CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR

CONGRESSO ESTADUAL DE JOVENS QUADRANGULAR
O Congresso Estadual Setorizado de Jovens "Mais de Deus" está chegando para transformar corações nos dias 18 e 19 de julho de 2025. O evento, organizado pela Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ), campos 158 e 337, será realizado na região e contará com uma programação especial.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

SHOPPING PÁTIO MARABÁ - Chove denúncias de trabalhadores contra lojas

















Três funcionários fizeram denúncias relacionadas às condições de trabalho, em certas lojas alocadas no Shopping Pátio Marabá, situado na Rodovia Transamazônica (BR-230), em frente à Faculdade Metropolitana de Marabá. O trio pediu que a identidade fosse preservada. Na maioria dos casos, os trabalhadores enfatizam que mais funcionários até pretendem delatar mais abusos.
Porém, eles temem ser descobertos por conta de represálias dos patrões. Em cada um dos casos, vemos que os empregados tomam atitudes diferentes.
Para uma funcionária do ramo de calçados, todos passam a mesma situação. Quando os funcionários chegam, às 16h, tem que assinar a entrada e a saída, que deveria ser às 22h. No entanto, eles são liberados bem mais tarde.
Ela pergunta por que o sindicado dos trabalhadores não faz vistorias nas lojas, com frequência.
“Pois, devido à falta de efetivas vistorias, em relação ao funcionamento das lojas, acaba ocasionando o descumprimento de algumas normas”, diz a trabalhadora.
Questionada sobre quanto tempo está trabalhando nessa situação, sem receber o pagamento de hora-extra e adicional noturno, a profissional responde que já completou um ano. Mas, não são todos os dias que os funcionários saem muito além do horário.
Novamente questionada sobre qual loja está cometendo esse abuso e se há mais pessoas, além dela, padecendo isso, ela resolve manter sigilo.
“Se você for se informar no shopping, é só perguntar qual é uma das últimas lojas a fechar e o pessoal ir embora... Eles vão confirmar. Só que, no momento que falar o nome, os donos da empresa vão saber os que foram denunciar”, observa.  
No segundo caso, uma trabalhadora decidiu arrolar a empresa na Justiça do Trabalho.
“Pensei muito e coloquei. Trabalhei demais, saia de madrugada. Durante três meses, eu trabalhei das dez a dez. Fiquei lá por sete meses, de maio a novembro. Nós saíamos às 4h da manhã, uma e meia. Não tinha horário pra sair”, recorda a pesada rotina.
Ela também enfatiza que se alguém do sindicato fosse lá, e cumprisse o papel de fiscalizar, iam saber que, na hora que os empregados entram, tem que assinar a saída e entrada.
“Já ouvi falar que o sindicato faz vista grossa com os empresários. Agora, só não sei se é verdade”, ressalta.
No terceiro, o funcionário de uma loja pediu demissão porque, além do tratamento ser antiprofissional, não havia hora para ir embora.
É uma história deprimente. Uma training pegava no meu pé, dos funcionários, e humilhava os novatos. Ficava pressionando, se eles não conseguissem mostrar serviço, iriam embora. Ela humilhou um homossexual que trabalha lá, novato também. Ai, eu não aguentei. Chamei a gerente e falei tudo que estava engasgado”, pontua o funcionário, que até buscou resolver o clima de inimizade entre os colaboradores.
“Dois meses assim. Tinha dia que eu saia às 4h da manhã e falavam pra eu não bater o ponto. Nunca saia no horário certo. Ai, no último mês, não aguentei mais e pedi conta”, relata.
SINDECOMAR – De acordo com o secretário geral  do Sindicato dos Empregados no Comércio de Marabá (Sindecomar), Ismael Veloso de Castro, a entidade não tem o poder de fiscalizar diretamente. E está de portas abertas para atender a queixas do empregado, referente aos empregadores de qualquer área do comércio marabaense.
Castro explica que o empregado tem que trazer essas denúncias para o sindicato. A partir disso, o sindicato toma as providências junto ao Ministério do Trabalho. E explica como funciona.
“Se nós tivéssemos o poder de entrar na empresa e fiscalizar, multar, assim seria feito. Quem tem esse poder de averiguar, pedir a documentação, é o Ministério do Trabalho. O sindicato pode notificar e tentar resolver com os patrões. Só que, muitas vezes, a empresa não vem, ela se recusa mandar um representante no sindicato. Aí, nós passamos para o Ministério do Trabalho”, pontua.   
O secretário orienta que cada funcionário pode relatar os abusos com a garantia de que a identidade será preservada. Basta indicar o nome e o CNPJ da empresa para as notificações seja encaminhadas. 


