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sexta-feira, 28 de novembro de 2014

X PAPO LITERÁRIO - Na Biblioteca Municipal, público conhece poeta Eduardo Castro





























Na terça-feira última (25), ocorreu a 10ª edição do Papo Literário, um evento que apresenta escritores de renome para a comunidade leitora de Marabá. Neste encontro, foi a vez do poeta, Eduardo Castro, atual presidente da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), que conversou com o grande público, presente na Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situada na Marabá Pioneira.
O poeta marabaense, Airton Souza, apresentou o literato e mediou a conversa.
Eduardo Castro tem 63 anos de idade, não possui formação superior e aprendeu a ler somente aos 15. Motivado pelo prazer da arte literária, já publicou 7 livros e, embora tenha outros escritos, eles ainda não foram para o prelo.
O longevo escritor conheceu a escritora Cora Coralina, por quem desenvolveu afinidade. Entre suas obras, destaca-se "Tributo a vida", por ter sido o primeiro conjunto de textos em gênero lírico, e, em seguida, o lançamento do livro "Verbo viver", escrito depois de acidente que sofreu e precisou de doações.
Apesar da imensidão do prédio, a biblioteca ficou pequenina naquela noite. Não comportou todo o público. Muitas pessoas ficaram de pé o quanto puderam e outras nem conseguiram entrar.
Quando perguntado sobre se escreve poemas apaixonado por alguém, ele responde que não se declara diretamente. “Não tenho esse hábito. Eu sofro, mas não corro atrás", considera, arrancando aplausos dos ouvintes.
Vários participantes quiseram conhecer vida e obra do artista. Entre os questionamentos, de que livros e autores ele mais gostava, como foi o contato com a leitura e que dicas o poeta tinha para aqueles que não tem tanto costume de ler.  
Castro fez uma pausa para ler a própria versão de poema intitulado “Marabá”, escrito em 1988, tendo chegado há pouco tempo nesta cidade.
Estudantes que cursam o ensino médio na Escola Municipal Irmã Theodora, situada no Bairro Liberdade, e do ProJovem Urbano, localizado no prédio na Escola Municipal Pequeno Paje, no Bairro São Félix vieram em ônibus escolar para a oportunidade.
Aline Pinheiro, professora do Curso Técnico Profissionalizante (CTP), participou do momento. Acompanhada de uma das turmas, Pinheiro questionou. Já a estudante de Pedagogia, que mora em Minas Gerais, Elis Neia, também questionou sobre o caminho para se tornar um escritor respeitável.
Por sua vez, a poetisa, Eliane Soares, membro da ALESSP, procurou saber se ele se via como um poeta romântico. "Na verdade, nem sei a qual linha de poeta me classifico. Mas não me considero um poeta romântico", afirma em tom ameno.
Diversas personalidades da esfera artística marabaense compareceram ao Papo Literário. O fotógrafo, Jordão Nunes, artistas plásticos, Creusa Salame e Félix Urano, os poetas Joelthon Ribeiro, Adão Almeida e Glecia Sousa conheceram mais detalhes. Félix, artista que produz obras e artesanato a partir de materiais em estado de demolição, assistiu o venturoso poeta narrar sobre o trabalho com a literatura.
De acordo com Glecia Sousa, que além de escritora atua no ProJovem, o ótimo papo chamou a atenção do alunado.

“Uma aluna minha, por exemplo, ficou muito feliz. Disse que nunca tinha entrado em uma biblioteca e assistido algo assim. Ficou admirada. Todos felizes por ganharem o livro”, ressalta.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

SARAU DA LUA CHEIA - Galeria de Artes Vitória Barros recebeu 21ª edição


Adão Almeida, poeta e cordelista, enalteceu a cidade de Marabá e
famílias tradicionais, durante representação de poema dito de cor  


Obras do Projeto Tocaiúnas e dançarinos de Belém tiveram destaque na noite poética









