NACIONAL ENERGY

sábado, 14 de abril de 2012

II PASSEIO JOVENS QUADRANGULAR e I TORNEIO Mas/Fem. de FUTSAL - GERAÇÃO FORTE

TEMA:"Lembra-te do teu Criador nos dias da tua mocidade",Eclesiastes 12.1

DIA: 21/04/2012 (Sábado - Feriado de Tiradentes)
LOCAL: Espaço Azul (Atrás da Big Ben na Nova Marabá)
VALOR: R$ 15,00 (Antecipado)
TORNEIO: R$ 25,00 (Por Equipe)
INSCRIÇÕES: Na IEQ Independência (falar com Pra. Keila ou Jefferson Veloso)

OBS: Saída às 7:00 da manhã, da Igreja do Evangelho Quadrangular - Bairro Independência.
Organização: Grupo Missionário de Jovens da IEQ Marabá SEDE II
Contato: (94) 91840322 – falar com Jefferson “da motinha”; e (94) 91294783 – falar com Júlio Cesar ou Pra. Keila – (94)92040425.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Páscoa

            A imprensa marabaense se solidarizou, no último fim de semana do mês de março, com o caso Tina Santos. A população também não ficou atrás. Ela, mulher e jornalista, durante uma vistoria policial teve o braço esquerdo quebrado, devido à brutalidade aplicada por um servidor público, membro da polícia militar que compõem o GTPM – Grupo Tático da Polícia Militar.
            Justificável ou não, abusivo ou não, vale lembrar que esse fato aconteceu justo num mês tão simbólico para as mulheres.
            De um lado, houve solidariedade, do outro, repúdio e indignação. A pele do policial militar – cabo V. Fernandes – que praticou a crua abordagem está sendo “escorchada” em praça pública. Ora com o bisturi da mídia, ora com a gilete da opinião pública.
            Fica difícil tecer algum juízo sobre esse acontecimento. Eu não estava presente no local do mesmo modo que mais de 99% da população de Marabá. Tudo o que sabemos vem das duas versões principais: a mulher fraturada e o PM intransigente.
            Nesse caso, fraturada e intransigente, são condições cada vez mais fluídas à medida que as versões das testemunhas oculares começam a entrar no problema. Há quem viu o ocorrido e desaprova o feito brutal, todavia, há quem assine tudo como um mal necessário.
            Bem, não que eu queira favorecer a mulher como injustiçada e desfavorecer ao polícia como autor da fria injustidade. Mas, entendo que a maioria vai julgar de acordo com suas máximas, “Ninguém merece ser tratado com violência”; “O poder sobe a cabeça de algumas autoridades e de muitos policiais”; “Homem não bate em mulher”; “Homem não pode revistar mulher”; etc. Agora, se a maioria está sendo justa, disso não temos garantia.
            A verdade é que as controvérsias pesam para os dois lados.
            Há boatos de que ela estava bastante alcoolizada e, por conta disso, desacatou o PM – e sabe-se lá até que ponto alguém no desempenho de seu trabalho suporta insultos e abusos –; doutra feita, as línguas também condenam a falta de preparação da PM que tanto não soube proceder nessa ocasião, como cometeu um erro primário, isto é, não levou um soldado do sexo feminino para apalpar as de igual sexo.
            Enfim, o caso Tina fez me lembrar da páscoa. Isto é, da grande passagem que Deus nos permite viver.
Pra ser mais claro, o polícia que a fraturou me trouxe a lembrança algo sobre o apóstolo Paulo. O capítulo 8 do livro de Atos dos Apóstolos nos mostra um relance de quem este homem era. Um perseguidor da igreja, Saulo de Tarso. Servia às cegas a religião acreditando que fazia o trabalho de Deus. Era assim que Saulo, homem que um dia passou por um encontro com Jesus e tornou-se Paulo, vivia naquela época.
            Sobre ele, após assistir sem nenhuma antipatia os covardes assassinos de Estevão, discípulo de Jesus, os versos de 1 a 3 citam:
            “Naquele dia, levantou-se grande perseguição contra a igreja em Jerusalém; e todos, exceto os apóstolos, foram dispersos pelas regiões da Judéia e Samaria. Alguns homens piedosos sepultaram Estevão e fizeram grande pranto sobre ele. Saulo, porém, assolava a igreja, entrando pela casas; e, arrastando homens e mulheres, encerrava-os no cárcere”.
             Se assim fora com Paulo, por que razão não podemos crer que um PM se refaça através de Jesus? O caminho está aberto. Paulo, o polícia acusado, ou qualquer homem, ou mulher, podem vir. Atravessem o caminho desse mundo com Jesus. Nossa festa está do outro lado.

sábado, 7 de abril de 2012

CORAÇÃO, PAIXÃO e PACIÊNCIA

























A vida é uma aprendizagem sem fim. Quem busca conhecer um pouco mais de si mesmo tem melhores condições de superar os desafios, que qualquer pessoa enfrenta. Aliás, quem toma como base as experiências pessoais poderá orientar mais, e seguramente, os que fazem parte de seu círculo de amigos, ou a outros de forma solidária.