sexta-feira, 16 de maio de 2014

XV SARAU DA LUA CHEIA - Seminário Pacto pela Leitura encerrou com roda poética

Teatro foi destaque na UNIFESSPA. Faculdade virou palco de grandes apresentações no campo da Dramaturgia  
Autores convidados posam pra foto durante sarau













Clei dramatizou poema clássico de Vinícius de Moraes, “O operário em construção”.













Francisco Gregório, autor convidado do Rio de Janeiro,
e as artistas marabaenses, Lara Borges e Nilva Burjack,
realizaram dramatização que arrancou aplausos do público
Na noite de quarta-feira última (14), aconteceu a 15ª edição do Sarau da Lua Cheia como encerramento do Seminário Pacto pela Leitura – evento realizado pela Secretaria Municipal de Educação (SEMED) – nas dependências do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), situada na Folha 31. Durante dois dias, mais de 500 profissionais comprometidos com a educação participaram de palestras e oficinas com autores de renome nacional, voltadas para atividades que fomentam a leitura e a formação cidadã.
Na ocasião, os participantes foram convidados a conhecer um encontro do movimento sarauista, que reúne poetas, músicos e artistas, mensalmente, num dos núcleos Marabá. A ornamentação transformou o Tapiri – espaço de alimentação da faculdade – num cenário memorável.
O poema de abertura foi declamado em homenagem às organizadores do programa Marabá Leitura, Cláudia Borges, Marluce Caetano e Eliane Soares. Airton Souza, poeta marabaense, deu voz aos versos de "Estante", poema de Lila Maia, em reconhecimento ao trabalho delas. 
Nilva Burjack, que cantou em momentos da abertura, leu o texto "Marabá", de Frederico Morbach, que faz parte do livro Antologia Tocantina, organizado pelo advogado e poeta, Ademir Brás.
Mais artistas aparecem a cada edição. Marisol Nascimento, produtora cultural da Toca do Manduquinha, pela segunda vez trovejou versos. A repórter marabaense, Fabiane Barbosa, expressou pela palavra poética parte das razões que a inspiram.
"Quero" foi poema de autoria do universitário, Dalvinus Costa, que cursa a turma de Letras 2011.
Dramaturgia – Sem sombra de dúvidas, o destaque dessa edição foram as dramatizações. Monólogos, poemas dramatizados e encenações de improviso foram aclamados pelo público.  
Rariel, do município de Nova Ipixuna, apresentou um poema dramatizado sobre as mãos. Enquanto ele recitava, gesticulava como que narrando a história, sendo repetida pelo público.
O poeta de Belém, Josiclei Souza, dedicou à Andréa Cozzi – autora convidada para o seminário – alguns versos, incluindo de Paulo Leminiski. Em seguida, o professor Clei – nome pelo qual é mais conhecido na universidade – dramatizou um poema clássico de Vinícius de Moraes, “O operário em construção”.
Também na linha da dramatização, Claudimar Santos representou "Amor de mãe".
A participação mais aclamada, entre os dramaturgos, ficou por conta do improviso realizado pelo trio Francisco Gregório, autor convidado do Rio de Janeiro, e as artistas marabaenses, Lara Borges e Nilva Burjack. Eles representaram o texto de Adelia Prado. A longa performance dirigida por Gregório arrancou aplausos, por várias vezes, durante apresentação.
Arte engajada – Na linha da poesia sociopolítica, o professor do Instituto de Geologia, Marcos Mascarenhas, e o presidente do sindicato dos professores da UNIFESSPA, Wanderley Padilha, declamaram textos do próprio punho.
Mascarenhas deu voz ao poema intitulado “O Rio Tocaiado”. Em seguida, o "aspirante a poeta" Padilha, como ele próprio se alcunhou, tratou dos projetos. O “Pedral do Lourenço” foi alvo de duras críticas, desfazendo a lógica dos grandes projetos.
Honra poética – Homenagens não faltaram. Eliane fez poema chamado “Demiurgo” em reconhecimento a Francisco Gregório, por causa da palestra promovida em outubro de 2012, pelo Proler.
O professor, Raimundo Nonato Barros, leu versos do lançamento de Javier Santos, chamado "Sob as luzes de Argos", livro que teve noite de autógrafos nesta sexta-feira (16), no Cine Marrocos.
Patrícia Holanda leu poesia de Creusa Salame. Esta, em seguida, explicou que a filha Alicia foi inspiração para tal.
Voz e viola – O cantador, Clauber Martins, trouxe novidades. Ele apresentou uma composição com a qual vai enfrentar concurso no “Festival Cantalão”, na cidade de Catalão (Goiás), e enfatizou que está aberto a patrocínio.   
Javier Santos reforçou convite ao lançamento do livro e aproveitou para fazer dupla com voz e viola ao lado do amigo cantador.  












