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quarta-feira, 23 de agosto de 2023

“TIÃO CALOTEIRO” – PROFESSORES DE MARABÁ FAZEM MANIFESTAÇÃO NA CÂMARA DE VEREADORES










Anderson Damasceno

Homenagens de um lado, gritos de revolta do outro. Assim foi a manhã desta quarta-feira (23), na Câmara Municipal de Marabá (CMM), onde ocorria a Sessão Solene em alusão ao Dia do Soldado (25 de agosto). Em greve há duas semanas, os professores de Marabá que lotavam o plenário, e dividiam cadeiras com os soldados, bradaram a palavra de ordem: “Tião caloteiro, pague meu dinheiro!”. 

Após o encerramento da sessão, os parlamentares realizaram reunião para ouvir a pauta do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (SINTEPP).

Segundo Joyce Rebelo, integrante da comissão do SINTEPP, os vereadores formaram uma nova comissão que vai reunião com o prefeito Sebastião Miranda, para tratar da pauta do vale-alimentação, pois a negociação da última reunião parou no valor de R$ 520,00. Os vereadores também se comprometeram em ajudar na pauta do piso do magistério. 

“Os vereadores defenderam que o Poder Executivo deve fazer o enxugamento da Secretaria Municipal de Educação (SEMED), no que diz respeito aos gastos, exatamente para poder achar o percentual de enquadramento do piso salarial dos professores”, observa Rebelo.

É válido recordar que na última quinta-feira, 17 de agosto, o prefeito Sebastião Miranda participou de reunião com os três sindicatos (SINTEPP, SINTESP e SERVIMMAR) e deu “carta branca” para que os sindicatos sentassem com a pasta de planejamento, tendo como objetivo organizar a estrutura da máquina pública, justamente para garantir o reajuste de todos os servidores do município.


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VEREADORES DE MARABÁ SE MANIFESTAM EM RELAÇÃO À GREVE DOS PROFESSORES

Durante a Sessão Solene, os parlamentares tiveram jogo de cintura para poder dar seguimento às homenagens sem desconsiderar o protesto e os anseios dos grevistas. 

Os vereadores Márcio do São Félix, Ilker Moraes e Marcelo Alves discursaram em defesa dos professores, durante tempo de tribuna.

“O governo municipal, historicamente, sempre usa o argumento de que não tem recursos financeiros, seja para não pagar os servidores, seja para diminuir seus salários. Porém, é preciso ter transparência nos recursos que caem na conta do município. Não consigo entender como Palestina paga o piso dos professores, mas Marabá não”, compara Ilker Moraes.  

Por sua vez, o vereador Pastor Ronisteu Araújo defendeu o cumprimento do acordo feito em favor da categoria dos educadores. “O prefeito Tião tem que cumprir o acordo que ele fez com os professores. Deve cumprir as pautas dos professores, que foram feitas em mesa de negociação”, ressalta.

Ainda segundo o pastor Ronisteu, há uma grande defasagem no salário dos professores, em virtude dos reajustes feitos pelo Governo Federal e que ainda não foram repassados para os educadores.

“Também é preciso atualizar o vale alimentação, definir o pagamento da hora-atividade, além de outras reivindicações que são legítimas”, afirma o pastor Ronisteu, em concordância com os profissionais da educação.

Vale ressaltar que os educadores respeitaram o tempo da apresentação realizada pelo general Eduardo da Veiga Cabral, comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, abordando importantes ações e os valores do Exército Brasileiro. Contudo, os profissionais da educação empunhavam cartazes com letras garrafais dizendo: “ESTAMOS EM GREVE”.

Na ocasião, também estavam presentes os parlamentares: Alécio Stringari, Fernando Henrique, Raimundo do Comércio, Aerton Grande, Coronel Araújo, Márcio do São Félix, Elza Miranda, Pedro Corrêa, Miguelito e Beto Miranda.


sábado, 19 de agosto de 2023

BOLSONARO MOVIMENTA PARAUAPEBAS DIA 25 DE AGOSTO
















A sigla do Presidente Jair Messias Bolsonaro, o Partido Liberal (PL), vai movimentar a região sul e sudeste do Pará, na próxima semana. 

Organizado pela frente feminina do Partido Liberal, o PL MULHER, vai acontecer o 1° Encontro da Direita, no dia 25 de agosto (sexta-feira), às 18h, no prédio da Câmara Municipal de Parauapebas. 

O PL MULHER é um movimento vinculado ao Partido Liberal da cidade de Parauapebas, capitaneado pela presidente Cynthia Lima.

Na oportunidade, será ministrada uma palestra pelos Deputados Federais: Gustavo Gayer (PL Goiás), Nikolas Ferreira (PL Minas Gerais).

