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domingo, 21 de fevereiro de 2016

5º RODA DE LEITURA - Em Marabá, obra da escritora Amarílis Tupiassú foi alvo de reflexões






A obra e a vida da professora, escritora e crítica literária paraense, Amarílis Izabel Alves Tupiassú, foi a personalidade homenageada durante a 5ª Roda de Leitura, realizada na noite de sexta-feira última (19). O evento é coordenado pelo poeta marabaense, Airton Souza, e representa um dos vários projetos promovidos pela Secretaria Municipal de Cultura (Secult), situada no prédio da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, na Marabá Pioneira, onde ocorreu o encontro.
Na ocasião, a maior do público era constituído de membros da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP).
Amarílis Tupiassú, como é mais conhecida pelos estudiosos em Belém, tem formação de Licenciatura em Letras pela Universidade Federal do Pará (UFPA) no ano de 1970, além de mestrado e doutorado também Letras, ambos pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) na década de 80.
Quem apresentou a pesquisa acerca das áreas de trabalho e como se dá a atuação de Amarílis Tupiassú foi o professor e repórter, Anderson Damasceno, que assina o Blog Olhar do Alto.
O blogueiro tratou da experiência que Tupiassú desenvolveu sobre a Literatura Brasileira, principalmente nos temas: análise, amazônia, ação verbal e contos amazônicos.
Através de vídeos, reportagens e a lastra produção em crítica literária, foi possível traçar na estudiosa um perfil de pensadora militante, atenta para o sujeito amazônida e a urgente necessidade de se pensar seu espaço vital.
Também foi aberto um espaço para bate-papo a respeito da narrativa Imagens que passais pela retina, de modo que cada um relatasse a própria impressão com a linguagem de Tupiassú. Os escritores, Glecia Sousa e Bertin di Carmelita, expuseram sensações e reflexões que tiveram enquanto leitores da obra na íntegra.
Ao longo da comunicação, entre as obras abordadas por Damasceno estiveram o artigo Amazônia, das travessias lusitanas à literatura de até agora e o livro sobre o padre jesuíta Antônio Vieira, A Palavra Divina na Surdez do Rio Babel

sábado, 20 de fevereiro de 2016

PODER JUDICIÁRIO - 1ª e 2ª Varas do Juizado Especial acumulam 8 mil processos aproximadamente

Processos demoram anos mesmo para pessoas com deficiência, 
que são asseguradas pela lei da prioridade. 





