quarta-feira, 14 de maio de 2014

MARABÁ LEITORA - Seminário Pacto pela Leitura recebe cerca de 500 profissionais da educação

Seminário lota auditório do Campus I e permite debate com palestrantes de renome nacional 














Daniel Munduruku sintetiza visão educacional
O seminário “Pacto pela Leitura – Marabá: rios, histórias e livros” iniciou na manhã desta terça-feira (13), no auditório do Campus I da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA), localizado na Folha 31, e dura até à noite desta quarta-feira (14). Cerca de 500 profissionais da educação estão participando. O público alvo do evento são os regentes de salas de leituras, gestores escolares e professores da rede municipal vinculados ao Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC).
A Secretaria Municipal de Educação (SEMED) convidou palestrantes e escritores de renome nacional. Entre eles estão Celinha Nascimento (São Paulo), Andréa Cozzi (Belém), Daniel Munduruku (São Paulo) e Francisco Gregário (Rio de Janeiro), que chegaram ao Aeroporto de Marabá João Corrêa da Rocha na tarde de segunda-feira (12).  
Esse seminário faz parte do programa arquitetado pelas professoras, Cláudia Borges e Marluce Caetano, intitulado Marabá Leitora, realizado pela SEMED por meio da Diretoria de Ensino, um setor que promove, entre outras coisas, atividades de fomento à leitura.
Segundo a coordenadora da Diretoria de Ensino, Floripes Amaral, o programa tem parceira com a UNIFESSPA mediante a ação da Doutora em Linguística, Eliane Soares, que trabalha com o projeto de extensão “Leitura e Escrita na Amazônia: modos de ser e de fazer”, com a Secretaria Municipal de Cultura (Secult) e a Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), através do projeto Proler.
“São cerca de 500 profissionais participando. O objetivo maior é fomentar a leitura dentro das escolas e fora delas, isto é, nas comunidades. Então, uma das atividades é o seminário, que vai contar várias oficinas, palestras e rodas de conversas nesses dois dias. A Vale está sendo uma de nossas patrocinadoras”, acentua.  
Programação – Na abertura do evento ocorreu a apresentação do Programa Marabá Leitora, com mesa formada pela Professora Doutora Eliane Soares (UNIFESSPA), bem como a apresentação do Programa Nacional pela Alfabetização na Idade Certa, pela Profª Lúcia Batista, da SEMED.
Em seguida, os convidados, Doutor Gilson Penalva (UNIFESSPA), a Professora Mestre Celinha Nascimento e Francisco Gregório, da Fundação Biblioteca Nacional, formaram mesa para debater “A importância da leitura e a formação do cidadão”. Daniel Munduruku, autor indígena, detalha a leitura como meio de compreender as culturas enquanto construções dinâmicas de sujeitos e comunidades. 
Para encerrar a manhã, uma exposição sobre as “Políticas públicas de incentivo à leitura: o que temos e o que queremos” fica por conta do professor da SEMED, Walmir Gomes, Noé Von Atzingen, do Comitê Proler-Marabá e Lucia Cristina Santos, da UNIFESSPA.  
Durante a tarde, uma série de oficinas foram distribuídas nas salas de aulas do Campus I.  