Em outros casos, a arte simula a vida e não deixa de nos dar lições vitais para a laboriosa jornada de cada cristão. John Bunyan, um modesto cristão e pregador itinerante, que morou na Inglaterra por volta de 1640 e também foi arrastado pelos eventos da Guerra Civil Inglesa nesse período, deixou algumas “parábolas” que servem de espelho para cada um de nós. Mesmo vivendo séculos depois de Bunyan, as vicissitudes de nossa vida não são diferentes.

A conversa que John retratou em seu best-seller, The Pilgrim´s Progress (O peregrino), uma conversa entre 2 homens, Cristiano e seu mentor, mostra bem os dilemas da condição humana. Olhem só essa incrível experiência:

“Cristiano foi conduzido pela mão a uma sala cheia de poeira, porque nunca foi varrida, e, seu mentor ordenou a um empregado que a varresse, mas levantou-se tal nuvem de poeira que Cristiano ia ficando sufocado. Disse o mentor, então, a uma jovem que os acompanhava, que borrifasse a sala com água, e assim pode ser varrida sem dificuldade.

Cristiano indaga: ´Que significa isso?`

O mentor esclarece: ´A sala representa um coração que nunca foi santificado pela doce graça do Evangelho; a poeira é o pecado original e a corrupção interior que contamina todos os homens; o empregado que principiou a varrer é a lei, e a jovem que trouxe a água e borrifou a sala é o Evangelho. Cristiano, você notou que quando o primeiro começou a varrer, levantou-se tanto a poeira que foi absolutamente impossível continuar, e você esteve quase a ser asfixiado: isso significa que a lei, em lugar de limpar os corações do pecado, faz reviver cada vez mais (Rm. 7:9), dá-lhe força (I Co. 15:56), ao mesmo tempo que o denuncia e o prescreve, sem dar a força necessária para vencer o pecado. O fato de ter sido possível varrê-lo e limpá-lo depois da jovem ter regado a sala, significa que, quando o Evangelho entra no coração, vence e domina o pecado com a sua doce e preciosa influência. Limpa a alma que nele crê e torna-a digna de ser habitada pelo Rei da Glória (Jo. 15:3)`.

Pela segunda vez, o mentor tomou Cristiano pela mão e conduziu-o a um pequeno espaço na casa onde estavam dois meninos sentados; o mais velho  chamava-se Paixão e o mais novo Paciência; o primeiro estava muito inquieto, e o segundo muito sossegado. ´Paixão`, disse o mentor, ´não se dispõe a esperar, até ao princípio do ano futuro, pela posse das coisas que mais deseja, como lhe aconselha o seu amigo Paciência; queria possuí-las já, e como não pode consegui-lo, está inquieto. Paciência, porém, resigna-se e espera.`

Naquele momento, Cristiano e seu mentor vêem um homem entrar com um saco de dinheiro e colocá-lo aos pés de paixão. Este recebeu-o com grande interesse e alegria, dirigindo a Paciência um sorriso de escárnio, mas a sua alegria foi pouco duradoura, porque o dinheiro depressa se gastou; acabou; nada mais restou a Paixão do que uns míseros andrajos, trapos de roupa, tornou-se um molambento.

Então o mentor revela: ´Paixão é a imagem dos homens deste mundo, e Paciência a dos homens do século futuro. Paixão quer possuir e gozar tudo agora, neste mesmo ano, isto é, neste mundo, à semelhança dos homens que querem gozar aqui tudo quanto se lhes afigura melhor, e nada desejam para o mundo futuro, ou para a outra vida. O conhecido provérbio ´Mais vale um pássaro na mão do que dois voando`, é para eles de muito valor do que todos os testemunhos divinos acerca da felicidade futura. E o que lhes acontece? Assim como aconteceu a Paixão, tornando-se um molambo depois de gasto o dinheiro, assim a eles sucederá.

