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terça-feira, 16 de agosto de 2022

MEIO AMBIENTE – ESTUDANTES PARTICIPAM DE PROJETO DE ARBORIZAÇÃO ESCOLAR E DE CONSCIÊNCIA DO RESGATE DA NATUREZA










Por Wiliam Senna, Rosirene dos Santos, Leiliane Duque, Ketely Tawana, Joilson Santos.

 

Durante Oficina de Produção de Reportagem, realizada nos dias 04 e 11 de agosto de 2022, os estudantes da Escola Municipal Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA), participaram das etapas de planejamento e produção de matérias de cunho noticioso, sobre o cotidiano escolar e da comunidade. Organizados através dos Núcleos de Base (NBs), os educandos elaboraram reportagens acerca de temas com relevância social para o contexto educacional. 

Nessas etapas, o Núcleo de Base “Comunidade em Ação” promoveu entrevista – como a do dia 04/08/22 – com o orientador pedagógico, Nilton B. Braga de Oliveira, de 28 anos, na qual abordaram assuntos como o Meio Ambiente e discorreram sobre as atividades em torno do projeto de Arborização Escolar.

A estudante-repórter Rosirene dos Santos produziu texto sobre o processo de arborização no espaço da Escola Carlos Marighella. 

Em sua pesquisa, os estudiosos afirmam que a área verde, especialmente como prática cotidiana nas escolas do campo, proporciona uma educação emancipadora. Porque os alunos podem usar esse espaço como sala de aula, onde pode ter aulas práticas, aprendendo sobre manutenção e cuidado, tão como, aprofundar seus conhecimentos das ciências naturais e biologia.

 

O QUE É ARBORIZAÇÃO NA ESCOLA?

O estudante-repórter Willian Senna entrevistou o orientador Nilton Oliveira. Nas perguntas referentes ao meio ambiente, com o foco em arborização escolar, o entrevistado explica que: “A arborização escolar constitui-se em uma estratégia interessante para mudança da realidade, pois permite um maior contato dos estudantes com as plantas. Isso proporciona aulas mais prazerosas e diferenciadas”. 

Ainda segundo o orientador pedagógico: “Além da preservação do meio ambiente, a Escola Carlos Marighella defende uma consciência cidadã que entende a importância de se reduzir as queimadas, bem como promover outras formas de ser fazer o cultivo sustentável da terra”.

PROFISSÕES DA ESCOLA – AINDA FALTA MAIOR VISIBILIDADE E RECONHECIMENTO PARA QUEM TRABALHA NA EDUCAÇÃO















Por Koayra Gomes, Talis de Mileto, João Paulo, Allanny Marques, Débora Nascimento, Miqueias Coelho, Lucas Guilherme e Andresley Resplande.


No dia 04 de agosto de 2022, um grupo de alunos se reuniram para fazer reportagem sobre as profissões que existem na Escola Municipal Carlos Marighella localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA). 

Essa temática dialoga com o eixo de estudos da 3ª Unidade Letiva, denominado: “Trabalho – divisão social, territorial e meio ambiente”.

Na ocasião, os estudantes do nível Fundamental II participaram da Oficina de Produção Textual acerca do gênero “Reportagem”. Os professores que conduziram a oficina organizaram os educandos em cinco (5) grupos, conhecidos como Núcleos de Base (NB), a fim de que cada um elaborasse uma reportagem com relevância social.

 



TRABALHADORAS QUESTIONAM SOBRE MAIOR VISIBILIDADE NO SERVIÇO PÚBLICO

Os integrantes da NB “Sementes da Luta” ficaram com o assunto: “Profissões da Escola”. Esse grupo decidiu ficar com o tema porque, segundo eles, algumas profissões não têm muita visibilidade e o devido reconhecimento perante a sociedade. As profissões escolhidas pelos alunos foram: direção (Gestora) e Merendeiras. 

As colegiais, Allanny Marques (6º ano) e Débora Nascimento (9º ano), entrevistaram a merendeira, Bruna Silva, servidora pública do município de Marabá, que atua na Escola Carlos Marighella. Bruna Silva fez considerações a respeito do que a levou a trabalhar na escola, como a questão da necessidade, e que, apesar disso, ela gosta do seu trabalho. Confira a entrevista na íntegra a seguir.