terça-feira, 13 de maio de 2014

INFRAERO - Reforma do aeroporto deixa desportistas de fora

Equipamentos da área de lazer não foram contemplados 
no projeto de ampliação do João Corrêa da Rocha



















Amigos mostram sacrifício para se alongar com o que resta.
O Aeroporto de Marabá João Corrêa da Rocha passa por obras de reforma e ampliação do prédio, situado ao longo da Rodovia Transamazônica (BR-230), no núcleo Cidade Nova. Um investimento que custa cerca de R$ 6 milhões, previsto para ser concluído no segundo semestre deste ano. Conforme o projeto, a construção vai potencializar a dinâmica de voos, uma vez que dois aviões poderão ser despachados simultaneamente.      
Porém, um dos setores que forma o espaço de lazer do aeroporto se encontra em péssimas condições. Trata-se da área ao lado do estacionamento, que todo dia recebe centenas de cidadãos desportistas.
Para os usuários daquele espaço, Nilton Ferreira Junior, técnico de refrigeração, e Janderis Airton, encanador, essa situação diminuiu as possibilidades de exercícios, haja vista que boa parte dos equipamentos está quebrado ou em alto estado de defasagem.
Eles tentam manter a disciplina. Ir três vezes por semana, geralmente, encarando uma hora e meia de exercícios à noite.
Na última quinta-feira (8), a dupla disse ainda que aguarda boas notícias após essas obras, ou seja, que o projeto venha contemplar os equipamentos em falta.
“Agora está tarde, mas, mais cedo, vem de galera aqui. Está faltando também uma barra quadrada, que serve para você fazer flexão no ar”, comenta Junior.
O amigos, Jadenilson Silva e Edem Souza, também sentiram na pele o sacrifício para fazer um alongamento, com a estrutura que restou.
Segundo Jair Labres, gerente da Seidurb, se a prefeitura for reformar ali, teria que fazer um convênio com o Governo Federal.
“Para fazer isso, a prefeitura teria que fazer um projeto e assinar um termo de cooperação técnica e levar à Infraero. Mas, de fato, deveria pertencer ao projeto da Infraero as ações de reforma e manutenção daquele espaço, porque se trata de uma área que pertence à União”, considera.  
Infraero – De acordo com o superintendente da Infraero em Marabá, Enos Domingues Lima, o atual projeto de construção não contempla a manutenção do espaço que os esportistas gostam. Isso porque este ponto ainda está em estudo.
Ainda conforme Enos Lima, as obras do prédio podem se estender até aquela área e, se a Infraero fizer manutenção agora, tudo pode virar um desperdício em poucos meses.





segunda-feira, 12 de maio de 2014

GREVE NA UNIFESSPA - Calendário de maio tem várias atividades para decidir protesto



















Nesse mês de maio, o clima de greve na Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) tende a aumentar. Nos últimos meses, várias universidades e institutos federais tem dado indicativo favorável à paralisação das atividades dos professores.
Por exemplo, em Marabá, a biblioteca do Campus I da UNIFESSPA permanece fechada desde o início de abril, uma vez que os técnicos administrativos decretaram greve. Do mesmo modo, os profissionais do Instituto Federal do Pará (IFPA) já aderiram à paralisação.
Com isso, os estudantes começam a se preocupar em como ficarão os cursos em andamento. Além disso, comentam sobre qual partido tomar diante dessa situação.
Segundo a estudante da turma de Letras 2013, Debora Cristina, o clima no Campus I indica que a possibilidade de greve é imensa.    
“Parece que haverá greve no início do mês de junho. A turma está sim preocupada. Afinal, irá nos atrasar. Mas esperamos melhorias”, afirma Cristina, que trabalha no setor de Garantia na Leolar.
Para o universitário, Eduardo Carvalho, que cursa Agronomia no Campus II, neste mês já ocorreu de professores faltarem às aulas. Porém, ainda não se trata necessariamente da greve.
“Os professores faltaram uma vez, Pablo e Clarissa. E a turma voltou pra casa. Parece que a greve é no final dessas disciplinas”, observa.
Ainda segundo Carvalho, a classe universitária ainda não tem informação precisa. São só boatos.
“A certeza que eu tenho é que essa greve é retomada daquela de 2012. Que foi interrompida por um decreto do governo. Eu não queria greve jamais. Principalmente, agora. Mas, estão dizendo que depois dessas duas disciplinas que estamos tendo. Ou seja, final desse mês”, pontua.

