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quarta-feira, 30 de abril de 2014

ELES ESTÃO LÁ - Parabéns a todos pelo Dia Internacional dos Trabalhadores


Não são poucas as histórias de trabalhadores que atuam nos bastidores. São o coração da equipe. Um homem ou uma mulher bombeando a vida da empresa longe do olhar de muitos. 
Nesta quinta-feira (1), comemora-se o Dia do Trabalhador, e fica aqui a homenagem a todos e todas que desempenham atividades essenciais para um grupo de profissionais. Ou, para pessoas que eles sequer conhecem, mas têm a certeza de que elas estão usufruindo do serviço que fazem. 

Histórias de mulheres como Leidiane Rodrigues de Sá de Souza, 28 anos, natural de Marabá, mostram como uma carreira é construída. Ela atua como recepcionista em uma das agências do Banco do Brasil e detalhou como é a semana de trabalho.
“Na semana, eu tenho um ritmo de trabalho variado. Às vezes é um pouco corrido, muita vez é tranquilo. O básico é atender os telefonemas. Sempre estou em contato com os clientes e o pessoal da empresa, distribuindo as informações”, conta.
Desde a maioridade, Souza está inserida no mercado. A recepcionista já desempenhou atividades no ramo financeiro, como vendedora, e no educacional, tendo lecionado enquanto professora de língua portuguesa.
“Eu vejo meu papel como excelente, pois, procuro trabalhar em equipe, colaborando para os melhores resultados, dentro da organização da empresa. Especialmente, na comunicação entre as pessoas e departamentos aqui. Eu sou como uma ponte, um elo de ligação para quem trabalha aqui”, pontua.
Está nos planos de Leidiane de Souza adquirir mais experiência, para executar de forma mais eficaz as funções que desempenha. Atitude que contribuí com quem planeja ascender profissionalmente numa empresa.  

O motorista da Revemar Motocenter, Laurino Matos da Silva, 39 anos, também é exemplo de que muitos sorrisos e sonhos se tornam possíveis graças à atuação de anônimos. Ele relata como funciona a rotina de trabalho.
“Esse trabalho é um pouco corrido, porque, precisamos alcançar várias regiões. E sempre levando ou trazendo as motos. Eu me vejo levando um sonho até casa das pessoas. Colocar no caminhão, transportar até outras localidades”, afirma.
O marabaense trabalha há 12 anos na empresa. Silva não está à frente da empresa, mas entende muito bem a relevância de quem age mais no anonimato.
“É uma responsabilidade muito grande ocupar essa função. Porque, são trabalhadores como eu que levam o bem para o cliente. Sem nós, penso que o Brasil, o mundo parariam. Pararia tudo”, enfatiza.
Laurino da Silva não vai poder comemorar em Marabá o feriado, uma vez que vai estar em viagem, passando por Anapú e Pacajá. Alguém nestas cidades vai poder se realizar.     
Natural de Xinguara, Edilene Paulina de Jesus, 28, demonstra o quanto a função de uma trabalhadora pode colaborar com a equipe. A jovem tem o cargo de Auxiliar de Escritório, na Elos Calçados, e passa o expediente numa sala distante do público consumidor. 
“A gente prioriza o horário, começa às 8h. A minha profissional é o seguinte, tem períodos que chegam mais mercadoria. Daí tem os lançamentos de nota, tirar etiquetas para os vendedores colocarem na vitrine, colocar preço e atender os fornecedores. Diariamente, essa é a rotina.
A auxiliar está em Marabá desde 2000 e, por amar a cidade, transferiu o título de eleitora para votar aqui. Embora ela desempenhe aquela função desde 2010, teve formação em Segurança no trabalho.
Edilene de Jesus entende a importância desse papel para a equipe e a empresa.
“Meu papel é muito importante. Se não tivesse uma pessoa neste setor não adiantaria ter mercadoria na vitrine, o sistema de preços e códigos não funcionaria. Então, não teria como o vendedor fazer a venda. Tudo que acontece lá na nave da loja depende daqui”, avalia.
Por gostar da profissão, ela diz que pretende aprimorar os conhecimentos nesse ofício, através de cursos na área de administração.

