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segunda-feira, 26 de maio de 2014

ESCOLA IRMÃ THEODORA - Torneio de futebol ”Cracks Players Sport” movimentou comunidade estudantil


Vencedores partiram para Parauapebas nesta segunda-feira (26)





























O torneio de futebol ”Cracks Players Sport” foi realizado por Darlan de Castro, durante o último domingo (25) no Ginásio Poliesportivo Nonatinho – mais conhecido como quadra da Escola Municipal Irmã Theodora –, e reuniu dezenas de times da comunidade estudantil no Bairro Liberdade, situado no núcleo Cidade Nova. A programação esportiva lotou as arquibancadas da quadra com várias equipes, disputando pela vitória.  
Nesta segunda-feira (26), os times campeões vão embarcar para um grande jogo em Parauapebas, município a 170 km de Marabá. 
Segundo Darlan de Castro, o time que ganhou o torneio feminino vai encarar novo desafio contra a Escola Faruck naquela cidade.
“Quero parabenizar a coordenação da escola e ao time feminino do Irmã Theodora, que venceu do Ensino Liberdade, jogo que foi até as penalidades máximas. Elas levaram pra escola o troféu e mais uma singela quantia em dinheiro”, pontua.
Ainda segundo o organizador, no torneio masculino, quem levou a melhor foi o time do Laranjeiras. Por sua vez, o campeão vai viajar também para jogar no “Peba” contra o time Califórnia.
Um total de 24 times, entre masculino e feminino, se enfrentaram em quadra valendo a ida para a cidade vizinha.
Além das escolas, havia também equipes de algumas denominações cristãs como as Igrejas Quadrangular e Assembleia de Deus.
As torcidas colaboraram com a ornamentação do ginásio. As equipes da escola vieram caracterizadas com as cores amarela, azul, verde e branca. Um show de cores fora de quadra. 

ARTES CÊNICAS - Conversa com dramaturgo Alberto Neto levou público ao Campus I da UNIFESSPA

Universitários e atores participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca desse gênero de arte



Josiclei Souza, Alberto Neto, Cláudio Barros, Sandra Conduru e
Bruno Malheiros trouxeram teatro genuinamente marajoara à Marabá














Na tarde de sábado último (24), o público no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), situado na Folha 31, recebeu o ator e professor de teatro, Alberto Silva Neto, para uma conversa sobre artes cênicas. Na maioria, universitários e atores, eles participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca desse gênero de arte.
Neto tratou de questões que resgatam o papel do teatro na sociedade, e estava acompanhado pelo ator, Cláudio Barros, e a estudiosa, Sandra Conduru.
O dramaturgo veio à Marabá para dirigir a apresentação da peça teatral “Solo Marajó” – um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo romance de Dalcídio Jurandir, Marajó –, evento que ocorreu na noite daquele sábado, no Cine Marrocos.
Quem mediou o bate-papo foram o professor de Teoria Literária na UNIFESSPA, Josiclei Souza, e Bruno Malheiros, diretor de assuntos interculturais.
Alberto Neto deu uma direção mais política para o debate, enfatizando qual o papel da arte na sociedade.
“Por que quando falamos da situação do teatro é mais grave? Se arte de maneira geral já vive esse processo de mercantilização, vira produto igual shampoo e tênis, seguindo uma lógica que não deixa a gente enxergar o que é nosso, a arte que defendemos não é escrava desse anseio”, afirma.
Neto entende que o teatro que vende muito hoje, como produto, só funciona quando ele faz no formato que se aproxima da telenovela, uma linguagem que massifica o ser humano, transformando as pessoas também em produto.
“Mas, a verdadeira natureza do teatro é íntima, e ao falar para cada um, leva o homem à sua essência. O teatro está ai para fazer você não esquecer que é humano”, defende.  
Os universitários Avelino Rodrigues e Aline Pinheiro procuraram entender qual a finalidade do fazer artístico e para que fazer arte, enquanto força de formação do homem.
Cláudio Barros, que é o grande ator de Solo Marajó, abordou para que serve a linha de arte feita pelo grupo e relatou que faz teatro desde pequeno, até certo incompreendido. 
Barros recordou a vida enquanto criança, quando os pais queriam fazer com que mudasse de visão e buscasse um emprego, uma vez que achavam que teatro não daria futuro algum.  




SOLO DE MARAJÓ - Sábado último (24), grande apresentação de monólogo aconteceu no Cine Marrocos

“Solo de Marajó”, um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo
romance de Dalcídio Jurandir, Marajó, evento que ocorreu na noite de sábado, no Cine Marrocos




















Cláudio tornou o monólogo um espetáculo jamais visto em Marabá
O dramaturgo, Alberto Silva Neto, veio à Marabá para dirigir a apresentação da peça teatral “Solo de Marajó” – um monólogo que mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo romance de Dalcídio Jurandir, Marajó. O evento ocorreu na noite de sábado úlitmo (24), no complexo Cine Marrocos, situado na Marabá Pioneira. 
Sabe-se que o fator identificação é importante para quem experimenta a arte. Ele colabora com o efeito provocado no gosto do público.
A reportagem perguntou ao diretor da peça Solo Marajó, Alberto Neto, se isso não iria prejudicar a apresentação, supondo que o público marabaense, que foi ao teatro do Cine Marrocos, em sua maioria não é leitor de Dalcídio Jurandir, nem é conhecedor do ambiente marajoara.
“A obra do Dalcídio Jurandir é poderosa porque ela parte de referências regionalistas para se tornar universal. Ela discute questões que são da esfera do humano em qualquer lugar. Então, o que temos percebido é que pessoas, públicos de todos os lugares onde já estivemos, encontram formas de associar as narrativas do Dalcídio com as próprias vivências”, explica.
Ainda segundo Neto, todo mundo já viveu uma experiência no interior, ou na infância já esteve num sítio de um avô, quem sabe lembra de uma tia que morava distante, na zona rural. Assim, apesar da obra do Dalcídio ser marcantemente marajoara, na forma dela tratar o cotidiano e a cultura do homem acaba atingindo aqueles que de algum modo tenham relação com essa vida.
O ator do monólogo, Cláudio Barros, que dá corpo, voz e vida às diversas personagens, também relatou para a reportagem o significado dessa peça.  
“Em primeiro lugar, a importância está em você trabalhar a obra do Dalcídio Jurandir, que é um dos romancistas mais importantes da Amazônia e do Brasil. Escolher esse autor tem tamanha importância porque você torna acessível para as pessoas”, pontua.
Ainda conforme Barros, junto com essa acessibilidade, há também o desafio de transformar o “universo dalcidiano” – onde ele expõe figuras da sociedade amazônica de uma maneira muito cruel – em movimento, sons, expressão corporal e personagens.
“O autor é múltiplo, pois, vai narrando a história e abre janelas, e outras histórias dentro de histórias, e personagens que vão surgindo e morrendo e vão nascendo de novo nos romances. Então, é um universo muito amplo na questão psicológica do personagem. O grande desafio é você conseguir como ator, sozinho em cena, num monólogo, abarcar todo esse universo de personagens e lugares, porque, em momentos se está no casarão, noutro momento está num igarapé ou numa floresta. Então, tem também uma multiplicidade de ambientes”, detalha Barros.
Na noite de sábado, mesmo sem qualquer elemento no cenário, Cláudio Barros conseguiu suprir apenas com o corpo, quase todos os elementos da cenografia.
“No monólogo, você usa o elemento essencial do ator que é seu próprio corpo. Então, no meu próprio corpo, tento revelar esse universo através de sequências de movimentos, estudados e analisados, de sons criados no próprio corpo. E assim, tornar isso tudo uma narrativa clara, calma, e que tente atingir as pessoas assim como a obra do Dalcídio faz quando você ler”, observa o ator. 

sexta-feira, 23 de maio de 2014

EXPOAMA - Eleger a beleza! Concurso Rainha da Expoama movimenta marabaenses


Duas elegantes jovens de Marabá estão entre as concorrentes à coroa do concurso “Rainha Expoama”. E o Blog OA sai à frente contando um pouco dessas duas beldades.

Karine Oliveira da Costa, 19 anos, cursa Recursos Humanos na Unopar e participa da edição 2014. 
Ela nasceu em Carolina (MA) e se inscreveu porque sempre teve vontade de participar dessa grande competição, que movimenta não apenas as jovens marabaenses a cada ano.
“É um grande evento a Expoama. Sempre tive vontade de viver o friozinho na barriga e sentir a emoção de participar. Um dos meus grandes sonhos é ser a Rainha da Expoama”, revela a jovem donzela.











Mais uma dama jovial, com olhos para a coroa do concurso, é Gabriela Fidelis (15). Ela é natural de Imperatriz (MA), mas reside em Marabá desde longa data. Atualmente, cursa o 3° ano médio e se prepara para o vestibular. 
Quem está acompanhando essa realização são os pais, Sandra Miranda Fidelis e Wilton Fidelis dos Santos. A filhinha tem preferência musical pelo gênero Sertanejo e, embora seja fã de futebol, não se vê como torcedora de um time. 
Gabriela conta que um dos hobbies, em especial, é dançar. 

CRIANÇA - Trânsito de Marabá leva embora mais um pequeno sonho sem fim

Que choque de tristezas. Eu li junto com alunos do ensino médio dois contos tratando da “infância”, durante aula nesta quarta-feira (21). E na tarde de ontem (22), fiquei estarrecido ao saber e ver foto de um garoto que foi atropelado, no Bairro Cidade Nova. Um acidente trágico divulgado pelas redes sociais.
Um dia antes, estava feliz por levar jovens a percorrer a vida com os olhos daquelas duas crianças. Ótimas e intrigantes personagens. Os secundaristas ficaram até emocionados, despertos. Afinal, os textos literários eram de autoria de grandes prosadores brasileiros. De Clarice Lispector, lemos O primeiro beijo, e, de João Guimarães Rosa, As margens da alegria.
É difícil estar diante de realidades tão diferentes em tão pouco tempo. A vida na arte e a vida na vida.
Numa hora você permite a si e a outros enxergar o universo da criança, com os óculos da poesia.
No texto de Lispector, o adolescente conta uma viagem de excursão escolar – tipo de experiência que todos adultos guardam como uma memória bem quentinha –; e dá um beijo “sem querer”, pois, ao procurar água que mate a sede, encontra o líquido vindo de uma fonte. Esta escultura era a de uma mulher. Ali, ele se acorda como hominho.
Na narrativa de Rosa, a criança é levada de avião do campo à cidade em construção. Levada pelos tios, conhece o que é viajar nos altos céus, brincar com animais cheios de cores. Mas, sofre por ver que a ação do homem vai fazendo fauna e flora padecerem. E assim, os duros sentimentos sofridos fazem da criança um perdedor de alegria – ou, um “vivenciador” de alegrias passageiras. Como o vagalume que aparece e breve breve desaparece dos olhos do menino, cena esta que finaliza o conto.
Contudo, o que dizer dessa criança que vinha da educação física e terminou marcada pelos pneus de um caminhão? Que história morreu ali? Sem dúvida perdemos um espetáculo.
Talvez alguém pense ser o fato de não ter visto o acidente o espetáculo aqui. Nunca esteve tão errado. O espetáculo que perdemos foi ver os dias desse garoto não continuarem. Ficamos mais pobres em Marabá, sempre que os raios do sol não podem mais banhar o límpido rosto desses meninos, que vem e vão para aulas. Foi um jogador de futebol que morreu? Foi mais. Foi fim de carreira de um jogador da vida. Vamos ficar muitas partidas sem comemorar os gols dele.  
Ontem, dormimos com algo pior que uma final de Copa do mundo, em zero a zero. Algo inexistente. Hoje, Marabá acorda desenriquecida! E isso existe!


Abaixo mostro alguns comentários no WhatsApp:
“Gente, alguém está sabendo de uma criança que foi atropelada agora pouco na cidade nova?”
“Eu não sei mais vou passar lá daqui a pouco”.
“Nossa que horror será que ele sobreviveu?”
“Sobreviver não”.
“Disseram que ele estava sem identificação”.
“Que o senhor o tenha em um bom lugar”.

“Cidade Nova... Ele vinha da educação física”.
“Cidade Nova... Não sei o local... exatamente...”
“Quem me mandou foi uma amiga pra divulgar. Ele estava sem identificação... divulga nos grupos...”

“Caminhão acabou de passar por cima dessa criança... Gente, coitada dessa mãe...”

(Atualização às 18h15)

O fato que deu origem a esta postagem não ocorreu em Marabá, como foi divulgado nas redes sociais. E sim em Tailândia. Porém, a localidade não diminui o peso de casos como esse. Em Jacundá, recentemente, uma adolescente estudante veio a óbito por atropelamento, exatamente com ônibus da escola. E aqui também já houve tragédias semelhantes. Que essa mensagem sirva de reflexão a todos que atuam no trânsito local.