ENTENDA O MOVIMENTO
De acordo com Wanderley Padilha, do Sindicato dos Professores da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (Sindi-Unifesspa), ainda não há greve decretada pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). No entanto, os professores mediante os sindicatos estão promovendo uma mobilização para discutir na base o indicativo de greve.
Essa caminhada rumo a organização de protesto tem durado os últimos meses.
Durante reunião nos dias 26 e 27 de março, as universidades ainda estavam em recesso porque acabavam de encerrar o último semestre de 2013. Por isso, não puderam debater a contento. Numa segunda reunião, em 24 e 25 de abril, envolvendo representantes de sindicatos que representam as Universidades Estaduais, Privadas, Municipais e Federais, o quadro pouco tinha se alterado.
A Federação dos Trabalhadores das Universidades Brasileiras (Fasubra Sindical) se organiza por setores, sendo que os representantes da UNIFESSPA pertencem ao setor da SINDITIFES (Sindicato das Instituições Federais de Ensino Superior). O quadro atual aponta 11 universidades favoráveis à greve, 15 contrárias e 17 ainda sem posição, haja vista que estas não tinha feito assembleia.
Contudo, ainda segundo Padilha, neste mês de maio, foi lançado um calendário de atividades que vão mobilizar as faculdades e, finalmente, determinar se apoiam.
“O que foi tirado nessa última reunião do setor? Decidiu-se por iniciar um processo de mobilização na base, uma marcha em Brasília no dia 7 de maio. Inclusive, contando com os dois setores que já estão em greve, que são os técnicos administrativos e o IFPA. Dia 21 uma paralisação nacional. E nos dias 24 e 25, também de maio, pretende-se tirar o indicativo de greve do setor das IFES”, detalha.
Com o andar da carruagem, mais universidades devem ter decidido.
Padilha enfatiza que o calendário acadêmico, por causa da última greve, ficou muito atropelado e nem todas as universidades conseguiram fazer assembleia. Então, essas 17 faculdades devem estar retomando as atividades e fazendo suas assembleias, para chegarem ou não, ao posicionamento pró-greve.

MARCHA NA ESPLANADA 
Mais de 5 mil trabalhadores marcaram presença no coração de Brasília na Marcha dos Servidores Públicos Federais (SPFs) nessa quarta-feira (7). A luta por serviços públicos de qualidade, contra as privatizações e pela valorização de funcionalismo federal foram as principais pautas que levaram os manifestantes a enfrentar o forte sol e a ocupar a Esplanada dos Ministérios por toda a manhã.
A concentração para o ato teve início às 9h, em frente à Catedral de Brasília. Aos poucos chegavam ônibus de todo o país, trazendo servidores das diversas categorias representadas no Fórum das Entidades Nacionais dos SPF, para exigir seus direitos e protestar contra o descaso do governo federal. Às 11h teve início a Marcha, que fechou pistas da Esplanada e partiu em direção ao Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).
Lá os manifestantes se encontraram com as delegações de Fasubra e Sinasefe, que desde a madrugada trancavam as entradas do ministério, cobrando do governo a abertura de negociação sobre as pautas de suas greves. Do alto do carro de som, os organizadores da Marcha deram início às falas das entidades e categorias presentes, que expuseram suas pautas específicas, deram informes sobre a mobilização nas bases e reafirmaram a importância da luta conjunta entre os SPFs. Falaram, entre outras entidades, representantes da Assibge, da Fasubra, do Sindireceita, do Sinal, da Fenasps, do Sinasefe e da Fenajufe, além de representantes das centrais sindicais. Os trabalhadores em greve da Indústria de Metal Bélico do Brasil (Imbel) e do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) também discursaram.
Marinalva Oliveira, presidente do ANDES-SN, falou aos servidores presentes sobre os ataques que o governo vem realizando contra o serviço público. Ela lembrou que hoje há uma inversão de prioridades e que o governo investe cada vez mais dinheiro público em esferas privadas. Marinalva ainda apontou que a Marcha era vitoriosa pela mobilização das categorias e que a hora é de intensificar a luta nos locais de trabalho para conseguir pressionar ainda mais o governo federal para que negocie com os SPFs. “Esse governo só responde quando é pressionado e já disse que não vai negociar, então temos que aumentar a mobilização para conseguir reverter a situação”, concluiu a presidente do ANDES-SN. (Fonte: Página do ANDES)

