E foi exatamente essa "proibição" que me causou e ainda causa intriga. Digo, quem tem o poder da decidir se uma pessoa pode ou não bater uma simples foto de um prédio público?
Como repórter, meu papel era simples, realizar a captura de uma imagem de sala de aula, para ilustrar o atual período de greve, que foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Edução Pública do Pará (SINTEPP).
Chegando lá, a escola estava naturalmente deserta, sem nenhuma alma de aluno.
O servidor público que atua como agente de portaria foi gentil e me encaminhou para conversar com a única secretária presente. Fiz minha apresentação. Ela me falou que precisaria de autorização da Diretora Nilva.
Pedi o telefone e liguei para a gestora.
Na conversa, ela disse para aguardar o retorno da ligação porque precisava consultar o Conselho de Professores da Escola (na verdade, ela só disse que ia falar com o professor Eduardo) antes de decidir.
Eu entendo que Nilva poderia se sentir acuada por pensar que a foto seria usado numa matéria para criticar o movimento de greve, haja vista que trabalho num jornal.
Contudo, mesmo que o objetivo fosse este eu questiono porque alguém tem esse poder sobre a escola pública? A mim pareceu um procedimento muito ditatorial.
José Mendonça é umas das escolas mais antigas de Marabá. Já tive a alegria de participar de um culto ecumênico lá, por ocasião da minha formatura pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Só que desta vez, confesso, sai de lá me sentindo um impotente. E eis minha indignação.
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