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sexta-feira, 30 de maio de 2014

INCRA - 58 famílias despejadas de PA Palmeira 7, em Itupiranga, reclamam não assistência do Estado


Assentados pelo INCRA se dizem despejados de forma violenta, 
já gerente da Fazenda Nova Era afirma ser alvo de incriminação 



















Antônio da Silva, 55 anos, hoje desempregado,
padeceu grande humilhação com a família
Ontem (30), foi dia de penúria para 58 famílias que residem no Projeto de Assentamento (PA) Palmeira 7, localizado no município de Itupiranga, e aguardavam audiência no Fórum do Poder Judiciário em Marabá. Os assentados formam a comunidade Sol Nascente e alegam que foram despejados da própria terra de forma violenta, em novembro de 2013, pelo gerente da Fazenda Nova Era, José Iran de Sousa Lucena. O imóvel faz divisa com o assentamento.
Segundo os membros da comunidade, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) fez o assentamento Sol Nascente em 2006.  
Das 525 famílias que moram no PA Palmeira 7, processo que durou mais de 20 anos, apenas as 58 estão padecendo conflito pela posse da terra. As famílias tinham lotes de 7 a 10 alqueires, mas agora vivem afugentadas.  
Em abril de 2014, os moradores da Sol Nascente procuraram a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG) e fizeram um documento para o Deputado Assis do Couto, atual presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara de Deputados (CDHM), a fim de garantir os direitos dessas famílias.
No documento, recebido pela CDHM ainda em abril, a CONTAG relatou que os Órgãos de Segurança do Estado não tem atendido à comunidade e que o arrendatário da Fazenda Nova Era, também conhecido “Zé Iran”, tem usado meios ilícitos para grilar a terra. Além disso, o INCRA não estaria tomando nenhuma atitude diante dessa calamidade.   
Eles enfatizam que o verdadeiro dono da fazenda, nominado por Ostrogésimo, já teria admitido que as terras pertencem ao PA. Porém, os jagunços do arrendatário estão tomando para si essa briga.
Edinaldo teve a casa queimada
"Nós não somos sem terras. Os invasores são eles”, afirmou Edinaldo Cardoso de Jesus, que teve a casa queimada, onde morava com esposa e 3 filhos há oitos anos. 
O grupo que veio à Marabá estava indignado porque a reunião estava marcada para esta sexta-feira e o Fórum desmarcou de imediato. Além disso, foram cerca de 200 km enfrentando estrada de chão na maior parte.
"É uma covardia o que estão fazendo com a gente. Viemos de tão longe pra dar em nada”, questionou Maria do Socorro Sousa, que também foi expulsa do lar junto de esposo e filhos.
“Cadê os galos, que só tá as galinhas aqui?" diziam os pistoleiros que foram tomar as terras, no episódio de novembro.
Depois que saíram, ainda em novembro, um dos assentados foi vítima de homicídio. Ele era fiscal da associação e atendia pelo nome de “Ceará”.
Atualmente, tem gente morando dentro de igreja. Uma mulher ficou apenas com a roupa do corpo. Houve casos em que os homens foram afugentados sob ameaças de “levar chumbo”.
INCRA – A reportagem procurou no INCRA os responsáveis por acompanhar a situação do PA Palmeira 7. Lá consta que em 19 de julho de 2013, a ouvidoria do INCRA fez reunião com a Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, em Marabá.
Na ocasião, José Iran e a advogada da Fazenda, Fernanda Cota Miranda, reclamaram que os trabalhadores do PA cometiam ilegalidades no local. Na ata dessa reunião, eles queixaram a queima da sede da Fazenda e de documentos dos empregados, mataram gado e atearam fogo na escola para incriminar José Iran.
Além disso, a dupla teria assumido o compromisso de formalizar um acordo no sentido de dividir em 50% para cada lado, até que fosse definida a questão judicial.
De acordo com assessora de comunicação social do INCRA, Mery Cipriano, esse conflito ainda permanece em tramite na justiça.  
VIOLAÇÕES – Alguns dos queixosos revelaram à reportagem o nível de retaliações que eles sofreram nas mãos dos “capangas”.
Em novembro de 2013, Antônio da Silva, 55 anos, hoje desempregado, padeceu grande humilhação com a família, tendo nesta uma filha portadora de necessidades especiais.  
“Botaram eu pra correr da minha casa. Chegaram uns sete pistoleiros, tudo de colete, com pistola e rifles. ‘Correu’ eu, minha mulher e quem estava mais eu. Fui pra dentro mato, aí eles me chamaram. Disseram que iam queimar minha casa naquele instante. Queimaram com tudo dentro, cama, fogão, colchão, comida... Um guarda roupa que eu tinha acabado de comprar e só terminei de pagar esses dias”, relata.    
A filha especial ficou traumatizada a ponto de entrar em crise quando mencionam voltar pra lá. “Agora estou morando aqui na Betânia. Eu vivia de lá e agora perdi meu ganha-pão”, salienta.
Um professor de 1ª a 4ª séries foi alvo de cuspes na cara. Com nível superior em Pedagogia, Gilmar Ribeiro Bezerra, 30, vivia clima de ameaças com mais de 20 alunos.
“Eu saí de lá porque fui pressionado. Eles chegavam armados na minha escola, ameaçando. As crianças ficavam assustadas. Eu cheguei a fazer um boletim de ocorrência na DECA porque, uma vez, eles me pararam em cima da ponte e me hostilizaram bastante. Queriam saber quem é o presidente e falaram que eu não fosse mais dar aula, pois, poderia não voltar mais vivo”, recorda.
Apesar da pressão psicológica, o educador permaneceu mais 6 meses e, quando findaram as aulas de 2012, desistiu a contragosto.  “Aí, depois que eu saí, veio uma professora, só que eles queimaram a escola pela segunda vez. As crianças passaram dois meses estudando debaixo de pé de manga. Eu ainda moro lá na vila, mas meio escondido”, diz.


3 comentários:

  1. Meu deus conheço esse professor muito gente boa morava lá saí de lá em 2010 que pena giumar gostaria de saber notícias de vc minha comadre delcirna

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  2. Olá gente eu moro no matando hoje mais morava na palmeira 7 vim os tempo lá no assentamento com meu esposo e meu 4 filhos cuando chegou os homens armado descendo se polícia mais não era pela preira feliz nos saímos logode lá do assentamento isso era em 2010 meu esposos morreu eu vim pra onde minha família no Maranhão conheço o giumar ribeiro bezerra e família dele muito gente boa muitos amigos que morava lá obrigada não deixa essa família dessa parada gente justiça

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  3. É na realidade foi grande covardia o que aconteceu nos loteamento da Nova Era nos 58 loteamento que são terra demanda para a união das pessoas lá na Nova Era tinha pistoleiro como sempre na parte da fazenda e que se agrava os colônia dos 58 loteamento cadê a justiça cadê a federal po nós ainda somos vítimas de ameaças por um dos seguranças da fazenda mas conhecido po Zé Iran o chefe da melicia e algumas pessoas não relata isso por causa de meacas e as pessoas querem voltar de novo para seu loteamento e vou terminado com meus obrigados po eu te acesso nessas poucas palavras vai meu fone abraço para meu presidente Lula e todos amigos.

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