CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL

CONFERÊNCIA CRESCIMENTO SOBRENATURAL
No próximo sábado (26), a Igreja do Evangelho Quadrangular (IEQ) do Bairro Independência, sede da Região 337 em Marabá, será palco da Conferência Crescimento Sobrenatural, um evento que promete reunir fiéis e líderes religiosos em uma programação especial.

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

12 REGRAS PARA A VIDA - RESENHA

RESENHA CRÍTICA DO LIVRO “12 REGRAS PARA A VIDA”, DE JORDAN B. PETERSON [1]

Anderson Damasceno Brito Miranda

 

INTRODUÇÃO & INTRODUÇÃO

Este conjunto de resenhas faz parte ou é produto da minha segunda leitura da obra “12 regra para a vida: um antídoto para o caos”, segundo livro de autoria do canadense, psicólogo clínico e professor da Universidade de Toronto, Jordan B. Peterson. Na introdução do livro, Jordan Peterson compartilha um episódio embrionário, que teria passado em 2012. Trata-se da “origem do livro” com o Quora, site para perguntas e respostas aberto a todos.

A meu ver, essa história revela algo fundamental para os dias de hoje: a arte do saber escutar as vozes nas redes sociais. Ou seja, é um sinal de discernimento: entender o valor acerca do processo de audição interessada, de escuta e observação das vozes que emergem na sociedade. Isso é uma demonstração de que aprender a ouvir os públicos – e o que as pessoas dizem/comentam/fazem e/ou reagem aquilo que dizemos e comentamos – deve ser visto como um ato relevante para quem vive na Era da Informação.

Em tese, o livro vai defender que uma vida com significado mais profundo importa mais que a forma ou formas que a humanidade julga conhecer a ideia de felicidade. Na minha primeira leitura, escrevi ao ler essa parte: “É na boa aventura que se vive algo perto do que se entende por felicidade”.

A Peterson importa mais compreendermos como que o caráter humano se desenvolve frente ao sofrimento do que frente à felicidade. Essa percepção estaria espraiada nas grandes histórias do passado. Isso me faz recordar do texto bíblico em Eclesiastes 7. 2-4:

 

2 É melhor ir a uma casa onde há luto do que a uma casa em festa, pois a morte é o destino de todos; os vivos devem levar isso a sério! 3 A tristeza é melhor do que o riso, porque o rosto triste melhora o coração. 4 O coração do sábio está na casa onde há luto, mas o do tolo, na casa da alegria.[2]

 

Em síntese, exige-se sabedoria para lidar com os formatos que o sofrimento assume na história de cada pessoa. E um adendo: é impossível ler esse texto bíblico e não recordar das importantes reflexões, conselhos e mensagens que o pastor Ronisteu Araújo compartilha conosco. Posso dizer que tenho uma orientação espiritual em que essa obra de J. B. Peterson cai bem.

Peterson ressalta a tese de seu primeiro livro (Maps of Meaning: The Architecture of Belief): “os grandes mitos e histórias do passado, particularmente os provenientes de uma tradição oral mais antiga, tinham um intuito moral em vez de serem descritivos” (grifo dele). Nele, o autor compreende o mundo como constituído por um teatro entre a ordem (normas sociais / imaginário masculino / estrutura e opressão) e o caos (novo imprevisível / imaginário feminino / nascimento e morte). Em resumo, é o taoismo: yang (serpente branca) e yin (serpente preta) plasmado na natureza das histórias humanas.

Para o psicólogo clínico, andar na fronteira, no limite do taoismo, é melhor que a felicidade.

Ele entende que as pessoas estão dispostas a destruir o mundo para que seus sistemas de crenças sejam validados. Pois, viver sob o mesmo código tornaria as pessoas previsíveis umas as outras e, em tese, isso simplificaria o mundo a ponto de possibilitar que as pessoas cooperem entre si, a fim de poder domar a complexidade do mundo.

Contudo, ai de quem vier abalar o sistema de crenças alheio: “[...] as pessoas lutarão para proteger algo que as salva de serem possuídas por emoções de caos e terror”. Isto é, o professor canadense considera que as emoções são forças poderosas, por isso, os grupos que compartilham um sistema cultural (hieraquizador de seus valores) lutarão para manter a coerência de seu sistema – o que, a meu ver, seria a crença do grupo sobre como se deveria produzir e conduzir uma civilização.

