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terça-feira, 30 de julho de 2013

Sarauistas por uma noite!


Uma galerinha diferente despontou no V Sarau da Lua Cheia, evento que levou cerca de 70 pessoas à Praia do Tucunaré, situada na Marabá Pioneira, durante a noite de sexta-feira última (26). Tranquilos, quase estóicos, cinco pessoas que confirmaram o ar eclético próprio dos lugares onde a poesia se instaura. Que vê cara e conjunto, logo concluía, são artistas.  
Cordões, pulseiras, brincos afeitos ao dom artesanal. Inclusive, tatoo – mesmo que o material fosse só pras temporárias – compunham o banquete artístico.
Há sempre que curte essas coisas, ornamentos e penduricalhos... agora, o que curti mesmo, foi uma dessas senhoritas lá, dando uma de sarauista. E foi feliz!
Ela recitou um poema com propriedade e pejo poético, o suficiente pra atrair a todos. Tô até com vontade de transcrever aqui a gravação que fiz dela. Melhor não!!! Quem perdeu, perdeu! Dê uma de sarauista no próximo encontro, programado e confirmado para o mês de agosto no Tapiri da UFPA.
Eu não sei se eram hippies, mas confesso que pensei. Uma pena não ter ido perguntar. Nem conheço nenhuma daquelas faces ali, levantando como referências os quatro sarais anteriores.
Bem, só posso afirmar que gostei de vê-los, e me admirei com o “recitar da moça graciosa”. Tive uma experiência com o gracioso, ham, Duarte Junior?! kkkk

ALMOÇO EM “FAMÍLIAS”

No domingo passado (28), meus amigos Jefferson Veloso e Merval Mendes Junior me ligaram pra fazer um convite especial. Ir a um almoço na casa de um jovem novo na fé, Ricardo, que tem ido às reuniões de uma das células de jovens.
Um lugar bem animado, com crianças brincando, louvor tocando em altura bem jovial. Isso tudo, por volta de meio-dia, e boa parte da família já estava reunida. A dona da casa que conheço apenas de vista lá na igreja – porque frequento mais o culto de jovens que o da família, seria uma das razões da pouca estreiteza.
Contudo, ela me recebeu “toda sorrisos”, cumprimentando e dizendo – “Oh, irmão Anderson... o senhor já vai dar a palavra!”.  
Fui ótimo rever naquele lar algumas pessoas bem próximas, como Marcos Lima e seu mano Maurício. E acabei descobrindo que minha namorada, Bruna Larissa, é prima do Ricardo e sobrinha de uma outra irmã que estava organizando o almoço familiar.
Antes de orarmos, Merval recebeu aquela mensagem do jovem Gil. Fui buscá-lo em casa, uma vez que, bem antes de mim, este garota muito sabia da comemoração do dia.
Eu pude agradecer a Deus Pai e orar por todos os presentes ali. Louvei a Deus e pedi que Ele guarde aquele lar, pois, a intimidade de se trazer pessoas para dentro de nossas casas é uma relação sagrada. Na oração, inclusive, lembrei da Ceia Santa feita por Cristo antes da crucificação.
Enfim, dei graças ao Pai pelo farto e saboroso alimento ali na mesa, bem como pelas mãos que o fizeram... Depois disso, foi só fotos, servir-se, apreciação gastronômica e bom bate-papo de quem vive na fé.


segunda-feira, 29 de julho de 2013

TE ODEIO AMOR (Anderson Damasceno)

Um dia eu vou te odiar, amor.
Farei tudo pra ti sensabor,
Darei no lugar de flores, dor,
Tua face esquecerei no corredor.

Minha vida terá de se refazer.
Sozinho, nunca é igual o amanhecer,
Os copos de casa só pra um beber,
Toalhas, lençóis, um só corpo aquecer.

Nossos tempos vividos lembrarei sorrindo,
A falta sentida guardarei mentindo,
O amor, se existiu, morrerá existindo.

Pele, sabor e gozo falarão desejos,
Amigos, família e o céu dirão não creio,
Meu eu, pra mim, repetirá te odeio, me odeio.

(Um poemetos de dias de crise. Pensem bem antes de deixá-las, pois poderão estar se perdendo de si próprios, para mais ninguém.)


