Anderson Damasceno
Os professores, Raquel Lima (Sala de Leitura) e Wellyson
Santos (Artes e Inglês), realizaram Oficina de Customização – técnica que
empreende a criação de peças exclusivas. Eles relatam, em tom de humor, que
isso pode ser fácil mesmo quando: “Tem gente que nunca pegou numa agulha”.
A customização é um processo de personalização ou adaptação
da roupa, cujo nome tem origem norte-americana através do termo “custom made”
que, traduzindo, significa “personalizado”.
O público alvo foi os estudantes da Escola Municipal Carlos
Marighella, situada no Assentamento 26 de Março, às proximidades da Vila Sororó
(Marabá-PA).
Para os professores oficineiros, a técnica pode ampliar o
horizonte de protagonismo e empreendedorismo de jovens e adolescentes.
Para incrementar os estudos, os estudantes tiveram acesso a
exemplares da obra “Entre Linhas”, de Angela Leite de Souza, disponível na sala
de leitura da escola.
TEORIA E PRÁTICA DE CUSTOMIZAÇÃO DE ROUPAS
Durante a discussão da parte teórica da oficina, os
professores abordaram como surgiu a técnica da customização de roupas e indumentárias.
Os oficineiros também discutiram com o alunado sobre os
grandes marcos da história da moda, como a década de 60, com a explosão do
movimento hippie pelo mundo. Aos serem questionados, os alunos apontaram a
festa junina como época em que mais se vê a customização.
Os educadores Raquel e Wellyson trataram ainda de termos
técnicos como chulear e plissê, bem como de dicas simples para se produzir colar
de missangas, pulseiras, blusinhas etc.
Ainda durante a teorização, os estudantes conheceram que a origem
da tecelagem na Mesopotâmia e visitaram a “História da roupa”, refletindo acerca
das suas relações de poder e questões a respeito da identidade.
Nesse sentido, Raquel e Wellyson contextualizaram o uso das
roupas no Egito, em Roma, passeando pela Idade Média, pela idade moderna –
momento em que aumenta a exposição do corpo – com o Renascimento.
O alunado conheceu ainda a história do Rei Luís XIV,
considerado escândalo na história da moda por tentar mostrar superioridade.
A história de grandes nomes qual Chanel – do pretinho básico,
Pierre Cardin – que criou a ideia de entrarem na loja, Christian Dior, Emilio
Pucci, dentro outros, foram abordados.
A herança da década de 80 com o Pop Rock e Punk, bem como
influência de Halston Frowick, Giorgio Armani e Calvin Klein integraram o
debate promovido pelos professores oficineiros.
Na hora de aplicar a técnica, na parte prática da oficina, os estudantes foram desafiados a registrar em suas roupas um dos princípios da moda no século 21, que é a moda enquanto estilo personalíssimo. Ou seja, a busca pelo melhor entre estética, sensualidade e conforto, sobretudo, respeitando e valorizando as técnicas de cunho artesanal.
Confira alguns registros da oficina.
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