Há mais de 830 dias, se arrasta no Poder Judiciário o processo promovido por Nacélio Souza Madeiro, universitário de 31 anos, que exige reparos por danos morais provocados pelo Banco Fibra. Mesmo sendo assegurado pela lei 12.008, que confere a ele prioridade no atendimento por ser deficiente visual, a ação tramita a passos lentos na 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Marabá, que fica no Fórum Juiz José Elias Monteiro Lopes, situado no Bairro Amapá.
Em novembro de 2013, o estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), entrou com processo porque pagou fatura do cartão de crédito, mas o Banco Fibra alegou não recebimento e negativou o nome dele no SERASA. O pagamento foi provado e a empresa financeira perdeu a causa, mas nunca houve a reparação.
Segundo Nacélio Madeiro, logo em abril de 2014 o juiz de direito, César Dias de França Lins, decretou que o banco teria que pagar uma quantia de R$ 5.000,00 em indenização.
“Tive duas audiências, sendo que numa de 2014 a outra parte não compareceu. Já em abril de 2015, ambas partes compareceram. Porém, estou muito insatisfeito porque meu processo está para ser sentenciado até hoje. Toda vez que vou até o Fórum, eles pedem para aguardar mais dias, ou dizem que mudou o juiz. O que é certo é que a minha prioridade já completou dois anos de espera. Assim não dá”, afirmou.
Madeiro recorreu à Imprensa, enviando carta ao Jornal Opinião, pois considera que está sendo alvo de descaso e morosidade por parte do Poder Judiciário em Marabá.
A reportagem foi ao Fórum, na terça-feira última (16), a fim de averiguar o porquê dessa situação seguir indefinidamente. 
Pelo exposto nos documentos da 2ª Vara, Nacélio é vítima de uma crise estrutural, que deixa o Judiciário de joelhos, sendo a falta de juízes sua principal causa.
De acordo com Nádia Alice, diretora de secretaria, para se ter uma ideia, com o passar do tempo há um acúmulo de 5 mil processos em andamento – 8 mil, na verdade, se forem somados com os da 1ª Vara.
“Desde junho de 2015, por exemplo, a 2ª Vara do Juizado Especial estava sem juiz titular. Não tinha ninguém para trabalhar os processos e ainda não tem. Muito menos servidores e técnicos o suficiente”, enfatiza.
Ainda de acordo com Nádia Alice, no meio desses milhares de ações tramitando em Marabá, há casos de pessoas que vieram do Pacajá para resolver, muitos são amparados pela lei da prioridade, que vão continuar sofrendo, haja vista que existe um conjunto de problemas gerando a demora.  
“Há processos de 2011, que são com prioridade, mas nunca foram resolvidos. As pessoas estão aí aguardando sentença. Nós, servidores, também estamos acumulando funções, pois aqui só existem dois funcionários, para fazer ofício, interagir com o Ministério Público, ficar no atendimento”, observa.
A reportagem não pode ser atendida pela juíza, Adriana Divina da Costa Tristão, que está à frente da 2ª Vara, desde janeiro de 2016. Também com ela estaria o processo de Nacélio Madeiro, apenas aguardando nova sentença. 

ENTENDA O CASO DE NACÉLIO MADEIRO
Nacélio Madeiro (segundo da esquerda) participa do 
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica 
(NAIA), na UNIFESSPA. E depois de tanto
tempo lutando na Justiça diz que pensa em
desistir de lutar pelos próprios direitos. 

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Há episódios na crise estrutural do Poder Judiciário semelhantes às novelas trágicas, que podem ser vistos na caminhada do reclamante Nacélio Madeiro. O caso dele se torna emblemático por representar milhares de portadores de necessidades especiais.      
Em primeiro lugar, por não ter condição de pagar os honorários advocatícios, ele iniciou o processo pelo sistema Projudi (Processo Judicial Digital) para poder agendar um defensor público que acompanhasse o caso dele. E são poucos. Por consequência, o jovem deficiente sofre na pele a qualidade do serviço.
“Sei que eles ganham muito bem para atender a gente. Mas, por mais que eu procure o meu defensor público, o José Erickson Rodrigues, nunca trocamos uma palavra. Nem uma ligação ele dá”, pontua Madeiro.
Segundo, a sentença favorável do juiz César Lins foi anulada pela juíza relatora em Belém, Márcia Cristina Leão Murrieta. Em dezembro de 2014, ela aceitou recurso do Banco Fibra tão somente porque o endereço deste não foi citado nos autos.
“Entendo que os atos processuais praticados após a citação inválida do recorrente (Banco Fibra) devem ser anulados, razão pela qual determino o retorno dos autos à Vara de origem para regular processamento da ação, (...) devendo, ainda, ser designada nova audiência”, diz a sentença de Márcia Murrieta, em documento pelo órgão Turma Recursal Permanente Exclusiva dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais do Pará. 
Com isso, a ação de Nacélio Madeira foi retomada com as correções exigidas pela relatora de Belém. E agora, a indenização que o Banco Fibra deve pagar é de R$ 13.560,00 uma vez que o juiz César Lins, novamente, esteve em audiência com as partes, em abril de 2015, e não houve reconciliação.
Tal situação revela um vício no Judiciário, pois, ser houver mais um “deslize” ou “errinho”, o processo do universitário pode, novamente, ser anulado e ter que voltar para origem. Mesmo o fato principal já foi comprovado. Isto é, ele nunca ficou devendo o Banco Fibra.
Por fim, o fato dos juízes terem que revezar no acompanhamento dos casos, demorando anos para sentenciar, faz a crise estrutural ser monumental também. Só o de Nacélio Madeiro já passou pelas mãos de três doutores, César Dias de França Lins, Daniel Gomes Filho e Adriana Divina da Costa Tristão, uma situação que já o fez pensar em desistir várias vezes de lutar contra a injustiça que sofreu.

