Use um lápis, anote, escreva,
E veja que uma simples nota,
Por seu uso, e arte, é beleza.
No instante que a voz escapa,
E o pensamento preciso, lá bem longe vaga,
Ness'ora, se um gênio - Arre! Não me venha com essa,
O brusco, o bruto, já foi sábio. O velho venceu guerra.
De Ipad na mão, o mundo. Fora! Finda-se o velho.
Amigo, volte a ser leigo. Sabido, volte a ser ungido.
O papel branco, que te nos custa as árvores, aliena,
Mas é cativo da primordial verdade.
Prenuncio do novo mundo - homo sapiens, digitus,
Canitus, canibal. O perfume da letra, dou-te, e não vens buscar?
Só que o saco torpe - excremento de um poeta maldito - no tablet, vens a cheirar.
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E fede e em ti fede - cega boca loca,
Pelo cheiro, vais-te esbaldar.
A verdade, prima, jamais saberá,
Estava com a poesia que só o lápis pôde te dar.
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