PAUTA DE REIVINDICAÇÃO 
Quatro pontos são destaque
Durante o 33º Congresso do ANDES, realizado entre os dias 10 e 15 de fevereiro, em São Luís (MA), os professores discutiram a campanha salarial 2014, reafirmando a pauta de reivindicações de 2013, uma vez que, no ano passado, o Governo Federal, além de não atender o movimento docente, seguiu aprofundando as distorções na carreira, com a publicação de medida provisória.
Quatro pontos são destaque na pauta dos docentes: condições de trabalho, reestruturação da carreira docente, valorização salarial de ativos e aposentados e respeito à autonomia universitária.
Entenda melhor cada um deles no quadro abaixo.
1. VALORIZAÇÃO SALARIAL
É preciso reverter a situação de achatamento dos salários dos docentes, corroídos ano a ano pela inflação. Para isso, a categoria toma como base um piso, referenciado no salário mínimo proposto pelo Dieese (R$ 2.748,22 para janeiro de 2014), gerador do restante da tabela salarial, a partir de parâmetros definidos em lei.
2. REESTRUTURAÇÃO DA CARREIRA
O Governo não assegura em lei os parâmetros necessários para constituição de direitos em longo prazo. A composição remuneratória é simplesmente remetida para tabelas anexas, nas quais aparecem apenas valores nominais, sem piso, sem lógica de evolução, sem relação entre regimes de trabalho e titulações. A retribuição por titulação foi retirada do corpo do vencimento. O Governo descumpriu os prazos firmados no acordo de 2011, não enfrentou o problema da reestruturação da carreira e desrespeitou a posição de todas as assembleias gerais durante a greve de 2012. Em 2013, prometeu que traria à mesa de negociação informações concretas sobre o espaço existente para negociar com o ANDES, mas protelou e se esquivou de uma resposta.
3. CONDIÇÕES DE TRABALHO
Esse tema fez parte da pauta de várias greves localizadas realizadas ao longo do ano de 2013. O ANDES-SN denunciou o quadro de dificuldades vivenciado nas Instituições Federais de Ensino por meio da publicação das duas edições da Revista Dossiê 3 - Precarização do trabalho docente I e II, que retratam o estado de abandono e precarização gerado pela expansão desordenada das Ifes, por programas como o Reuni e o Pronatec, este último que introduz no ensino público federal o grau máximo de precarização da força de trabalho docente, com a figura do professor temporário horista.
4. GARANTIA DE AUTONOMIA
O Governo mantém o discurso da defesa da autonomia, incentivando a Andifes a avançar na desgastada proposta de uma Lei Orgânica, mas na prática cria uma série de mecanismos por meio de decretos, portarias, instruções normativas e projetos de lei que limitam a autonomia didático-científica, administrativa e de gestão financeira e patrimonial, atestando contra o princípio da indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão, para tentar abrir caminho a condutas e contratos que visam à mercantilização da educação pública e da pesquisa acadêmica. Exemplos mais recentes disso são a implantação do Reuni, das Fundações de Apoio e da Ebserh. (Fonte: Página do ANDES)