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segunda-feira, 5 de maio de 2014

MARABÁ: RIOS DE HISTÓRIA - Poema de Cláudia Borges

MARABÁ: RIOS DE HISTÓRIA 
(Cláudia Borges - professora que atua no Programa Marabá Leitora)

Existem histórias que estão além das entrelinhas.
Existem histórias que estão além do texto escrito.
Existem histórias que estão gravadas na memória.
E pensar que tudo começou na oralidade... Contada,
recontada de geração a geração.
Histórias que vão,
Histórias,
o vai e vem...


Cidade itinerante,
colônia de exploração.
Rios que embalam,
Rios que carregam,
Rios que vão,
Rios,
o vai e vem...
Marabá,
o vai e vem...
Muitas histórias para contar,
Riquezas,
o  vai e vem...
Tudo se transforma.
E tudo começou,
com as estradas de águas...
E as riquezas,
não voltam.
As histórias ficam.
O povo,
o vai e vem...
As histórias se renovam.
As histórias,
tudo é história,
mas poucas são escritas...


PACTO PELA LEITURA - Inscrições para seminário duram de 5 a 8 de maio, no prédio da SEMED

Programação começa na manhã da próxima terça-feira (13) no auditório da UNIFESSPA




























O período de inscrição para o seminário “Pacto pela Leitura – Marabá: rios, histórias e livros” iniciou ontem (5) e dura até quinta-feira próxima (8), no prédio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), situado na Agrópolis do Incra. Os interessados podem se inscrever na sala da Coordenadoria de Formação, com os colaboradores da instituição.  
O evento vai começar na próxima terça-feira (13), no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), localizado na Folha 31, e conta com rica programação.
Entre os palestrantes e escritores convidados, estão Celinha Nascimento (São Paulo), Andréa Cozzi (Belém), Daniel Munduruku (São Paulo) e Francisco Gregário (Rio de Janeiro).
Esse seminário faz parte do programa arquitetado pelas professoras, Cláudia Borges e Marluce Caetano, intitulado Marabá Leitora, realizado pela Semed por meio da Diretoria de Ensino – Departamento de Formação Continuada, Pesquisa e Extensão, um setor que promove, entre outras coisas, atividades de fomento à leitura.
O programa tem parceira com a UNIFESSPA mediante a ação da Doutora em Linguística, Eliane Soares, que trabalha com o projeto de extensão “Leitura e Escrita na Amazônia: modos de ser e de fazer”.
Tem como público alvo os regentes de salas de leituras, gestores escolares e professores da rede municipal vinculados ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC). 
Segundo as organizadoras, o Programa Marabá Leitora propõe a realização do seminário com o objetivo de promover, por meio da reflexão e do debate, a conscientização da necessidade da criação de uma política pública, que incentiva à leitura.  
Para isso, elas consideram fundamental a cooperação e colaboração de saberes entre professores, regentes de salas de leitura, gestores escolares e gestores públicos da cidade de Marabá. Espera-se assim, contribuir para a criação de uma nova cultura de práticas de leituras, formando leitores sensíveis e críticos, comprometidos com a sua transformação pessoal e, por consequência, com a transformação da realidade social. 
O encerramento do seminário envolve uma atividade cultural. A partir das 19h da quarta-feira começa a 15ª edição do Sarau da Lua Cheia.


PROGRAMAÇÃO

DIA 13/05/14
Manhã
Auditório
8h – 8h30: Acolhimento        
8h30 – 08h45: Mesa de Abertura     
08h45 – 09h: Apresentação do Programa Marabá Leitora
Profª. Drª Eliane Soares (UNIFESSPA); Apresentação do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Profª. Lúcia Batista- SEMED)
09h – 10h: Mesa: A importância da leitura e a formação do cidadão
Convidados: Dr. Gilson Penalva (UNIFESSPA); Professora Msc. Celinha Nascimento;  Francisco Gregório (Fundação Biblioteca Nacional)
10h – 10h30: Intervenção da plenária
10h30 – 10h45: Intervalo
10h45 – 11h45: Mesa redonda: “Políticas públicas de incentivo à leitura: o que temos e o que queremos.”
Prof. Walmir Gomes (SEMED); Noé Von Atzingen (Comitê Proler- Marabá); e Lucia Cristina Santos (UNIFESSPA);
11h45 – 12h: Intervenção da plenária