A presente obra de Peterson está ancorada numa compreensão heideggeriana do Ser e teria o desafio de ser uma resposta ou caminho de solução contra as forças do niilismo atual. Leia-se niilismo enquanto o “horror da existência”, afinal, o sofrimento e suas muitas formas de doer seriam constitutivos da vida humana.

O professor universitário considera que o Ocidente tem cedido em seus valores de grupo (tradição, religião, nação) para poder diminuir conflitos com outras culturas. Essa cedência estaria desconfigurando as identidades e valores da cultura ocidental. Logo, o “desespero da falta de sentido” consegue assolar a vida humana. Mais do que nunca. E isso me faz pensar nas possíveis consequências: o jovem soldado ocidental já não enxerga mais valor algum em lutar pela defesa de seu país, de sua cultura e de sua família. As ideias têm consequências.

Está aí uma lição preciosa. Ceder para evitar brigas pode parecer nobre até certo ponto, todavia, pode levar ao vazio de sentido. E ninguém respeita ou teme esse vazio. Há valores inegociáveis e impassíveis de cedência. Há valores dignos de por eles guerrear.

Mas, entendo o alerta do professor de psicologia. O poder atual das tecnologias de destruição é apocalíptico. Guerras como as do século 20 com o poder bélico do século 21 seriam catastróficas. Lembro agora: “Pedras e paus”[3], teria dito Einstein sobre a quarta guerra.

Luta e equilíbrio talvez vão ser lições constantes no livro. Concordo com Peterson na postura de não sucumbir ao servilismo das pressões de grupo e suas doutrinas assim como não cair no oposto disso, o niilismo extremo.

A solução de Peterson para essa tensão me fez recordar de Yuri Bezmenov, pensador que me foi apresentado por meu amigo, Netto Marabá, ao compartilhar vídeos do Pizzaria Brasil, canal do YouTube que sofreu perseguição. Era no mesmo contexto em que o pastor Marcos Feliciano sofria perseguições por presidir a Comissão de Direitos Humanos. Momento emblemático da política brasileira. Retomando, ambos acreditam que o ser humano pode se superar espiritualmente.

Como reduzir o “sofrimento que envenena o mundo”? Peterson responde, alertando:

 

[...] através da elevação e do desenvolvimento do indivíduo e da disposição de cada um para levar o Ser em seus ombros e escolher o caminho do herói. Cada um de nós deve aceitar tanta responsabilidade quanto possível pela vida individual, pela sociedade e pelo mundo. [...] Mas a alternativa – o horror da crença totalitária, o caos do estado falido, a catástrofe trágica do mundo natural desenfreado, a angústia existencial e a fraqueza do indivíduo sem propósitos – é claramente pior. (grifo meu).

 

Por fim, Peterson justifica o título do livro, observando que as pessoas precisam cultivar valores sozinhas e coletivamente. E reconhece que a ordem pode se tornar excessiva e “isso não é bom, mas o caos pode nos afogar – e isso também não é bom”. Para ele, a ordem é o caminho estreito.

E, pra fazer uma ancoragem em Peterson, encerro essa introdução à resenha crítica com versos de Adélia Prado, que poderiam muito bem ser a epígrafe deste texto: “O céu estrelado / Vale a dor do mundo.” – Bagagem (1976).


[1] PETERSON, Jordan B. 12 regras para a vida: um antídoto para o caos. Tradução: Wendy Campos, Alberto G. Streicher. Rio de Janeiro: Alta Boks, 2018.

[3] https://pt.quora.com/ Acesso em 20 dez. 2023.

terça-feira, 12 de dezembro de 2023

TEORIAS DA LINGUAGEM - PROFESSOR ANDERSON DAMASCENO











A forma como cada pessoa 🗣️ compreende o ato de ler tem peso e implica noutras noções como: língua, sujeito, texto e sentido.🧐 Também implica na maneira que nos relacionamos com os autores dos textos lidos, vistos e ouvidos por aí. 

Essa forma de entender a leitura 📚 ESTÁ INTIMAMENTE ligada à postura de cada estudante, seja na sala de aula da escola, seja na sala de aula da vida.

E pra falar disso, montei esse “esqueminha”, baseado nos tios João e Ingedore. Bora refletir?


Em certo sentido, a 1° teoria É ATÉ BONITA, mas é ACOMODANTE e inibidora. Ela acaba gerando alunos acomodados com a passividade e inatividade, achando que vão pra escola/universidade/curso APENAS PRA RECEBER e preencher uma espécie de “vazio de conhecimento” em si mesmos. E isso não existe. Pois cada pessoa, que chega no chão da escola, NÃO CHEGA ALI VAZIA DE SABERES.

