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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

POEMA - Agride (Anderson Damasceno)

Agride (Anderson Damasceno*)

Ainda hoje, a boca do amante
Recebe o escarro.
Ainda hoje, a mão de quem afaga
Da pedra é o alvo.
Ainda hoje, o amigo que é de perto
Torna-se o distante.
Ainda hoje, as faces que eram unidas
Do pânico são flagrantes.
Ainda hoje, o sinônimo de amar
Continua sendo humor.
Ainda hoje, a arte de amar
Continua desamor.
Ainda hoje, a cordeirinha de se louvar 
Carece da amação.
Ainda hoje, a voz que quer tocar
Não toca o coração.

A quantas iremos viver sem poesia?





*Anderson Damasceno Brito Miranda é natural de Marabá, Pará, nascido a 8 de julho de 1985. Mas, residiu por longos anos em outros municípios do estado como Altamira e Goianésia do Pará. Retornou para a cidade natal em 2004, onde passou a morar, novamente, com a família. Aos 19 anos, fez confissão de fé em Cristo. Em 2005, ingressou para o curso de Letras na Universidade Federal do Pará (UFPA), Campus Marabá, onde hoje é o Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa). O poeta leciona inglês, português, redação e literatura. Também é repórter, fotógrafo e blogueiro. 
Participou do Concurso de Poesia Professor(a) Poeta(isa) na sua última edição, realizada em 2011, em que alcançou o segundo lugar. E participa ativamente do concurso anual realizado pela Academia de Letras do Sul e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio Inglês de Sousa, em que logrou a primeira colocação no gênero poesia, durante a edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto de Ensino A+, Colégio Universo, Preparatório de Medicina Everest, além de ser repórter no Jornal Opinião e assina o blog Olhar do Alto.
Até outubro de 2016, Anderson fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da Lua Cheia, um evento artístico e cultural fundado em março de 2013, de caráter itinerante, que acontece em Marabá, uma vez por mês, promovendo a leitura, o livro e a divulgação das obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da instituição após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder por quase 14 anos.

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