“Contaremos ainda com a ilustre presença dos Deputados Federais do PL Pará: Eder Mauro, Delegado Caveira e Joaquim Passarinho, e os Deputados Estaduais: Delegado Toni Cunha e Rogério Barra”, anuncia a comissão organizadora. 


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O ELOGIO DO ERRO – UMA DIDÁTICA ESCOLAR QUE FUNCIONA NO SEM QUERER QUERENDO DA SALA DE AULA

 

Anderson Damasceno

A didática por trás do "elogio do erro" pode produzir muitos benefícios na vida dos professores. E até mais que benefícios na vida dos alunos. Ou melhor, provocará bens (i)materiais na vida de quem porventura puder estudar com professores que são desse jeitinho. Assim, elogiadores do erro alheio. Especialmente dos dos seus pequenos.  

Imaginem uma situação super comum. Falo especialmente aos profs de LP. O garoto de 6º e 7º anos que ainda não diferencia na modalidade escrita da língua as palavras “pais” e “país”. A primeira serve para referendar a família: o casal de progenitores ou de adotadores desse mocinho deslizador da gramática. Sãos seus responsáveis. Já a segunda, para se referir à própria nação ou nação alheia. Quem sabe um país imaginário. Tanto faz!

O profissional que vê esse caso, nada raro, que se depara com essa cena em sala de aula e decidi fazer uma breve intervenção explicativa, levando a situação de incorrência gramatical para o quadro, está diante de um momento precioso. Uma rica oportunidade dentro do processo de ensino-aprendizagem.

“Olha aqui galera! O paquito da Xuxa ali escreveu assim na narrativa dele: ‘Quando chego em casa, eu falo com os meus país tudo que aconteceu de mais legal na escola’. E isso me fez pensar, temos um governante mirim aqui na sala, que lidera muitas nações pelo mundo. Puxa! Já pensou, você chegar em casa e contar pra população de todos os países que você governa tudo aquilo de bom que viveu na escola por um dia. Rapaz! Foi pelo Google Meet, rei do Norte?”.


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É bem verdade que por causa da rotina, da prática cotidiana de lecionar e, constantemente, ver muitas agramaticalidades na escrita e na leitura dos estudantes, possa parecer aos professores que cada situação de erro – não apenas nas aulas de português – seja algo tão habitual, comum, que acaba se automatizando. Por exemplo, o educador explica ali mecanicamente a diferença entre pais e país. Isto é, muitos profissionais atacariam somente e diretamente a questão técnica do erro.

Sabemos que há inúmeras questões que levam os educadores a agir dessa forma. E são, sim, questões que merecem ser debatidas em seus encontros de formação, capacitação, e até pesquisadas cientificamente. (E acabo de ter aqui mais uma ideia de tema/problema para publicar no BOA nos próximos dias). Também é sabido que há a postura daqueles profissionais defendem não perder muito tempo com a gramática, porque em algum momento da vida escolar as crianças e adolescentes vão acabar aprendendo a ortografia, ortoepia, a acentuação etc. E que pelo fato dessa garotada não dominar a linguagem quanto ao uso de objeto direto e indireto, no 8º ano do Fund II, isso não seria motivo suficiente para reter alguém no mesmo nível, no final do ano. E pro ano seguinte.

Contudo, quero me ater aos professores que aproveitam os momentos de vacilo na Língua Portuguesa. Ao escrever no quadro o deslize gramatical de seu pupilo, invés de ir direto para a questão técnica, envolvendo a semântica (o sentido dessas duas palavrinhas danadas), a ortografia (citar até o VOLP, a legislação...) e os elementos notacionais da escrita, resolve fazer uma singela brincadeira. Usar o momento pra elogiar de forma engraçada a incorrência cometida pelo alunado.

Essa abordagem evitaria muitos bloqueios, diminuiria a inibição, e evitaria a possibilidade dos educandos sentirem que estão “jogando contra os educadores”. Como se a nota da prova fosse a “prova” de que o professor não gosta do aluno e vice-versa.

Muita vez, o estudante que ainda está vivendo fases e fases de seu desenvolvimento filogenético acaba errando – e com todo o direito – na forma de avaliar o mundo e as pessoas em sua volta. Ainda lhes falta certa maturidade e experiência para perceber que o tempo de escola é um direito e um privilégio que cada pessoa precisa aprender a valorizar. É essa a ideia que gosto de passar quando escrevi em um dos meus “raps” os versos:

“Sei que até parece uma loucura

Passar a vida na escola sem sacar que a conta é tua.

Mas, fica calmo,

Ainda dá tempo de pagar”.

Falo que o alunado tem todo o direito errar, respeitando-se idade, capacidade intelectiva e educação recebida. Pois, há sim os casos de estudantes que entendem bem as relações de causa e consequência. Eles já desenvolveram maturidade suficiente para perceber o quanto não estão se dedicando aos estudos: gazetam aula, não prestam atenção na explicação nem respondem as atividades no caderno e no livro, conforme o prazo estipulado. Enfim, ficam na “vadiagem escolar”.

