Anderson Damasceno*
Quando o meu tempo chegar,
Não direi que as flores que não colhi,
Ou os frutos que não peguei,
E as árvores que não plantei,
Tiveram como causa o tempo.
Quando chegar o meu tempo,
Não direi que os sorrisos que perdi,
Ou os abraços que não ganhei,
E os beijos que eu não dei,
Tiveram a ti por culpado.
Quando chegar,
E estiver tão à porta,
Que sua entrada não pode mais ser negada,
Continuarei sem palavras,
Porque... eu não aprendi.
Quando for minha hora,
Não vou pensar que a vida foi dura,
Ou que minha falta será a mais crua,
E que em todos os dias não tive ajuda.
Realmente, tu não tens alguma culpa.
Quando der minha hora,
Não vou imaginar que haviam lugares,
Ou que a natureza escondia olhares,
E que a terra nunca esteve vazia.
De certo, não és tu o culpado.
Quando for,
E tua presença me tomar,
Forte como máquina que toma da mão do homem,
Permanecerei mumumudo,
Pois... eu não te entendi.
Quando minha vez vier,
Não acusarei os amigos,
Ou condenarei os imigos,
Nem apontarei a família,
Como causa da tua chegada.
Quando vier minha vez,
Não difamarei o céu,
Ou farei dos anjos réus,
Nem aos bispos imputarei o meu
Fracasso. Que culpas Vocês têm?
Quando vier,
Serei só eu o louco,
Quem viveu são sem saber que era doido,
Sem perceber que foi vivendo aos poucos,
Que tive as chances de ser feliz.

Participou do Concurso de Poesia Professor(a) Poeta(isa) na
sua última edição, realizada em 2011, em que alcançou o segundo lugar. E
participa ativamente do concurso anual realizado pela Academia de Letras do Sul
e Sudeste do Pará (ALSSP), intitulado Prêmio Inglês de Sousa, em que logrou a
primeira colocação no gênero poesia, durante a edição do ano 2014.
Atualmente, trabalha no Instituto de Ensino A+, Colégio
Universo, Preparatório de Medicina Everest, além de ser repórter no Jornal
Opinião e assina o blog Olhar do Alto.
Até outubro de 2016, Anderson fez parte do coletivo de poetas e artistas do Sarau da
Lua Cheia, um evento artístico e cultural fundado em março de 2013, de caráter itinerante, que acontece
em Marabá, uma vez por mês, promovendo a leitura, o livro e a divulgação das
obras de autores paraenses.
Também foi membro-fundador da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da instituição após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder por quase 14 anos.
Também foi membro-fundador da Associação de Escritores do Sul e Sudeste do Pará (AESSP), mas dissidiu por discordar da mentalidade esquerdista que passou a dominar a direção da instituição após a queda do governo Dilma Rousseff, que manteve o PT no poder por quase 14 anos.
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