na portas”, o que causa os danos.
Na sala seguinte não havia mais aula e fazia poucos minutos que a turma tinha ido embora. Porém, o clima silencioso perdia para o cenário com cadeiras e mesas reviradas no chão.
Há três anos, conforme Sinara Cangussu, a escola tem prezado pelo diálogo com a comunidade escolar, e realizado o projeto “Pedalando pela Paz”, a fim de conscientizar sobre o importante papel que a escola Anísio Teixeira desempenha na sociedade marabaense.
“Temos quase mil alunos do estado e quase mil alunos do município. É um grande desafio, mas temos alcançado resultados positivos. A cada ano somos a escola que mais aprova no vestibular. O número de incidentes é bem menor, se comparado a proporção de alunos que temos”, observa, enfatizando que tanto os professores quanto direção estão, novamente, projetando um ciclo de palestras para interagir com o alunado. 

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