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domingo, 29 de setembro de 2019

SETEMBRO AMARELO – Psicóloga Lanúzia Lobo trata da prevenção ao suicídio, em palestra para jovens e suas famílias, na IEQ Independência





















Anderson Damasceno

Ontem (28), a psicóloga e analista de comportamento, Dra. Lanúzia Lobo, atendeu ao convite do casal de pastores, Ronisteu e Rosilene Araújo, para palestrar sobre questões em torno da prevenção e combate ao suicídio, tema este que ganha relevo durante as ações do Setembro Amarelo. O encontro ocorreu no prédio sede da Igreja do Evangelho Quadrangular, situado na Avenida Paraíso – Bairro Independência (núcleo Cidade Nova), e recebeu centenas de jovens e adultos. 
O evento foi gratuito e endereçado a todos que buscam entendimento, capacitação, e buscam unir forças em favor da prevenção e auxílio às pessoas, ou com sintomas depressivos, ou com inclinações ao suicídio.
Segundo Lanúzia Lobo, há fatores biológicos e culturais que desencadeiam doenças relacionadas à mente humana.
“Nós temos uma condição pior, hoje em dia, que nos deixa muito suscetíveis a certas patologias. Herdamos certos traços da biologia dos nossos pais, sejam coisas externas ou internas. Além disso, há os fatores culturais. Por exemplo, em aldeias indígenas, o suicídio é entendido de forma diferente em relação à nossa sociedade”, considera.
Antes do encerramento, a pastora Daniela Garcia coordenou um breve momento de perguntas e tiração de dúvidas, entre o público e a dra. Lanúzia.
Leia mais sobre o conteúdo da palestra nos tópicos abaixo.

EXPERIMENTOS COM ANIMAIS
Ainda segundo a psicóloga, embora as experiências com animais tenham sido proibidas e regulamentadas, os pesquisadores utilizaram, anteriormente, experimentos com cachorros, ratos, entre outros, para averiguar seus comportamentos e estímulos diante de situações estressantes. 
“Os pesquisadores detectaram que pessoas que passam por situações de vida incontroláveis como a perda de uma ou muitas pessoas da família, ou passam por situações que não conseguem resolver, acabam mudando de uma fase da vida para outra, por exemplo, da juventude à fase adulta, acreditando que nunca vão poder fazer nada”, relata Lobo.
Contudo, a dra. Lanúzia esclareceu que a ciência descobriu que era possível ajudar os pacientes a reagirem. “Há métodos específicos que a gente faz dentro da psicologia a fim de ensinar os animais a terem determinado comportamento, mesmo demorando muito tempo”, nota a psicoterapeuta, sugerindo que é possível reorientar o ser humano para sair das condições em que acha que não pode fazer nada.

PRECONCEITOS
Para a psicoterapeuta, a família e os amigos sempre podem ajudar. Existem atitudes que contribuem no tratamento das pessoas que estão sendo acompanhadas por profissionais. Ser sensível e não perder a chance de ajudar é um importante passo, porém, cuidado com os preconceitos, ou seja, dar opiniões sem entender do assunto. 
“Não sei o porquê, muitas vezes, a gente se torna juiz das pessoas. Acaba achando que é frescura e que querem só chamar a atenção. Os preconceitos e esses julgamentos só fazem com que a gente se afaste da pessoa. Então, essa oportunidade de acolher quem sofre é perdida. Toda vez que eu começar julgando, inferiorizando o outro, não consigo mais ter empatia. Não consigo me dar pela pessoa”, ressalta.

UMA “PALAVRA AMIGA” E ESPIRITUALIDADE
Embora pareça fácil, dra. Lanúzia, enquanto analista de comportamento, afirma que quem está de fora do problema alheio tem dificuldades de tratar com respeito a dor do outro.  
“Uma das coisas mais importantes na vida é ter uma palavra gentil para dizer a todos. Ou seja, validar o que aquela pessoa está sentindo. Os amigos podem ser francos e dizer: ‘Poxa, eu não sei o que está acontecendo com você, mas eu estou vendo que você está diferente. Você deve estar realmente muito triste. Deve estar sofrendo muito. Tem tantas coisas que você não está conseguindo fazer, que antes você fazia’. É só isso gente. Esse pouquinho que você diz pode servir como compreensão e acolhimento”, ensina.
Outra questão emblemática, apontada pela psicoterapeuta, tem a ver com os ensinamentos nos Evangelhos, que narram e descrevem o quanto Jesus Cristo, o Filho de Deus, conseguia socorrer as pessoas sobrecarregadas.
“Se olharmos para Jesus, veremos que com cada pecador passando no caminho, Ele se importou. E, principalmente, Jesus sabia se aproximar dos fracos. Sabia acolher e sabia validar o que a pessoa está sentindo”, defende.



























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