12h – 14h: Intervalo para almoço

Tarde

Salas: (oficinas de 4 horas)
Oficina 1: Foto-poema -  Airton Souza (4h)
Oficina 2: Ouvir e contar é só começar- Andrea Cozzi
Oficina 3: Contação de histórias; Formando uma Comunidade de leitores- Celinha Nascimento
Oficina 4: Ler e Contar; Contar e ler- Francisco Gregório
Oficina 5: Leitura – Gilmar Ramos
           
Auditório:
14h – 15h30: Rodas de Conversa: Daniel Munduruku
15h45 – 18h: Dança – Dan Baron

Exposição de livros e rodas de autógrafos
Exposição de trabalhos das professoras da sala de leitura (Marabá Leitora)

Dia 14/05/14
Manhã
Auditório
08h – 8h30: Acolhimento.   
8h30 – 08h40: Apresentação do Programa Marabá Leitora (Profª. Drª Eliane Soares); Apresentação do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (Profª. Lúcia Batista- SEMED).
08h40 – 09h40: Mesa redonda: “Leitura na escola: leitura para a vida”.
Convidados: Escritores da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará - ALESSPA: Airton Sousa, Jorge Washington, Vânia Ribeiro.
10h – 10h30: Intervenção da plenária
10h30 – 10h45: Intervalo
10h45 – 11h30: Mesa redonda: “Educação e Leitura: outros campos, novos saberes”  Convidados: Marcos Mascarenhas (UNIFESSPA);  Lara Borges (Biblioteca Comunitária Hozana Lopes); Dan Baron (Projetos Rios de Encontro).
11h30 – 12h00: Intervenção plenária
           
12h – 14h: Intervalo para almoço

Tarde
SALAS: oficinas de 4 horas
14h – 18h: Minicurso/oficina (nas salas) e Rodas de conversa (no auditório).
Oficina 1: Foto-poema – Airton Souza (4h)
Oficina 2: Ouvir e contar é só começar- Andrea Cozzi
Oficina 3: Contação de histórias; Formando uma Comunidade de leitores - Celinha Nascimento
Oficina 4: Ler e Contar; Contar e ler - Francisco Gregório
Oficina 5: Leitura e  Gênero textual – Paulo Lima

Auditório:
14h – 15h30: Rodas de Conversa: Daniel Munduruku
15h45 – 18h – Dança – Dan Baron

Exposição de livros e rodas de autógrafos
Exposição de trabalhos das professoras da sala de leitura (Marabá Leitora)

Atividade Cultural:
19h – 15º edição do Sarau da Lua Cheia



quarta-feira, 30 de abril de 2014

ELES ESTÃO LÁ - Parabéns a todos pelo Dia Internacional dos Trabalhadores


Não são poucas as histórias de trabalhadores que atuam nos bastidores. São o coração da equipe. Um homem ou uma mulher bombeando a vida da empresa longe do olhar de muitos. 
Nesta quinta-feira (1), comemora-se o Dia do Trabalhador, e fica aqui a homenagem a todos e todas que desempenham atividades essenciais para um grupo de profissionais. Ou, para pessoas que eles sequer conhecem, mas têm a certeza de que elas estão usufruindo do serviço que fazem. 

Histórias de mulheres como Leidiane Rodrigues de Sá de Souza, 28 anos, natural de Marabá, mostram como uma carreira é construída. Ela atua como recepcionista em uma das agências do Banco do Brasil e detalhou como é a semana de trabalho.
“Na semana, eu tenho um ritmo de trabalho variado. Às vezes é um pouco corrido, muita vez é tranquilo. O básico é atender os telefonemas. Sempre estou em contato com os clientes e o pessoal da empresa, distribuindo as informações”, conta.
Desde a maioridade, Souza está inserida no mercado. A recepcionista já desempenhou atividades no ramo financeiro, como vendedora, e no educacional, tendo lecionado enquanto professora de língua portuguesa.
“Eu vejo meu papel como excelente, pois, procuro trabalhar em equipe, colaborando para os melhores resultados, dentro da organização da empresa. Especialmente, na comunicação entre as pessoas e departamentos aqui. Eu sou como uma ponte, um elo de ligação para quem trabalha aqui”, pontua.
Está nos planos de Leidiane de Souza adquirir mais experiência, para executar de forma mais eficaz as funções que desempenha. Atitude que contribuí com quem planeja ascender profissionalmente numa empresa.  