Jailson Araújo Barros gosta de ser chamado filho de Marabá. Há 15 anos trabalha como montador na Leolar, situada na Marabá Pioneira. Ele fala o que faz e pensa do ofício. 
“O perfil do montador se resume a deixar o móvel no jeito. Geralmente eu monto na loja. O cliente fica satisfeito quando vê o produto montado. Muitas vezes a pessoa quer comprar, mas não vê o jeito que é, ela fica assim sem saber. Mas, quando a gente deixa pronto, o cliente se surpreende”, narra.
Jailson Barros já conheceu casas e famílias por conta do ofício. Apesar de passar a maior parte do tempo fazendo as montagens longe daqueles que adquirem os móveis, a profissão já rendeu a ele grandes momentos.
“Para mim, é uma satisfação muito grande ver a empresa vendendo aquele produto que pus as mãos. Ou, quando o cliente faz a compra do produto, e a gente vai á casa dele, é uma alegria enorme”.
O montador encara o serviço como uma arte.
“Sem um montador numa loja tudo ficaria difícil. Porque, a alma da loja é o montador, pois não teria como alguém ficar vendo só produtos na caixa. Por isso, é um profissional fundamental dentro de uma loja. Qualquer loja que trabalha na área de móveis quer um cara que monte em perfeitas condições. Ai ele chega lá e faz a arte”.


segunda-feira, 28 de abril de 2014

SARAU NA ESCOLA - No último sábado (26), mais de 70 crianças fizeram parte de programação cultural no Raimundo José de Souza

Escola virou palco de evento artístico cultural para meninada


















Lia da Liberdade fez pose com integrantes da Banda Do-ré-mi
A noite de sábado último (26) foi especial para os alunos das turmas do 5º ano B e C, que estudam na Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade, núcleo Cidade Nova. Neste local ocorreu um evento artístico cultural, envolvendo danças, apresentações musicais e declamações de poemas feitas tanto pelos estudantes, quanto por artistas locais.
Mais de 70 crianças fizeram parte da programação do “Sarau: compartilhando músicas e poesias”, projeto organizado pela professora Silvane Lima.
Os alunos vieram com pais e responsáveis. Segundo a organizadora, o sarau tinha como objetivo trazer essa troca de informação junto com a família.
Ainda conforme Lima, a noite de sarau representou a culminância de uma longa programação de atividades didáticas.
“Dentro desse trabalho, além deles terem conhecimento cultural através da música e da poesia, foi desenvolvida uma agenda artística. Eles fizeram resenha, produziram poemas, compuseram um rap e paródias. Na segunda-feira (28) tem rodas de socialização para conversar sobre o que aprenderam durante o sarau”, relata.
Professora Silvane vê de perto talentos dos estudantes desabrochar
A diretora da escola, Arlethe Melo, acompanhou as apresentações das alunas, Amanda Kathlyn, Elisangela e Letícia Vitória, que recitaram poemas escritos durante as aulas.   
Arte e educação – Artistas marabaenses contribuíram com o projeto didático da professora Silvane. A programação do evento contou com apresentações do poeta marabaense, Airton Souza, e do cantor Ravier Di Mar-y-abá.  
“Agradeço ao apoio do secretário de cultura, Claudio Luiz Feitosa, e à Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA), que cedeu um grupo de carimbo para fazer abertura”, observou.
Ravier Di Mar-y-abá fez bela cantoria para os sarauistas mirins
Maria do Livramento Sá de Almeida, representante dos moradores do bairro, participou das atividades e parabenizou apresentação da Escola de Música Dó-ré-mi.
“As crianças de hoje estão tão envolvidas com funk e outros estilos de músicas que acabam não tendo envolvimento com o lado mais cultural, deixando de experimentar as grandes composições dessa região”, ressalta Silvane Lima.   