NB Sementes da Luta: “O que você acha da sua função na escola?”

Bruna Silva: “Eu acho primordial, porém, desvalorizada.”

NB Sementes da Luta: “Você gosta do seu trabalho?”

Bruna Silva: “Gosto de cozinhar, mas de limpar não.”

 

DESAFIOS DA GESTÃO ESCOLAR EXIGEM MUITO EMPENHO PESSOAL EM FAVOR DO COLETIVO

A reportagem também entrevistou a diretora da escola, Rosângela Reis, 48 anos de idade, que trabalha no Carlos Marighella há 23 anos. Confira a entrevista. 

NB Sementes da Luta: “O que você acha da função de ser diretora em tempos tão difíceis?”

Rosângela Reis: “É muito difícil, pois a gente como diretora sempre quer melhorar a escola. Sempre quer o melhor para cada estudante. A gente chega a tirar dinheiro do nosso bolso, para comprar tempero, carne, verduras, frango e etc. A gente tem que saber controlar a escola, ver se está tudo ok.”

NB Sementes da Luta: “Por que você quis trabalhar como diretora?”

Rosângela Reis: “Porque foi uma tarefa dada pela comunidade. Mas eu sempre quis estar na sala de aula.”













quinta-feira, 11 de agosto de 2022

POEMA - A VIDA DOS AMANTES

POEMA - A VIDA DOS AMANTES (Anderson Damasceno)


Se você não vai amar alguém pra cuidar, 
Então pare.

Se você não vai querer se doar,
Então pare.

Se você tem medo de se entregar, 
Então pare.

Se a vida inteira não é um preço a pagar,
Então pare.

Se você vai fingir se importar, 
Então pare.

Se você vai seduzir e não conquistar,
Então pare.

Se você vai mentir pra enfeitar,
Então pare.

Se você vai esconder e enganar,
Então pare.

Se é pra se omitir quando necessitar,
Então pare.

Se for para andar só e não levar,
Então pare.

Se for pra não dividir o que comprar,
Então pare.

Se for para viver sem amar,
Então pare.

Se quiser se negar a abraçar,
Então pare.

Se quiser humilhar quem te amar,
Então pare.

Se você for suvinar um beijo, o olhar, 
Então pare.

Se for para sorrir do vingar,
Então pare.

Se tiver que cobrar o que não dá, 
Então pare.

A vida dos amantes não vale pra você
O que vale.

NUTRIÇÃO ESCOLAR - PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SAUDÁVEIS


Durante Oficina de Produção de Reportagem, realizada no mês de agosto de 2022, os estudantes da Escola Municipal Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA), elaboraram matérias de cunho noticioso, que destacam as atividades do cotidiano escolar e da comunidade. Organizados através dos Núcleos de Base (NBs), os educandos confeccionaram reportagens acerca de temas com relevância social para o contexto educacional. 

O NB 3, denominado "Organização e Comunicação", é coordenado pelos líderes Yasmin Vieira e Welison Moraes, ambos da turma do 9° ano. Eles produziram levantamento a respeito das práticas em torno da alimentação escolar. Confira o material na reportagem abaixo.

Duas imagens ilustram, de forma sucinta, o trabalho de alimentação na Escola Carlos Marighella. A Primeira imagem retrata o trabalho das mulheres da cozinha, elas são: Vanessa, Fátima e Orla, servidoras públicas do município de Marabá. Na ocasião, elas estavam preparando a primeira refeição da escola.

Na segunda imagem, temos um registro atualizado do projeto Horta na Escola – que está sendo revigorado após os danos acarretados pelo tempo de pandemia. Os alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos – todas as segundas e terças-feiras – participam de atividades de plantio e cultivo, sob orientação dos educadores. A horta ajuda a ter uma alimentação mais saudável.

Neste período, os educandos começam a plantar cebolinha para colher mais para a frente. E não só cebolinhas, mas outras hortaliças também.

A alimentação saudável nas escolas deve ser tratada como algo essencial para o desenvolvimento das crianças, jovens e adolescentes. Todos os alimentos saudáveis têm grande importância para o corpo e para a mente, fazendo com que o cérebro se desenvolva mais rapidamente ao pensar.