O motorista da Revemar Motocenter, Laurino Matos da Silva, 39 anos, também é exemplo de que muitos sorrisos e sonhos se tornam possíveis graças à atuação de anônimos. Ele relata como funciona a rotina de trabalho.
“Esse trabalho é um pouco corrido, porque, precisamos alcançar várias regiões. E sempre levando ou trazendo as motos. Eu me vejo levando um sonho até casa das pessoas. Colocar no caminhão, transportar até outras localidades”, afirma.
O marabaense trabalha há 12 anos na empresa. Silva não está à frente da empresa, mas entende muito bem a relevância de quem age mais no anonimato.
“É uma responsabilidade muito grande ocupar essa função. Porque, são trabalhadores como eu que levam o bem para o cliente. Sem nós, penso que o Brasil, o mundo parariam. Pararia tudo”, enfatiza.
Laurino da Silva não vai poder comemorar em Marabá o feriado, uma vez que vai estar em viagem, passando por Anapú e Pacajá. Alguém nestas cidades vai poder se realizar.     
Natural de Xinguara, Edilene Paulina de Jesus, 28, demonstra o quanto a função de uma trabalhadora pode colaborar com a equipe. A jovem tem o cargo de Auxiliar de Escritório, na Elos Calçados, e passa o expediente numa sala distante do público consumidor. 
“A gente prioriza o horário, começa às 8h. A minha profissional é o seguinte, tem períodos que chegam mais mercadoria. Daí tem os lançamentos de nota, tirar etiquetas para os vendedores colocarem na vitrine, colocar preço e atender os fornecedores. Diariamente, essa é a rotina.
A auxiliar está em Marabá desde 2000 e, por amar a cidade, transferiu o título de eleitora para votar aqui. Embora ela desempenhe aquela função desde 2010, teve formação em Segurança no trabalho.
Edilene de Jesus entende a importância desse papel para a equipe e a empresa.
“Meu papel é muito importante. Se não tivesse uma pessoa neste setor não adiantaria ter mercadoria na vitrine, o sistema de preços e códigos não funcionaria. Então, não teria como o vendedor fazer a venda. Tudo que acontece lá na nave da loja depende daqui”, avalia.
Por gostar da profissão, ela diz que pretende aprimorar os conhecimentos nesse ofício, através de cursos na área de administração.

Jailson Araújo Barros gosta de ser chamado filho de Marabá. Há 15 anos trabalha como montador na Leolar, situada na Marabá Pioneira. Ele fala o que faz e pensa do ofício. 
“O perfil do montador se resume a deixar o móvel no jeito. Geralmente eu monto na loja. O cliente fica satisfeito quando vê o produto montado. Muitas vezes a pessoa quer comprar, mas não vê o jeito que é, ela fica assim sem saber. Mas, quando a gente deixa pronto, o cliente se surpreende”, narra.
Jailson Barros já conheceu casas e famílias por conta do ofício. Apesar de passar a maior parte do tempo fazendo as montagens longe daqueles que adquirem os móveis, a profissão já rendeu a ele grandes momentos.
“Para mim, é uma satisfação muito grande ver a empresa vendendo aquele produto que pus as mãos. Ou, quando o cliente faz a compra do produto, e a gente vai á casa dele, é uma alegria enorme”.
O montador encara o serviço como uma arte.
“Sem um montador numa loja tudo ficaria difícil. Porque, a alma da loja é o montador, pois não teria como alguém ficar vendo só produtos na caixa. Por isso, é um profissional fundamental dentro de uma loja. Qualquer loja que trabalha na área de móveis quer um cara que monte em perfeitas condições. Ai ele chega lá e faz a arte”.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

SARAU NA ESCOLA - No último sábado (26), mais de 70 crianças fizeram parte de programação cultural no Raimundo José de Souza