Cristiano: ´Compreendo perfeitamente que Paciência é muito mais sensato: 1º porque aspira as coisas mais excelentes, 2º porque há de desfrutá-las e ter nelas a sua glória, quando aos outros só restarem andrajos`. E seu mentor conclui: ´Enfim, deves acrescentar ao que foi dito, que a glória do século futuro será eterna, enquanto que os bens deste século se dissipam como o fumo. Quem tem incontestável direito de se rir de Paixão é Paciência: porque terá finalmente a sua felicidade, ao passo que Paixão, por não ter atendido o conselho do amigo Paciência, perderá a sua.”

    As experiências de Cristiano facilitaram o bom andamento de sua carreira na fé.  Da mesma forma, em algum momento na vida você deixará, ou a força do pecado, ou o domínio libertador do Evangelho, agir em seu coração e decidir sua vida.

Se a paixão que existe em você der ouvido a paciência, que é uma suave virtude, e não aceitar que algum vício dominador se torne sua paixão, mais gratificante será o caminho que você escolher. E com isso, Coração, Paixão e Paciência, de meras parábolas, se tornarão saudável conduta de vida pra você!


segunda-feira, 26 de março de 2012

“É hora de vagalumear!”

Ginásio Nonatinho, refletores avariados desagradam estudantes e comunidade esportiva
O Ginásio Poliesportivo Nonatinho é referencial de esporte e lazer para a comunidade estudantil da Escola Municipal Irmã Theodora, porém, devido alguns problemas na parte elétrica, desde 2011, a maior parte dos 30 refletores está danificada. Para quem freqüenta o ginásio, principalmente à noite, essa situação é um imenso desgosto.
A escola localizada ao longo da Avenida Paraíso, no Bairro Liberdade (Núcleo Cidade Nova), divide o ginásio não apenas com a classe estudantil – que além de numerosa é formada por alunos de pelo menos 5 bairros circunvizinhos. Ele também serve como espaço esportivo para centenas de jogadores e times da comunidade extraescolar.
Durante o último sábado(17), a reportagem acompanhou por uma hora, já no turno da noite, cerca de 30 jovens, dentre estudantes e não estudantes daquela instituição de ensino, que tem que pagar uma taxa se estiverem a fim de utilizar o ginásio.
De acordo com Fabrício Tiago da Silva, que joga costumeiramente ali, seria um gosto que todos os refletores fossem reparados logo. Ele afirma que ao vir com muitos amigos para bater uma bola, o que acontece é que a galera desanima quando vê a quadra escura.
Dos 15 refletores que estão dispostos no lado direito da quadra (sentido de entrada do Nonatinho), somente 3 funcionam; já no lado oposto, mais 4 funcionam dentre os 15 distribuídos.
De acordo com outro esportista no local, Jeferson Veloso, tem momentos durante uma partida de futsal que quase não dá para enxergar a bola.
“A gente num é vaga-lume, né? Mas estamos dando uma de vaga-lume há muito tempo, uns seis ou sete meses. Uma parte da quadra está escura e a outra menos escura. E ainda cobram a mesma taxa que antes, trinta reais por uma hora, quando a quadra era boa”, enuncia Veloso.
Para eles, a questão não é o preço, mas sim o fato de não reverterem o dinheiro colhido pelo vigia do centro poliesportivo no conserto e manutenção das luzes que estão avariadas.
Diretoria – Em ofício remetido à Secretaria de Obras (SEVOP) pela direção da escola Irmã Theodora, consta os empecilhos em torno do mal funcionamento dos refletores bem como a necessidade de uma avaliação mais acurada do sistema elétrico, uma vez que as quedas de energia, que volta e meia ocorrem, queimam mais luminárias no interior do ginásio Nonatinho.
Conforme a diretora do nível fundamental, períodos matutino e vespertino, Maria Solange de Santana Moreira, uma equipe da SEVOP ficou de averiguar qual a dimensão do problema e fazer a manutenção dos refletores.
Ensino médio – Outra necessidade envolve o alunado do ensino médio nessa escola – cuja responsabilidade é do governo do estado. As aulas da disciplina Educação Física serão ministradas no turno da noite, paralelamente, assim como as outras disciplinas.
Essa novidade evitará que os alunos venham em outro turno ao colégio. Agora, enquanto a equipe da SEVOP não vem, é bom torcer para que mais refletores não quebrem.