Mas, nem todos ficam gazetando aula. Há aqueles que, durante seu crescimento e amadurecimento, (leia-se aqueles enquanto crianças e adolescente) ainda não conseguem gerir bem e interpretar, com a segurança necessária, seus relacionamentos interpessoais. Afinal, isso é um dado material: pelo fato de existirem problemas em torno dos objetos do conhecimento, existirem atividades e provas, fica parecendo que os professores só existem para dificultar a vida estudantil, impedindo a felicidade.  

Raramente, um estudante vai tentar se dedicar ao conteúdo da área do conhecimento de alguém que ele sente não gostar de si. Em resumo, fica parecendo que a reprovação no final do ano depende somente do relacionamento interpessoal, entre educador e educando, ser o único quesito definidor. E não é bem por aí. Nem nunca deveria ser.

Portanto, brinquemos com mais acolhimento, sabedoria. Tentando entender o porquê de muitos erros em sala de aula. Cada um pode ser uma grande oportunidade de aprendizado. Mais alegre, mais saudável!

sexta-feira, 18 de agosto de 2023

SUA PROMESSA PRA VIDA INTEIRA

Venha fazer sua promessa para a vida inteira.

Isso não é uma brincadeira.

Há muita gente falando besteira,

Jogando para fora um monte de asneira.

Diria Gil Vicente: “Só cagamerdeira!”.

 

Então, por que seria tão difícil

Haver aqueles alguns,

Que se comprometem

E estão dispostos a se doar

Por uma longa e toda a vida?

 

Há quem sabe o preço de professar,

Sabe muito bem: “Duro é promessar!”

Mas chega a hora e dia de confessar:

Que não vale a pena se desgraçar,

Vivendo uma vida sem encabeçar.

 

Para todos,

E para quem fugir,

Eu sei valor do valor

Que veio até a mim,

E é por isso que voto pelo sim.

 

O autor dessa nova união,

Que segura a promessa em sua mão,

Está ciente de que brota em seu coração

O medo fundo de haver nova desunião

E de novo a promessa cair pelo chão.

 

Não querendo levar a sério

A dor pessoal

E a dor do mistério,

Atravesso o tempo,

Tentando indagar.

 

Vou me cobrir de asas...

Quero passar por cima das casas...

Não farei de promessas rasas...

Mesmo entre as horas mais escassas...

Viverei pelo tempo em que Tu passas.


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quarta-feira, 16 de agosto de 2023

O TALENTO DE UM BALDE CAINDO

Assistindo à zoação e lendo os comentários críticos acerca deste: vídeo-performance que teria sido idealizado por um artista esquerdoso, percebo que mais uma vez devo me preocupar com essa galera que pouco entende de arte. Mesmo que seja só uma brincadeirinha. 

Vejo frequentemente gente entendida tachando tudo que a esquerda estaria produzindo - enquanto arte - como bobagem. É bom ter cuidado com o abismo de ignorância que essa zoeira pode abrir. 

NÃO É QUESTÃO DE DEFENDER "ARTE ESQUERDOPATA", porém, os pensadores conservadores precisam ser mais atentos. Explico.

O talento de um balde caindo é fenomenal Kkkk. Também gosto de zoar com as muitas produções artísticas contemporâneas - principalmente quando são de esquerdofrênicos que se dizem artistas 🎨 e arrotam autoridade acadêmica. PORÉM, a Direita e os Conservadores não podem subestimar o poder da arte. 

Nesse vídeo, por exemplo, na reflexão sobre essa obra de arte, logo se vê que: NÃO EXISTE ALGO NOVO. Essa arte representa algo simples: se enfraquecer/esvaziar a base, O TOPO CAI.

Só que há uma reflexão fundamental nela. Seja na visão esquerdista: de que os oprimidos são a base explorada pelos opressores no topo; seja na minha visão como conservador e cristão: se a esquerda tirar as colunas (a base) da cultura Ocidental: filosofia/política grega, direito romano, moral judaico-cristã e a economia de mercado, TUDO DESMORONA. 

Nesse caso, pra quem quiser, sugiro a palestra do Yure Bezmenov sobre o PROCESSO DE SUBVERSÃO - uma estratégia de guerra cultural que toda a esquerdopatia beligerante tenta (a)fundar no mundo atual há meio século pelo menos.

Contudo, temos que parar zoar (ignorantemente) e superar tudo que a esquerda produz artisticamente - o que não é difícil. E voltar a produzir arte com conteúdo, sentido, objetivo e objeto - como explicou Rookmaaker em sua tese sobre "A arte moderna e a morte de uma cultura".