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quinta-feira, 11 de agosto de 2022

A PRESENÇA DA ARTE NA ESCOLA DO CAMPO CARLOS MARIGHELLA

Estudantes da NB Girassol Dourado: Marcus, Kaio, Larissa, Raissa, Ana,
Vitória e Ozeias participam de Oficina de Produção de Reportagem




 







Aluna Priscila Resplandes (à dir.) colhe informações da colega
de turma, Sara Rodrigues, sobre Oficina de Pintura de Telhas
















                Durante Oficina de Produção de Reportagem, realizada no mês de agosto de 2022, os estudantes da Escola Municipal Carlos Marighella, localizada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó (Marabá-PA), elaboraram várias matérias que colocam em destaque o cotidiano escolar. Organizados através dos Núcleos de Base (NBs), os educandos confeccionaram reportagens acerca de temas com relevância social para o contexto educacional. 

O NB 5, intitulado Girassol Dourado, produziu levantamento a respeito das atividades e estudos artísticos, realizados ao longo deste ano. Confira o material na reportagem abaixo.

PROFESSORES COMPARTILHAM SUAS EXPERIÊNCIAS COM A ARTE MUSICAL

Por Kaio Miranda (7º ano)

A presença da arte no ambiente escolar pode ser constada de várias formas. Arismar Pereira Viana, mais conhecido como professor Arismar, nasceu no ano de 1982, em Conceição do Araguaia (PA) e, atualmente, trabalha na função de professor de informática, no Carlos Marighella. 

Viana chegou em Marabá no ano de 2020, para assumir cargo de professor no concurso público. Além disso, ele é um dos artistas da escola, pois começou a tocar instrumentos musicais em 1999. Aos 17 anos, na cidade de Tucumã (PA), o primeiro instrumento foi o violão, que aprendeu a tocar ainda com o auxílio das fitas cassetes (K7). Depois, com o professor Tico Juliano, aprendeu a tocar flauta-doce.

Outro professor instrumentista é Iran Warlen Carvalho Silva, mais conhecido como Iran, que antes de trabalhar como professor pedagogo na Carlos Marighella atuou na profissão de montador. 

O professor Iran nasceu no ano 1982, na cidade de Imperatriz (MA), onde começou a tocar, igualmente Viana, aos 17 anos, na sua cidade natal. Ele aprendeu a tocar violão sozinho na sua cidade, depois conseguiu tocar outros instrumentos. Iran, agora com 40 anos, é professor e artista na escola, tocando violão, baixo e outros.

 

ESCOLA REALIZA OFICINA COM PINTURA DE TELHAS

Por Priscila Resplandes (6º ano) e Letícia Dias (9º ano)

A reportagem apurou uma das oficinas realizadas no espaço da escola, que tratava da caracterização de telhas através da pintura. Foi entrevistada a estudante do 6º ano, Sara Lima Rodrigues, de 11 anos de idade, que participou daquela oficina, produzindo uma pintura sobre uma telha de barro. 

Segundo a aluna Sara, os animais representam algo muito atrativo, por isso ela escolheu pintar uma ave. “A arte que eu fiz na telha foi a da imagem de uma arara vermelho e azul. Eu desenhei e pintei. E, depois de fazer tudo isso, eu empendurei para secar a tinta”, detalha Sara Rodrigues.

O entrevistado, Lauro de Jesus Silva Filho, de 42 anos de idade, concedeu entrevista sobre a Oficina de pinturas nas telhas de cerâmica. Ele é professor de Ciências da Natureza e, ao ser entrevistado, falou sobre a importância que essa oficina teve na vida dos alunos.

De acordo com o professor, essa arte desenvolve o interesse e o conhecimento por experiências que estão fora do cotidiano dos alunos. Disse ser sua primeira vez trabalhando com esse tipo de arte, porém, também ressaltou que foi o primeiro de muitos outros momentos orientando atividades artísticas. 

Ao longo da entrevista, Lauro Filho falou que ao realizar essa oficina descobriu o lado artístico de cada aluno, algo que ele ainda não tinha percebido. Também falou que são em ocasiões como essa que muitos dos estudantes demostram interesses e curiosidades pelo campo da arte e complementou dizendo: “Oficinas como essa servem para enriquecer, tanto quem está produzindo a arte, quanto para o observador que está admirando a arte produzida’’.

 

QUAL SERIA A RELEVÂNCIA DA ARTE NA VIDA DOS ALUNOS?

Por Raissa Vitória (6º ano)

A reportagem também entrevistou o professor de Artes da Escola Municipal Carlos Marighella, Wellyson Gomes dos Santos, 29 anos, sobre a importância da arte na vida dos estudantes. 

Segundo o professor Wellyson, a arte é necessária no cotidiano dos educandos porque contribui com o desenvolvimento das capacidades emocionais e sensoriais.

Ainda segundo o educador, os alunos pintam e desenham nas paredes e salas da escola de forma organizada, servindo para o aprendizado deles.

“Um dos objetivos é que o alunado saiba mais sobre a arte, aprendendo a registrar essas obras em outros espaços. Assim, os alunos podem ter o maior contato com pinturas e desenhos”, afirma Wellyson Santos.


O QUE DIZEM OS LIVROS DIDÁTICOS SOBRE A ARTE?

Por Larissa Lima (8º ano)

                Os livros didáticos representam um importante instrumento para o estudo da arte. Por exemplo, no livro “Se Liga na Arte”, destinado aos alunos do 6º ano, publicado pela editora Moderna, existem alguns estudos acerca dos gêneros de arte como a literatura, a pintura, a fotografia, o teatro, entre outras. 

                Conforme esse livro, muitos artistas, em algum momento de suas carreiras, produzem obras que remetem à infância. Um artista de Santo Antônio de Jesus (BA) conhecido como Marepe (1970-), fez de sua infância e de sua cidade natal inspirações para toda a sua obra. Bacias de metal, potes de plástico, barracas de feira, algodão-doce, filtros de barro etc., tudo isso já esteve em alguma criação artística dele. Aparece no livro a imagem da obra Veja meu bem (2007), que foi exposta no Tate Modern, um museu britânico de arte Moderna.                                                      

                Em outra parte do livro, os estudantes descobrem que, desde muito cedo, nossa visão começa a ser treinada no lugar onde nascemos e crescemos, o que contribui para a formação de nossas referências visuais. E são exatamente essas referências que nos influenciam na hora de escolher uma cor em vez de outra, a preferir um tipo de organização a outra, a se identificar com uma imagem ou outra e assim por diante. E isso continua em constante transformação, já que convivemos com muitas imagens da nossa casa, do nosso bairro, da cidade ou da natureza ao redor. Um exemplo dessa escolha de cores e imagens pode ser visto na arara pintada pela estudante Sara.         

 

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