Há pouco mais de duas semanas,
amigos e familiares prestaram bela homenagem em memória de Robson Lisboa, jovem
estudante do ensino médio na Escola Estadual Professor Anísio Teixeira, que era
bastante Bboy e foi vítima de afogamento no Rio Tocantins. A Praça São
Francisco, situada no seio do Bairro Cidade Nova, recebeu grande público, em
torno de uma plataforma instalada para a prática de diversos estilos de dança
de rua.
Apesar da fatalidade, quem amava Robson,
conhecido pelo amigos de pista como “Beck”, fez questão de que o ritmo da dança
tivesse um tom de celebração.
Jose Roberto, pai do jovem Bboy,
relatou que a dedicação do filho em melhorar o movimento Hip Hop em Marabá
influenciou centenas de estudantes.
E, entre uma apresentação e
outra, Roberto abria espaços para a galera apaixonada por dança expressar
momentos e experiências que tiveram na companhia dele. Renam Martins, que
formava grupo ao lado de Beck, se emocionou ao recordar o aprendizado que teve
com o amigo.
A arte-educadora, Cleo Oliveira,
que atua no Instituto Cultural Hozana Lopes de Abreu, localizado no Bairro
Liberdade – núcleo Cidade Nova, recitou um poema. Um dos amigos de longa data
do eterno “Beck”, Nikolas Rouberth, usou gramofone para compartilhar com a
plateia a dor de ter perdido “um irmão de vida”. Com voz embargada, ele relatou
episódio recente de que Robson tinha se realiançado na igreja em que
congregava.
O pai convidou a Eva, mãe do
jovem coreógrafo, e ao lado dela fez inúmeros agradecimentos aos amigos,
incentivadores e companheiros de dança do Robson.
PARAUABREAK
Em agosto de 2014, Robson Lisboa
representou a cidade de Marabá durante a 5ª edição do Parauabreak, evento
realizado no município de Parauapebas, participando ao lado dos amigos, Renan
Martins, Will Souza Almeida e André de Souza Araújo, constituindo o “Grupo
Dança de Rua”. Naquela ocasião, o
quarteto foi entrevistado pelo repórter Anderson Damasceno e abordou alguns dos
desafios por amor ao movimento Hip-Hop.
Robson relatou para a reportagem
que o grupo dançava Break e tinha a mesma formação há 4 anos. Por não ter
patrocinadores fixos, bancavam as passagens, alimentação e demais necessidades.
“A gente sempre viaja pra representar o nome da cidade e mostrar à sociedade
aqui, e em todo Pará, que a juventude não está só dispersa fazendo coisas
erradas, mas tem uma parte dessa galera que faz coisas boas”, afirmou.
Ele enfatizou também que o desejo que tinham em trazer títulos para a cidade era a grande
motivação. E respondeu ainda o porquê do gosto pela dança?
“Vejo a dança como um refúgio, às
vezes, para não ser soterrado pelos problemas, ou (só pra) me divertir mesmo.
Eu amo fazer isso e foi o que me tirou até de coisas que poderiam ter tirado a
minha vida. Além disso, é saudável não só para o corpo mas para a alma”,
relatou.
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