Secretaria
de Obras iniciou construção de desvio até que nova ponte de trilhos substitua
ponte de madeira
Em
entrevista coletiva realizada na tarde desta terça-feira (2), na Secretaria de Viação e
Obras Públicas (SEVOP), situada ao longo da Transamazônica (BR-230), no núcleo
Nova Marabá, o secretário Antônio de Pádua deu detalhes sobre os trabalhos
iniciados na “Ponte do Geladinho”, localizada no São Félix. Cerca de 400
famílias necessitam diariamente dessa ponte para sua mobilidade.
Durante
a entrevista, o secretário e o vereador do PPS, Pedro Souza, esclareceram
pontos do acordo feito com os moradores daquele espaço, ainda na manhã desta
terça-feira.
Segundo
Pádua, os vereadores, Pedro Souza e João Iran, acompanharam a conversa com a
comunidade e representantes desta, até o momento em que todos entraram em
consenso.
A
melhor alternativa foi a construção de uma ponte provisória, numa abertura que
já está sendo feita ao lado da atual. O que na verdade é um desvio, até que se
resolva a construção de uma nova ponte no lugar da original – cuja madeira está
deteriorada.
Um dos
impasses resolvidos com os moradores era se estas obras iam afetar aos
banhistas e a quem usa o local para trabalhar. Além disso, o terreno por onde
parte da obra provisória está passando pertence a um trabalhador conhecido como
Paraguaçu.
“Estão
perguntando se isso vai atrapalhar o banho. Não, não vai. No terreno dele, na
parte da praia, o acordo é que a secretaria vai limpar uma parte para ampliar
um pouco mais o terreno”, observa o secretário.
De
acordo com Pedro Souza, são cerca de três vias que dependem disso, São Pedro,
Nossa Senhora Aparecida e Geladinho.
O
desvio vai ajudar, enquanto o processo licitatório da construção da nova ponte,
que substituirá a atual feita de madeira, vai sendo encaminhado.
“Até o
momento, temos um convênio assinado com a Vale, que vai nos doar uns trilhos. E
a Vale deve estar passando esses trilhos pra gente por volta de 45 ou 60 dias.
Então, nos próximos quinze dias, vamos restabelecer o trânsito com a ponte
provisória, e, até 60 dias, iniciarmos a elaboração da nova, que será feita de
trilhos e vai durar por gerações”, acentua Pádua, enfatizando que a Secretária
Municipal de Meio Ambiente (SEMMA) também está a par da situação.
Finalizando
essa questão, o secretário e o vereador confirmam que a harmonia voltou a
residir com os populares dali. Isso, porque, conforme foi noticiado pela mídia
local, um dos vereadores teria dito que o igarapé seria aterrado bem como o
desvio ia tomar o espaço dos banhistas e trabalhadores.
“O João
Iran conversou conosco. Ele disse que nunca mencionou em aterrar o igarapé, até
porque não tem como aterrá-lo por causa do volume de água. Na verdade, tudo não
passou de um mal entendido. Quando chegamos lá, cada um falava uma coisa
diferente. Nós fomos conversar com o Paraguaçu e com a comunidade, e todos
aceitaram”, relata Pedro Souza.
Mais obras – Ainda na entrevista
coletiva, Antonio de Pádua tratou de outras obras em execução e o planejamento,
noutros núcleos da cidade. O material doado pela mineradora ainda vai ser
utilizado para a edificação de mais 19 pontes, além daquela no Geladinho.
Há
também a previsão de que na semana que vem seja reiniciada a pavimentação da
Folha 23, com recursos provenientes de convênio com a Caixa Econômica Federal.
“Esse
convênio já estava licitado, só que parou há mais de um ano, por causa da falta
de prestação de conta sobre a Folha 23. A questão burocrática está resolvida.
Esse recurso é de mais de um milhão de reais, e já fomos em Brasília e em Belém
resolver isso, juntamente com o representante da Caixa, Floriano Krully. Então,
estaremos reiniciando a pavimentação da Folha 23”, adianta o secretário.
Acerca
dos R$ 50 milhões, aprovados pelos vereadores da Câmara Municipal de Marabá
(CMM), Pádua situa que esse outro projeto já passou pela comissão técnica do
Ministério das Cidades e pela engenharia da Caixa Econômica.
“As
obras do PAC quem fiscaliza oficialmente é a Caixa. E, como se trata de um
empréstimo, fez-se a análise de risco do município, coisa que só podia ser
feita pelo Poder Legislativo. Todos os vereadores entenderam a importância
desse empréstimo para Marabá. Será pavimentado cerca de 70 quilômetros, com
drenagem. Quero lembrar que é um asfalto em CBOQ e não em TSD, ou seja, não é
um asfalto a frio, mas é a quente, de alta qualidade”, detalha.
No
projeto consta que o asfaltamento das vias principais será diferenciado, em
virtude do fluxo de veículos. Com 6 centímetros de espessura nas principais e 4
centímetros na secundárias.
Enquanto
isso, em inúmeros pontos da cidade a operação tapa buracos opera para melhor as
condições de transporte nas vias.
“Hoje,
há duas equipes da prefeitura responsáveis por tapar buracos nas vias. E, na
semana passada, fizemos uma licitação de 26 milhões para tapar buracos. Além
das duas equipes da prefeitura, vamos ter agora uma empresa que vai entrar com
uma ou duas equipes, para estar fazendo a manutenção por alguns anos. Já
estamos arrumando algumas vias principais, mas vamos fazer um mutirão e
estender aos bairros e folhas”, afirma o secretário.
Quanto
ao problema dos bueiros e tubulações abertas, está ocorrendo uma ação nesse
sentido.
“Para
se ter uma idéia, há uma demanda de mais de 1000 tampas em toda a Marabá, das
quais mais 300 foram feitas, sobretudo no núcleo Cidade Nova. Vale observar que
essas novas tampas de bueiro são reforçadas, para que, no caso de passar carro
em cima, elas possam resistir”, garante.
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