NA MULTIDÃO DE E(R)ROS
“Tudo dói, mas passa!”
Não
vinha com manual de instruções...
A
vida.
Nauro,
Machado.
Com
letras de analfabeto
Escrevi
não só a minha.
Rabisquei
a de outros.
Rasurei.
Alguns
me deram chance de (re)escrever.
Outros
me apagaram com a borracha.
Fecharam
seus cadernos pra mim.
Sequer
me permitiam cola.
Contudo,
Diante
de mim,
Permanecia
a minha lida.
Ninguém
nasce sabendo...
E
o menino?
É
pai do homem.
Pai
dos Machados.
Pai
de Wordsworth.
Enfim,
Não
haveria maravilha no desconhecido.
Não
haveria prazer ao se vencer o não saber.
Muito
menos o gozo de nunca saber tudo,
Saber
que o suficiente nunca é o suficiente.
Vivendo
as incompletudes.
A
sanidade do vir a ser.
A
dispersão natural.
O
melhor vai e vem!
Somos
uma folha em branco,
Entretanto,
Sei
que fui entretecido,
Magnificamente,
No
ventre de minha mãe.
As
cachoeiras não dão água.
Elas
escorrem...
Elas
só se sabem movimentos.
Seu
líquido,
Numa
vazão medida pelo maior Astro,
Banham
as cabeças.
Banham
as cabeças que nasceram sem pensar a si próprias.
Mas,
Foram
magnificamente pensadas.
E
a minha multidão?
Está
no meu livro.
Foram
esquecidos da minha mente.
Até
onde o que é erro é erro,
Ou
é aprendizado?
Durei
tanto tempo pra agregar,
Pra
ser rico como quem aprende com os erros,
Dos
outros,
De
si.
E
agora, a fronteira entre o que me é riqueza
E
o que me é memória em falta
Faz-me
questionar:
“Que
multidão! Sempre será estúpida como tantas outras?
Como
a que levantou no madeiro o Salvador?”
Antes
só...
E
segue o ditado.
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