A 2° teoria mecaniza os estudantes. Também acomoda adolescentes e jovens com saberes técnicos e fechados. O conhecimento técnico tem sua relevância na sociedade. CONTUDO, tanto o conhecimento teórico quanto o conhecimento prático em torno dele são fechados e LIMITANTES.

A 3° teoria promove um perfil de estudante mais participativo, interativo e consciente de que o processo de “ensinar/aprender” depende também de si. Essa teoria INCENTIVA E NECESSITA que cada estudante seja parte fundamental dos conhecimentos em construção. Compartilhar saberes, trocar ideias, É INDISPENSÁVEL. A cada aula. A cada dia.

Portanto, ler um texto é muito mais que dar uma olhada nas letras ou signos linguísticos. LER É UMA POSTURA DIANTE DA VIDA.

E aí? Qual é a sua?

segunda-feira, 4 de dezembro de 2023

ÚLTIMO ESPETÁCULO

Passei um dia sem ajudar,

Sem acolher que do lado está.

Fiquei tão preso assim em mim,

No que eu queria realizar.

 

Era só mais um dia...

Foram-se algumas horas.

Perdi alguns muitos minutos.

E agora que restam segundos

 

Nem sei com o tempo lidar.

O equilíbrio que é o bom fim –

Sêneca, Zenão... um mineiro a rosear –

Parece que o muito de mim

 

Não serve agora pro que virá.

Eu tenho os que são meus,

Que dão sentido ao muito amar,

E é nos tempos de muita dor

 

Que em seus rostos posso encontrar:

Mais motivos para viver,

Mais coragem pra acreditar.

Eles também precisam de mim

 

Seus corações, onde vou morar.

Não me importa, hoje eu errei...

Não parei pra aconselhar,

Não atendi por quem me chamou,

 

Não ouvi a quem me veio gritar.

É uma escalada, de salto em salto,

Um passo mais, nenhum a menos,

Mas é com tudo o que temos,

 

Que o passo segue sem mais passar:

Se não for pra do lado estar,

Dar as mãos e continuar,

Morto eu irei... morto já devo está.

 

quinta-feira, 30 de novembro de 2023

LULA INDICA MAIS UM AMIGO PARA O SUPREMO

            Somente em 2023, o presidente Lula vai colocar dois amigos no Supremo Tribunal Federal. Depois de emplacar o próprio advogado, Cristiano Zanin, agora está prestes a encaçapar a bola oito: o próprio ministro da justiça e amigão comunista de longa data, Flávio Dino. Ou seja, os tentáculos do Lulo-petismo só aumentam, e puxam o Brasil para o fundo do mar.

            Os conservadores compreendem muito bem o que Lula está fazendo. Ele continua aparelhando o Estado brasileiro com aqueles sujeitos que lhe são alinhados ideologicamente. Isto é, o cidadão brasileiro (“TENHAM CLAREZA DISSO!”) vai continuar sentindo que o Governo põe o joelho no pescoço de todos.

Esse aparelhamento estratégico, essa “Macrofísica do poder”, demonstra claramente que o Governo brasileiro não passa de uma casta formada por uma oligarquia política, hegemonicamente dominada pela mentalidade formulada dentro do Partido dos Trabalhadores (PT).

Lula encabeça o partido cujo discurso segue manipulando a mente das minorias e trabalhando psicológica e emocional o marketing para aprisionar milhões de pessoas em falsas bandeiras democráticas.

Como assim falsas bandeiras? Quem disse que Lula vai indicar mulher negra para a vaga do STF? Sai mulher branca, e o Nine coloca é homem. Pardo ao que me parece. Se é que aquilo num é um bronze retocado frequentemente pra manter pose.

Até comentarista da Globo deixou de lado a cara de madeira e conseguiu reconhecer na cara do Camarotti que o Flavio Dino está sendo plantado por Lula para poder favorecer a agenda política-esquerdista. Em outras palavras, tá sendo posto lá pra usurpar o espaço do Poder Judiciário em favor da visão política do grande irmão do partido. 

Isso deveria ser crime.