SÃO GERALDO - Por saúde, índios decidem queimar pneus de duas Hilux em protesto nesta segunda-feira (28)

Reunião em fevereiro planejou fechamento das BR-153 e BR-222, e demais vias da região





Elton Suruí diz que luta é por melhorias e direitos básicos
para a comunidade indígena
Há cerca de cinco meses, vários problemas continuam prejudicando a vida dos índios Suruí no município de São Geraldo do Araguaia. Nesta segunda-feira (28), um representante da etnia, Elton Suruí, veio à Marabá para reivindicar aos dirigentes da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), cujo prédio é situado na Folha 32 – núcleo Nova Marabá, e saber o porquê da demora em atender os serviços básicos da comunidade.  
“Tem cinco meses que estamos bebendo água só do igarapé, porque o motor que abastece a aldeia com água quebrou. E até hoje a SESAI não mandou ninguém para consertar. Esse é o problema mais urgente. Só que também estamos cobrando a construção do posto de saúde na aldeia mesmo”, enfatiza.
Porém, quem estava à frente do polo em Marabá disse que Belém nunca se prontificou a fazer nada.
“Por isso, hoje o pessoal da aldeia vai tirar quatro pneus dos carros e queimar. Estamos com dois carros (Hilux) da SESAI retidos lá. Tentamos negociar com o pessoal de Belém e de Marabá, para eles terminarem de concluir um serviço e, até hoje, os caras não apareceram nem deram ouvidos”, pontua o líder índine.
Suruí relatou ainda que, durante o protesto realizado em fevereiro último, em Marabá, ficou combinado que no mês de março, o dirigente do Distrito Sanitário Indígena (Dsei) Guamá-Tocantins, Leone Rocha, viria dar uma resposta à comunidade indígena. Mas, não resolveram nada.  
O ato de ontem é para ameaçar que vão queimar também os carros, se a direção do Dsei não atender a reivindicação dentro do prazo. 

(Atualizado em 29 de abril, 2014, terça-feira)
Imagens da aldeia Itahy, em São Geraldo do Araguaia, mostram os índios Suruí retirando os pneus de um dos veículos Hilux e ateando fogo.
O prazo dado à SESAI é até a próxima sexte-feira (2), após feriado nacional referente ao Dia do Trabalhador.  
“Se o Leone não comparecer na aldeia até sexta, ou mesmo uma equipe da de Belém ou Brasília para ver a situação da saúde lá, vamos queimar os veículos. Não adianta vir uma equipe da SESAI de Marabá porque não resolve nada”, afirma Elton Suruí.
A grande preocupação dos índines que moram na Itahy tem a ver com os surtos de gripe que estão surgindo.

“Na nossa região está tendo casos de gripe suína. E estão bebendo água do igarapé, sendo que ele está poluído”, relata com pesar o líder indígena.  





SARAU DA LUA CHEIA - 14ª edição marcou noite de evento "Até logo" na Toca do Mandquinha, Marabá Pioneira



“É um desejo de viver a vida verdadeira”, resumiu Gilson
Penalva, professor de Teoria Literária na UNIFESSPA














