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sábado, 15 de fevereiro de 2014

XII Sarau da Lua Cheia - UNIFESSPA sediou festa de um ano de encontros poéticos








Ontem à noite (14), o evento artistico-cultural Sarau da Lua Cheia marcou a vida de quase 100 participantes que vieram à edição comemorativa de um ano. Realizado no Tapiri da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), o encontro foi repletos de homenagens, felicitações e, especialmente, apresentações poéticas em nome desses dozes meses de "noites enluaradas". 
O escritor da Academia de Letras do Sul e Sudeste do Parà, Jorge Washington, leu versos de Crisalida, livros no gênero lírico da poetisa e professora na UNIFESPA, Eliane soares. 
Claudia Borges fez registro ao ler um poema do livro de Creusa Salame, Contos e crônicas, porque sentiu na pele semelhante experiência. Borges se formou em Letras na UFPA e atualmente desenvolve educacionais pela Secretaria de Educação de Marabá.
Creusa Salame, que além de escritora é bastante conhecida do público em razão das exposições em artes plásticas, assistiu maravilhada a leitura. Na última quinta-feira (13), ela abriu a exposição "Cá com meus botões" na Galeria Vitória Barros, situada na Bairro Novo Horizonte. 
A poetisa Eliane Soares arquitetou grande homenagem ao poeta que juntamente a ela idealizou o sarau, Airton Souza. A professora Eliane fez um "break" nas apresentações e convidou o escritor de Castanhal e dono da Editora Literacidade, Abílio Pacheco, a fim de parabenizar Airton Souza pela vitória no prêmio Dalcídio Jurandir - o mais importante para o escritores do estado, que avalia livros inéditos em cada edição.
Souza venceu em primeiríssimo lugar no gênero poesia, tendo concorrido com mais de 200 escritores. O artista tinha recebido a notícia no dia anterior e contou como tem sido digerir tamanha realização.
"Eu passei a noite em claro. Minha esposa ali do meu lado", detalhou, e durante os agradecimentos foi impedido de discursar mais por causa das lágrimas. 
Novamente com as encenações poéticas, Boiúna de aço ganhou vida na voz do geógrafo, Marcos Mascarenhas, que explicou a relação das estrofes lidas com a realidade local.
Ele aproveitou para criticar a política de desenvolvimento industrial para essa região.  
"Mais de 15 mil pescadores desconsiderados nesses projetos", defende. 
Javier declamou "olho de tapioca" de Jessier Quirino. Apesar da marcante comicidade nos versos quirinianos, não lhes faltam o apelo social e a denúncia de mazelas vivencidas pelas classes subalternas no nordeste do país.
Claudio Cardoso divulgou o convite para os artistas que desejam divulgar as obras durante a Feira Pan-Amazônica do Livro, em Belém, cuja 18¤ edição inicia em 30 de maio de 2014. 
Cardoso pretende agora ir a Altamira. "A feira é uma grande vitrine aos escritores das demais regiões do Pará", ressalta.
O primeiro Álefe - pelo buraco do assoalho - é o nome do texto apresentado pelo doutorando Narciso Soares. Ele baseou a obra em cima das próprias memórias. Um caso peculiar é que Narciso Soares leciona matemática desde longa data na UFPA, que é a faculdade em processo interiorização (Unifesspa). 
Nilva burjack, cantora reconhecida em Marabá e região, tanto pelo talento quanto pelas vitórias em concursos de música, recitou texto de Maria Martins Bastos.
Ela revelou livro de crônicas, o primeiro sendo preparado - Contos da vovó -  que expressam memórias poetizadas e contadas.
Cláudio Feitosa, secretário de cultura de Marabá, assistiu empolgado as diversas encenações.
Marquinhos Poeta, adolescente cujas composições musicais têm marcado os saraus desde as primeiras edições, tocou ao lado de Nilva Burjack. Isso devido a falta de um suporte para o microfone. A ajudinha veio a calhar e resultou em notas e cantos deleitosos aos sarauistas em aniversário. 
A formanda em Letras, Érica Faustino, e a membro da ALSSPA, Vânia Ribeiro, também fizeram homenagens aos idealizadores do movimento sarauista.

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