MULHER DO CAMPO - Em tempos de pós-modernidade, a vida no campo requer o peito austero feminino

Bebé e Maria Raimunda, por uma luta jamais derrotada



















“Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas”, diz a canção. Na antiguidade clássica, as atenienses viam seus maridos lançarem mãos às armas e partirem prontos à guerra. Hoje, o contexto mudou. São as camponesas que lutam. Vozes e mãos afeitas ao solo e unidas para garantirem seus direitos.
Cerca de 700 mulheres que integram o Movimento dos Sem Terra (MST), oriundas de 11 localidades – dentre acampamentos e assentamentos diferentes da região sudeste – ocuparam simbolicamente em março o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA), em manifesto da luta feminina.
A verdade é que pouco sabemos a respeito dos desafios que a mulher “no” campo enfrenta – por viverem numa condição de vida que gera uma identidade feminina diferenciada.
E para retratar, o quanto possível, o cotidiano da mulher campesina nossa reportagem entrevistou a assentada, Maria José, que responde por Bebé, e uma das líderes do MST, Maria Raimunda Cesar, ambas envolvidas nesse manifesto durante o mês das mulheres.
De acordo com Maria Raimunda, por mais que as pessoas critiquem essas reivindicações, o interesse do movimento é garantir os direitos básicos que estão na Constituição Federal Brasileira (CFB). Coisa que muitas famílias no campo não têm.
 “Por exemplo, é uma conquista recente das mulheres que a titulação da terra seja do nome da mulher e do homem. Foi necessária muita luta”, observa Cesar, que logo recebe o apoio de Bebé, informando também que existem companheiras que moram sozinhas e possuem o título da terra em seu nome.
Cesar aproveita para ressaltar o artigo 3º da CFB, que fala de construir uma sociedade livre, justa e solidária; erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais e regionais; promover o bem de todos; porém, ainda hoje há quem trate o trabalhador do campo como marginal.  
Um dos algozes da discriminação sofrida pela mulher campesina, tem a ver com a Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS).
“Muitas mulheres não tem carteira assinada, de jeito nenhum. Somos discriminadas por isso, porque, a gente faz todo o trabalho do que é a roça, o plantio... e ainda não ganha o suficiente. Ai, quando chega a idade, não tem o direito que gostaríamos de ter. É a maior luta para se aposentar”, detalha a assentada.
 Divisão do Trabalho – A atuação das mulheres no campo é plural e feita com muito gosto, apesar de tantas adversidades, isso conforme Bebé, que enfatiza algumas atividades além do ciclo de plantio e colheita.
“Elas fazem também a venda em feiras e entregas em supermercados. A nossa área abastece duas cidades, Parauapebas e Canaã dos Carajás. São mais de cinquenta mulheres trabalhando diariamente. Mas os as pessoas da cidade não reconhecem nosso valor”, pontua Bebé e salienta que cabem ao homem trabalhos mais pesados como a lida de capinar.
Contudo, segundo Maria Cesar, o escoamento da produção é problemático não só no acampamento Dina Teixeira, em Canaã, e ao qual pertence Bebé.
“Poucos municípios fornecem o transporte do campo até a cidade. Outros não têm feiras para o agricultor expor o seu produto. As mulheres acabam tendo que levar sua produção em caminhões enormes para elas subirem”, denuncia a líder do MST, e acrescenta que a infraestrutura das rodovias é outro cabal elemento que gera o atraso no campo, em todo o Pará.
Educação básica – Impedir que mais escolas no campo sejam fechadas tem sido um dos gritos dessas batalhadoras. Conforme Cesar, há dados sobre o fechamento de mais de 24.000 mil instituições de ensino no campo, em todo o território nacional.
No caso do Dina Teixeira, cerca de 400 estudantes dentre crianças, adultos e idosos freqüentam a escola regularmente no acampamento.
“Só a merenda que, às vezes, o prefeito lá demora para mandar”, nota Bebé, enquanto Maria Cesar rememora que essa instituição de ensino foi resultado de marchas e protestos, além de um recurso impetrado junto ao ministério de público de Canaã.
“Agora, tem casos como o de uma escola, à beira da estrada, lá em Curionópolis, que o pessoal do acampamento não tem o direito de estudar. Embora seja um direito garantido pela LDB e Diretrizes Operacionais da Educação no Campo”, avalia Cesar.
Sob o pretexto de usar o transporte escolar para buscar o alunado do campo, a fim de cursarem nas escolas da cidade, muitos gestores desviam esses recursos e muita gente fica fora da sala de aula.
Saúde – “Saúde? Saúde não existe pra ninguém e no campo ela se complica um pouco mais. No campo não tem. Todos têm que ir para a cidade”, Cesar responde consternada quando questionada sobre o atendimento médico no campo.
Também conforme Bebé, o maior problema no acampamento parte da saúde. Mesmo após várias ligações, os hospitais públicos “se negam a ir buscar quem está no campo”, padecendo alguma enfermidade.
Quando aparece alguém com dengue ou uma mulher grávida no campo, logo se vê que as desigualdades neste país andam anos luz na direção oposta.