Reunião em fevereiro planejou fechamento das BR-153 e BR-222, e demais vias da região |
Elton Suruí diz que luta é por melhorias e direitos básicos para a comunidade indígena |
“Tem
cinco meses que estamos bebendo água só do igarapé, porque o motor que abastece
a aldeia com água quebrou. E até hoje a SESAI não mandou ninguém para consertar.
Esse é o problema mais urgente. Só que também estamos cobrando a construção do
posto de saúde na aldeia mesmo”, enfatiza.
Porém,
quem estava à frente do polo em Marabá disse que Belém nunca se prontificou a
fazer nada.
“Por
isso, hoje o pessoal da aldeia vai tirar quatro pneus dos carros e queimar. Estamos
com dois carros (Hilux) da SESAI retidos lá. Tentamos negociar com o pessoal de
Belém e de Marabá, para eles terminarem de concluir um serviço e, até hoje, os
caras não apareceram nem deram ouvidos”, pontua o líder índine.
Suruí
relatou ainda que, durante o protesto realizado em fevereiro último, em Marabá,
ficou combinado que no mês de março, o dirigente do Distrito Sanitário Indígena
(Dsei) Guamá-Tocantins, Leone Rocha, viria dar uma resposta à comunidade indígena.
Mas, não resolveram nada.
O
ato de ontem é para ameaçar que vão queimar também os carros, se a direção do
Dsei não atender a reivindicação dentro do prazo.
(Atualizado em 29 de abril, 2014, terça-feira)
(Atualizado em 29 de abril, 2014, terça-feira)
Imagens
da aldeia Itahy, em São Geraldo do Araguaia, mostram os índios Suruí retirando
os pneus de um dos veículos Hilux e ateando fogo.
O
prazo dado à SESAI é até a próxima sexte-feira (2), após feriado nacional
referente ao Dia do Trabalhador.
“Se
o Leone não comparecer na aldeia até sexta, ou mesmo uma equipe da de Belém ou
Brasília para ver a situação da saúde lá, vamos queimar os veículos. Não
adianta vir uma equipe da SESAI de Marabá porque não resolve nada”, afirma
Elton Suruí.
A
grande preocupação dos índines que moram na Itahy tem a ver com os surtos de
gripe que estão surgindo.
“Na
nossa região está tendo casos de gripe suína. E estão bebendo água do igarapé,
sendo que ele está poluído”, relata com pesar o líder indígena.
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