Na noite de sábado (15), houve a realização do 21º Sarau da Lua Cheia no prédio da Galeria de Artes Vitória Barros, situado no Bairro Belo Horizonte. Os idealizadores do sarau, Airton Souza e Eliane Soares, colocaram em relevo a obra dos poetas de Marabá, Abílio Pacheco e Ademir Brás. A dupla foi homenageada também por amigos e leitores que formavam grande parte do público.
Durante a programação, ocorreram apresentações musicais, recitais e dança. Em especial, as obras do Projeto Tocaiúnas e dançarinos de Belém encantaram os participantes.
Segundo Ieda Mendes, é a segunda vez que encontro ocorre na Vitória Barros, por ser um lugar que reconhece o prestígio dos movimentos artísticos da cidade.  
“A gente entende que é um privilégio receber, porque, é um tipo de evento que alimenta a alma, o amor... Temos a sensação de nos ver diante da poesia. Reúne tantos amigos e artistas. Cada um lê, canta e comenta o que quer de forma livre, declama a própria poesia ou a do outro”, pontua.
Sarau leva pra roda de bate-papo diversas 
personalidades de Marabá. Na ocasião, 
estiveram Terezinha de Jesus (esq.), 
Cláudia Chini, Creusa Salame, 
Eliane Soares e Marluce Caetano
Airton Souza comentou uma grande obra que reúne textos de escritores de Marabá, porém não há mais nas livrarias, a Antologia Tocantina. E, para demonstrar a qualidade desses autores, ele declamou versos do poeta e cantor, Javier Di Mar-y-abá, autor do livro Sob as luzes de Argos.
Vários artistas tiraram a noite apenas para observar e fruir as apresentações literárias e musicais. Durante o evento, o artista plástico, Bino Souza, e o engenheiro e poeta, Joelthon Ribeiro, assistiam maravilhados o recital.
O escritor, Adão Almeida, declamou versos que enaltecem a cidade de Marabá e as famílias tradicionais.
A artista plástica, Creusa Salame, leu poema em homenagem a Vitória Barros chamado "Força oculta", texto que faz parte do livro dela intitulado “Crônicas e Poesias”.
Obras de Bino Souza ornamentam Galeria até dezembro
Eliane Soares leu textos do livro “Entre Versos e Rimas”, escrito por Glecia Souza. Ela estava presente no sarau e publicou a obra através do projeto Tocaiúnas. Lusa Silva, que realizou lançamento do primeiro livro de cordéis, também participou do projeto Tocaiúnas.
Raimundo Nonato, que leciona História na Escola Estadual Professora Tereza Donato de Araújore, citou versos do poeta modernista, Manuel Bandeira. Por sua vez, Isis Brandão recitou poema do professor de Marabá, que reside no sudeste do país, Deuzidete Rocha Junior.
Por várias vezes, poemas do livro “Universo poético”, cuja autora é Fátima Alveira, ganharam a atenção do público.  
SEM FRONTEIRAS
A arte não conhece espaço e tempo. Diversos artistas de outras localidades participaram da noite sarauista. Elisangela Corps, moradora do município de Nova Ipixuna, declamou o poema “Nova Ipixuna: Meu berço, minha pátria”, de Agmael Lima, escritor daquela cidade que é vizinha a Marabá. 
Marluce Caetano, uma das coordenadoras do projeto Marabá Leitora, chegou ao sarau acompanhada de artistas de Belém, Juca Marques e Jessica Nascimento. Aceitando um pedido inesperado do público, a dupla deu um show de dramaturgia. O cantor Javier Santos entrou de improviso na peça, agigantando a encenação com toque de viola. 
Eliane Soares, que também é professora na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará, comentou sobre outros movimentos literários que acontecem nas grandes capitais. 

terça-feira, 18 de novembro de 2014

CLUBE DE FOTOGRAFIA - Nova Ipixuna é alvo da lente dos fotógrafos marabaenses.

3º Passeio Fotográfico promovido pelo Clube de Fotografia de Marabá
levou grande equipe para a cidade de Nova Ipixuna














