Professores de Xinguara justificaram que o correto não é discutir a retirada de Zootecnia de lá, mas, sim, também criar o curso em Marabá |
Reitor da UNIFESSPA, Maurílio Monteiro, conduziu encontro para debater críticas e alterações no PDI |
Estudantes e representantes da classe universitária levaram
cartazes como forma de protesto. A crítica é contra a forma que a faculdade
decidiu a criação e distribuição de cursos, seguindo parâmetros definidos pelos
Conselhos Superiores da Instituição, desde o início do projeto de
interiorização da universidade.
A mesa foi constituída pelo Reitor pro tempore, Maurílio
Monteiro, o Vice-Reitor, João Weyl, a Pró-Reitora de Extensão, Idelma Santiago,
e o representante da Pró-Reitoria de Administração, Lucas Rolim, e outros
membros, que avaliaram o documento.
Na abertura, Monteiro agradeceu a presença dos professores e
representantes das Instituições Federais de Ensino Superior (IFES), tanto de Marabá
quanto de cidades como Xinguara, Rondon do Pará e São Félix do Xingu. Em
seguida, o reitor orientou que após a apresentação dos profissionais da
Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Institucional (SEPLAN), o público
fizesse as colocações favoráveis ou não, e, se possível realizar a votação.
Profissionais da SEPLAN apresentaram sugestões e críticas enviadas pela comunidade acadêmica e sociedade civil sobre a construção da UNIFESSPA |
As opiniões dos conselheiros convergiram na maior parte dos
pontos. Ocorreram apenas algumas modificações em vocábulos e expressões, que
poderiam prejudicar o sentido do texto. Apesar do consenso, um embate que
ganhou relevo foi protagonizado por professores de Xinguara, que defenderam a
não retirada do curso de Zootecnia, previsto para aquela localidade desde o
documento original.
“A proposição para Marabá é justa, mas, deveria se pensar
numa possibilidade de se duplicar o curso para cá. E não de tirar de lá. Isso
afeta todo nosso trabalho. Esse debate não era para estar aqui hoje... Soa como
piada. Temos mais de ano nesse processo anterior a implantação. Professores da
área já foram para lá. O certo seria propor também um curso de Zootecnia para
Marabá”, afirmou Eduardo.
Embora os profissionais e alunos tenham colocado a demanda
de Marabá, o clima favorável a Xinguara ficou patente nas considerações dos
debatedores.
Idelma Santiago ressaltou que os conselheiros dispõem até
2016 para dar um corpo definitivo ao documento. Assim, no final de aprovação do
PDI, será realizada uma Estatuinte. Por sua vez, o professor do Instituto de
Direito, Jorge Ribeiro, questionou especificamente o trecho que atribui o papel
da UNIFESSPA. Para ele ainda falta complementar a reflexão sobre como se insere
uma universidade nesta região considerando a realidade local.
No final da reunião não houve votação sobre o documento. Uma
comissão foi destacada a fim de estudar e avaliar o parecer, para que no mês de
agosto o Conselho venha efetuar novo encontro e, finalmente, deliberar o que é
possível ser feito no futuro da UNIFESSPA.
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