Existe a lei de Nº 11.947, aprovada no dia 16 de Junho de 2009, que no Art. 2º versa que as escolas têm que empregar uma alimentação saudável e adequada, compreendendo o uso de alimentos variados que são necessários para o desenvolvimento e crescimento dos alunos com o objetivo de fornecer alimentos ricos em vitaminas, minerais, proteínas, contribuindo, portanto, para um bom rendimento escolar.

Uma pesquisa realizada na Escola Carlos Marighella, feita pelos alunos da NB 3, sobre a alimentação que é fornecida pela escola, demonstra o quanto essa unidade escolar trata seriamente o cultivo de alimentos saudáveis.

Através de entrevistas para saberem como está sendo a aceitação e a preparação da alimentação, os integrantes da NB 3 colheram a seguinte fala de uma das cozinheiras: “Nós preparamos todo o cardápio conforme a SEMED orienta”. A entrevistada cita que o cardápio do almoço é: "Arroz, feijão, frango ao molho e salada”.

E, relacionado à aceitação dos alunos, em entrevista com alguns educandos, eles sugerem que seja introduzida na alimentação verduras, frutas, ovos e carne produzidos e comercializados na própria comunidade local.

De acordo com as pesquisas realizadas em sites especializados, acerca desse assunto, uma alimentação saudável é composta por: verduras, legumes, frutas, sucos naturais, carnes vermelhas, carne branca, ovos etc. No entanto, percebemos que a Prefeitura Municipal de Marabá ainda precisa melhorar a variedade de alimentos que são fornecidos nas escolas da rede pública. 

A PRESENÇA DA ARTE NA ESCOLA DO CAMPO CARLOS MARIGHELLA

Estudantes da NB Girassol Dourado: Marcus, Kaio, Larissa, Raissa, Ana,
Vitória e Ozeias participam de Oficina de Produção de Reportagem




 







Aluna Priscila Resplandes (à dir.) colhe informações da colega
de turma, Sara Rodrigues, sobre Oficina de Pintura de Telhas
















                Durante Oficina de Produção de Reportagem, realizada no mês de agosto de 2022, os estudantes da Escola Municipal Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA), elaboraram várias matérias que colocam em destaque o cotidiano escolar. Organizados através dos Núcleos de Base (NBs), os educandos confeccionaram reportagens acerca de temas com relevância social para o contexto educacional. 

O NB 5, intitulado Girassol Dourado, produziu levantamento a respeito das atividades e estudos artísticos, realizados ao longo deste ano. Confira o material na reportagem abaixo.

PROFESSORES COMPARTILHAM SUAS EXPERIÊNCIAS COM A ARTE MUSICAL

Por Kaio Miranda (7º ano)

A presença da arte no ambiente escolar pode ser constada de várias formas. Arismar Pereira Viana, mais conhecido como professor Arismar, nasceu no ano de 1982, em Conceição do Araguaia (PA) e, atualmente, trabalha na função de professor de informática, no Carlos Marighella. 

Viana chegou em Marabá no ano de 2020, para assumir cargo de professor no concurso público. Além disso, ele é um dos artistas da escola, pois começou a tocar instrumentos musicais em 1999. Aos 17 anos, na cidade de Tucumã (PA), o primeiro instrumento foi o violão, que aprendeu a tocar ainda com o auxílio das fitas cassetes (K7). Depois, com o professor Tico Juliano, aprendeu a tocar flauta-doce.

Outro professor instrumentista é Iran Warlen Carvalho Silva, mais conhecido como Iran, que antes de trabalhar como professor pedagogo na Carlos Marighella atuou na profissão de montador. 

O professor Iran nasceu no ano 1982, na cidade de Imperatriz (MA), onde começou a tocar, igualmente Viana, aos 17 anos, na sua cidade natal. Ele aprendeu a tocar violão sozinho na sua cidade, depois conseguiu tocar outros instrumentos. Iran, agora com 40 anos, é professor e artista na escola, tocando violão, baixo e outros.

 

ESCOLA REALIZA OFICINA COM PINTURA DE TELHAS

Por Priscila Resplandes (6º ano) e Letícia Dias (9º ano)

A reportagem apurou uma das oficinas realizadas no espaço da escola, que tratava da caracterização de telhas através da pintura. Foi entrevistada a estudante do 6º ano, Sara Lima Rodrigues, de 11 anos de idade, que participou daquela oficina, produzindo uma pintura sobre uma telha de barro. 

Segundo a aluna Sara, os animais representam algo muito atrativo, por isso ela escolheu pintar uma ave. “A arte que eu fiz na telha foi a da imagem de uma arara vermelho e azul. Eu desenhei e pintei. E, depois de fazer tudo isso, eu empendurei para secar a tinta”, detalha Sara Rodrigues.

O entrevistado, Lauro de Jesus Silva Filho, de 42 anos de idade, concedeu entrevista sobre a Oficina de pinturas nas telhas de cerâmica. Ele é professor de Ciências da Natureza e, ao ser entrevistado, falou sobre a importância que essa oficina teve na vida dos alunos.

De acordo com o professor, essa arte desenvolve o interesse e o conhecimento por experiências que estão fora do cotidiano dos alunos. Disse ser sua primeira vez trabalhando com esse tipo de arte, porém, também ressaltou que foi o primeiro de muitos outros momentos orientando atividades artísticas. 

Ao longo da entrevista, Lauro Filho falou que ao realizar essa oficina descobriu o lado artístico de cada aluno, algo que ele ainda não tinha percebido. Também falou que são em ocasiões como essa que muitos dos estudantes demostram interesses e curiosidades pelo campo da arte e complementou dizendo: “Oficinas como essa servem para enriquecer, tanto quem está produzindo a arte, quanto para o observador que está admirando a arte produzida’’.

 

QUAL SERIA A RELEVÂNCIA DA ARTE NA VIDA DOS ALUNOS?

Por Raissa Vitória (6º ano)

A reportagem também entrevistou o professor de Artes da Escola Municipal Carlos Marighella, Wellyson Gomes dos Santos, 29 anos, sobre a importância da arte na vida dos estudantes. 

Segundo o professor Wellyson, a arte é necessária no cotidiano dos educandos porque contribui com o desenvolvimento das capacidades emocionais e sensoriais.

Ainda segundo o educador, os alunos pintam e desenham nas paredes e salas da escola de forma organizada, servindo para o aprendizado deles.

“Um dos objetivos é que o alunado saiba mais sobre a arte, aprendendo a registrar essas obras em outros espaços. Assim, os alunos podem ter o maior contato com pinturas e desenhos”, afirma Wellyson Santos.


O QUE DIZEM OS LIVROS DIDÁTICOS SOBRE A ARTE?

Por Larissa Lima (8º ano)

                Os livros didáticos representam um importante instrumento para o estudo da arte. Por exemplo, no livro “Se Liga na Arte”, destinado aos alunos do 6º ano, publicado pela editora Moderna, existem alguns estudos acerca dos gêneros de arte como a literatura, a pintura, a fotografia, o teatro, entre outras. 

                Conforme esse livro, muitos artistas, em algum momento de suas carreiras, produzem obras que remetem à infância. Um artista de Santo Antônio de Jesus (BA) conhecido como Marepe (1970-), fez de sua infância e de sua cidade natal inspirações para toda a sua obra. Bacias de metal, potes de plástico, barracas de feira, algodão-doce, filtros de barro etc., tudo isso já esteve em alguma criação artística dele. Aparece no livro a imagem da obra Veja meu bem (2007), que foi exposta no Tate Modern, um museu britânico de arte Moderna.                                                      

                Em outra parte do livro, os estudantes descobrem que, desde muito cedo, nossa visão começa a ser treinada no lugar onde nascemos e crescemos, o que contribui para a formação de nossas referências visuais. E são exatamente essas referências que nos influenciam na hora de escolher uma cor em vez de outra, a preferir um tipo de organização a outra, a se identificar com uma imagem ou outra e assim por diante. E isso continua em constante transformação, já que convivemos com muitas imagens da nossa casa, do nosso bairro, da cidade ou da natureza ao redor. Um exemplo dessa escolha de cores e imagens pode ser visto na arara pintada pela estudante Sara.