Por Ederson Oliveira 

A cidade de Nova Ipixuna foi invadida por fotógrafos de Marabá no último domingo, 16 de Novembro, durante o 3º Passeio Fotográfico promovido pelo Clube de Fotografia de Marabá, um projeto desenvolvido pela Associação dos Artistas Visuais do Sul e Sudeste do Pará (ARMA). Intitulado “Retratos Visuais”, o passeio contou com fotógrafos iniciantes, amadores e profissionais, tendo o principal objetivo de registar para as futuras gerações o patrimônio natural, arquitetônico e artístico da cidade, contribuindo assim para a valorização e disseminação da cultura regional.  
As atrações mais registradas foram a praça central da cidade, casarões antigos, a Rodovia PA-150, que corta o município, e a população local, esta bastante receptiva e calorosa com os fotógrafos marabaenses.
O grande destaque do passeio foi a visita à Fazenda Fabiana, uma das mais bonitas da região, de propriedade da família Zibetti, tradicional da cidade.  A família abriu suas portas para receber o grupo, que fotografou todos os detalhes do oásis, um recanto de beleza com lagoas, animais e vegetação exuberante.
“Nova Ipixuna é uma cidade que possui muitas belezas e um povo bem hospitaleiro. Fiquei muito feliz quando a ARMA resolveu trazer o clube de fotografia para registrar a nossa cidade. Foi um grande presente”, afirmou a fotógrafa da cidade, Gabriela Zibetti.  
Com cursos, oficinas, passeios e exposições a ARMA vem realizando inúmeras atividades e ações que vem promovendo o resgate histórico da memória visual, nas cidades situadas nas regiões sul e sudeste do Pará.  
“Participei de todos os passeios até hoje promovidos pela Arma. E este, com certeza, foi um dos melhores, principalmente, pela receptividade com que fomos recebidos, em especial pela família Zibetti, que abriu as portas do seu paraíso particular”, explicou o fotógrafo, Jorge Britto.

As imagens capturadas em Nova Ipixuna irão fazer de uma grande exposição fotográfica que será realizada no município, marcada para a 1º quinzena de Dezembro. Os moradores da cidade terão a oportunidade de ver a sua cidade por um novo ângulo, um olhar mais artístico e contemporâneo.    

CAMINHÃO MUSEU - Na quinta (20), Marabá recebe exposição da UFMG e Ministério do Desenvolvimento Agrário


Projeto “Sentimentos da Terra” conta ocupação do território brasileiro




















Na próxima quinta-feira (20), a partir das 15h, a Praça Duque de Caxias, situada na Marabá Pioneira, vai ser palco da exposição “Caminhão-Museu Sentimentos da Terra”, que é fruto de um trabalho de pesquisa realizado pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em parceria com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA).
Marabá é a única cidade da região Norte do Brasil a receber a visita do Caminhão-Museu.
Segundo o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, o projeto tem o objetivo de expandir e estimular um diálogo permanente com a população brasileira, especialmente a população rural, sobre a história da luta pela terra no Brasil.
“Estimulando essa reflexão sobre o processo histórico do País, do acesso à terra, de todo processo de ocupação brasileira e da construção da República, podemos melhorar nossa capacidade de compreensão e de afirmação do que queremos para o Brasil”, salientou.
De acordo com a assessora de Comunicação Social, Mery Cipriano, a programação ocorrerá durante três dias, de 20 a 22 de novembro, estando aberto ao público marabaense no horário de 15h às 20h.
Os visitantes que vierem à Praça Duque de Caxias, além de prestigiar a novidade, terão a oportunidade de fazer um revisionismo histórico, conhecer materiais e obras de arte, que tratam de episódios recentes do país.

SENTIMENTOS DA TERRA 

A exposição foi construída após de quatro anos de pesquisas coordenadas pela professora de história da UFMG, Heloísa Starling, e desenvolvidas por seus alunos de graduação e pós-graduação em História.
Conforme a professora, o caminhão tem vários atrativos para o estudante e para o público em geral, apresentados de forma lúdica, em suportes que utilizam tecnologia de ponta.
“A ideia é tornar a história da luta pela terra mais próxima das pessoas. Os visitantes podem se fantasiar, escutar músicas, ler livros e assistir filmes. O caminhão tem uma série de atividades e a criança gosta”, pontua.
O Caminhão-Museu Sentimentos da Terra está em circulação desde março de 2013, e visitou, no ano passado, cidades de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.

Neste ano, teve início no Rio de Janeiro, passou por Salvador e depois para Chapada Gaúcha, em Minas Gerais. Mais de 18 mil pessoas já visitaram a mostra que depois de Brasília segue para Belo Horizonte, Mossoró (RN), Caxambu (MG) e Marabá (PA), ainda neste ano. (Com informações da página do MDA: http://www.mda.gov.br). 

