Um dia eu vou te odiar,
amor.
Farei tudo pra ti
sensabor,
Darei no lugar de
flores, dor,
Tua face esquecerei no
corredor.
Minha vida terá de se
refazer.
Sozinho, nunca é igual o
amanhecer,
Os copos de casa só pra
um beber,
Toalhas, lençóis, um só
corpo aquecer.
Nossos tempos vividos
lembrarei sorrindo,
A falta sentida
guardarei mentindo,
O amor, se existiu,
morrerá existindo.
Pele, sabor e gozo
falarão desejos,
Amigos, família e o céu
dirão não creio,
Meu eu, pra mim,
repetirá te odeio, me odeio.
(Um poemetos de dias de crise. Pensem bem antes de deixá-las, pois poderão estar se perdendo de si próprios, para mais ninguém.)
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