Engenheiro José Amorim realizou apresentação de slides sobre trechos da hidrovia |
Fabio Esperança: "Queremos que a hidrovia seja navegável" |
Nesta terça-feira (27),
ocorreu a divulgação do Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica e Ambiental
do Tocantins e Araguaia (EVETEIA), no prédio da Associação Comercial e
Industrial de Marabá (ACIM), situado na Marabá Pioneira. O auditório da
associação ficou repleto de personalidades do ramo empresarial, que assistiram apresentação
do Consórcio R. PEOTTA, HIDROTOPO e ENEFER, vencedor da licitação para produzir
a pesquisa sobre a navegabilidade por hidrovia.
Esse encontro representa
o primeiro evento previsto no edital, que envolve as apresentações como forma
de divulgação para a sociedade.
Segundo Fabio Esperança,
representante do Consórcio, eles vão a campo para fazer pesquisas com especialistas
e pessoas da comunidade.
“Provavelmente, vamos
criar em Marabá um escritório para que a equipe de batimetria possa se
instalar. Cerca de 30 a 40 pessoas entre arquitetos, geólogos, desenhistas,
projetistas e pessoas que lidam com equipamentos de alta tecnologia, para se
fazer medições”, afirma.
A tecnologia de medição,
através do som, usa frequências que são jogadas e se vê qual é a profundidade
do rio e, então, faz-se os projetos e plantas.
Ainda segundo Esperança,
ao mesmo tempo em que fazem as reuniões participativas, ouvindo a sociedade, num
período de 3 a 4 meses, também serão feitas pesquisas de campo.
“Ai vai sair um estudo
da parte preliminar, pois vai contar com a batimetria, o levantamento de campo
e já escutamos a sociedade. Contando com alguns estudos econômicos, sabendo se
vai ter impactos e onde vamos ter que estudar”, detalha.
E, na fase final, o
estudo estará pronto para, num período de 15 dias, ser novamente levados ás
cidades, mostrando para a sociedade da região quais são os impactos e as
alternativas.
EVETEIA
– O palestrante e engenheiro,
José Carlos Amorim, que faz parte da consorciada, realizou a apresentação de
slides sobre trechos da hidrovia, saltando para os pontos mais importantes.
No trecho II, de Marabá
ao município de Estreito (MA), cuja extensão navegável é de 321 km, está
planejada a construção da Barragem de Serra Quebrada. No trecho III, que vai de
Estreito a Palmas (TO), com 475 km de extensão navegável, planeja-se a Barragem
de Estreito. Uma terceira barragem está em estudo, por sua vez, seria a de
Tupirantins.
Cada fase está abalizada
conforme o Plano Hidroviário Estratégico 2013, feito pelo Ministério dos
Transportes. Esquecerem o rio Araguaia devido questões ambientais e indígenas.
Intervenções mais
drásticas serão efetuadas em gargalos ao longo dos rios. Há perímetros mais
preocupantes onde serão edificadas barragens. Amorim defende que a “Barragem de
Tucuruí” servirá para abalizar o atual projeto.
DESINFORMAÇÃO
– Durante a palestra,
os participantes fizeram alguns apontamentos. Houve entidades que foram
convidadas, mas não vieram.
Uma representante da Ordem
dos Advogados do Brasil (OAB), e engenharia ambiental, propôs à empresa que
usem as universidades locais e os universitários para atuarem em projetos de
pesquisa.
Um dos participantes
enfatizou que representantes do Ministério Público e universidades locais receberam
convite.
Para Fabio Esperança,
essa ausência é vista com “bastante tristeza”.
“Quando a gente faz o
primeiro contato com as associações é, exatamente, para trazer o maior número
de pessoas. Isso não é apenas um estudo nosso. É um estudo da comunidade e vai
trazer benefícios para a população local. Não estamos fazendo um trabalho para
engavetar. Queremos que isso vá adiante e que a hidrovia seja navegável, trazendo
desenvolvimento e riqueza”, finaliza.
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