NACIONAL ENERGY

sexta-feira, 27 de novembro de 2015

BENEDICTO MONTEIRO - Escritora de Marabá apresenta pesquisa sobre vida e obra de consagrado escritor paraense




Público participou da exposição realizada por Francisca
Cerqueira, escritora de Marabá, a respeito da
obra do literato paraense Benedicto Monteiro





















Romances abordam perfis e dramas de 
quem vive no espaço da Amazônia

Na noite de ontem (26), uma rica abordagem acerca da obra do escritor paraense, Benedicto Wilfred Monteiro, aconteceu no prédio da Biblioteca Municipal Orlando Lima Lobo, situado na Marabá Pioneira. A pesquisa apresentada foi construída por Francisca Cerqueira, escritora da obra “Espelho dos meus olhos” e professora do Núcleo de Acessibilidade e Inclusão Acadêmica (NAIA), vinculado à Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA). 
O encontro faz parte do calendário da Secretaria Municipal de Cultura (Secult), em parceria com a Associação dos Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP).
Cerqueira principiou a comunicação tratando da vida e obra de Benedicto Monteiro, chamado “Bené” pelos amigos de arte, colocando em relevo o fato do autor ser consagrado, porém pouco estudado no espaço das faculdades e escolas do estado.
“É uma perda enorme não se ver publicações nem pesquisas nas faculdades do Pará, com tanto a ser aprendido e descoberto em Monteiro. Em Marabá, por exemplo, dificilmente alguém encontra TCCs nas universidades abordando as obras dele. Preferem repetir temas caducos de outros autores”, afirma.
Natural de Alenquer, o literato nasceu em 1 de março de 1924, foi escritor, jornalista, advogado e político. Belém recebeu com grande comoção seu falecimento, aos 84 anos, em 15 de junho de 2008, por falência múltipla dos órgãos. O paraense ficou conhecido pelos romances que formaram a pentalogia amazônica, a saber, Verde vagomundo, O minossauro, A terceira margem, Aquele um e Homem Rio.
Bené sofreu com prisão e censura durante o regime militar. Teve larga carreira política, atuando como deputado, e foi membro da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), se consagrando no âmbito jurídico por ser o criador da Procuradoria Geral Estadual do Pará. Embora Monteiro tenha alcançado destaque na prosa literária, também produziu composições musicais e poesia, esta já aos 18 anos.
Segundo Francisca Cerqueira, o literato paraense se preocupava em valorizar e descrever o cenário dos povos amazônidas. No romance “Homem Rio”, o autor fala de cidades como Marabá e Serra Pelada, tratando ainda da constituição do município de Curionópolis.
Um seleto grupo de escritores locais prestigiaram a comunicação e aproveitando para compartilhar conhecimentos que perpassam os textos do saudoso autor. 
De acordo com Airton Souza, nenhum historiador trouxe uma visão sobre Serra Pelada tal e qual Benedicto Monteiro o fez, na obra “A terceira margem”. Por sua vez, Bertim da Carmelita destacou como o autor usa a personagem para abordar a degradação do humano, precisamente da condição da mulher, conforme se vê na narrativa de “Maria de todos os rios”. 


Nenhum comentário:

Postar um comentário