Estudantes da UNIFESSPA vieram apreciar festa da arte
Na sexta-feira última (25), ocorreu a primeira noite do evento “Até logo” que marcou início de período de reforma na Toca do Manduquinha, espaço público situado na Marabá Pioneira, onde foi realizada a 14ª edição do Sarau da Lua Cheia. A cada vez mais artistas, entre músicos, poetas e contadores de histórias, surgem nos encontros sarauistas promovidos mensalmente.
A nova produtora cultural da toca, Marisol Nascimento, deu as boas vindas e declamou poesia do próprio punho, como forma de recepcionar o grande público. 
Airton Souza, um dos escritores que idealizou o sarau, fez em seguida a abertura oficial do evento. Ele leu de Rodrigo Petronio os versos no livro “Os homens carregam suas sombras”. 
Jorge Ribeiro declamou poesia de autoria própria
Eliane Soares, poetisa e professora da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), enfatizou que a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) batizou a todos que contribuem com essa programação de Coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia.
O diretor do Instituto de Direito, Jorge Ribeiro, também declamou poesia de autoria própria. Alguns ouvintes deram a ele o status de intérprete por causa da desenvoltura na hora de apresentar.
Quem leu o poema de Manoel de Barros, O apanhador de desperdícios, foi a Doutora em Linguística, Nilsa Brito.
A menina Ana Lua, filha do cantor Javier Santos, deu prova de que o ditado popular “filho de peixe, peixinho é” também é válido aos poetas. Ela recitou longos versos tratando do amor materno. Já o pai, que nesta noite se reservou de cantar, apenas divulgou aos sarauistas que em 16 de maio, haverá o lançamento do livro “Sob a luz de argos”, no Cine Marrocos.
Bruno Malheiros e Clauber Martins brincaram de cantador
“É um desejo de viver a vida verdadeira”, resumiu Gilson Penalva, professor de Teoria Literária na UNIFESSPA, em discurso. Penalva leu João de Jesus Paes Loureiro, poeta paraense que tem livro voltado para a poesia como encantaria da linguagem.
Muita cantoria – Diversos músicos e grupos deram grandes mostras de arte ao longo da festa, dividindo harmoniosamente com os leitores, o espaço poético que o palco da Toca do Manquinha oferecia.
O cantor adolescente, Marcos Poeta, tocou nova música intitulada “Pra começar”. O amigo dele, João Pedro Campos, que já iniciou carreira no ramo, apresentou uma composição de Marquinhos.
Sônia Nunes leu versos da artista plástica, Creusa Salame, "Ao Velho Tocantins".
Ediney Almeida e Lanara Moreira cantaram, inicialmente, composições de bandas consagradas como Los Hermanos, e depois, entraram em sons do Legião Urbana.
Erica Faustino, formada pela UNIFESSPA, recitou um poema de Clei Souza, escritor paraense que estava presente no evento. O poeta aproveitou o incentivo de Faustino, que foi aluna dele, para interpretar versos que compõem o livro “Úmido”.
O professor Clei, forma que é mais conhecido na faculdade, convidou para nos dias 21 a 23 de maio, em que haverá programação no Tapiri lembrando a ditadura no Brasil. Haverá peça teatral sobre os desaparecidos políticos.
Após o convite, Clei chamou Mercedez "Linda", do Movimento Sem Terra, que recitou “Cuidarei dessa paixão” do Mauriazzi.
O Grupo Gaya cantou pela primeira vez no sarau. De Belém, cantaram em comemoração à Terceira semana espírita de Marabá, que ocorreu durante o fim de semana no Cine Marrocos.
Em discurso de finalização do sarau, novamente Eliane Soares afirmou que “Deu mais artista do que gente".
Mais Sarau – A 15ª edição do Sarau da Lua Cheia, que vai contar com a culminância do projeto “Pacto pela Leitura”, vai ser no dia 15 de maio, no Tapiri da UNIFESSPA, localizado na Folha 31. 

Confira mais cliks do sarau.


















CRIME PASSIONAL - Ex-marido foi até bar encontrar desafeto e cometeu crime

Golpes de faca no rosto e no coração deram cabo à vida de Nem, que deixa 5 filhos órfãos



















Diego disse nunca ter cometido crime semelhante, diante cabo Edinan
Trágica foi a noite de domingo último (27) para a família de Erisvaldo Pereira Gonçalves, mais conhecido como “Nem”, morto após discussão num bar situado na Avenida 31 de Março, Bairro Independência. A briga se ocasionou por motivo passional, uma vez que o ex-marido da atual companheira de Nem permanecia furioso com o término do relacionamento.   
O plantão da Polícia Militar (PM), sob o comando do Sargento Rafael, teve êxito na captura do homicida.
Algemado no dorso da viatura, ele foi levado para longe do local do crime a fim de evitar possíveis retaliações. Confessando ter ciúmes da ex-mulher, o algoz usou arma branca para ceifar a vida do atual companheiro dela.
Trata-se de Francisco Nascimento Alvez, também chamado de “Diego”, cuja ocupação era mototáxi clandestino e foi pego em flagrante portando a arma do crime.  
De acordo com o Cabo Edinan, Alvez disse nunca ter cometido crime semelhante e é morador daquela localidade.  
A ambulância do Corpo de Bombeiros Militar do Pará ainda chegou a ser acionada via CIOP (Centro Integrado de Operações). Mas, quando o Sub-tenente Hildebrando chegou ao local, não demorou para constatar o óbito.
“Não deu tempo de socorrer. A vítima estava com ferimentos, várias facadas. Uma possivelmente transfixou o coração, não resistindo”, notou.
A PM conduziu à delegacia a mulher que seria a pivô do desentendimento, identificada como Maria Raimunda dos Santos Lima, com quem o homicida teria um casal de filhos.
Enquanto era escoltada, conhecidos de Nem disparavam gritos de injúria contra ela, culpando-a pela fatalidade.
“Ele tinha cinco filhos para dar de comer, sua desgraçada”, bradava.