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

ESCOLA RAIMUNDO JOSÉ - Alunos ganham medalha na 17ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica


Aluna Anne Gabriela de Sousa Damascena alcançou medalha de ouro
na OBA. Na foto, fez agradecimentos aos pais e mestres.

No evento, a comunidade prestigiou alunos premiados








Emocionada com a conquista dos alunos, a diretora
Arlethe Melo parabenizou as turmas. No discurso,
Melo também enfatizou a importância da
família no apoio a carreira estudantil.
Na última segunda-feira (10), a Escola Municipal Raimundo José de Souza, situada no Bairro Liberdade – núcleo Cidade Nova, realizou um evento para comemorar junto à comunidade escolar o resultado positivo que os alunos tiveram na 17ª Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA), desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC). Foram 156 estudantes de turmas de 4º e 5º anos que enfrentaram a prova, ocorrida no mês maio em todo o Brasil, sendo que 18 conquistaram medalhas.

O encontro também foi marcado pela culminância do projeto didático “Biografados”, arquitetado pela professora, Silvane Lima.  
Entre as disciplinas que a olimpíada exige estão ciências, geografia e história. Neste ano, a escola teve alunos premiados com 2 medalhas de ouro, 7 de prata e 9 de bronze.
Segundo a diretora, Maria Arlete de Melo e Xavier, embora a OBA seja uma prova não obrigatória, diferente das olimpíadas que envolvem as disciplinas, Português e Matemática, a escola que a adota amplia o currículo dos estudantes.  
Aluna Amanda Kathllen da Silva (centro) explicou à
comunidade o projeto Biografados. Ela, ao lado de
SIlvane Lima, passou exemplar para regente
da sala de leitura, Valderlene  Costa Brito.
“Já tem dez anos que nós participamos da OBA. Eles aprendem conteúdos da Astronomia e da Astronáutica. Quem prestou a prova ganha o certificado, mas dependendo da pontuação há medalhas de primeiro ao terceiro lugar”, enfatiza.
Somente as escolas que seguem todas as recomendações do MEC podem efetuar o evento como legítimo.
A reprodução das provas e a confecção do currículo são bancadas pela própria unidade escolar. Um investimento que, segundo a Arlete Melo, estimula um perfil de aluno com maiores horizontes profissionais.   
De acordo com Lima, o projeto “Biografados” levou o alunado a pesquisar a vida de artistas renomados, tanto da contemporaneidade quanto da era moderna.
“Dentro dessa pesquisa, os alunos ampliaram o conhecimento sobre como fazer um livro. Todas as fases de montagem. Foram formados onze grupos que estudaram a vida de celebridades. Produziram uma biografia e fizeram seminários para as demais turmas. Um conjunto de atividade que gerou grande experiência para o futuro deles”, detalha.  
Entre as personalidades brasileiras estão, representando o esporte, Airton Sena, na política Juscelino Kubistchek, nas artes plásticas despontaram Anita Malfati e Tarsila do Amaral, na Literatura Carlos Drummond e Vinícius de Moraes, no ramo de invenções foi Santos Dumont e, na música, Antônio Carlos Jobim. Estrangeiros como Leonardo Da Vinci também entraram nas obras.    
Ana Diniz recitou o próprio poema para o público
Durante a solenidade, uma mesa foi formada com a direção da escola, representantes dos pais e alunos que se destacaram na prova e no projeto.
A professora Cleide, de Ciências, narrou com todas as letras o enorme interesse que os alunos dedicavam à OBA. A estudante, Anne Gabriela de Sousa Damascena, alcançou medalha de ouro na OBA. Damascena fez agradecimentos aos pais e mestres.
Na ocasião, a pequena poetisa, Ana Carolina Diniz, recitou o próprio poema para o público. Ela tem biografia no livro organizado pela professora, Silvane Lima, que foi resultado de outro projeto realizado durante o ano de 2014, intitulado “Escrevendo para o Futuro”.  
A aluna, Amanda Kathllen Dias da Silva, explicou à comunidade o projeto Biografados. Ela, ao lado de Silvane Lima, passou exemplar para regente da sala de leitura, Valderlene Costa Brito. Todos os exemplares ficarão na escola, tornando-se então fonte de estudo e pesquisa.