Ninguém separa um homem de suas convicções. Magno Malta está corretíssimo. Quando o animal político de nove dedos fica indicando amigos para tomar espaços de poder, toda a direita brasileira deve observar que isso é um dos produtos finais ARQUITETADOS pelo marxismo cultural. Eles estão militando há décadas, na cultura, nas universidades, nas artes etc. para ir remodelando a mente da massa populacional, tomando o poder microscopicamente.

      É verdade que a direita também pode ser acusada de aparelhamento do Estado. Porém, é necessário PELO MENOS equilibrar o jogo democrático. Situação que está oceanicamente distante da realidade. Infelizmente, o shape mental das pessoas que hoje ocupam as instâncias de poder é nitidamente favorável ao Lulo-petismo.

É verdade que Bolsonaro também indicou André Mendonça, seu ministro da justiça, para vaga na Suprema Corte. Mas, peralá! Barrainda! Há de se considerar certa noção de proporcionalidade e de alinhamento ideológica. O peso de Flávio Dino, digo, o peso da amizade e o do alinhamento ideológico entre Flávio e Lula é amazonicamente maior, e de com força, se comparado com a relação de Bolsonaro com Mendonça.

Dino é filiado desde 2006 no Partido Comunista do Brasil – um puxadinho do PT igualmente o Psol – e também desde a década de 90 Dino tem parceria com Lula. André Mendonça conheceu Bolsonaro em 2018. Nem dá pra comparar o tanto de tempo que essas duplas tiveram para se alinhar política e ideologicamente.

Se, por um lado, a nova direita que ressurge no Brasil com Olavo de Carvalho, Jair Bolsonaro, entre outros, ainda está longe de ter uma cara relativamente fixa, por outro, as esquerdas brasileiros vem fazendo testes, experiências de tentativa e erro desde o tempo que o Lula usava uma garruchinha pra se defender.

            E mais uma coisa! Vou aproveitar pra registar aqui – falando só por mim – preferia mil vezes naquela vaga do STF o doutor William Douglas, renomado juiz de carreira. Ele seria muito mais propositivo e seguro atuando no lugar de André Mendonça. O Brasil teria ganhado muito mais. Queria ver o Xandão tentar pisar na jugular do Douglas igual tem pisado na do pastor Mendonça.

Dói reconhecer isso. Eras do careca tirano!

       Outra coisa! Além do aparelhamento feito por Lula, existe o duplo discurso político: na campanha, ele mente para o povo, enquanto permanentemente maquina a dominação da América do Sul com o seus sagazes aliados.

Não é a primeira vez que o ex-presidiário quebra promessas de campanha nem cumpre com o que prometeu ao povo brasileiro.

Durante o debate eleitoral em 2022, o descondenado Lula afirmou, hipocritamente, que nenhum presidente do Brasil deveria ter interesse algum em indicar amigos ou ter como amigo algum ministro empossado no STF. Até Dilma indicou alguns chegados! Fachin panfletava dentro da universidade, por exemplo. 

Vale lembrar que além de Zanin e Dino, indicados neste péssimo início do Governo Lula III, o PT com Lula já indicou, entre os anos 2003 e 2010, os ministros: Cezar Peluso, Menezes Direito, Ayres Britto, Cármem Lúcia, Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa e Dias Toffoli. Enquanto Dilma emplacou Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Luiz Fux, Rosa Weber e Teori Zavascki.

Em resumo, dos 11 que podem ou devem integrar o atual STF, para atuar daqui por diante, pelos sete (07) são indicados e possivelmente peixes, chegados do Lula.

E, só mais uma coisa, parece que o fundo do mar é bem mais profundo do que pensávamos. Que o Deus tenha misericórdia de nós.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

O INIMIGO VEM FORTE

         Se o inimigo vem forte,

O que você pode fazer?

Pode confiar em Deus.

Pode confiar em você.

Ou fingir que não tem medo,

Fingir que nada pode acontecer.


Ou reconhecer seu tamanho medo,

Reconhecer que há algo que pode fazer.

Quem saber reagir,

Com o que você sabe lutar.

Quem saber ficar parado,

Esperando alguém te ajudar.

Difícil é o caminho,

A hora de decidir.

Difícil é a ação,

Que você espera de si.

Vai acreditar na solução?

Vai tentar ou desistir?

Vai procurar pedras com a mão?

Vai bater em retirada com os pés?

Afinal, qual é a melhor direção?

O que é melhor a se fazer?

Quem luta, luta por uma visão.

Quem briga, sabe pelo que deve brigar.

Se há sabedoria, sabe como e quando.

Se você acredita, siga pelo acreditar.