Prefeito e secretários
de Marabá atendem famílias
Nesta segunda-feira
(24), houve reunião na Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), situada na Folha
31, onde se avaliou as possíveis soluções para as famílias em situação de risco,
que moram no Bairro Francisco Coelho, localizado no núcleo Marabá Pioneira. Os
moradores vivem o drama do espaço afetado pela enchente dos rios, além de
algumas casas estarem sob ameaça de desmoronamento.
Representantes de
entidades civis, órgãos de segurança e vereadores sentaram junto ao prefeito de
Marabá, João Salame, e secretários para discutir medidas urgentes.
De início, os servidores
da Defesa Civil detectaram que pelos menos três casas correm a possibilidade iminente
de queda. O Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Assistência Social (Seasp)
foram acionados e constataram a gravidade do problema.
Porém, alguns residentes
se negaram aceitar a negociação com os órgãos e se confirmaram inseguros de que
as necessidades sejam atendidas. Além disso, mais dez casas estão entrando nessa
lista de próximos a serem alagados e também vieram reivindicar.
O representante da
comunidade do Bairro Francisco Coelho, Estanislau Cordeiro, veio ao encontro
com as pessoas que residem naquele perímetro conhecido como cais. Ele leu os
termos acordados com a comunidade, que seriam as melhores soluções aos olhos da
comunidade.
Segundo Cordeiro, como são
famílias numerosas e dependem daquele lugar para sobreviver – porque exercem
ali atividades de produção – elas necessitam de uma assistência melhor. Aluguel
social de pelo menos 800,00 R$, recuperação da área afetada pela erosão (cerca
de 120 metros), o retorno das famílias após o término das cheias e a extinção
da dragagem, trabalho feito por uma empresa às proximidades dos lares.
Vereadores Leodato
Marques, Guido Mutran, Ubirajara Sompré, Coronel Araújo e Alécio Stringari
acompanharam os posicionamentos do poder executivo e da comunidade, bem como o
comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, coronel Marcus Norat, e Gilson
Dias, que está à frente da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU).
O secretário de obras do
município, Antônio de Pádua, avaliou que é possível desenvolver um projeto e
analisar o custo, para se possível construir essas casas para as 13 famílias. A
reunião foi protocolada em ata, a fim de que as reivindicações sejam atendidas.
Causas
– Uma reclamação do idoso
e morador do Cabelo Seco, Tertuliano, considerou que há mais de 15 anos essas e
outras situações trágicas se arrastam nas mãos dos gestores municipais que
entram e saem de Marabá.
“Por exemplo, tem mais
de 30 anos que dragam seixo perto das casas. Isso é que provoca a erosão”,
questionou.
Salame se mostrou
altamente preocupado com o problema imediato, que são as vidas daqueles que
persistem em continuar morando no perigo. Agora, terminar a segunda parte do
projeto ainda depende do governo federal.
“Não se faz em seis
meses a obra de um cais. Se der tudo certo, e a prefeitura conseguir recursos
do governo federal, pode sair só ano que vem”, observou.
Para as casas realmente
em risco, o prefeito garantiu que o aluguel social não ficará menos de R$
500,00, bem como o retorno das famílias para os locais de origem, quando
encerrarem as cheias. Quanto à questão da dragagem, Carlos Brito, secretário de
Meio Ambiente, acentuou que as dragas atuam legalmente. Apesar disso, João
Salame determinou que um nova reunião seja feita com os representantes das
empresas que extraem seixo para se buscar uma solução neste ponto.
A secretaria Nacional de
Habitação virá nas próximas semanas. Prefeito vai amanhã a Brasília (DF), com
objetivo de conseguir mais recursos financeiros do Governo Federal, e volta na
sexta-feira a tempo de se reunir com a representante.