Vale lembrar que o Tribunal de Justiça do Pará, recentemente, chamou 41 novos juízes para, futuramente, atuarem nas comarcas do estado. Espera-se que Marabá viva um pouco deste futuro. 

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

GREVE EM MARABÁ - Quem é o dono das Escolas Públicas?




















Uma situação na Escola Municipal José Mendonça Virgulino, situada na Avenida Getúlio Vargas, Marabá Pioneira, me fez questionar o caráter dos diretores das unidades escolares em Marabá. Na tarde de ontem (16), fui lá com o objetivo de tirar uma foto. Mas, a diretora, Nilva Américo, não autorizou.
E foi exatamente essa "proibição" que me causou e ainda causa intriga. Digo, quem tem o poder da decidir se uma pessoa pode ou não bater uma simples foto de um prédio público? 
Como repórter, meu papel era simples, realizar a captura de uma imagem de sala de aula, para ilustrar o atual período de greve, que foi deflagrada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Edução Pública do Pará (SINTEPP).
Chegando lá, a escola estava naturalmente deserta, sem nenhuma alma de aluno. 
O servidor público que atua como agente de portaria foi gentil e me encaminhou para conversar com a única secretária presente. Fiz minha apresentação. Ela me falou que precisaria de autorização da Diretora Nilva. 
Pedi o telefone e liguei para a gestora. 
Na conversa, ela disse para aguardar o retorno da ligação porque precisava consultar o Conselho de Professores da Escola (na verdade, ela só disse que ia falar com o professor Eduardo) antes de decidir. 
Após uns 10 minutos, Américo diz que não seria autorizado. Ou seja, como imprensa, não pudi cumprir meu papel porque o "Conselho", se é que todos os membros foram ouvidos, disse não.
Eu entendo que Nilva poderia se sentir acuada por pensar que a foto seria usado numa matéria para criticar o movimento de greve, haja vista que trabalho num jornal. 
Contudo, mesmo que o objetivo fosse este eu questiono porque alguém tem esse poder sobre a escola pública? A mim pareceu um procedimento muito ditatorial.    
José Mendonça é umas das escolas mais antigas de Marabá. Já tive a alegria de participar de um culto ecumênico lá, por ocasião da minha formatura pela Universidade Federal do Pará (UFPA). Só que desta vez, confesso, sai de lá me sentindo um impotente. E eis minha indignação. 



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

REJOQ 2016 - Geração de Inconformados participou de retiro espiritual

Pastor Ronisteu Araújo ministra mensagem sobre relacionamento



















A Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) em Marabá, campus II, em que o pastor e escritor Ronisteu Araújo é o superintende, promoveu desde segunda-feira última (8), a 4ª edição do Retiro de Jovens Quadrangular (REJOQ). 
Em encontro anterior, Ronisteu Araújo ministrou o sermão "Auto Estima e Auto Imagem" que, entre outras coisas, ensina sobre a forma que os jovens se veem no campo de suas capacidades e inteligências. 
Nesta edição, Araújo abordou ensinamentos bíblicos sobre relacionamentos como namoro, noivado e casamento. Com o tema "Como escolher a pessoa certa", os princípios da Palavra de Deus servem de conselho e orientação para a juventude aprender a decidir com mais segurança.
Marcos Jhone, Karine Farias, Andressa Gusmão, Agalysse Sousa e Tailson Borges estão na direção do REJOQ. Eles constituem parte da Diretoria de Jovens, um departamento da IEQ, sede 2, localizada no Bairro Independência - núcleo Cidade Nova, que coordena o Grupo Missionário de Jovens (GMJ).