Universitários e atores participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca desse gênero de arte |
Josiclei Souza, Alberto Neto, Cláudio Barros, Sandra Conduru e Bruno Malheiros trouxeram teatro genuinamente marajoara à Marabá |
Na tarde de sábado último
(24), o público no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e
Sudeste do Pará (UNIFESSPA), situado na Folha 31, recebeu o ator e professor de
teatro, Alberto Silva Neto, para uma conversa sobre artes cênicas. Na maioria,
universitários e atores, eles participaram da palestra e tiraram dúvidas acerca
desse gênero de arte.
Neto tratou de questões
que resgatam o papel do teatro na sociedade, e estava acompanhado pelo ator,
Cláudio Barros, e a estudiosa, Sandra Conduru.
O dramaturgo veio à
Marabá para dirigir a apresentação da peça teatral “Solo Marajó” – um monólogo que
mostra 8 pequenos quadros poéticos, baseados no segundo romance de Dalcídio
Jurandir, Marajó –, evento que ocorreu na noite daquele sábado, no Cine
Marrocos.
Quem mediou o bate-papo
foram o professor de Teoria Literária na UNIFESSPA, Josiclei Souza, e Bruno
Malheiros, diretor de assuntos interculturais.
Alberto Neto deu uma
direção mais política para o debate, enfatizando qual o papel da arte na
sociedade.
“Por que quando falamos
da situação do teatro é mais grave? Se arte de maneira geral já vive esse
processo de mercantilização, vira produto igual shampoo e tênis, seguindo uma
lógica que não deixa a gente enxergar o que é nosso, a arte que defendemos não
é escrava desse anseio”, afirma.
Neto entende que o teatro
que vende muito hoje, como produto, só funciona quando ele faz no formato que
se aproxima da telenovela, uma linguagem que massifica o ser humano,
transformando as pessoas também em produto.
“Mas, a verdadeira
natureza do teatro é íntima, e ao falar para cada um, leva o homem à sua
essência. O teatro está ai para fazer você não esquecer que é humano”, defende.
Os universitários
Avelino Rodrigues e Aline Pinheiro procuraram entender qual a finalidade do
fazer artístico e para que fazer arte, enquanto força de formação do homem.
Cláudio Barros, que é o
grande ator de Solo Marajó, abordou para que serve a linha de arte feita pelo
grupo e relatou que faz teatro desde pequeno, até certo incompreendido.
Barros recordou a vida
enquanto criança, quando os pais queriam fazer com que mudasse de visão e
buscasse um emprego, uma vez que achavam que teatro não daria futuro algum.
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