Danilo Gentili humilha Jean Wyllys

V SARAU DA LUA CHEIA - Praia, lua cheia, amigos e muita, muita poesia


Curtindo um poema no intervalo das declamações

De início, o sarau começou às proximidades da tenda da prefeitura
Desde Aristóteles a poesia vem sendo estudada como manifestação exclusiva de certos gêneros artísticos, que passaram a ser conhecidos como as Belas Artes. A natureza também ganhou um lugar de destaque com esse pensador grego. Prova disso, é que a Praia do Tucunaré potencializou emoções durante o 5º Sarau da Lua Cheia, realizado na noite de sexta-feira (26).  
De acordo o professor, Raimundo Nonato, as expectativas dessa edição foram ultrapassadas. Em virtude de ser mês de férias, em que geralmente as pessoas viajam, bem como o fato do evento ocorrer à noite e sem o atrativo do sol, pensava-se que a freqüência de participantes diminuiria.
Morte e vida severina era um dos muitos livros
 que rechearam a roda. 
“Só que a mobilização através das redes sociais e do jornal propiciou o encontro de tantas pessoas aqui”, afirmou Nonato, que agradeceu à secretária de Turismo, Avani Paulino da Silva Souza, pela colaboração com o evento.
A abertura da 5ª edição ficou por conta do poema “Meditação ao Tocantins”, escrito por Abílio Pacheco – ex-professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), benquisto por levar a cidade de Marabá em seus poemas. Quem doou pulmões e voz para a declamação foi Airton Souza, membro da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP).  
A Madeireira Marajó disponibilizou um barco, gratuitamente, para a travessia dos sarauistas.
Nova roda poética ao chão da praia, com a orla
 no pano de fundo, aperfeiçoou o event
Acadêmicos das áreas de Direito e Letras representaram grande parte do público. A advogada, Carol Leite, recitou o poema Autopsicografia, de Fernando Pessoa, considerado um clássico da poesia.
Uerbet Aurélio de Sousa e Miriam Leila, ambos formados em Letras, recitaram composições do livro Crisálida, obra de Eliane Pereira Machado Soares, que é professora de Linguística na UFPA e foi premiada pelo Instituto de Artes do Pará. Andros Rafael da Costa aproveitou a programação ao lado mãe, Miriam Leila, e ficou maravilhado com a beleza dessa experiência cultural.     
Outra presença marcante foi a dos novos participantes, convidados por sarauistas que visitaram os encontros anteriores nas noites de lua cheia, como Erica Fasutino.   
A professora Hildete Pereira dos Anjos, atual coordenadora da UFPA, veio com amigos e professores. Ela recitou um poema em prosa intitulado “Matuto no fitibó”, de Wilson Aragão, que retrata um homem do campo que descobriu o futebol pela primeira vez.
Advogada Carol Leite recitou Autopsicografia, de Fernando Pessoa
Travessia já inspirava clima amigável
O melhor sarau – Nada é tão bom que não possa ficar melhor. De início, o sarau começou às proximidades da tenda da prefeitura. Devido ao barulho causado pelo gerador de energia elétrica, as poesias declamadas só foram possíveis graças à caixa de som disponível no local.
Contudo, a roda de amigos foi deslocada para outro espaço a pedido de Xavier Santos, uma vez que o som da caixa não sobrepunha com qualidade o do gerador.
O novo ambiente caiu como uma luva, e melhorou amazonicamente a interação do grupo. Nova roda poética ao chão da praia, tendo a orla como pano de fundo, aperfeiçoou o evento.
Procurando poema e incitando a curiosidade
O adolescente e cantor, Marcos Gomes Cardoso, apresentou sua nova música “Palavras falsas”, deixando a admiração nos olhos e ouvidos.
Embora não seja oficial, há um imenso anseio de que o sarau comece a fazer parte do calendário cultural do município.
Próxima edição – No local, houve algumas sugestões acerca de onde seria a 6ª edição do sarau. Entre as muitas possibilidades, apontaram lugares entre os Bairros São Félix e Morada Nova.
Contudo, a realização no mês de agosto, possivelmente, acontecerá no Tapiri da Universidade Federal do Pará (UFPA), localizado no Campus I.

Conforme os universitários presentes na ocasião, o fato vai coroar o nascimento da Unifesspa – Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará –, haja vista que esta passa por um processo de transição que vai assumir os prédios e a direção do que hoje se conhece como extensão da UFPA em Marabá. 



Xavier é um poeta completo, cantor, contador de causos e histórias