A porta aberta do meu quarto,
A
passagem por me aguardar...
Tirando
as dores do meu peito,
Deixando
O mundo se acabar,
Ajoelhando
do mesmo jeito com
Que
outras dores pude suportar.
Tento
exprimir de mim, a mim,
Devo
expressar-me mar, e amar,
A
ninguém pude ali conduzir, porque
A
porta aberta abre em outro lugar.
Ninguém
há que possa visitar em mim
As
ondas no chão da fonte lagrimar.
Vamos
arrancando, do entulho, emoção.
A
razão de ouro, a brita, vamos cavocar,
A
mina do dia, o trabalho por carvoar...
A
tirar de mim a bruta vida do acordar.
O
minério do mundo, em jazigo, não
Poderia
ser a alma que ora trago ao lar.
Ator
é o meu chão, meu palco, que me
Prega
a peça de por ele a vida pisar.
Por
onde descanso, ele vive falando:
“De
um ato a outro, mais um ato há!”
Sigo
sabendo que pelo palco (i)mundo
Há
bem mais atores que meu quarto-lar.
Damem-se
as damas, o mundo a domar:
Violências,
vazios, crimes graves e trabalhar.
Nos
rastros deixados sobre tantos atores
Seguem-se
mais pés do que posso contar:
Na
cama, o bilionário jazigado, ou no sofá
As
almas pobres por se jazigar... – Seguem
Televisionando,
falam ao pobre mundo:
“Que
a internet, por mal ou bem, também
Segue
sendo mais um pobre lar”.
São
as mentiras que fazem chorar,
As
próprias ditas a quem se deve amar,
A
dor contida, mais um dia, ao quarto vá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário