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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

CABELO SECO - Órgãos de segurança pública, vereadores e entidades civis debatem solução para casas alagadas



Prefeito e secretários de Marabá atendem famílias


Nesta segunda-feira (24), houve reunião na Prefeitura Municipal de Marabá (PMM), situada na Folha 31, onde se avaliou as possíveis soluções para as famílias em situação de risco, que moram no Bairro Francisco Coelho, localizado no núcleo Marabá Pioneira. Os moradores vivem o drama do espaço afetado pela enchente dos rios, além de algumas casas estarem sob ameaça de desmoronamento.
Representantes de entidades civis, órgãos de segurança e vereadores sentaram junto ao prefeito de Marabá, João Salame, e secretários para discutir medidas urgentes.
De início, os servidores da Defesa Civil detectaram que pelos menos três casas correm a possibilidade iminente de queda. O Corpo de Bombeiros e a Secretaria de Assistência Social (Seasp) foram acionados e constataram a gravidade do problema.
Porém, alguns residentes se negaram aceitar a negociação com os órgãos e se confirmaram inseguros de que as necessidades sejam atendidas. Além disso, mais dez casas estão entrando nessa lista de próximos a serem alagados e também vieram reivindicar.
O representante da comunidade do Bairro Francisco Coelho, Estanislau Cordeiro, veio ao encontro com as pessoas que residem naquele perímetro conhecido como cais. Ele leu os termos acordados com a comunidade, que seriam as melhores soluções aos olhos da comunidade.
Segundo Cordeiro, como são famílias numerosas e dependem daquele lugar para sobreviver – porque exercem ali atividades de produção – elas necessitam de uma assistência melhor. Aluguel social de pelo menos 800,00 R$, recuperação da área afetada pela erosão (cerca de 120 metros), o retorno das famílias após o término das cheias e a extinção da dragagem, trabalho feito por uma empresa às proximidades dos lares.
Vereadores Leodato Marques, Guido Mutran, Ubirajara Sompré, Coronel Araújo e Alécio Stringari acompanharam os posicionamentos do poder executivo e da comunidade, bem como o comandante do Corpo de Bombeiros Militar do Pará, coronel Marcus Norat, e Gilson Dias, que está à frente da Superintendência de Desenvolvimento Urbano (SDU).
O secretário de obras do município, Antônio de Pádua, avaliou que é possível desenvolver um projeto e analisar o custo, para se possível construir essas casas para as 13 famílias. A reunião foi protocolada em ata, a fim de que as reivindicações sejam atendidas.
Causas – Uma reclamação do idoso e morador do Cabelo Seco, Tertuliano, considerou que há mais de 15 anos essas e outras situações trágicas se arrastam nas mãos dos gestores municipais que entram e saem de Marabá.
“Por exemplo, tem mais de 30 anos que dragam seixo perto das casas. Isso é que provoca a erosão”, questionou.
Salame se mostrou altamente preocupado com o problema imediato, que são as vidas daqueles que persistem em continuar morando no perigo. Agora, terminar a segunda parte do projeto ainda depende do governo federal.  
“Não se faz em seis meses a obra de um cais. Se der tudo certo, e a prefeitura conseguir recursos do governo federal, pode sair só ano que vem”, observou.
Para as casas realmente em risco, o prefeito garantiu que o aluguel social não ficará menos de R$ 500,00, bem como o retorno das famílias para os locais de origem, quando encerrarem as cheias. Quanto à questão da dragagem, Carlos Brito, secretário de Meio Ambiente, acentuou que as dragas atuam legalmente. Apesar disso, João Salame determinou que um nova reunião seja feita com os representantes das empresas que extraem seixo para se buscar uma solução neste ponto.
A secretaria Nacional de Habitação virá nas próximas semanas. Prefeito vai amanhã a Brasília (DF), com objetivo de conseguir mais recursos financeiros do Governo Federal, e volta na sexta-feira a tempo de se reunir com a representante. 

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