Assentados pelo INCRA se dizem despejados de forma violenta,
já gerente da Fazenda Nova Era afirma ser alvo de incriminação
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Antônio da Silva, 55 anos, hoje desempregado, padeceu grande humilhação com a família |
Segundo os membros da
comunidade, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fez o
assentamento Sol Nascente em 2006.
Das 525 famílias que moram no
PA Palmeira 7, processo que durou mais de 20 anos, apenas as 58 estão padecendo
conflito pela posse da terra. As famílias tinham lotes de 7 a 10 alqueires, mas
agora vivem afugentadas.
Em abril de 2014, os moradores
da Sol Nascente procuraram a Confederação Nacional dos Trabalhadores na
Agricultura (CONTAG) e fizeram um documento para o Deputado Assis do Couto,
atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara de
Deputados (CDHM), a fim de garantir os direitos dessas famílias.
No documento, recebido pela
CDHM ainda em abril, a CONTAG relatou que os Órgãos de Segurança do Estado não
tem atendido à comunidade e que o arrendatário da Fazenda Nova Era, também
conhecido “Zé Iran”, tem usado meios ilícitos para grilar a terra. Além disso,
o INCRA não estaria tomando nenhuma atitude diante dessa calamidade.
Eles enfatizam que o verdadeiro
dono da fazenda, nominado por Ostrogésimo, já teria admitido que as terras
pertencem ao PA. Porém, os jagunços do arrendatário estão tomando para si essa
briga.
Edinaldo teve a casa queimada |
O grupo que veio à Marabá
estava indignado porque a reunião estava marcada para esta sexta-feira e o
Fórum desmarcou de imediato. Além disso, foram cerca de 200 km enfrentando
estrada de chão na maior parte.
"É uma covardia o que
estão fazendo com a gente. Viemos de tão longe pra dar em nada”, questionou
Maria do Socorro Sousa, que também foi expulsa do lar junto de esposo e filhos.
“Cadê os galos, que só tá as
galinhas aqui?" diziam os pistoleiros que foram tomar as terras, no
episódio de novembro.
Depois que saíram, ainda em
novembro, um dos assentados foi vítima de homicídio. Ele era fiscal da
associação e atendia pelo nome de “Ceará”.
Atualmente, tem gente morando
dentro de igreja. Uma mulher ficou apenas com a roupa do corpo. Houve casos em
que os homens foram afugentados sob ameaças de “levar chumbo”.
INCRA – A
reportagem procurou no INCRA os responsáveis por acompanhar a situação do PA
Palmeira 7. Lá consta que em 19 de julho de 2013, a ouvidoria do INCRA fez
reunião com a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, em Marabá.
Na ocasião, José Iran e a
advogada da Fazenda, Fernanda Cota Miranda, reclamaram que os trabalhadores do
PA cometiam ilegalidades no local. Na ata dessa reunião, eles queixaram a
queima da sede da Fazenda e de documentos dos empregados, mataram gado e
atearam fogo na escola para incriminar José Iran.
Além disso, a dupla teria
assumido o compromisso de formalizar um acordo no sentido de dividir em 50%
para cada lado, até que fosse definida a questão judicial.
De acordo com assessora de
comunicação social do INCRA, Mery Cipriano, esse conflito ainda permanece em
tramite na justiça.
VIOLAÇÕES
– Alguns dos queixosos revelaram à reportagem o nível de retaliações
que eles sofreram nas mãos dos “capangas”.
Em novembro de 2013, Antônio da
Silva, 55 anos, hoje desempregado, padeceu grande humilhação com a família,
tendo nesta uma filha portadora de necessidades especiais.
“Botaram eu pra correr da minha
casa. Chegaram uns sete pistoleiros, tudo de colete, com pistola e rifles. ‘Correu’
eu, minha mulher e quem estava mais eu. Fui pra dentro mato, aí eles me
chamaram. Disseram que iam queimar minha casa naquele instante. Queimaram com
tudo dentro, cama, fogão, colchão, comida... Um guarda roupa que eu tinha
acabado de comprar e só terminei de pagar esses dias”, relata.
A filha especial ficou traumatizada a ponto de entrar em
crise quando mencionam voltar pra lá. “Agora estou morando aqui na Betânia. Eu
vivia de lá e agora perdi meu ganha-pão”, salienta.
Um professor de 1ª a 4ª séries foi alvo de cuspes na
cara. Com nível superior em Pedagogia, Gilmar Ribeiro Bezerra, 30, vivia clima
de ameaças com mais de 20 alunos.
“Eu saí de lá porque fui pressionado. Eles chegavam
armados na minha escola, ameaçando. As crianças ficavam assustadas. Eu cheguei
a fazer um boletim de ocorrência na DECA porque, uma vez, eles me pararam em
cima da ponte e me hostilizaram bastante. Queriam saber quem é o presidente e
falaram que eu não fosse mais dar aula, pois, poderia não voltar mais vivo”,
recorda.
Apesar da pressão psicológica, o educador permaneceu mais
6 meses e, quando findaram as aulas de 2012, desistiu a contragosto. “Aí, depois que eu saí, veio uma professora,
só que eles queimaram a escola pela segunda vez. As crianças passaram dois
meses estudando debaixo de pé de manga. Eu ainda moro lá na vila, mas meio
escondido”, diz.
Meu deus conheço esse professor muito gente boa morava lá saí de lá em 2010 que pena giumar gostaria de saber notícias de vc minha comadre delcirna
ResponderExcluirOlá gente eu moro no matando hoje mais morava na palmeira 7 vim os tempo lá no assentamento com meu esposo e meu 4 filhos cuando chegou os homens armado descendo se polícia mais não era pela preira feliz nos saímos logode lá do assentamento isso era em 2010 meu esposos morreu eu vim pra onde minha família no Maranhão conheço o giumar ribeiro bezerra e família dele muito gente boa muitos amigos que morava lá obrigada não deixa essa família dessa parada gente justiça
ResponderExcluirÉ na realidade foi grande covardia o que aconteceu nos loteamento da Nova Era nos 58 loteamento que são terra demanda para a união das pessoas lá na Nova Era tinha pistoleiro como sempre na parte da fazenda e que se agrava os colônia dos 58 loteamento cadê a justiça cadê a federal po nós ainda somos vítimas de ameaças por um dos seguranças da fazenda mas conhecido po Zé Iran o chefe da melicia e algumas pessoas não relata isso por causa de meacas e as pessoas querem voltar de novo para seu loteamento e vou terminado com meus obrigados po eu te acesso nessas poucas palavras vai meu fone abraço para meu presidente Lula e todos amigos.
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