Presidente do Conjove, Caetano dos Reis, realizou apresentação do projeto do Feirão do Imposto Nacional, na Câmara Municipal de Marabá, semana passada |
Amanhã (25), inicia o VII Feirão do Imposto Nacional com o
tema “Chega de Mão Grande”, e Marabá, mais uma vez, está dentro deste projeto
que promove diversas ações no mês de Maio. O objetivo da programação, que dura
até sábado (27), é levar a população a refletir sobre o impacto da corrupção no
dia a dia e a importância de se cobrar dos políticos o retorno dos impostos, em
forma de benefícios para a população.
O evento é realizado, simultaneamente, em mais de 100
cidades brasileiras, com a proposta de informar a população sobre a alta carga
tributária, que incide em produtos e serviços no país.
Na última semana, o 7º Feirão do Imposto foi lançado durante
cerimônia feita na Associação Comercial e Industrial de Marabá (ACIM).
Segundo Caetano Candido dos Reis Neto, presidente do Conselho
de Jovens Empresários de Marabá (CONJOVE), o Feirão do Imposto já é uma ação que
coloca Marabá em relevo no cenário nacional, fruto do envolvimento dos jovens empreendedores
e de empresas que apoiam o CONJOVE nas ações sociais, de cidadania fiscal e comercialização
de produtos sem impostos.
“Há 4 anos o CONJOVE realizada um dos maiores eventos em volume
de negociações e empresas participantes. O Feirão do Imposto é uma marca
registrada da CONAJE – Confederação Nacional dos Jovens Empresários e dos
inúmeros movimentos jovens associativistas do país, que não medem esforços para
disseminar informações tributárias de forma simplificada à população, questionando
a aplicação destes recursos”, pontua.
Neste ano, o Feirão do Imposto é realizado pela CONAJE, em
parceria com os movimentos de jovens empreendedores e empresários nos estados e
municípios, com o Ministério Público Federal – MPF e as 10 medidas contra a
corrupção, com o Movimento Brasil Eficiente – BEM, com a Confederação das
Associações Comerciais e Empresariais do Brasil – CACB e com Observatório
Social do Brasil – OSB.
Situação no Brasil
De acordo com a Organização de Transparência Internacional,
o Brasil piorou três posições no ranking sobre a percepção da corrupção no
mundo, em 2015, ficando na 79ª posição entre 176 países, ao lado de China,
Índia e Bielorússia. O estudo leva em conta outros 13 levantamentos
relacionados à corrupção realizados por instituições como Banco Mundial, World
Justice Project e Global Insight.
A corrupção interfere no retorno dos impostos em benefícios
para a sociedade, porque retira investimentos em áreas essenciais como saúde,
segurança e educação. Conforme a Organização das Nações Unidas (ONU), estima-se
que, aproximadamente, R$ 200 bilhões são desviados no Brasil, por ano. Este
valor significa três vezes o orçamento da saúde ou educação, e cinco vezes o
orçamento da segurança pública.
A corrupção também afeta a competitividade das empresas,
sendo que o Brasil perdeu mais seis posições no ranking das economias mais
competitivas do mundo, caindo para a 81ª colocação em 2016. O ranking avalia
138 países e foi divulgado pelo Fórum Econômico Mundial, em parceria com a
Fundação Dom Cabral (FDC). O levantamento é um termômetro do nível de
produtividade e das condições oferecidas pelos países para gerar oportunidades
e para que as empresas possam obter sucesso.
Além disso, a corrupção atrapalha o desenvolvimento
econômico e social. Pesquisas revelam que quanto maior o índice de corrupção,
maior será a desigualdade e menor será o desenvolvimento.
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