Escola virou palco de evento artístico cultural para meninada


















Lia da Liberdade fez pose com integrantes da Banda Do-ré-mi
A noite de sábado último (26) foi especial para os alunos das turmas do 5º ano B e C, que estudam na Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova. Neste local ocorreu um evento artístico cultural, envolvendo danças, apresentações musicais e declamações de poemas feitas tanto pelos estudantes, quanto por artistas locais.
Mais de 70 crianças fizeram parte da programação do “Sarau: compartilhando músicas e poesias”, projeto organizado pela professora Silvane Lima.
Os alunos vieram com pais e responsáveis. Segundo a organizadora, o sarau tinha como objetivo trazer essa troca de informação junto com a família.
Ainda conforme Lima, a noite de sarau representou a culminância de uma longa programação de atividades didáticas.
“Dentro desse trabalho, além deles terem conhecimento cultural através da música e da poesia, foi desenvolvida uma agenda artística. Eles fizeram resenha, produziram poemas, compuseram um rap e paródias. Na segunda-feira (28) tem rodas de socialização para conversar sobre o que aprenderam durante o sarau”, relata.
Professora Silvane vê de perto talentos dos estudantes desabrochar
A diretora da escola, Arlethe Melo, acompanhou as apresentações das alunas, Amanda Kathlyn, Elisangela e Letícia Vitória, que recitaram poemas escritos durante as aulas.   
Arte e educação – Artistas marabaenses contribuíram com o projeto didático da professora Silvane. A programação do evento contou com apresentações do poeta marabaense, Airton Souza, e do cantor Ravier Di Mar-y-abá.  
“Agradeço ao apoio do secretário de cultura, Claudio Luiz Feitosa, e à Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA), que cedeu um grupo de carimbo para fazer abertura”, observou.
Ravier Di Mar-y-abá fez bela cantoria para os sarauistas mirins
Maria do Livramento Sá de Almeida, representante dos moradores do bairro, participou das atividades e parabenizou apresentação da Escola de Música Dó-ré-mi.
“As crianças de hoje estão tão envolvidas com funk e outros estilos de músicas que acabam não tendo envolvimento com o lado mais cultural, deixando de experimentar as grandes composições dessa região”, ressalta Silvane Lima.   


SÃO GERALDO - Por saúde, índios decidem queimar pneus de duas Hilux em protesto nesta segunda-feira (28)

Reunião em fevereiro planejou fechamento das BR-153 e BR-222, e demais vias da região





Elton Suruí diz que luta é por melhorias e direitos básicos
para a comunidade indígena
Há cerca de cinco meses, vários problemas continuam prejudicando a vida dos índios Suruí no município de São Geraldo do Araguaia. Nesta segunda-feira (28), um representante da etnia, Elton Suruí, veio à Marabá para reivindicar aos dirigentes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), cujo prédio é situado na Folha 32 – núcleo Nova Marabá, e saber o porquê da demora em atender os serviços básicos da comunidade.  
“Tem cinco meses que estamos bebendo água só do igarapé, porque o motor que abastece a aldeia com água quebrou. E até hoje a SESAI não mandou ninguém para consertar. Esse é o problema mais urgente. Só que também estamos cobrando a construção do posto de saúde na aldeia mesmo”, enfatiza.
Porém, quem estava à frente do polo em Marabá disse que Belém nunca se prontificou a fazer nada.
“Por isso, hoje o pessoal da aldeia vai tirar quatro pneus dos carros e queimar. Estamos com dois carros (Hilux) da SESAI retidos lá. Tentamos negociar com o pessoal de Belém e de Marabá, para eles terminarem de concluir um serviço e, até hoje, os caras não apareceram nem deram ouvidos”, pontua o líder índine.
Suruí relatou ainda que, durante o protesto realizado em fevereiro último, em Marabá, ficou combinado que no mês de março, o dirigente do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Guamá-Tocantins, Leone Rocha, viria dar uma resposta à comunidade indígena. Mas, não resolveram nada.  
O ato de ontem é para ameaçar que vão queimar também os carros, se a direção do Dsei não atender a reivindicação dentro do prazo. 

(Atualizado em 29 de abril, 2014, terça-feira)
Imagens da aldeia Itahy, em São Geraldo do Araguaia, mostram os índios Suruí retirando os pneus de um dos veículos Hilux e ateando fogo.
O prazo dado à SESAI é até a próxima sexte-feira (2), após feriado nacional referente ao Dia do Trabalhador.  
“Se o Leone não comparecer na aldeia até sexta, ou mesmo uma equipe da de Belém ou Brasília para ver a situação da saúde lá, vamos queimar os veículos. Não adianta vir uma equipe da SESAI de Marabá porque não resolve nada”, afirma Elton Suruí.
A grande preocupação dos índines que moram na Itahy tem a ver com os surtos de gripe que estão surgindo.

“Na nossa região está tendo casos de gripe suína. E estão bebendo água do igarapé, sendo que ele está poluído”, relata com pesar o líder indígena.