Estudantes da NB Girassol Dourado: Marcus, Kaio, Larissa, Raissa, Ana, Vitória e Ozeias participam de Oficina de Produção de Reportagem |
Aluna Priscila Resplandes (à dir.) colhe informações da colega de turma, Sara Rodrigues, sobre Oficina de Pintura de Telhas |
Durante Oficina de Produção de
Reportagem, realizada no mês de agosto de 2022, os estudantes da Escola
Municipal Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às
proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA), elaboraram várias matérias que colocam
em destaque o cotidiano escolar. Organizados através dos Núcleos de Base (NBs),
os educandos confeccionaram reportagens acerca de temas com relevância social
para o contexto educacional.
O NB 5, intitulado Girassol Dourado, produziu levantamento a respeito das atividades e estudos artísticos, realizados ao longo deste ano. Confira o material na reportagem abaixo.
PROFESSORES
COMPARTILHAM SUAS EXPERIÊNCIAS COM A ARTE MUSICAL
Por Kaio Miranda (7º ano)
A presença da arte no ambiente escolar pode
ser constada de várias formas. Arismar Pereira Viana, mais conhecido como
professor Arismar, nasceu no ano de 1982, em Conceição do Araguaia (PA) e,
atualmente, trabalha na função de professor de informática, no Carlos
Marighella.
Viana chegou em Marabá no ano de 2020, para
assumir cargo de professor no concurso público. Além disso, ele é um dos
artistas da escola, pois começou a tocar instrumentos musicais em 1999. Aos 17
anos, na cidade de Tucumã (PA), o primeiro instrumento foi o violão, que
aprendeu a tocar ainda com o auxílio das fitas cassetes (K7). Depois, com o professor Tico
Juliano, aprendeu a tocar flauta-doce.
Outro professor instrumentista é Iran Warlen
Carvalho Silva, mais conhecido como Iran, que antes de trabalhar como
professor pedagogo na Carlos Marighella atuou na profissão de montador.
O professor Iran nasceu no ano 1982, na cidade
de Imperatriz (MA), onde começou a tocar, igualmente Viana, aos 17 anos, na sua
cidade natal. Ele aprendeu a tocar violão sozinho na sua cidade, depois conseguiu
tocar outros instrumentos. Iran, agora com 40 anos, é professor e artista na escola,
tocando violão, baixo e outros.
ESCOLA
REALIZA OFICINA COM PINTURA DE TELHAS
Por Priscila Resplandes (6º ano) e Letícia Dias (9º ano)
A reportagem apurou uma das oficinas
realizadas no espaço da escola, que tratava da caracterização de telhas através
da pintura. Foi entrevistada a estudante do 6º ano, Sara Lima Rodrigues, de 11
anos de idade, que participou daquela oficina, produzindo uma pintura sobre uma
telha de barro.
Segundo a aluna Sara, os animais representam
algo muito atrativo, por isso ela escolheu pintar uma ave. “A arte que eu fiz
na telha foi a da imagem de uma arara vermelho e azul. Eu desenhei e pintei. E,
depois de fazer tudo isso, eu empendurei para secar a tinta”, detalha Sara
Rodrigues.
O entrevistado, Lauro de Jesus Silva Filho, de
42 anos de idade, concedeu entrevista sobre a Oficina de pinturas nas telhas de
cerâmica. Ele é professor de Ciências da Natureza e, ao ser entrevistado, falou
sobre a importância que essa oficina teve na vida dos alunos.
De acordo com o professor, essa arte desenvolve
o interesse e o conhecimento por experiências que estão fora do cotidiano dos
alunos. Disse ser sua primeira vez trabalhando com esse tipo de arte, porém,
também ressaltou que foi o primeiro de muitos outros momentos orientando
atividades artísticas.
Ao longo da entrevista, Lauro Filho falou que
ao realizar essa oficina descobriu o lado artístico de cada aluno, algo que ele
ainda não tinha percebido. Também falou que são em ocasiões como essa que
muitos dos estudantes demostram interesses e curiosidades pelo campo da arte e
complementou dizendo: “Oficinas como essa servem para enriquecer, tanto quem
está produzindo a arte, quanto para o observador que está admirando a arte
produzida’’.
QUAL
SERIA A RELEVÂNCIA DA ARTE NA VIDA DOS ALUNOS?
Por Raissa Vitória (6º ano)
A reportagem também entrevistou
o professor de Artes da Escola Municipal Carlos Marighella, Wellyson Gomes dos
Santos, 29 anos, sobre a importância da arte na vida dos estudantes.
Segundo o professor Wellyson, a arte é
necessária no cotidiano dos educandos porque contribui com o desenvolvimento
das capacidades emocionais e sensoriais.
Ainda segundo o educador, os alunos pintam e
desenham nas paredes e salas da escola de forma organizada, servindo para o aprendizado
deles.
“Um dos objetivos é que o alunado saiba mais
sobre a arte, aprendendo a registrar essas obras em outros espaços. Assim, os
alunos podem ter o maior contato com pinturas e desenhos”, afirma Wellyson
Santos.
O QUE DIZEM OS LIVROS DIDÁTICOS SOBRE A ARTE?
Por Larissa Lima (8º ano)
Os livros didáticos representam
um importante instrumento para o estudo da arte. Por exemplo, no livro “Se Liga
na Arte”, destinado aos alunos do 6º ano, publicado pela editora Moderna,
existem alguns estudos acerca dos gêneros de arte como a literatura, a pintura,
a fotografia, o teatro, entre outras.
Conforme esse livro, muitos
artistas, em algum momento de suas carreiras, produzem obras que remetem à
infância. Um artista de Santo Antônio de Jesus (BA) conhecido como Marepe (1970-),
fez de sua infância e de sua cidade natal inspirações para toda a sua obra.
Bacias de metal, potes de plástico, barracas de feira, algodão-doce, filtros de
barro etc., tudo isso já esteve em alguma criação artística dele. Aparece no
livro a imagem da obra Veja meu bem (2007), que foi exposta no Tate
Modern, um museu britânico de arte Moderna.
Em outra parte do livro, os estudantes descobrem que, desde muito cedo, nossa visão começa a ser treinada no lugar onde nascemos e crescemos, o que contribui para a formação de nossas referências visuais. E são exatamente essas referências que nos influenciam na hora de escolher uma cor em vez de outra, a preferir um tipo de organização a outra, a se identificar com uma imagem ou outra e assim por diante. E isso continua em constante transformação, já que convivemos com muitas imagens da nossa casa, do nosso bairro, da cidade ou da natureza ao redor. Um exemplo dessa escolha de cores e imagens pode ser visto na arara pintada pela estudante Sara.
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